segunda-feira, fevereiro 28, 2005

A noite mais fria



Esta noite será, supostamente, a noite mais fria deste Inverno (do ano, anunciam os metereologistas). Em Munique, esperam-se -24°C. Acho bem que seja a noite mais fria, com uma temperatura destas! É que já é tempo de comecar a aquecer!
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A minha primeira pista preta:


lá ao fundo (só uma parte, claro)...

Foi difícil. Muito difícil. Ao fim de três épocas a "esquiar", ou melhor, a pôr os pés num par de skis, fingi que nao tinha medo, e lá fui eu. Para quem nao sabe, há três níveis de pistas: o azul é o mais fácil, o vermelho é intermédio, e o preto é o mais difíl.
Eu até nem queria fazer ski. Mas nesta terra, quem nao faz ski passa o Inverno em casa. Quer dizer, ou isso ou vai andar de trenó com os putos, que também é giro, mas fica-se sempre com aquela sensacao de que toda a gente está a olhar para nós como se fossemos anormais. Por isso, se quiserem ir andar de trenó, levem um miúdo convosco. Fazem de conta que sao o pai ou a mae e que só estao a proporcionar um momento de lazer à criancinha. Claro que, na verdade, estao mas é a divertir-se à brava e o pequenote é só uma desculpa.
Mas voltando ao assunto. Normalmente qualquer pista vermelha chega para me aterrorizar. Só que este ano tem nevado tanto tanto tanto (mesmo tanto!), que há sempre neve fresca nas pistas. A grande vantagem, pelo menos para mim, é que quando há muita neve, há uns montinhos acumulados nas descidas que sao pontos estratégicos de travagem! Ora assim, é muito mais fácil, porque o meu medo é, precisamente, de descer demasiado depressa, e cair por uma ribanceira qualquer.
Eu nem queria ir pela pista preta abaixo. Mas era isso, ou subir uns metros a pique, com os skis às costas, para descer na cabine. E toda a gente sabe que as cabines sao para subir, e nao para descer. Portanto, entre arriscar morrer na descida, ou ter que subir uns metros a pé... preferi descer.
Podia dizer que nem foi assim tao difícil, mas é mentira. Foi tao difícil, que ainda me doem as pernas e os joelhos. Tao difícil, que ainda me lembro como e onde me doeram as pernas enquanto descia. Tao difícil, que quando cheguei ao fundo, só queria um banho quente...
Mas foi giro.
E hoje foi também a minha primeira vez na neve "virgem", a neve mais funda, nao compactada por nenhuma máquina, onde se deixam de ver os skis, e às vezes até os joelhos... e fico-me por aqui. Isso sim, teve piada.
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Pesquisas falhadas (ou uma semana de sitemeter)

Há uma semana instalei o sitemeter. E a partir daí, descobri muitas coisas giras. Por exemplo,as maneiras como algumas pessoas vêm parar a este blog. Além dos links de outros blogs, pesquisas nos motores de busca de coisas às vezes bem espatafúrdias. E eu nem posso dizer nada, a culpa é minha...

Pesquisas na net que vieram aqui parar:
- http://www.gatofedorento.blogspot.com/
- fotos éclaires
- mansturbação
- Frases evita multas
- salomão e mortadela
- 1 ano bosque da robina
- truques para telefonar de borla
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domingo, fevereiro 27, 2005

O eterno problema do tabaco

O parlamento português ainda nao ratificou o tratado mundial contra o tabaco (link). A desculpa apresentada é que o documento a assinar ainda nao foi traduzido, apesar de já terem passado 13 meses desde Portugal o assinou. (13 meses??? Eu quero um emprego desses!) Apesar de Portugal ter algumas boas medidas para a prevencao do tabagismo, nomeadamente a proibicao da publicidade em outdoors, nos cinemas e na televisao, se há coisa que nunca hei-de compreender é como é que pode ser permitido em espacos públicos, como restaurantes, fumar. Claro que em Portugal, uma coisa ser proibida nao significa nada: nos aeroportos "é expressamente proibido fumar excepto nas áreas designadas", e mal saem do aviao, os fumadores já estao a enviar baforadas para cima das outras pessoas. Falta de educacao, de civismo, de consideracao pelos outros?
Por cá, apesar de a percentagem a populacao fumadora ser bastante inferior à portuguesa, nos restaurantes é a mesma coisa: entra-se e é-se logo brindado com nuvens de fumo. Zonas de nao fumadores é coisa rara. Aquilo que mais me choca, é a publicidade por todo o lado ao tabaco, quer em outdoors quer no cinema. Por outro lado o tabaco aqui é mais caro, e as máquinas de venda de tabaco estao dentro dos restaurantes, onde nao sao tao facilmente acessíveis a menores. Nos supermercados, o tabaco está ao lado das caixas. Assim sendo, porque será que na Alemanha se fuma menos que em Portugal? Será por causa do factor preco?
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Crónicas de E.T.

É o blog do dia. É ainda muito recente, só ainda publicou duas crónicas, mas as duas sao de morrer a rir. Que continue a escrever (e a postar) muitas e boas!
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sábado, fevereiro 26, 2005

Um português no Sri Lanka

Estava com curiosidade de ver este blog já há algum tempo, mas no meio de tantos links, ainda nao lhe tinha chegado a vez. Hoje finalmente tive o tempo necessário, e ainda bem! As fotos (as cores) sao muito boas, e o resto também! destaque especial para o post "some ways of helping" que fala da ajuda de cidadaos anónimos e das ONGs no Sri Lanka, que vale a pena ler.
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Reciclar



Quando eu era miúda, adorava brincar com berlindes. Inventei um jogo que utilizava uma das estantes da sala, que tinha um espaco livre em baixo, entre a última prateleira (que era uma gaveta) e chao. Atirava para aquele espaco todos os berlindes que tinha, menos um, e depois utilizava esse berlinde que sobrava para retirar os outros dali. Nao era fácil. Tinha que atirar com forca, e ter boa pontaria. Uma boa técnica era utilizar os cantos para depois, no caminho de retorno, o berlinde trazer outros com ele.
O meu pai passava-se com o barulho quando eu jogava. Os berlindes, a bater uns contra os outros, contra as tábuas, incomodavam-no mesmo. Mas eu nao ligava, e jogava na mesma.
Hoje em dia nao tenho nenhuma estante que satisfaca estas condicoes, mas achei que o pequenote cá de casa era capaz de gostar do mesmo jogo. Com três tabuinhas, cortadas "a olho", recriei aquele espaco que antigamente existia naquela estante onde eu jogava. Comprei uma data de berlindes, e o resultado é ter o meu miúdo a brincar com os berlindes às 9 da manha num sábado... Mas também jogamos juntos, e a satisfacao de transmitir o "meu jogo" ao pequenote vale todo o barulho que ele possa fazer.
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sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Lancheira japonesa


Pergunto-me, sabendo de antemao a resposta, se o meu filho comeria isto. Mas por muito que ele adore as Power Puff Girls, acho que é demasiada comida estranha para ele...
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Mais um dia, mais um blog

Já leio há montes de tempo, e merece um destaque especial. É um blogue sobre situações verídicas e engraçadas relacionadas com a justiça. Interessados? Vejam o Ordem no Tribunal.
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Comida

Os alemães têm por hábito comer muitas coisas à base de porco. Se calhar por isso, têm uma variedade de "salsichas" que nunca mais acaba (mas é preciso ter em conta que "mortadela" e coisas parecidas também são chamadas salsichas). Eu que odeio comida gordurosa e gorduras de carne, às vezes vejo-me aflita com os restaurantes bávaros. Entre evitar comida muito gordurosa e natas no meu almoço/jantar, sobram muito poucas opções. Num restaurante alemão ou austríaco (os austríacos são demasiado parecidos com os alemães) o meu menu consiste normalmente de uma wiener schnitzel mit pommes, ou seja, um panado de carne de porco com batatas fritas. Nos sítios melhores, vem com um molho feito com um fruto vermelho (groselha?) delicioso. É o melhor resultado que consigo ao tentar evitar gorduras(!) e natas (ao menos isto consigo). Quando tenho sorte, há umas saladas com bocados de carne (normalmente frango frito) que têm nomes que me fazem corar (fitness salat) porque logo os outros convivas me perguntam se estou a fazer dieta (não estou, não preciso, e é por isso que me gozam).
As porções que são servidas são normalmente gigantescas. É normal perguntarem-me se quero levar os restos para casa porque sobrou cerca de metade. Uma vez, num restaurante a que ia pela primeira vez, tive a bela ideia de mandar vir uma Riesenschnitzel (Riesen=gigante) com a intenção de a partilhar com o meu filhote. A carne cobriu o prato todo. Acabou por dar para 3...

Sobremesas... é difícil. Os bolos não são lá muito bons (ou os meu standards são altos demais), por isso não costumo comer. E os alemães adoram comer fatias de bolo acompanhadas de montes de chantilly. Acho que nunca vou perceber.
Felizmente descobri uma sobremesa típica deliciosa: Aplfelstrudel, um bolo com (muita) maçã cozida dentro, servido com molho de baunilha quente. Uma delícia. Claro que entretanto já descobri que há sítios onde vendem isto com chantilly, em vez do molho de baunilha...

Mais um pormenor interessante: os alemães têm por hábito comer apenas uma refeição quente por dia. Ou seja, aquilo a que nós chamaríamos almoço ou jantar, tradicionalmente eles comem uma vez ao dia. Ou almoçam ou jantam. Quando almoçam, na "hora" do jantar (que costuma ser entre as 6 e as 8) comem umas sandes, ou qualquer outras coisa "leve"... e fria.
Uma vez por semana têm o costume de comer uma refeição "doce". Algo a que nós chamaríamos sobremesa, eles comem como refeição, mas na quantidade apropriada (ou seja, o dobro ou mais do que comeriam se fosse sobremesa e não almoço/jantar). Por exemplo, Kaiserschmarrn. Este é prato feito com farinha, ovos, açúcar, manteiga, puré de maçã, um pouco de sal e passas de uva (estas acho que são opcionais). Ah, e ainda canela e açúcar em pó (aquele fininho). A primeira vez que me tomei contacto com esta especialidade, não fazia ideia do que era, e foi-me apresentado como almoço. Foi muito estranho. Soube-me a sobremesa, e ainda me estava a fazer falta o almoço propriamente dito...

Este testamento todo para dizer apenas que esta ideia da refeição "doce" não é má de todo. Aliás, lá em casa rendemo-nos, e ao fim de semana há crepes ao jantar. Com chocolate, doce de fruta, frutos secos, tudo!!! Uma delícia!!!
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Finalmente, fim de semana!

Finalmente vou poder pôr o sono em dia, fazer as compras necessárias, jogar SSX3 e SIMS2, pôr em ordem os meus arquivos, imprimir as fotos dos últimos fins de semana fora, mais as do Natal e Ano Novo, e comer panquecas!!! :)
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quinta-feira, fevereiro 24, 2005

E por falar na Holanda


Rua de Delft.
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Blog do dia

Mais uma emigrada, que manda correio verde da Holanda. Gostei em especial das fotografias, porque me recordam das minhas visitas à Holanda que foram sempre óptimas. Acho imensa piada aos comentários anti-holandeses (estou a exagerar), porque um dos meus passatempos favoritos é dizer mal... dos alemaes! ;)

Eu gosto da Holanda. Só lá vou de visita, e acho extraordinário que toda a gente fale inglês (e bem), quer nas lojas, quer nos restaurantes, quer nas ruas. Acho montes de piada à obcessao que eles têm por bicicletas - foi lá que vi os maiores parques de bicicletas até hoje, umas coisas impressionantes. E outra coisa gira é eles comerem bocadinhos de chocolate (parecido com o que nós pomos nos bolos, mas mais mole) no pao ao pequeno-almoco. :)

Nota negativa é para a hora a que as lojas fecham. Nao é que às 6 da tarde já estao de porta fechada?! Até parece que nao gostam de fazer negócio... Felizmente têm um dia por semana (o dia depende da cidade em questao) em que se pode fazer compras até mais tarde (até às 9, se nao estou em erro), mas nada que se compare a poder ir a um shopping até à meia noite, como em Portugal (que saudades do Norteshopping!!!).
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Encontros imediatos

Quem é que não gosta de uma boa cusquice? Já ao blog escandaleiras (mas não é escândalo nenhum) ver o que acontece quando se encontra o (ler com pronúncia brasileira) Conde White Castle (voltar à pronúncia normal) num avião...
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Boas notícias para os dentes?

Um grupo de cientistas japoneses inventou uma pasta de dentes que dissolve as cáries (link). Não é necessário ir ao dentista nem perfurar os dentes com a broca, mas por outro lado não se pode deixar que a pasta entre em contacto com as gengivas, porque a elevada acidez e a água oxigenada que fazem parte da sua composição podem causar inflamação. Oopss!
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Piada do dia

Roubada do Barnabé.
"Tome-se o caso de Nobre Guedes. Pediu um levantamento popular em Coimbra e teve-o - quando a Académica marcou o golo que lhe deu a vitória no campo do Gil Vicente no fim de semana passado, o povo de Coimbra regozijou, de pé, junto ao transístor de pilhas. É competência sim senhor."
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quarta-feira, fevereiro 23, 2005

O que me apetece...


...é isto.
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Paraíso de turistas

Pois é, parece que Portugal é mesmo um paraíso para o turismo. Nao só o turismo convencional mas também o turismo exótico, por exemplo, o turismo para os curiosos, amantes do caricato e/ou pitoresco, da raridade que é ver um país que nao sabe se anda para trás ou para a frente (link, via spectrum). Obras paradas, obras aprovadas que ninguém sabe se ou quando serao executadas, quanto mais concluídas, sao a delícia de turistas que, depois de pisarem bosta de cao tiram fotografias, pois afinal, em que outra capital europeia (e nao só) isso seria possível? Lisboa, e Portugal, sao uma raridade, e é preciso fotografar, apreciar bem, que países como estes já nao há por aí aos pontapés.
Já nada me espanta...
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É a crise

O lucro da Brisa em 2004 ascendeu aos 183,6 milhões de euros, o que representa uma subida de 21 por cento face ao ano anterior, mas ainda assim aquém das expectativas.
Crise? Que crise?
(Concorrência? Que concorrência?)
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Finalmente a concorrência?

O Governo seguiu a recomendação da Autoridade da Concorrência e decidiu permitir a instalação de postos de combustíveis junto a hipermercados e supermercados para promover a concorrência, anunciou hoje o Ministério das Actividades Económicas.
Ainda na semana passada, no boletim de acompanhamento do mercado de combustíveis em Portugal, a autoridade constatou que ao longo de 2004 os preços mais baixos do mercado foram praticados pelos postos instalados nos hipermercados.
Já não era sem tempo. Em França, por exemplo, os preços da gasolina são substancialmente mais baixos nos postos de combustíveis instalados ao lado dos hipermercados. Agora resta saber quando é que esta medida entrará em vigor.
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terça-feira, fevereiro 22, 2005

Surpresa

O PCP dá um voto de confianca a Sócrates (link) e ao mesmo tempo dá o toque de que o referendo sobre o aborto é apenas uma manobra de diversao do BE para desviar a atencao do problema de fundo. Jerónimo de Sousa diz que a Assembleia da República tem condicoes para dispensar o referendo e acabar com os problemas das mulheres em Portugal.
Ainda bem que alguém concorda comigo.
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Azul


Quando o mar e o céu se confundem.
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Santana abandona a liderança do PSD

Já não era sem tempo... não sei do que estava à espera (link). Agora é esperar para ver quais serão os candidatos a carne para canhão. Luís Filipe Menezes e Marques Mendes, já estão na fila. Parece-me que a Manuela não se vai meter nisso. Ou então não.
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Gmail

Há uns meses largos, o Google anunciou o seu novo serviço de email, o Gmail. Com 1GB, ou melhor, 1000MB de espaço livre para guardar todos os mails sem ser preciso apagá-los. As mensagens são agrupadas por "conversas", o que torna mais fácil perceber qual o contexto da resposta que se recebe. A pesquisa Google está implementada no serviço de mail, pelo que quando procuramos (no meio dos 1000MB) "aquela" mensagem, uma simples pesquisa normalmente encontra a tal agulha em palheiro (ou a mensagem que falava sobre a agulha em palheiro).
Na altura o maior problema do Gmail era só funcionar por convite. Primeiro os funcionários do Google tiveram acesso a este mail, depois os amigos dos funcionários, e a coisa foi-se espalhando. Hoje em dia, acho que já quase toda a gente tem uma conta no Gmail. De qualquer forma, já faltou mais para o Gmail ser completamente público.

O aspecto negativo do Gmail prende-se com a edição de texto, pelo menos online. Não se pode mudar sequer o tamanho da letra ou escrever a bold ou a itálico. Nem falo em sublinhados. Suponho que não se possa ter tudo, mas mesmo assim espero que mudem isso rapidamente, porque sinceramente, gosto muito do Gmail. Ler o mail (e os arquivos do mail) a partir de qualquer ponto do mundo (desde que esteja ligado à net, com ou sem fios) dá um jeitão.
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Blog do dia

O Mundo de Cláudia (em inglês). Porque fala de coisas que eu não sei, e no entanto aprecio, tem fotos giras e umas piadas que eu não percebo, mas gostava de perceber.
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segunda-feira, fevereiro 21, 2005


O Portugal profundo
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A televisao e os blogues

Há tempos, vi o Daniel Oliveira na Sic Notícias. Hoje, na RTP, o Pedro Magalhaes.
É estranho descobrir a cara daqueles que estao "do outro lado". De tantas vezes "ler" essas pessoas fico com uma ideia de como é que elas serao: nao tanto o seu aspecto facial, mas uma ideia da idade que terao e que aspecto físico terao. O Daniel Oliveira surpreendeu-me por ser mais velho do que eu imaginava (ok, também nunca investiguei que idade teria, nem me passou pela cabeca), o Pedro Magalhaes por ser (ou parecer) bem mais novo do que eu imaginava. Coisas da vida. Faz-me lembrar os tempos da rádio, em que aprendi que quem ouve vozes nao faz a mínima ideia como será o corpo por detrás da voz. E o gajo que conta as anedotas mais divertidas pode ser o mais feio que alguma vez vi. Pelos vistos, já me tinha esquecido dessa licao.
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Porque é que eu gosto do BE

Em 8 deputados eleitos, 4 sao mulheres.
(Nao só por isto, mas também.)
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Mas de onde é que pode ter sido?

Ontem, à meia noite e tal, estava eu de luzes apagadas e quase a dormir, quando alguém me bate à porta do quarto. Era o pequenote lá de casa (quem é que havia de ser). Vinha a choramingar, e diz-me muito aflito:
- Não sei de onde é que esta fome veio!!!

(Eu desconfio que sei, mas levantei-me e fui-lhe dar um leite com chocolate e pô-lo na cama a seguir sem fazer perguntas nem nada...)
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Uma (boa) razão para votar (ter votado) BE

"eu quero viver num país onde uma maternidade responsável não seja condenada.Eu quero viver num país onde cada bebé tenha o direito de ter, pelo menos, uma pessoa perdidamente apaixonada por ele."
Eu devo ser a única, mas acho que o referendo do aborto não devia ser feito. Devia ser aprovada uma lei que permitisse o aborto legal, a pedido da mãe, até às 10 ou 12 semanas. E pronto. A verdade é que essa lei até foi aprovada na Assembleia da República, nos tempos de Guterres, para no minuto seguinte ser substituída por um referendo (obrigada professor Marcelo, desta não me esqueço eu). Espero os novos capítulos desta saga, agora já sem navios de guerra (ou corveta, pois), visto que o fanático da extrema direita foi ao fundo. (não é extrema direita? é a extrema direita que temos...)
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Eu não vi...

Mário Soares fez declarações a menos de 500 metros das mesas de voto, em que falava sobre uma "maioria absoluta". Independentemente do quão errado isso possa ser, Mário Soares sujeita-se ao pagamento de uma multa compreendida entre "cem escudos e mil escudos". Ó meus amigos... estamos a brincar, só pode!!! Então as multas mantêm-se indefinidamente nos mesmos valores? Assim de repente, não seria uma boa ideia dar um valor a essas multas num certo momento (por exemplo, para o ano em que a lei é feita), e definir que, por exemplo, todos os valores indicados nas leis sejam actualizados anualmente segundo a taxa de inflação (e esta seria uma regra simples)?
Há uns anos, vinha num jornal a notícia de que um homem tinha morido um cão numa orelha, por causa de uma aposta com um amigo. Foi julgado em tribunal e condenado à multa de... 2$50. Na altura, 2$50 nem sequer davam para uma pastilha elástica, mas a lei era do tempo da ditadura e nunca tinha sido actualizada. Entretanto, passados estes anos todos, já era tempo de se actualizarem as multas com uma regra simples, não?
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Não vi tudo

Não votei (estava longe, e estas burocracias de votar no estrangeiro dão cabo de mim), mas fiquei contente com os resultados.
Acho positivo que o PS tenha ganho com maioria absoluta - merecida ou não. Espero que a aproveitem para implementarem as medidas necessárias ao país, em particular na área da educação. Lembro-me que os governos de Guterres foram os que geraram (salvo seja) mais doutorados.
Para a CDU, mais dois deputados, e para o BE um crescimento que lhes dá uma voz muito mais audível no Parlamento. Não é que o BE alguma vez tenha sido um partido calado, mas agora com 8 deputados, espero que o barulho aumente.
A melhor notícia de todas foi termo-nos livrado do incompetente Santana e companhia, e como bónus, ver o CDS a descer e o Paulo Portas a demitir-se. Estava à espera que o Santana fizesse o mesmo, mas realmente isso seria demais, para quem se agarrou ao poder de todas as formas possíveis. Parece que o Santana só sai dali à vassourada, e vai ter que ser o seu partido a livrar-se dele. O povo português já fez a parte que lhe cabia.
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domingo, fevereiro 20, 2005

Acabaram-se as desculpas

É oficial. O PS tem a primeira maioria absoluta da história. Agora nao se vao poder queixar de que nao os deixam governar. Vamos ver no que é isto vai dar.
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Estes alemaes sao doidos!!!

Há uns tempos vinha eu num avisao da TAP em viagem Lisboa-Munique, e ao meu lado vinha um par de senhores que comentava, chocado, que em Munique existe um jardim, o Englishergarten, onde os alemaes se poem todos ao léu quando o sol aparece. Nao lhes disse nada, porque a conversa nao era comigo aliás, só ouvi porque estavam mesmo ao meu lado e nao era possível evitá-lo), mas pensei para comigo mesma, isso nao é nada. À beira rio, e nos outros parques e jardins grandes, basta que a temperatura chegue aos vinte graus, já está tudo a tirar a roupa. A mim mete-me impressao, e fujo desses locais. Mas para os alemaes é tudo muito natural. Tao natural que, se forem tomar banho a um lago gelado, também podem tomar banho nus. Tao natural, que se quiserem trocar de fato de banho, é mesmo ali à frente de toda a gente.
Mas neste fim de semana assisti ao cúmulo da "naturalidade"... entao nao é que, com neve por todo lado, e alguns graus negativos, um homem decide trocar de calcas no parque de estacionamento?!!! Pronto, está bem, nao ficou nu, foi só em cuecas (brancas, em Y), mas de qualquer maneira, nao havia necessidade...
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quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Errar é humano... mas por causa dos computadores!

Nunca cometo o mesmo erro duas vezes... há tantos erros novos que posso cometer, que não posso desperdiçar tempo a repeti-los!

Se nos últimos dias despareceram posts gigantes instantes antes de os publicar, hoje os posts aparecem duplicados. Vá-se lá entender esta geringonça. Pelo menos este erro é fácil de corrigir. Entretanto se aparecerem mais duplicados, tentarei matá-los antes que façam estragos. A clonagem será combatida!
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Desemprego

A taxa de desemprego está no máximo de sete anos (link). No outro dia, se bem me lembro no debate a cinco/quatro, dizia-se que é normal ter uma taxa de desemprego alta, e que na UE a taxa de desemprego até é superior à nossa. Por outro lado, outra pessoa dizia que para aumentar o emprego, era necessário baixar os salários. Ora, se os nossos salários já são os mais baixos da UE, a nossa taxa de desemprego também devia ser a mais baixa, certo?
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Leis de Murphy

No Bosque da Robina, um post intitulado "eles querem ser surpreendidos", exprime o seguite desejo:

Trintapermanente: Gostaria de receber em casa um ramo de flores com um bilhete a dizer que à noite me vem buscar para jantar. gostaria que ele que ainda não é meu amor me fizesse isso. eu cairía aos pés dele.

Se a Trintapermanente tiver a mesma sorte que originou as leis de Murphy, recebe o ramo de flores e o bilhete... e quando "ele" aparecer à noite para a ir buscar, ela, em choque, descobre que afinal o seu Valentim é aquele gajo do escritório que ela não pode ver nem pintado...
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Blog do dia

Já leio há uns tempos, e ainda não lhe tinha dado o devido destaque. É o lilás com gengibre. Nas últimas actualizações, fotos muito giras de Dublin, e antes disso, que é como quem diz mais abaixo na página, várias chamadas de atenção para causas meritórias (e não estou a falar de "pobrezinhos"). A descobrir e saborear com tempo.
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Divórcio "amigável"

A ler, no random precision, esta história de um divórcio "amigável". À mistura, um acordo assinado entre ex-marido e ex-mulher, com ou sem (a mim parece-me com) intenção do marido lesar a mulher... Estava-se a ver no que ia dar, mas histórias destas há gigabytes delas, infelizmente. Leiam, é uma lição de vida.
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A mãe perfeita

A Newsweek desta semana lança na capa o tema da mãe perfeita (notícia via melhor que prozac).
Não percebo esta obcessão com a mãe perfeita (principalmente quando o pai perfeito é uma figura muito menor, à qual não se dá importância, nem se atribuem tarefas pré-definidas). Lembro-me perfeitamente da minha própria infância, e como os meus pais, perfeitos ou não, trabalhadores e preocupados com o meu bem estar e das minhas irmãs, nos deram tudo o que podiam dar. Isto sem passar por excesso de preocupação (ok, talvez um bocadinho, não podíamos estar numa situação minimamente próxima de algum "perigo" que eles começavam logo a dizer "Sai daí !), e, espero eu, sem sentimentos de culpa por não passarem mais tempo connosco.
Apesar de passar imenso tempo sem os pais, a brincar na rua ou em casa, mas sem eles fazerem parte da brincadeira, nunca senti que me faltasse carinho ou afecto. Não tenho traumas de infância ou adolescência (embora tenha passado boa parte dela a discutir com os meus pais).
Lembro-me em miúda que uma das coisas que mais adorava fazer era ir para o trabalho do meu pai quando não tinha aulas. Lá havia todo o tipo de maquinetas engraçadas entre as quais um afia lápis com uma manivela que estava preso à secretária por um sistema de parafuso e travão metálico, e uma máquina de calcular antiga, com uns botões giríssimos, redondos, onde eu adorava "fazer contas". E conjuntos enormes, com lápis de todas as cores!!!
Detestava que a minha mãe me levasse ao café com as amigas, e mal acabava o meu sumo começava a puxar-lhe o braço para irmos embora. Pior que isso eram os passeios a pé que os meus pais nos obrigavam a fazer com eles nas tardes de verão, para nos impedirem de ficarmos em frente à televisão até às 7 da tarde, hora em que finalmente o calor era suportável e podíamos ir brincar para a rua.
Também gostava de ir para a escola da minha mãe, nas férias escolares, pois havia tantas coisas para brincar - jogos de construções em madeira, livros que eu ainda não tinha lido, e um sem número de coisas que não havia em casa e que na minha escola nunca havia tempo para ver. E claro, enquanto ela trabalhava, eu tinha a vida facilitada para brincar no recreio e arredores, e fazer a vida negra às galinhas, perus, patos e outros animais que por ali andassem.
Passei muitas manhãs e muitas tardes na biblioteca da minha terra, a devorar todos os livros que por lá havia. Adorava os dias em que, como que por milagre, apareciam livros novos (era tão raro!). Ria-me sozinha no meio de uma biblioteca quase vazia quando lia os livros do Asterix ("Estes romanos são loucos!"), ou do menino Nicolau, ou do Emílio na terrina, ou do Salomão e Mortadela, e muitos mais. A bibliotecária frazia a testa, e eu não ligava nenhuma.
Independentemente de tudo, nunca senti que precisava que os meus pais estivessem mais tempo comigo.
Hoje em dia, como mãe, não me deixo entrar em paranóia. O meu filho tem tudo o que precisa para se sentir bem (comida, carinho, brinquedos, e possibilidades de se exprimir e se descobrir como pessoa), mesmo que eu não esteja lá x horas por dia. Não estou em "modo mãe" mal chego a casa e até o menino ir dormir. Há o modo mãe (brincar, ler histórias juntos, tratar da comida e do banho, e mandar fazer isto ou aquilo porque também é importante que ele faça as coisas para crescer) e o modo "estou aqui se precisares de mim, mas se te entretiveres sozinho, melhor que eu agora estou mesmo cansada/tenho que fazer a comida/tratar da roupa, etc.". E há o modo "vamos jogar playstation a dois que desta vez é que eu te vou ganhar", ou o "vamos fazer ski, andar de bicicleta ou de trenó ou de patins porque não podes ficar em casa o dia todo"... Bem, acho que o "modo permanente" é o de amiga, e em background é o de mãe, porque afinal não posso mandar a mãe embora... há sempre uma preocupação quase que inconsciente, se o menino está bem, se comeu o suficiente (não se safa da fruta, ai os legumes que são uma desgraça, e tem que experimentar uma coisa nova de vez em quando). E muitas vezes limitamo-nos a existir, a compartilhar o mesmo espaço sem que seja necessário fazer alguma coisa juntos (estes momentos às vezes vão dar em ver os desenhos animados a dois, que é o mesmo que estar juntos sem estar, mas partilhar mais uma coisa).
Para mim, o importante é que o meu filho esteja feliz (e está), que não se sinta sufocado pela mãe, e que tenha oportunidades de desenvolvimento, quer através de coisas como livros ou jogos, brincadeiras, pinturas ou outras, como através de contacto com outros miúdos ou outros adultos que não eu. Muito daquilo que somos é resultado do contacto com outras pessoas. Muito do que eu digo, escrevo ou penso, é resultado do que ouvi, li ou vi noutras pessoas, desde muito pequenina.
Não tenho o mínimo sentimento de culpar por trabalhar o dia todo (ok, a verdade também é que trabalho muito menos do que teria que trabalhar em Portugal, por aqui são mesmo só 40 horas, e nem mais um minuto). A minha mãe também trabalhava, e as minhas avós também trabalharam. Quando estamos juntos, mãe, filho, e companhia, divertimo-nos e muito. Temos tempo para brincar, e para estar sossegados. Sem stress.
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Mensagem subliminar

Copiado do marasmo do caos:



Tenham visto ou não, reparado ou não, dado importância ou não, este coçar de nariz de Paulo Portas deu-se durante uma intervenção de Santana Lopes onde este já na parte final do debate de ontem, dizia qualquer coisa como: «Os Portugueses já sabem com quem iremos nós fazer uma coligação, caso o PSD seja o partido mais votado mas não chegue à maioria». A comichão deu-se logo depois desta frase. Será alergia?
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quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Dia dos namorados

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Não há coincidências

Os preços da gasolina 95 são iguais nas três maiores gasolineiras portuguesas por "coincidência", estando nos 1,049€ (link).
Também deve ser coincidência a gasolina em Espanha continuar mais baixa, e que a diferença de preço em relação à Alemanha (onde a gasolina é mais cara) tenha vindo a diminuir bastante. Tanto, que às vezes o preço é igual ao das gasolineiras mais baratas que por aqui se encontram.
Também deve ser coincidência o facto de por aqui o preço da gasolina mudar diariamente (às vezes até durante o mesmo dia), depender da marca e da localização. Claro que é coincidência que em Portugal quem vende a gasolina se queixe de receber as ordens de subida de preço por SMS...
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Portugal e a internet

Portugal está em último lugar entre os 25 países da UE no uso da internet (link). Os baixos rendimentos podem estar na causa deste mau resultado (nada a que não estejamos habituados). Se pensarmos no preço do acesso à internet (a pagar todos os meses), mais o de manter um computador actualizado, e no preço do software mínimo (sistema operativo e anti-vírus), e compararmos com o ordenado médio português (que não anda longe do mínimo), não é uma conclusão surpreendente, pois não?

Deve ser por isso que ainda não nos deixam votar pela internet...
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É lixado

Sentada à secretária, computador em frente, os olhos a sentirem-se esquisitos. Tenho umas gotas à mão, que devia pôr três vezes ao dia, mas que ponho uma vez de vez em quando. Pego na embalagem, desenrosco a tampa, inclino-me para trás, e zás, a gota cai. No olho? não, ao lado. Segunda tentativa. Ao lado. Tento o outro olho, a mesma coisa. Acabo de descobrir uma coisa que não consigo fazer. Levanto-me, vou à casa de banho, pego em papel higiénico para limpar o líquido que está muito perto do meu olho, mas não onde devia estar. Olho-me ao espelho. Aperto a embalagem, a gota está quase a sair. Encosto a pontinha à pálpebra superior, e, maravilha das maravilhas, a gota cai no olho. O mesmo procedimento para o outro olho. Pronto, agora não vejo nada. Lacrimejar, lacrimejar, lacrimejar. Limpar com o papel. Já está, estou pronta para outra. Mais gotas quando estiver outra vez desesperada.
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terça-feira, fevereiro 15, 2005

Choque

Sócrates propoe um "plano tecnológico", porque acha que há poucos licenciados na área das tecnologias. Eu proponho um choque muito maior, e nem preciso de votos de ninguém, apenas da adesao dos pais e maes de criancas em idade escolar: o "choque matemático" ;-). Passo a explicar: as criancas devem ser incentivadas a gostar de matemática. Devem ser ensinadas desde pequeninas que a matemática está em todo o lado. E, quando tiverem problemas com a matemática, o pai ou a mae nao devem vir com a justificacao de que eles também eram (ou ainda sao) maus a matemática. A minha bisavó nao sabia ler. A minha avó só fez a quarta classe. Eu calculo de cabeca o desconto que uma peca de vestuário tem nos saldos... O meu miúdo sabe qual o troco que tem a receber quando paga uma waffle na escola, ou quantas waffles pode comprar com 1 euro. E os outros também têm capacidade para saber.
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Tinha que me acontecer

Estava aqui a escrever um post enorme... E foi à vida antes que tivesse oportunidade de o recuperar. Não é possível!!!
Faço apenas um resumo, porque entretanto foi-se-me a inspiração:
O controversa maresia publicou um post político. Levantou alguma polémica, e alguns comentários foram apagados. O autor desses comentários tem um blog, onde acabou por postar a conversa que tinha sido censurada. Além da conversa apagada, escreve um grande post sobre uma história de um aborto, muito parecida a umas que eu conheço. Vale a pena ler.

O resto do post era sobre a vitimização do PS (diz a vieira do mar, no controversa maresia), e do Santana, que ultimamente dispara contra tudo e todos, desde as empresas de sondagens, ao próprio partido, e agora contra os jornalistas. Um dos jornais que li ontem parecia ter sido totalmente escrito pelos responsáveis da campanha do PSD. Cada vez que ligo a televisão, estão a falar com alguém do PSD, ou a transmitir um comício do PSD. Quando entrevistam os políticos de esquerda é para os atacar com a propaganda de direita. Quando entrevistam os políticos de direita esquecem-se de pedir que justifiquem as péssimas actuações que tiveram enquanto no governo...
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segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Notícias de Sao Valentim

Uma britânica arrancou o testículo ao namorado e foi condenada a prisao por 2 anos e meio em consequência da agressao (link). A notícia, que li hoje no Público (edicao impressa) já tinha pelo menos 4 dias...
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Instantâneos

- Dois jornais
- Um iogurte líquido de melão
- Sol, muito sol
- Muitas fotografias, de tudo e de nada
- A baía de S. Martinho do Porto vista do ar
- Política a mais
- Voltas a mais nos aeroportos
- Fumadores que não podem esperar um minuto, e mal saem do avião enviam logo baforadas para cima de todos
- Pedintes nas ruas
- Vendedores de rifas nos semáforos
- Saber onde se pode comprar tudo e mais alguma coisa
- Tremoços em frascos de vidro
- Natas, queijadas, galões e compais
- Geradores eólicos a estragarem a paisagem por todo o lado
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sábado, fevereiro 12, 2005

Bolos de ovos

Com tantos bolos que utilizam gemas de ovo (natas, pastéis de tentugal, ovos moles, fios de ovo, queijadas, éclaires, napoleões, etc.), pergunto-me o que é que os pasteleiros fazem com tantas e tantas claras de ovo? Não pode ser só pudins molotov, até porque os melhores pudins molotov levam ovos moles em cima...
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sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Entrevista de emprego

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quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Dia sexy

À entrada da cantina, um homem com ar latino (e muito giro!) olha para mim com um sorriso de orelha a orelha.
Na bicha (isso das filas fica para os lisboetas) para o café , outro desconhecido olha para mim de alto a baixo, sem o menor pudor.
À tardinha, peco ajuda a um conhecido, e respondo-lhe que se a ajuda dele nao resultar vou ter com ele para tirar satisfacoes. Ele aproveita logo para fazer sugestoes menos próprias.
Nao sei o que é que tenho hoje...
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Lisboa


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Estes britânicos são loucos

Está tudo doido. Passo a explicar. parece que, finalmente, o príncipe Carlos de Inglaterra se decidiu a casar com a sua suposta namorada de sempre, Camilla (link). Esquecendo pormenores como por exemplo, que Carlos já tem dois filhos, alguém se lembrou de pôr uma questão um bocado a despropósito: "O historiador britânico e constitucionalista David Starkey, ouvido pela Reuters, diz que a grande questão que se levanta com esta união é se ela vai assumir o título de princesa de Gales e se eventuais filhos do casal terão lugar na linha de ascensão ao trono."
Eventuais filhos do casal? Então a mulher não tem 58 anos? Está bem que não seria a primeira a ter filhos com essa idade (ver aqui), mas quais são as probabilidades de isso acontecer?
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Tolerância

Portas anda a armar a bandeira da tolerância.
"Somos tolerantes. Notamos intolerância daqueles que têm ideias diferentes de nós."
Mas que bem!!! Assim de repente não me lembro alguma vez de Portas não ter sido tolerante ou sereno, como ele agora diz... Não, espera... Então quando andava a ser massacrado pelos jornalistas por causa da Moderna? Nessa altura andava sereno, sem dúvida. E quando atacou violentamente os beneficiários do rendimento mínimo garantido, o subsídio à preguiça do governo de Guterres? Sim, nessa altura estava apenas a exprimir serenamente a sua tolerante indignação.* E o episódio do barco do aborto? Não, isso foi apenas uma forma tolerante de mostrar que estava sereno quanto à presença de perigosas criminosas que queriam matar as nossas criancinhas.
Portas é realmente um modelo de serenidade e, acima de tudo, tolerância.

*Hoje em dia, o equivalente ao Rendimento mínimo demora quase um ano a ser atribuído, pelo que aquilo que deveria ser uma ajuda urgente para aqueles que mais a necessitam, acaba por ser um exercício burocrático que não serve para nada
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quarta-feira, fevereiro 09, 2005

O maravilhoso som da língua portuguesa

Já ouviram dizer (a estrangeiros) que português é parecido com russo? Eu sempre achei isto um grande insulto, até que um dia...
Ia eu descansada da vida, a pensar nas minhas coisas, o blog, os jogos de computador e outras que tais, numa das minhas viagens diárias de comboio. De repente, ouco um grupo de pessoas a conversar animadamente, numa língua que me parecia minha... Curiosa e desocupada como estava, claro que me pus logo à escuta. Nao percebi nada... escutei com mais atencao, e nao é que nao percebi absoutamente nada do que estavam a falar? É possível que fosse russo (é a única explicacao que tenho, e por aqui há provavelmente mais russos que portugueses. A partir desse dia deixei de ficar chateada com quem diz que russo é parecido com português. Mas a verdade é que nao se compreende nem uma palavra!!!
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Blog do dia

O da Rita Catita, por causa dos posts sobre a TunaFe (em que tentei entrar, mas falhei por circunstâncias da vida, a chamada falta de tempo) e o Melo (onde comia mal e muito barato). Nostalgia...
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Sondagens

No Margens de Erro encontra-se uma análise às últimas sondagens. A última coloca a questão da evolução das intenções de voto. Em particular, chamou-me a atenção que as intenções de voto no Bloco de Esquerda, sendo inicialmente "altas" (ok, é um termo relativo), vieram a baixar, situando neste momento o Bloco nos 4 ou 5%. Apesar de a margem de erro tirar grande significado a estes valores (uma margem de 2 ou 3% para um valor de 4 ou 5%... façam as contas... pode ser um tudo ou nada), parece-me que esta evolução tem uma razão. O Bloco tem vindo a reforçar publicamente a posição de que não fará parte de nenhum governo. Também fez declarações que levam a concluir que, tendo oportunidade de o fazer, derrubará um governo minoritário do PS. Ora quem quer evitar que a direita nos continue a (des)governar, mesmo que simpatize com o Bloco, pensará duas vezes em votar num partido que não fará governo e que já equaciona derrubar o próximo governo. Na minha opinião, o Bloco perdeu aqui pontos.
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Metereologia

Aquela coisa (que linka para aqui), ali em baixo, do lado esquerdo, a dizer que tempo está em Munique, está sistematicamente errada. Neste momento diz que estão -4°C, quando na verdade estão 0°C. Aliás, quando eu saí de casa esta manhã estavam já -3°C, e com o sol que está, é óbvio (ok, aqui o tempo nunca é óbvio, nem lógico, nem segue nenhuma regra, mas enfim, deixem-me expressar a minha indignação) que a temperatura só podia subir.
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Não há tempo

Hoje não sei se tenho tempo para isto. Tenho montes de trabalho, já desmarquei uma consulta, e ainda vou ter que sair para tratar de burocracia. Ontem aproveitei a folga de tarde para pesquisar monitores TFT para o meu PC, que o meu monitor de 15" já tem pelo menos uns 10 anos, e está a precisar de ser substituído por uma coisa maior e que ocupe menos espaço. Confundidos? :-)
No meio da pesquisa, acabei por trazer para casa um jogo para a playstation, SSX3, um jogo de snowboard com uns gráficos excelentes. É tipo corrida de carros, mas sem carros, com truques e a pista não tem que ser seguida com rigor. Adorei o jogo (por isso é que agora estou cheia de sono), mas só me saí bem na primeira corrida. Aprendi a fazer os truques com a prancha, e logo à noite, a saga continua.
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terça-feira, fevereiro 08, 2005

Blog do dia

Lisbon Photos
Cascais

Lisboa não é das minhas cidades preferidas. Mas as fotos são lindíssimas.
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Smelly Cat

Descobri, via Diário Ateísta, que há uma entrada na wikipédia, em português, sobre o Gato Fedorento. Lendo, fica-se a saber onde tudo começou: o nome gato fedorento deriva de uma música da série Friends, chamada "smelly cat". Primeiro veio o blog, depois a Sic Radical, em primeiro lugar n'"O Perfeito Anormal" e depois em programa próprio. O Gato Fedorento teve duas séries: a série Fonseca (que saiu em DVD por altura do Natal) e a série Meireles. Pessoalmente, tenho esperança que a série Meireles saia em breve, e que estes malcheirosos continuem a fazer humor. O quarteto do fedor tem piada, muita piada. E eu atrevo-me a dizer que tem muito mais piada que o Herman (que deixei de ver desde que se mudou para a SIC e passou a ser apenas ordinário). Aliás, há tempos vi o Herman na RTP memória, o tão saudosamente recordado (por outros, não por mim que nessa altura ainda era uma miúda e não podia ver essas coisas) "O Tal Canal". Não achei graça nenhuma. A coisa mais "engraçada" do Herman que eu me lembro de ter visto era (e suponho que não haja repetição disto) "A Roda da Sorte". Esse programa fez o mesmo que o Gato Fedorento faz hoje em dia: pôr as pessoas a repetir frases sem nexo, e rirem-se a seguir. Herman? Que Herman? O Herman. Que Herman? O Herman. Ahh, o Herman! Que Herman? O Herman... (repetir até à exaustão)

Agora a sério. Vão ver o blog do Gato Fedorento. Se nunca viram, vão aos arquivos, e leiam aquilo tudo desde o início, enquanto ainda é de borla (depois não digam que eu não avisei). Se não têm tempo hoje, que é Carnaval e ninguém devia trabalhar, pelo menos de tarde, ponham um post-it no computador, ou um alarme no telemóvel, ou melhor, ponham o post-it e o alarme, e vejam os arquivos malcheirosos no fim de semana. O cheiro é virtual, aguenta-se bem. Se forem muito sensíveis, usem uma daquelas máscaras de médico.
E para verem que vale mesmo a pena, aqui está um dos primeiros posts dos arquivos (sendo que "primeiros" é um termo relativo).

"HEI-DE MAIL: Já dissemos que não publicamos love mail nem hate mail. Mas publicaremos hei-de mail. O que é o hei-de mail? Simples. Enquanto que o hate mail se limita a insultar, o hei-de mail é onde o leitor realmente lixado nos vai ameaçar. “Eu hei-de vos dar um tiro! A vossa família há-de ver! Hei-de esfolar esse Gato!” Agora, pedimos aos remetentes de hei-de mail para serem, no mínimo, originais e ameaçadores. Portanto: ameaçar com chapada ou murro não dá nada; facada dará menção num post; meter a família ao barulho é sucesso garantido. É por aí.Não temos a pretensão de ser assim tão ofensivos e provocadores, mas já se sabe que há gente com muito tempo livre. ZDQ"

Que é que ainda estão aqui a fazer? Vão-se rebolar a rir para outro lado!
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segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Cusquices...

A saga do preco errado (post1 e post2) continua... Parece que o prémio do apanhado do ano é uma estadia entre uma semana a três meses na Quinta das Celebridades II. Pessoalmente, até acho piada à ideia. É uma oportunidade para ver se o rapaz é realmente tao ingénuo como leva a crer a maneira como foi apanhado na net... (notícia via escandaleiras)
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Contentores para tudo e mais alguma coisa

Se reciclar papel pode ser simples e até nem dar grande trabalho, separar garrafas de vidro, embalagens, e lixo biológico pode tornar-se mais complicado.
Por exemplo, para o lixo biológico, há um contentor próprio, onde se deve colocar o lixo, obviamente sem saco. Ou seja, leva-se o lixo ao contentor dentro de um saco, despeja-se o saco, e de seguida coloca-se o saco no contentor do lixo "normal". Com um bocado de sorte, não se sujam as mãos no processo. Vou aqui correr o risco de algum alemão me identificar e ir a correr telefonar à polícia, mas (respiro fundo) aqui vai. O contentor do lixo biológico à disposição à porta do meu prédio (mas na rua), passa a maior parte do inverno vazio. A razão é que com temperaturas negativas, o lixo biológico congela todo, e depois não há quem o tire de lá. Por causa disso, tenho ordens da minha senhoria para não reciclar lixo biológico no inverno... :-)
Com o papel a história é outra. Não só imprimo dos dois lados das folhas, como carrego alegremente jornais e revistas para o contentor apropriado, também colocado estrategicamente à porta de casa. De inverno ou de verão, o único problema é que toda a gente gosta de usar este contentor, e por isso muitas vezes está quase a abarrotar.
Lá em casa coleccionam-se as mais variadas garrafas, que vão para o ecoponto uma ou duas vezes por ano. Não por serem poucas, mas por preguiça, já que o ecoponto fica a uns minutos de distância e não é prático ir até lá a pé, pelo que ficamos sempre a acumular tralha até se justificar a "viagem".
O meu contentor preferido acaba por ser o único que não é obrigatório usar. É um contentor especial para roupas e sapatos, muito útil para aquela roupa que já não usamos há séculos e que já só estorva, ou para a roupa do miúdo que já não lhe serve. A roupa e sapatos são um "donativo" para uma obra de caridade qualquer (sim, confesso que nem me dei ao trabalho de descobrir), e a parte irónica de tudo isto é o autocolante colado ao contentor que avisa, em letras garrafais, que quem for apanhado a roubar o conteúdo do contentor será obrigado a pagar uma multa de 25 euros. Quer dizer... se alguém tivesse intenção de roubar roupa e sapatos velhos, é porque com certeza teria necessidade deles... Afinal que raio de "caridade" é esta?
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Quer mesmo que eles fiquem?


Roubada do jumento.
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Blog do dia

Encontrei-o via Boas intenções, só porque leio sempre os comentários (quer do meu blog, quer dos blogs dos outros). É o que dá ser curiosa. É o Minhoca na Couve (belo nome, até hoje só tinha encontrado minhocas na terra ou na alface). Mais uma portuguesa na Bavária. O segundo post (de ontem, domingo), chamou-me logo a atenção, fala sobre a mania de pagar depósito sobre quase todo o tipo de garrafas na Alemanha. Eu detesto esse hábito, pricipalmente nas garrafas pequenas que normalmente só se podem devolver no local onde foram compradas. É que só costumo comprar esse tipo de garrafas quando estou em viagem, e depois claro que acabo por nunca recuperar o depósito.
Há ainda os stands onde se compram umas salsichas no pão, e para acompanhar vinho quente (Glühwein) no inverno, e fica-se ali na rua, ao frio (e quando digo frio, estou a falar de frio a sério, de -3°c para baixo), a comer e a beber, de pé!, e no fim, lá se vai entregar o papelinho e receber o depósito ridiculamente alto. Eu já pensei em levar a minha própria caneca, para não me estar a chatear com o depósito, mas depois tinha que andar com uma caneca suja no bolso, e é capaz de ser ainda mais chato do que ficar ao frio...
Só mais um àparte (ultimamente o blog parece feito de àpartes...) eu não bebo Glühwein. Mando o meu namorado comprar-me Kinderpunsch, que é mais ou menos o mesmo, mas em vez de vinho tinto leva sumo de fruta... é doce, e dá para aquecer! Mas o depósito e a caneca são iguaizinhos!
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domingo, fevereiro 06, 2005

Fim de semana branco


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sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Impressões de campanha

Santana, em declarações às televisões há uns dias, respondeu claramente que gostava dos colos das mulheres de Braga, e que Sócrates preferia outros colos. Dias depois, vem afirmar que não disse nada disso...
Nobre Guedes, ministro em funções (de gestão, seja lá o que isso for), afirma a uma rádio que o povo de Coimbra devia fazer um levantamento popular para impedir Sócrates de entrar na cidade.
Paulo Portas vem dizer que Nobres Guedes não disse o que disse.
Bagão Félix diz aos clubes para pagarem as dívidas. Lobo Xavier, advogado, político nas horas vagas, diz-lhes para não pagarem.
Santana quer pôr os reformados a fazer cursos tecnológicos.
Santana quer fazer referendos sobre a eutanásia, a clonagem, e os casamentos gay. Mas quanto ao aborto, isso é outra conversa.
Sócrates que manter os impostos. Santana quer baixar o imposto automóvel, que é o que afeta as famílias mais pobres. Sócrates quer dar um suplemento aos reformados que recebem menos de 300 euros por mês.
Santana ainda não percebeu que os portugueses não são americanos.
Os "hmmpf" ganharam o debate Sócrates-Santana.

Já se fala em reformas aos 68 anos.
Canto e Castro morreu há uns dias, com 64 anos.
Adriano Cerqueira morreu ontem, aos 66 anos.
O nosso obrigado por não sobrecarregarem a segurança social.
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quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Brincadeira...


Via blogotinha, as brincadeiras do typogenerator.
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Liberdade

A propósito da afirmação de Pacheco Pereira de votar no PSD, apesar da sua posição contra Santana Lopes, leio no barnabé: "Apesar das coisas extraordinariamente violentas que escreveu acerca de Santana, a posição de Pacheco tem de ser respeitada. A militância partidária implica um certo grau de disciplina e obediência."
Deve ser por isso que tanta e tanta gente não se filia nos partidos. Esta conversa para mim soa demasiadamente como religião... ou tropa...
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quarta-feira, fevereiro 02, 2005

E por falar em neve...

Tenho uns 60 cms de neve na minha varanda. Nos últimos dias é necessário desenterrar o carro para sair do estacionamento. E por falar em estacionamento, ao voltar para casa tivemos (tivemos... quer dizer... alguém teve...) que escavar um lugar de estacionamento... A minha rua está reduzida a uma faixa (nao que alguma vez tivesse tido duas). O meu vizinho, um sortudo que tem garagem, hoje nao foi muito longe. Ficou preso na neve a uns escassos metros de casa, e voltou para trás. Até para voltar a meter o carro na garagem teve dificuldades.
E por falar em neve e em carros, um eslovaco foi apanhado, dentro do seu carro, por uma avalanche. Nao conseguindo escavar uma saída, utilizou o que tinha mais à mao: 60 garrafas de cerveja. Mas nao pensem que deitou o precioso líquido na neve, nada disso. Tratou foi de ir bebendo a cervejola, aquecendo-a com o calor do seu organismo, e depois, o fim inevitável... um certo líquido amarelo. Ora depois de 60 litros de cerveja, que imagino que tenham originado uns 60 litros de xixi, o homem conseguiu abrir um buraco na neve que lhe permitiu libertar-se (noticia aqui).
Nao sei quem inspirou quem, mas a verdade é que já se pensa em instituir o "fazer xixi na neve" como desporto olímpico (link). Pelas fotos do site, dá-me impressao que é uma modalidade artística...
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Neve, neve e mais neve

Tem nevado o dia todo, sem parar. À minha frente, uma pequena "varanda" com algumas plantas, está coberta de neve. De manhã, eram uns 20 cm. Agora até os arbustos, de cerca de 80 cm de altura, estão cobertos de neve. Sobra apenas uma pequeninha mancha verde de um dos lados.
Nunca vi tanta neve junta. Flocos de neve gigantes. Alguns voam para cima. Outras vezes o vento cria redemoinhos de flocos de neve que dançam de uma maneira estranha. Os telhados estão cobertos por massas de neve enormes, e dou comigo a imaginar essas placas de neve a deslizar telhado abaixo.
Quando era miúda, a neve era um acontecimento raro, e causador de imensa alegria. Não só pelas imensas brincadeiras que proporcionava, mas também pelo prazer extra de não ter escola. É que quando os professores e os meninos das aldeias não se podiam deslocar à escola (as estradas ficavam bloqueadas), não era possível haver aulas.
Pergunto-me quanta neve será necessária para que as pessoas sejam obrigadas a ficar em casa nesta cidade. E, pelo sim pelo não, hoje vou fazer umas compras extra...
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O valor da saúde

Os laboratórios farmacêuticos foram obrigados a descer os preços a 152 medicamentos (link). É caso para pensar na lei do mercado, na oferta e na procura. Se não houvesse regulação do mercado da saúde, qual seria o preço dos medicamentos? Provavelmente o valor que eles têm para quem deles precisa, desde valores baixos no caso de doenças ou mal-estares pouco importantes - um xarope para a tosse não valerá mais que poucos euros - até todo o dinheiro que se tenha no banco, e mais até, no caso de doenças graves, como a SIDA, cancros e outras. E a mesma coisa vale para os serviços de saúde (médicos, tratamentos, análises). Neste mercado, não há concorrência que faça baixar preços. Anda tudo ao mesmo.
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Sócrates na TV

Ontem, muito por acaso, lá apanhei a parte final da "grande entrevista" com Sócrates. Fiquei positivamente impressionada com as respostas do político, principalmente na parte que tocou aos boatos lançados pelo PSD. Sócrates esteve bem, e conseguiu sair por cima de uma situação potencialmente prejudicial para ele. Gostaria de ter ouvido mais sobre os planos de governação do PS, mas a Judite de Sousa tanto se fartou de insistir no "mas como é que vai ser se não tiver maioria absoluta?" que não deixou Sócrates acabar o que estava a falar. A jornalista revelou-se irritante. Ora eu percebo que uma entrevista não é um espaço de "tempo de antena", mas se o homem já tinha dito que não ia responder à pergunta porque fazia parte da sua estratégia não falar disso, para quê insistir, insistir, insistir?
Gostei da atitude positiva (também pode ser chamada irrealista por alguns):
- sobre a economia: se antes crescemos 3% temos de voltar a crescer 3% ao ano para nos aproximarmos da UE em vez de nos distanciarmos;
- da boca de José Sócrates não se ouvirá um discurso da tanga, independentemente de quão mau seja o péssimo estado das finanças públicas.
Em relação ao plano tecnológico apenas me ficou na memória uma parte, relativa à contratação de licenciados em engenharia e gestão pelas pequenas e médias empresas. Parece-me que isso vai dar em mais um subsídio às empresas e não me agrada. Tenho colegas que à custa de susbídios de governos anteriores (de Durão Barroso, por exemplo) foram contratados por 6 meses a receber apenas a parte que competia ao governo (ou seja metade do salário) e no fim despedidos, quer dizer, o contrato não foi renovado, porque a empresa estava mais interessada em contratar um novo empregado à pala do Estado. Parece-me que assim não vamos lá...
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terça-feira, fevereiro 01, 2005

Horror...

Acabo de descobrir aqui que uma das minhas britcoms preferidas ('Allo 'Allo) teve 9 séries, num total de 85 episódios!!! E ainda para mais, parece que será vendida a conta-gotas, uma vez que até hoje apenas consegui comprar as séries 1 a 4. Que injustiça, porque é que não vendem uma caixa com tudo e acabam com esta espera?
A mesma coisa com o Seinfeld (um dia destes tenho de escrever um post acerca disto...), 9 séries no total (mas 180 episódios), e apenas consegui comprar as 3 primeiras, que ainda para mais são as que têm menos episódios, à volta de uns 50 distribuídos pelas 3...

Nota: Estas minhas compras na amazon andam a dar muito mau resultado. Não é que comprei as séries 3 e 4 (uma só caixa DVD) quando já tinha as séries 1 a 3?? Ao menos não sou a única distraída...
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Para rever a 20 de Fevereiro

Isto, no spectrum. A ver se a bruxa é das boas.
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