quarta-feira, janeiro 31, 2007

Recordações

Não me lembro de tudo o que aconteceu há alguns dias, meses, anos. Não me lembro de todos os colegas da escola, lembro-me de alguns que apareceram a meio de um periodo, e não faço ideia quanto tempo me fizeram companhia, nem para onde foram depois. Lembro-me de andar à porrada com alguns rapazes, lembro-me de escolhermos as equipas de futebol (primeiro escolhíamos os capitães, que se punha frente a frente e depois, um de cada vez, punham um pé à frente do outro, encostado, e quem pisasse o outro capitão era o primeiro a escolher), e do rapaz que era sempre o último a ser escolhido. Não me lembro do meu primeiro dia de escola, mas lembro-me da minha primeira pasta, e lembro-me da cestinha que a minha mãe me mandava com o lanche - um copo de plástico com tampa e chocolate lá dentro, para misturar com o pacote de leite simples que nos davam na escola, e ainda uma sandes de qualquer coisa. Lembro-me do rapaz da turma da tarde, mais velho, que queria ser meu namorado, e com quem fazia corridas de bicicleta que eram cronometradas sem relógio - eu perdia sempre, a não ser que realmente arranjássemos um relógio para contar o tempo. Lembro-me da miúda que um dia chegou vinda de outra escola, muito longe, e de quem fui a primeira amiga, e por causa de quem levei algumas das pouquíssimas reguadas que apanhei na escola (ainda assim, mais do que as que gostaria de ter levado), por estarmos a falar. Lembro-me de esfregar a mão na perna metálica da mesa, depois da reguada, e ficar contente por ser Inverno, pois assim a perna estava fria e aliviava a dor.
Lembro-me da minha mana mais pequena ainda usar fraldas, e de a minha mãe me pedir que as fosse buscar, ao gavetão de baixo do meu guarda-fatos. E lembro-me de nos deixarem, às filhas, em casa dos avós, para irem não sei onde.
Lembro-me de fazer cinco anos, de receber roupa de prenda e detestar, e ainda uma data de livrinhos de histórias que li, reli, e de onde mais tarde recortei os desenhos e colei noutro lugar. Lembro-me de, também por essa idade, a minha mãe uma vez me ter deixado sozinha em casa, à tarde, porque eu estava a dormir, e quando ela voltou, tinha eu acabado de acordar, ela me perguntar se tinha lido a mensagem que ela me tinha deixado - eu nem tinha visto nada. Lembro-me de ter pesadelos com o Joe Índio, e lembro-me de um pesadelo recorrente, em que passava o tempo todo a fugir não sei de quê, e ao fugir passava num caminho que tinha um carocha vermelho. E lembro-me de uma vez ter visto um filme com canibais e depois sonhar que uns canibais me queriam comer, e de eu fugir , fugir, fugir, os canibais apanharem-me e levarem-me para a "casa" deles, e depois a canibal que ia fazer a comida pôr-me em cima de uma mesa, e enquanto começava a preparar o almoço - eu - os bichinhos comerem-me toda.
Lembro-me de, teria aí uns 4 anos, me divertir com a minha irmã a fazer de conta que escrevíamos grandes cartas, e onde a única coisa realmente legível, a única coisa que realmente sabíamos escrever, era "RTP". E lembro-me da empregada ter um filho chamado Valentim, que era o nome de tinta para pintar casas.
Ainda antes disso, lembro-me de a minha mãe arrumar os produtos de toilete na malinha de "fim de semana", quando íamos a casa da minha avó. E lembro-me de perguntar se os meus tios iam lá estar, pois isso era brincadeira garantida. Lembro-me de o meu tio me levar a passear com os amigos dele, quando eu era mesmo muito pequenina, de me levar ao café e me deixar ficar a brincar com as máquinas (sem moedas, mas mesmo assim), e de me levar ao parque para andar de baloiço.
E antes disso, não me lembro de nada. Não me lembro de mudar de localidade, de mudar de casa, da minha irmã nascer.
Não me lembro de nascer, não me lembro de começar a existir, não me lembro de coisas que sei que aconteceram. E pergunto-me, será que existi, nesses momentos de que não me lembro? Claro que existi, mesmo que eu não me lembre, havia outras coisas e pessoas que garantem que eu estava lá, a própria vida traz-me a certeza de que existi. Ainda assim, e antes?
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Que caraças

Aqueles gajos que me fazem rir durante o dia, continuam a fazer-me rir durante a noite. E quando acordo, fico aparvalhada com as coisas que aconteceram enquanto eu dormia. Depois de uma vida fantástica, é muito difícil voltar à realidade. E não tem piadinha nenhuma.
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terça-feira, janeiro 30, 2007

Aborto
(uma só vez)

Se eu, mulher portuguesa a residir na Alemanha, fizer um aborto segundo as condições legais alemãs, estou a desrespeitar a lei portuguesa, e como tal mereço ir para a cadeia durante 3 anos?
E, nesse caso, porque é que eu, uma mulher portuguesa a residir na Alemanha, não posso votar no referendo?


Escrevi isto ontem, e não publiquei porque não me quero meter em discussões sobre o referendo. Já me meti em mais discussões do que queria na altura do primeiro referendo, e cansei. Eu tenho a minha opinião, que não vai mudar independentemente do que diz quem pensa o contrário, e duvido muito que a opinião dos outros, daqueles que têm o discurso mais radical, mais irritante, mais enervante, vá mudar por ouvirem o que eu digo. Eu acredito que as pessoas, tendo liberdade para escolher, escolherão sempre o que é melhor.

De qualquer modo, hoje revisitei este assunto numa conversa por email, e acabei por publicar este meu pequeno desabafo. E, a propósito dessa conversa, descobri as respostas às minhas perguntas.

1 - Os portugueses residentes no estrangeiro não podem votar no referendo (informação daqui).
2 - Como residente noutro país, a lei penal portuguesa (incluindo o aborto) não se me aplica (informação daqui). Do mal o menos.

Isto leva-me a outra questão. Portuguesas, acham justo que eu, Maria da Silva, nascida e criada em Portugal, obrigada a ir à missa até aos 18 anos (praticamente...), obrigada a ter aulas de religião e moral até ao décimo primeiro ano de escolaridade, residente na Alemanha, possa fazer um aborto sem ter que me esconder, sem ter vergonha, porque não tenho dinheiro para o criar, ou porque o pai deu à sola quando lhe disse que estava grávida, porque sou muito nova, ou por qualquer outro motivo que eu ache forte, e que a única sanção que poderei sofrer será algum peso na consciência - se a minha consciência mo ditar - e vocês não tenham sequer escolha?
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domingo, janeiro 28, 2007

Assim sim

Soube logo que acordei. Tinha sonhado que tinha ido fazer ski, e partes dos caminhos tinham areia - areia! - e não havia neve suficiente. Premonição, talvez. Ao olhar pela janela do meu quarto, olhos ainda meios fechados, percebi logo que se passava alguma coisa: faltava algo à árvore em frente à janela - a neve. Estão 6 graus positivos e faz sol. A neve está a derreter. As nuvens foram passear para outras paragens. O lado negativo é que as pistas de ski estão a meio gás. Na estância mais perto daqui, metade das pistas estão fechadas. Nada que me apoquente. Desde que vivo em Munique, este é o melhor Inverno de sempre. Nunca antes nos meses de Inverno tinha andado durante tanto tempo com um sorriso de orelha a orelha. Fantástico. Tão fantástico, que abri a porta da varanda e me pus a dançar ao sol, em t-shirt e calções, e a cantar ao mesmo tempo. Acho que um dia destes os vizinhos me mandam internar. Já estive mais longe disso. ☺
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X anos...é muito tempo

Não me lembro há quantos anos fechou a virgin do Porto. Há bastantes, há mais de 6, tanto quanto consigo referenciar esse acontecimento no meio da minha vida. Acho que ainda paguei em escudos!
Antes de fecharem, fizeram uns saldos fantásticos. CDs a metade do preços, e outros com 70% de desconto. Calhou eu passar por lá, e claro que aproveitei, tanto quanto o meu orçamento permitia, para comprar uma data de CDs ao preço da chuva. Aí uns 4 ao preço de 1, e mais um para lhes fazer companhia. Recordo-me de trazer 3 CDs diferentes dos INXS, um dos Oasis (uma colectânea de lados B), a banda sonora do Sixth Sense, e um CD do Elton John. Afinal foram seis. Nunca ouvi muito nenhum deles. Dos INXS, retirei as minhas músicas favoritas e copiei-as para outro CD que anda no carro. Os Oasis, ouvi duas ou três vezes, e nunca mais os voltei a tocar. A banda sonora, era um bocado esquisita, e nunca me senti "naquele" espírito, em que aquela seria a banda sonora ideal. E ontem, depois de todos estes anos, estava eu a copiar os meus CDs para o computador, quando me voltei(?) a deparar com o CD do Elton John. Aquilo foi um erro. Por muito barato que fosse, foi um desperdício de dinheiro. Pois quando eu ia copiar uma música desse álbum para a minha nova colectânea, o Crocodile Rock, para o caso de alguém querer saber, e finalmente escutei antes de gravar, percebi a asneira que tinha feito. Mas para que raio é que eu quero um CD do Elton John gravado ao vivo??? E como é que eu não percebi logo que "one night only" só podia ter sido gravado ao vivo? Sou uma vítima dos saldos...

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15 minutos

Costumo dizer que uma das vantagens de ver séries originais com legendas é que podemos apanhar as piadas com duplo sentido que só resultam na língua original. E pode-se aproveitar para aprender umas palavras novas. Por outro lado, também se apanham os erros de tradução, que às vezes também podem ser divertidos. Com o cabo, hoje em dia, há muitos mais filmes e séries à disposição, o que traz mais um aspecto às legendagens, que não sendo propriamente uma novidade, acaba por se notar muito pela maior frequência com que ocorre: os erros de português. Eu normalmente nem reparo, porque estou a ouvir a televisão e não a ler, mas há alturas em que se propicia a que eu também leia legendas. Por exemplo, quando, por qualquer motivo, tenho o som muito baixo. Hoje, em 15 minutos(sem exageros), apanhei legendas com estas três palavras:

viajem (não como verbo, mas como substantivo)
doçes
conseguieste

Por razões que desconheço, estas coisas fazem-me comichão no cérebro. E irritam-me.
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sábado, janeiro 27, 2007

Regresso ao passado

O brilhante, alto, divertido e nú sniper fez-me lembrar o meu professor da faculdade favorito (quer dizer...). Eu gostava de ir ver os exames, sempre que não corriam como eu gostaria (ou seja, muitas vezes). E não porque eu fosse aluna do tipo 1 (escritora a metro) ou do tipo 2 (os que acham que o professor é bruxo) - aliás, acho que este tipo de alunos devem ser dos que vão para letras, que os de ciências não têm maneira de inventar (quer dizer... se calhar têm, é preciso é muita imaginação). Ainda assim, com este meu querido professor (que tinha grandes qualidades e alguns defeitos horrorosos a acompanhar), o dia de ir ver o exame era sempre qualquer coisa de memorável. Ou porque descontava por coisas que não tinham nada a ver (você escreveu aqui a fórmula geral (com letras e sem números), e neste exercício o que se aplica é o caso particular, e só lhe descontei 10% porque depois usa a fórmula certa para o caso do exercício - ó professor, mas eu não usei essa fórmula para nada, só estava aí para me lembrar!), ou porque um engano (um número errado ou mal copiado) no início do exercício dava logo direito a um corte de 75% da cotação partindo do princípio que as contas monstruosas para a frente estavam certas, ou ainda, a minha favorita, porque num exercício extremamente difícil e demorado, depois de 4 páginas de equações muito complicadas, não terminei o exercício e como tal, levei a merecida cotação de 50%. E o comentário do professor foi "ia tão bem, mais ninguém conseguiu resolver tanto do exercício, porque é que não acabou? A segunda parte era igual à primeira, mas com números diferentes..." (obviamente que não acabei porque não tive tempo!)
Foram tempos divertidos... mas ainda bem que acabaram! Hoje em dia não me estou a ver a queimar pestanas noites a fio, embora tenha saudades da flexibilidade horária. :)
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Sensasionalistas?! Nós?!

Os senhores da TVI foram apanhados com a boca na botija. Grande reportagem, a partir de Vila Real, com geada nos carros e tal. Dizem eles que está frio, muito frio, dois graus negativos. Mas não dizem quando. Pela conversa, parece que está mesmo muito frio. Uma fonte gelou - mas pela quantidade de água que leva, não deve ser muito difícil isso acontecer. Entrevistam um velhote que lhes diz que já está habituado - pudera, a geada é uma coisa normalíssima no Inverno, por aquelas paragens, e a neve também não é nada de extraordinário, embora para já não a haja. E eu, a ver aquilo, e a pensar, que estranho, os homens estão à conversa na rua e não se vê o bafo de vapor da respiração, será que está assim tanto frio? No final da reportagem, a resposta às minhas questões: enquanto o jornalista termina a reportagem, por trás dele está um daqueles quadros electrónicos das câmaras com informações úteis. Neste caso, utilíssimas: eram 9h40 da manhã e estavam 7 graus. Positivos.
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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Brrrrr

Ai que frio e tal, alerta amarelo e o camandro. Friorentos, medricas, não, não é nada disso, o pessoal é que não está habituado a que esteja tanto frio. Mas que frio, minha gente? Estão só -8 graus lá fora. Nada de especial, que isto quando vai abaixo de zero é tudo o mesmo, é pôr os cachecóis, luvas e gorros a uso, que no passa nada. No primeiro dia de frio, cá, quando estavam aproximadamente uns 0 graus, que isso quase nem é frio (ainda saí à rua de t-shirt e casaco quentinho por cima, mais nada, e não tive frio nenhum) andava uma miúda na rua com um fato de neve. Bem, pensei para com o fecho do meu próprio casaco - já que não tinha botões e uma pessoa tem que monologar com alguma coisa - se com esta temperatura já há quem use fatos de neve, que será que vestem quando realmente estiver frio? Assim uns -10, -15, -20 graus? (Os -20 são muito raros, mas mesmo assim, há que prever a eventualidade.) Não importa. O que interessa é que é fim de semana de neve, o primeiro, e portanto abriu a época do divertimento gelado. A saber: trenó, bonecos de neve, ski, e coisas que tal. Moonboots são indispensáveis.



* O torcicolo melhorou bastante, obrigada. Muitas compressas quentes, botijas de água quente e coisas assim resolveram (quase) o problema.
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quarta-feira, janeiro 24, 2007

A preto e branco

Isto agora é assim. O céu é branco, as ruas são brancas, os carros são brancos, só metade dos troncos de árvores é que são pretos, e o resto, é tudo, tudo branco. Ah, e há também os corvos, pretos, que nunca arredam pé, como se quisessem expulsar o pessoal, teimando que aqui é a casa deles.
Isto foi tanta coisa a acontecer de uma vez, o frio a chegar, a neve a cair, a humidade a chegar a zero, a só se aguentar (confortabilissimamente) em casa, que o meu pescoço já não sabia para onde se havia de virar. E depois, deixou de virar. O sacana dói-me, e não há maneira de o poder mexer. Já experimentei compressas que dão a sensação de frio, já experimentei uma botija de água quente, já tomei banho de imersão durante mais tempo do que normalmente teria paciência para aguentar, até tomei um comprimido para as "dores reumáticas" - dizia assim na caixa, escrito por mim, mas não sei de onde é que tirei essa informação - fora da validade, e nada. A velhice é lixada.
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terça-feira, janeiro 23, 2007

Cor

E a cor do dia é.... branco! É possível que o Inverno tenha chegado. Por mim, podia nem ter vindo. O comentário do pequenito foi "até que enfim!". O receio de que não houvesse ski este ano foi-se. Este fim de semana, estamos garantidos.
Quanto aos trenós, para já há que ter paciência. É que se a neve e o frio chegou tardiamente (e ainda estou para ver quanto é que isto dura, porque me parece que não vai ser muito) , para se poder deslizar moita abaixo é preciso mais uns dias de neve e frio, a ver se o solo congela. Patins em gelo nos lagos, este ano é mesmo para esquecer, o frio já vem muito tarde. Não que eu me fosse meter nisso, sou demasiado cagarolas para arriscar a vida pelo prazer de deslizar numa pista de vários quilómetros quadrados. Entretanto os nativos, que já andavam incomodados com a falta do frio - bem se via, nas suas caras menos franzidas que o habitual por esta altura do ano, e pela expressão de quase felicidade com que andavam até hoje - sentem-se finalmente no Inverno. Uns passaritos brancos, que vi de manhã em cima de um poste de electricidade, confundindo-se com a paisagem, já que estava mesmo tudo branquinho, é que pareciam um bocado perdidos. Talvez se tenham esquecido de voar para o sul. Algumas árvores também andavam baralhadas e já se viam rebentos a indicar a primavera. Finalmente, voltou tudo à normalidade. Dizem os manda-chuva.
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segunda-feira, janeiro 22, 2007

Ele é feio!

É lixado ver pessoas, profissionais, quase à porrada. E não estou a falar de pugilistas. Sentir uma tensão de cortar à faca (ou à machadada, mesmo), e não poder fazer nada para alterar a situação. Por um lado, não é nada comigo - quer dizer, até é, porque tenho que arcar com este mau ambiente, mas eu não provoquei a situação, nem a alimentei, nem sei muito bem como acabar com ela. Por outro, prejudica toda a gente. E não adianta tentar meter algum juízo naquelas cabeças casmurras. Quando os meninos se querem portar mal, não há quem lhes valha. Deixá-los andar às turras até que se fartem. Só quero é que não sobre para mim, mais do que já tive que aturar (e não foi pouco). O mais inacreditável é que depois ainda vêm dizer que "ele é que isto" ou "ele é que aquilo". Pais de filhos, que não percebem que se comportam como criancinhas. Que gente infantil.
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Objectos extremamente inúteis

A balança (digital) deve estar avariada. Só pode. Porque se eu estivesse a pesar o que lá diz, já não cabia nas calças (ainda caibo).
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Objectos extremamente úteis

A tesoura. Não só dá para cortar papel ou cartão e abrir cartas, também pode servir para dar aquele primeiro golpe na casca da laranja, ou na casca de uma banana (eu nunca consigo abrir bananas só com os dedos). Não esquecer limpar logo a seguir, para não ganhar ferrugem.
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Ano novo... t-shirt nova

Hoje é dia da t-shirt que diz "I don't like monday". Não é que não goste de segundas, o que eu odeio é ter que me levantar cedo (i.e., antes das 9) seja em que dia for. Por esta ordem de ideias, podia ter uma t-shirt para cada dia da semana, a dizer que não gosto de nenhum deles. É sempre giro provocar os outros. Dar-lhes um motivo fácil para dizer outra coisa diferente do já muito gasto "não tens frio"? :)
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quinta-feira, janeiro 18, 2007

Cínica

Com o novo ano, e a boa disposição fora de época - afinal o inverno costuma ser sombrio, o que me põe sonolenta ao ponto de querer hibernar, e por algum motivo as lâmpadas substitutas do sol (como se isso fosse possível) são um must em qualquer lar alemão - descobri um novo aspecto da minha personalidade. Agora dá-me para ironizar a toda a hora, fazer trocadilhos que mais ninguém entende, dizer coisas quase em código, e, pior que tudo, estar-me completamente nas tintas que eu seja a única que sabe o que estou a dizer ou a fazer, e porquê. A compreensão dos outros não me faz falta. Estou a um passo da loucura - mas deve ser uma loucura saudável, porque ainda ninguém deu por nada. Além do mais, com algumas das coisas que me têm acontecido ultimamente, só com uma boa dose de ironia é que posso andar por aí como se nada me incomodasse. E nada me incomoda. Nem o tipo que me andou a empatar o dia todo e que me atrasou a saída em duas horas e meia, para nada. Fala, fala, fala, fala, fala, fala, e não o vejo a fazer nada. Nem a dizer nada de jeito. Caramelo.
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Bate leve levemente

É o aquecedor global a fazer das suas. 15 graus em Janeiro, positivos, é um espectáculo, mas claro que há sempre uns descontentes que só sabem protestar. Os lojistas queixam-se que nao vendem nada - estamos na época alta para vender equipamento para a neve, e os trenós, skis, fatos para a neve, gorros, luvas, cachecóis, ficam todos nas prateleiras. As máquinas aspiradoras de neve, idem, as escovas para retirar o gelo das viaturas não servem para nada, a gravilha para cobrir a neve e impedir que o vizinho escorregue, parta uma perna e nos caia em cima com um processo - que aqui os tribunais não são tão meigos e lentos como os portugueses - também não tem tido saída. Os empregos sazonais também estão a deixar muita gente sem ter que fazer - que o digam os trabalhadores que costumam passar o inverno (e o outono e a primavera, às vezes) a limpar as estradas e os passeios da neve.
As estâncias de ski ainda estiveram cheias no Natal, porque as pessoas costumam marcar de um ano para o outro, mas de momento estão às moscas (em comparação ao que é costume). O melhor desporto para fazer nas montanhas de momento é paragliding - as condições de momento são excelentes, até melhores do que no verão, conheço pessoas que ainda há uns dias se aguentaram no ar durante mais de 3 horas.

E se até agora estava tudo bem, hoje fomos brindados com um aviso de tempestade de vento. Pelas notícias, e anúncios, parecia que vinha aí uma coisa mesmo séria. As escolas fecharam a seguir ao almoço, e havia rumores de que os transportes públicos não estavam a funcionar (mentira...). O facto é que anunciaram ventos de 120 km/h por volta das 4 da tarde, mas na verdade o vento que havia por essa altura não era nada de impressionante... Neste momento consigo ouvir a ventania lá fora, mas ainda não estou preocupada que alguma árvore me caia em cima do carro.
Até pode ser que piore e se torne uma tempestade a sério. Mas para já, e tendo em conta que o pior momento tinha sido anunciado para as 4 da tarde, não estou nada impressionada. Parece que a comunicação social não tinha mais nada de que falar - alerta vermelho em Munique, e podemos sair de casa para ir às compras na boa??? Quando não se puder sair mesmo, então qual será o alerta? Preto? Deve ser...
Já agora, estive a ver na wikipedia e parece que estas tempestades de vento no inverno não são assim tão invulgares quanto isso. Aquecimento global ou não, a verdade e que não é a primeira vez que isto acontece.
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quarta-feira, janeiro 17, 2007

It breaks my heart

O meu namorado é um amor. Ficou muito contente com a compilação de músicas que lhe arranjei para andar no carro - bem melhor do que ter milhares de músicas no leitor de mp3 e ouvi-las em modo "random", apesar de ele não entender a diferença entre baralhar as músicas e ordená-las sem qualquer critério de musicalidade, ou passar horas a ouvir músicas para escolher aquelas que realmente encaixam umas nas outras para que mais tarde não tenha que carregar no forward ao apanhar um susto - ou sou só eu que sou sensível e não aguento músicas que pura e simplesmente não têm nada a ver umas com as outras?
Dizia eu - que cada vez mais tenho destes ataques em que me apetece escrever frases infinitas, apesar de saber muito bem que isso não se deve fazer pois pode baralhar os leitores e ao tornar a leitura mais difícil e provocar que de vez em quando se tenha que voltar atrás para saber afinal do que é que se estava a falar - que o meu mais que tudo é um querido. Amoroso. Ele aprecia verdadeiramente - já não consigo dizer/escrever verdadeiramente sem me vir à cabeça o Sócrates - todo o trabalho que eu tive para lhe reunir a compilação perfeita. Isto, já para não falar do esforço extra de copiar as músicas de um CD para outro. Felizmente já não estamos nos tempos da cassete, em que ainda se tinha que contar o tempo de cada música e calcular uma selecção que ocupasse exactamente os 30 minutos (ou 45) de cada lado.
O mais importante para mim era fazer o meu homem feliz. E consegui. Ontem à noite, ele admitiu que aquela compilação é genial. Especialmente a música 16, que tem uns baixos excelentes que fazem com que se ouça o barulhinho (uma ressonância qualquer) que a porta do carro só fazia às vezes. Agora já pode levar o carro ao mecânico sem fazer figura de asno, pois pode sempre reproduzir o tal barulho. E anda uma gaja a esforçar-se tanto, para isto. Hmpf.
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terça-feira, janeiro 16, 2007

Geralmente

Irritam-me as generalizações. Todas. As mulheres isto. Os homens aquilo. Os meninos isto. As meninas aquilo. Os velhos são assim. As sogras são assado. As loiras isto. Os ciganos aquilo. Os estrangeiros aqueloutro. Fico com a impressão que quem generaliza não faz a mínima ideia do que está a falar. Não conhece excepções às afirmações que faz (se conhecesse, não as fazia). Não vive, passa pela vida como um passageiro adormecido num transporte público, que só acorda depois da sua paragem.
Ainda assim, já me irritou mais. Já perdi horas e horas infindas a contradizer generalizações. Hoje em dia, deixo passar. Falta-me a paciência para contra-argumentar. Para apresentar meia dúzia de exemplos. Além das generalizações, irritam-me as discussões intermináveis. E no fundo, nada daquilo me interessa. Quem generaliza, não vai mudar de opinião só porque há exemplos contrários. Ou factos estatísticos que provem que está enganado. E eu também não.
Não é que tenha desistido completamente. Mas já só faço "o meu" comentário. Não discuto. Se é tão importante para eles, levem lá a bicicleta. Se não estão interessados no que os outros possam pensar, se não querem saber das, para eles, excepções (ainda que as tais "excepções" possam na verdade ser a regra), que fiquem com a taça. Tenho mais que fazer.
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Há dias assim....trá lá lá...

Há dias que correm tão bem, mas tão bem mesmo, que só me apetece é cantar, saltar, rodopiar corredores fora, assobiar de contente, e, de caminho, mandar o parvalhão que me deu uma facada pelas costas à merda (ainda não lhe disse, mas não escapa).
Isto de o chefe nos obrigar a fazer retrospectivas anualmente tem as suas vantagens. Por exemplo, se não fosse este exercício, eu poderia não ter dado pelo facto de que estou numa posição muito melhor agora do que estava há um ano atrás. Ou há dois. Ou há três... (podia continuar). E, o melhor de tudo, é que me parece que as coisas, como sempre, só podem vão melhorar ainda mais. Há dias assim, em que de repente descobrimos onde estamos na vida, e que chegamos à conclusão que mesmo que nos anos anteriores não estivéssemos exactamente onde queríamos, fizémos exactamente o que era necessário para que as coisas andassem para a frente. E o melhor de tudo, é que sei o que tenho que fazer para chegar onde quero ir.
Isto é que vai está a ser um ano.
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segunda-feira, janeiro 15, 2007

Amadeo

Um senhor, na fila para "a tal" exposição: "sabe, somos portugueses, deixamos sempre tudo para a última." Pois é. E eu que pensava que tinha sido uma exposição relâmpago, que só tinha lá estado dois dias - os dois dias em que ouvi falar nela no telejornal - pois, assim até se compreende que haja bichas de duas horas para ver uma exposição. E ao mesmo tempo pensava, a mim é que não me apanhavam lá, por muito que quisesse ver a tal exposição, duas horas de pé à seca, mais meia hora para comprar o bilhete, isso não é para mim, depois de meia hora de pé à espera já nem me ia apetecer ver exposição nenhuma, concerteza que por essa altura só quereria era ir para casa. E depois de muita entrevista, muita gente nas filas, lá vem o esclarecimento, afinal parece que não, a exposição já lá estava há dois meses, provavelmente passou os primeiros dois meses menos dois dias às moscas, para no final, glorioso, encher completamente e obrigar os senhores do museu a ficar de portas abertas toda a noite no sábado, e até à meia noite no domingo. E estou mesmo a ver, os últimos dos últimos, a chegarem nos últimos minutinhos da coisa, ainda posso entrar? vá lá, eu dou uma vista de olhos rápida, tenha pena de mim que a exposição amanhã já cá não está e esta ocasião pode nunca mais se repetir. E os empregados, um a um, vá lá, mas olhe que isto seja a última vez, à próxima venha antes, e a custo lá vão tentando fechar as portas e mandar as pessoas embora, eles que estiveram ali o tempo todo, desde o primeiro minuto do primeiro dia até ao último minuto, aquele ultiminho mesmo, o dos retardatários insistentes.
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sexta-feira, janeiro 12, 2007

Ainda bem que é sexta

Porque eu estou mesmo a precisa de dormir. Sofá, aí vou eu. E como felizmente não há planos para o fim de semana, tenciono passar muito tempo a coçá-lo. O sofá, está-se mesmo a ver.
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quinta-feira, janeiro 11, 2007

Nah...

Afinal, continua a não dar. Dizem que já não é beta, e tal, mas no fundo continua a não fazer o que é preciso. Muitos posts, dizem eles. Incompetência, diria eu, se isto não fosse de borla... Dá impressão que me querem incentivar a mudar de poiso, mas vou continuar a resistir por mais algum tempo.
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1 2 3 experiência...

Ora vamos lá ver se isto muda para o blogger novo sem problemas...
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Porquê, oh, porquê?

Mas porque é que eu não trouxe umas latas de SUMOL comigo?
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Meias

Acreditem ou não, uma das prendas de Natal que mais gostei (quer dizer, gostei muito de todas...) foi uns pares de meias giras. Estava mesmo a precisar! :) Tanto, que tinha comentado no dia anterior que tinha que ir comprar meias, e quando as abri pensei que mas tivessem ido comprar depois da minha observação... mas não foi nada disso (e eu sei-o, de uma forma racional, porque no sítio onde passámos o Natal era impossível comprar aquelas meias). Há gente muito especial que consegue adivinhar o que eu preciso ainda antes de eu própria o saber! :) Obrigada, manas, e um grande beijinho!
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Efeito casa verde

Numa tentativa de estragar a minha boa disposição esfuziante - é preciso mesmo muito pouco para me fazer muito feliz logo de manhã, um dia de sol e temperaturas que não me regelem as entranhas chega - acordei com os diabinhos da rádio que todas as manhãs de trabalho me tentam levantar da cama. Tarefa difícil, mesmo que se atrevam a fazer maldades como a de hoje. Não é que os malandros se puseram a gozar com o aquecimento global, e a dizer que enquanto Portugal e Espanha (por esta ordem) seriam alagados, e as suas gentes teriam que se deslocar para Norte, a Alemanha seria o novo paraíso mediterrânico. Não se faz pá. Eu estava tão descansadinha a dormir, e os meus sonhos transformaram-se em pesadelos, com metade da minha família a afogar-se e outra metade a safar-se por estar a uma altitude menos perigosa.
Malandros...
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quarta-feira, janeiro 10, 2007

À mão

À medida que a velocidade a que carrego nas teclas para escrever num computador aumenta, a minha letra fica proporcionalmente cada vez mais ilegível. E a assinatura, cada vez mais parecida com um gatafunho.
E por falar em gatafunhos... De cada vez que vêm cá entregar uma encomenda, tenho sempre que "assinar" num aparelho portátil com um écran pequenino e sem resolução suficiente para que a assinatura seja legível. Ao início, tentava assinar. Depois, passei a escrevinhar. Depois, a fazer umas ondas ao longo de uma linha. À próxima, é provável que faça um desenho. Já que ninguém leva aquilo a sério...
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Também há notícias menos boas

Mais um dia, mais boas notícias, e também outras menos boas. Descobri que um colega me andou a, digamos, apunhalar pelas costas. Não é que seja muito grave - estou-me nas tintas - mas foi muito feio e indecente. E tenho a certeza que ele pensou que eu não descobriria. Ora, infelizmente para ele, eu descobri porque estava de olho no assunto desde há uns meses. A desculpa que ele deu, por interposta pessoa, é uma grande mentira, e posso prová-lo. A grande questão é se o devo confrontar, só para que ele fique a saber que sei muito bem o que ele fez, e até porque o fez, e para que fique também a saber que para mim ele deixou de ser pessoa de confiança. Ou então, simplesmente, passar a ignorá-lo e a evitá-lo. Para alguém que no passado admirei, este foi mesmo um grande tombo. Desprezível, mesquinho, rasteiro, é o que o tipo é. E toda a sabedoria do mundo não o torna nem um bocadinho melhor pessoa.
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Roubalheira

Durante as férias fui à fnac, e quase que entrei em estado de choque. Os CDs não estão nada caros, não, estão só um poucochinho, vá lá, acima do que seria de esperar num país em que o salário mínimo, assim como o médio, são uma miséria. Não, os preços são extremamente exagerados, aquilo é uma roubalheira que só visto. Pronto, está dito. Eu que já achava caros os CDs na Saturn (cá), e que por isso os compro na amazon alemã, a não ser quando há promoções fantásticas como aquela do Media Markt que houve por alturas do Natal, calo-me. A fnac entrou para a minha lista negra. Ainda assim, preciso de alternativa para os CDs de música portuguesa não-pimba, que dar 10-12 euros por um CD com 10 anos ou mais, custa-me. Muito. Ainda se admiram com a pirataria. Piratas são eles.
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Sonhos (mas não daqueles de comer)

Passei a noite a fazer rádio. Dois leitores de CDs, uma mesa de mistura bem grande, com muitos botões, microfone, auscultadores, com um dos lados a fazer mau contacto. Dois decks de cassetes, com as respectivas empilhadas ali ao lado, com o horário marcado, e os separadores, para quando uma música não faz "clique" com a seguinte e não nos apetece dizer nada naquele momento. Já não fazia isto há muitos anos, e como tal, o meu maior medo era que saísse uma branca - uns segundos, ou mais, de tempo de antena ocupado pela ausência de som. E como estava a sonhar, foi tudo estranho. Saíram umas brancas atrás das outras, não havia CDs suficientes disponíveis, o equipamento era todo da idade da pedra, a outra miúda da rádio que me tinha delegado o programa e o horário (das 6 às 7 da tarde - já fiz horas piores que essa) não parava de me atazanar, como se a culpa de não haver material fosse minha, ou se o mero facto de ter mais gente a importunar-me durante o trabalho fosse ajudar a que este pudesse ser mais bem feito. Com esta viagem fantástica ao passado - embora isto fosse na verdade um pesadelo, pois na realidade nunca tive assim tantos problemas - fiquei com a grande curiosidade de saber se "a rádio", aquela que conheci bem por dentro e também por fora, que hoje em dia tem outra gente, outros ouvintes, e até outra localização - será que ainda tem o mesmo equipamento ou será que hoje em dia usam computadores e mp3 e nem sequer têm cassetes com os separadores e a publicidade, e assim nunca correm o risco de ter uma branca.
Enquanto e não, vou fazendo os meus próprios programas de rádio, daqueles com muita música e pouca conversa (mais concretamente nenhuma, e portanto, impossível de ser um programa de rádio). A parte melhor é que não tenho que interromper estas obras primas com publicidade a trezentas modalidades de crédito pessoal com juros de 5000%.
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Registe-se

Para o caso de algum dia o meu puto vir aqui parar por acidente (haverá outra maneira?), fica aqui registado que aquela história de eu andar à procura das prendas escondidas antes do Natal, quando era pequena (obviamente), são calúnias da minha mãe, mentiras infames e sem fundamento algum. É verdade que eu procurava algumas prendas, mas eram as dos meus anos! E agora, meu menino, nem te atrevas a procurar nada porque eu deixo as tuas escondidas no trabalho (ahahahahah).
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Inverno

Notícias fresquinhas: ouvi hoje na rádio que os alemães dizem que se pelos Reis (6 de Janeiro) não tiver vindo o Inverno, é porque já não vem. Por outras palavras, podemos esquecer o Inverno este ano aqui na terra das salsichas. De qualquer forma, achei o dito tão engraçado que tentei confirmá-lo com algum dos alemães que por aí andam à disposição. É um provérbio que não conhecem. Daqui depreendo que pelo menos uma de duas coisas será verdade: ou eles nunca viveram um Inverno destes, ou não são gente que saiba provérbios - e talvez este seja um daqueles provérbios que só gente rude do campo ou leitores do Borda d'Água conhece. Com isto tudo, eu ando quase tão bem disposta como se fosse Verão e eu estivesse de férias. Há lá nada melhor que dias de sol e temperatura amena em pleno Inverno.
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terça-feira, janeiro 09, 2007

A ideia era uma boa ideia...

A ideia de fazer um livro de anedotas para o miúdo, era mesmo boa. Pôr lá só piadas próprias para a idade dele, e tal, e aproveitar para acrescentar algumas notas que explicassem algumas palavras que ele não conhecesse, para que não tivesse que andar a correr atrás do dicionário, ou a perguntar, mãe, o que é uma enxada*?
A ideia de imprimir o livrito (99 páginas, incluindo o índice e uma ou duas páginas em branco, por questão de estilo) em formato A5, para ser mais manuseável, também era uma boa ideia. E a outra ideia, a de encadernar o livrito com argolas, para que o livro aberto ocupasse apenas metade do espaço, também era uma daquelas ideias mesmo boas.
O que não foi nada boa ideia, foi esquecer-me de formatar o ficheiro para que as páginas ficassem prontas a imprimir em A5, em vez de A4. E quando dei por isso, prestes a imprimir, descobri também que por algum motivo demoníaco, a minha impressora se recusa a imprimir duas páginas por folha. Felizmente, lá arranjei uma impressora emprestada que me imprimiu tudo direitinho, como eu queria, num trabalhinho que até matemática envolveu - é que a impressora não sabia como imprimir duas páginas por folha, dos dois lados da folha, de forma a que depois de cortada ao meio, as páginas estivessem todas no sítio certo, pelo que tive que a ensinar.
Depois de tudo devidamente impresso, capa feita, encadernado, e embrulhado, foi entregue ao destinatário. E ele fez um grande sorriso, perguntou-me se eu é que era a mãe Natal. E desde então, abre o livro quase todos os dias e ri-se tanto que eu sei o que ele está a fazer mesmo que esteja a uns metros de distância. Há coisas que valem o trabalhão que dão e o tempo que se perde com elas.


*piada de alentejanos: mais vale uma mão inchada do que uma enxada na mão.
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Coisas novas

Descoberta de ano novo - afinal, às vezes também caio em esparrelas. No entanto, só cometo o mesmo erro uma vez. Infelizmente, há demasiados novos erros à espera que eu caia neles.
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Coisa sem importância nenhuma

A desvantagem de raramente usar verniz, é que quando se usa, podemos esquecer regras elementares. Por exemplo, que ao retirar o verniz, não se deve esquecer nenhuma unha solitária.

Tenho a unha do mindinho esquerdo meia branca, de um branco quase transparente.
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Coisas que eu gostava de saber

Porque é que os contadores - tanto o da barra esquerda, como o da barra da direita (sitemeter) - não são carregados com a página quando uso o firefox (versão 2.0.0.1).
E, já agora, porque é que quando abro o sitemeter no firefox, nao consigo ver o gráficos.
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Coisas Extraordinárias

Estamos em Janeiro. Oficialmente, é Inverno. Na verdade, não se sabe bem. Hoje choveu um pouco, e senti temperaturas entre os 9 graus, de manhã cedo, e os 13 graus durante a tarde. Lembro-me de dias assim em Agosto de 2005 e 2006. Mas precisar de um guarda-chuva em Janeiro, em Munique é inédito. O "normal" seria ter 9 graus negativos, ou talvez apenas 2 ou 3 graus abaixo de zero, em dias de sorte.
Isto é estranho. Mas ao mesmo tempo, gosto de andar pela rua de casaco leve e desapertado. E nos picos das montanhas, há neve na mesma. Só faltam os skis novos ao miúdo, que já é grande demais para os velhos.
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Resoluções de Ano Novo II

Continuar a receber boas notícias todos os dias, várias por dia.
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Um programa realmente bom

O melhor programa de televisão, aquele que é mesmo bom, mas tão bom que uma pessoa está a vê-lo e a pensar "este programa é mesmo bom", porque o programa é realmente bom, bem, esse programa de televisão tão bom, mas tão bom que se o Sócrates falasse sobre ele diria que é um programa verdadeiramente bom, qual é a característica que tem que ter?
Fazer-me adormecer e não acordar bruscamente.

Sim, adormeci, mais que uma vez, a ver o Gato Fedorento, série Lopes da Silva. E no dia seguinte, voltei atrás, ao sítio onde tinha adormecido, voltei a carregar no play, vi mais uns minutos, e adormeci outra vez. Quais programas sobre a natureza. O Gato Fedorento é que está a dar. Sono.
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Resoluções de Ano Novo I

Não tomar nenhuma resolução de ano novo.
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Ano novo

E quase que era um blog novo, a acompanhar, que o primeiro post estava difícil de escrever, que o blogger já há várias horas que não me estava a deixar entrar aqui. Se não fosse a minha preguiça para criar outro template novo, este já era.
Seguindo em frente...

Comecei o ano com os dois pés bem assentes na terra, quer dizer, no soalho. Não comecei com o pé direito,portanto. Comi as doze passas, como de costume, mas não formulei um único desejo. Ainda pensei nisso, mas decidi que 2007 me vai correr tão bem, que nem há nada que valha a pena desejar. Depois ainda comi mais umas passas, por gosto, e porque "quem come uvas em Janeiro tem dinheiro o ano inteiro". Não sei se as passas contam como uvas, mas vale a pena tentar. Bebi uma taça de champanhe, como de costume, e não gostei, para não variar, mas bebi na mesma. Este ano não saltei de uma cadeira, não fiz barulho com testos, nem vi o fogo de artifício. No entanto, foi respeitado o ritual iniciado pelo pequenote há uns anos: abrimos a porta para que o ano velho pudesse sair, e o ano "bebé" entrar.
Apesar de ter festejado o ano novo de maneira um pouco diferente do que era costume, devo ter feito bem. A verdade é que ainda agora o ano começou, e já tive diversos golpes de sorte. Por exemplo, apanhei algumas das minhas lojas preferidas em promoções pré-saldos mal estas tinham começado. Há lá melhor maneira de começar o ano em beleza (até porque quando os saldos começaram eu já não os podia aproveitar). Os outros, não conto, mas foram ainda melhores.

Também comecei o ano cheia de ideias brilhantes. Bem, na verdade também tinha acabado o ano com imensas ideias ofuscantes de tanto brilho, mas o início deste novo ano confirmou que o meu cérebro continua a expulsar várias ideias brilhantes todos os dias - a questão é ser suficientemente rápido para as agarrar. A última que tive, há poucas horas atrás, já me está a dar mais trabalho do que devia. Na era do digital já não se fazem cassetes para o mais que tudo, não, agora tem que ser CDs, com a musiquinha escolhida ao pormenor, para o rapaz por a tocar no carro e não mudar para rádios, que depois de tantos dias a alternar entre a RFM e a Comercial as rádios alemãs dão-me, no mínimo, vontade de fugir a sete pés.
Durante as férias, numa noite de insónias, tive outra ideia brilhante: comecei a ler o livro mais pesado que estava à mão - e era bem pesado. Adormeci passadas pouco mais de 100 páginas - há lá nada melhor para adormecer uma pessoa do que um livro? Se a leitura não funcionar, pode-se sempre tentar o knockout...

Continuamos dentro de momentos...
Bom Ano!
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