sábado, março 31, 2007

Wallpapers

Para ter um desktop diferente todos os dias ou todas as horas, com fotos de todo o mundo descarregadas da internet ou as minhas próprias fotos, encontrei de novo um programinha que usava há uns 5 anos mais ou menos. Além das fotos giríssimas - na altura tirava da net, hoje em dia prefiro as minhas fotos dos meus sítios favoritos - ainda acrescenta o calendário no canto direito, que é para eu saber a quantas ando. O programa chama-se webshots, é pequenino (poucos megabytes), grátis, e diz que é spyware e adware free. Só vantagens portanto.
Agora o meu desktop está assim:

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quarta-feira, março 28, 2007

A sorte numa embalagem de detergente

Há momentos em que sei que o puto sai à mãe. Como ainda há pouco tempo. Tinha comprado uma embalagem de um detergente que vinha com um vale para jogar no totoloto. De mim para comigo, pensei que, quer jogue quer não, não tenho nada a perder. E já que o vale dá para três jogos, dá para um dos desportos favoritos de cá de casa, e de borla, que é testar quem é que, dos três, tem mais sorte (normalmente sou eu, seguida pelo pequenito). De modos que tanto eu como o pequeno temos andado de olho a ver quando é que há um jackpot. Já que é para testar a sorte, não nos vamos ficar por um milhãozito ou dois de euros, tem que ser um valor que se veja. Hoje, para o sorteio desta noite, havia um jackpot de 5 milhões. Perguntei ao miúdo o que é que ele achava, se valia a pena. Diz que não. Por tão pouco dinheiro não vale a pena estar a desperdiçar a oportunidade de ganhar muito mais, e de borla. E se for para perder, então que seja em grande.
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terça-feira, março 27, 2007

A bola volta sempre

Isto de fazer regressos ao passado tem que se lhe diga. De repente um gajo apercebe-se de que aquilo que julgava saber há muito que foi ultrapassado, e que tem que aprender tudo de novo - tudo tudo não, mas uma data de coisas. Falo do ping pong. Eu que joguei anos e anos a fio (como atleta federada, o que soa muito mais importante do o que aquilo era, mas ainda assim, ia a imensos campeonatos e adorava), só porque deixei de jogar oficialmente, deixei de ter contacto com a modalidade, e passei a ser uma totó. Sim, totó, ou haverá outro qualificativo para quem tem a mania que sabe, mas nem sequer sabe as regras do jogo? Pois é. Se é que ainda há alguém que não saiba, os jogos até aos 21 pontos já eram. Quando eu era catraia tínhamos uns jogos ao bota fora, até aos onze pontos, e o que há agora é parecido. O jogo é até aos 11 e o bolar troca a cada dois pontos. Esta de o bolar trocar a cada dois pontos é lixada - tantos anos a jogar, todas as combinações de trocas no cérebro bem cravadas (8-7, 9-6, 11-4, 13-12, e tantas outras) e agora tenho é que saber se a soma é par ou ímpar. Pode até ser fácil, mas quando se chega a um 9-6 e não muda o bolar, o meu cérebro fica incomodado.
A boa notícia é que as minhas pernas ainda aguentam o ritmo de um jogo a sério. A má, é que os meus braços não. Estou enferrujada mas hei-de voltar jogar pelo menos tão bem como dantes, senão melhor. Nem que tenha que treinar todos os dias (bem fixe).
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Escrever com 10 dedos

A de Apfel, S de See, D de Dotterblume, F de Frosch, G de Grass. Hoje sinto-me como se tivesse ido parar ao jardim infantil. E como então, eu queria era ir brincar para a rua, e não ficar enfiada numa sala durante horas a fio. Se calhar no fim vou pensar que valeu a pena. Mas para já, parece-me que estive a perder tempo. Ö de Öllampe (vermelho). L de Löwe (azul). Mas quem é que já viu um leão azul? E quem é que teve a ideia de mandar o leão tomar banho numa lata de tinta azul? K de Kanguru (amarelo). Devia ser uma Kiraffe, já que tanto inventam. J de Jeep. Um jipe todo verde. Quê? H de Hut. Um chapéu verde. E Z de Zweig, um ramo verde para enfeitar o chapéu. Raio de histórias idiotas. Eu só precisava de saber onde colocar os dedos, não de passar horas a ouvir falar em cores e objectos como no jardim infantil. E no final, a grande revelação: é muito mais rápido continuar a escrever como dantes. Muito obrigada e passe bem. E já agora, amande para cá todos os chocolates Bounty que por aí ficaram. São meus, que é para compensar.
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segunda-feira, março 26, 2007

Não se faz

Segunda feira de manhã, quase madrugada, mas quem é que se lembrou de mudar a hora, é uma chatice um gajo ter que se levantar mais cedo, deitar mais cedo, fazer tudo mais cedo, ao menos faz um sol maravilhoso e apesar de estarem quatro graus ao sair de casa dá para cheirar que o dia vai ser bom e quentinho, dentro das medidas de Munique. E depois um gajo, quer dizer, uma gaja, anda por aí, a ver o que se passou no fim de semana, parece que houve um jogo de futebol com os belgas e Portugal ganhou, ainda bem, mas isso não importa, porque ainda antes do fim de semana vinha nas notícias de abertura dos telejornais que houve umas explosões em Maputo, e eu na altura não vi nada - só se estivesse doente é que via as notícias, fico-me só pelos títulos e é porque não os consigo evitar - mas fiquei a pensar se seria mesmo alguma coisa séria ou se seria uma noticiazinha que à falta de coisas realmente importantes os (tele)jornais tivessem empolado como fazem com tantas outras "notícias". E enquanto andava a tentar descobrir se aquilo tinha sido alguma coisa ou não, dei com um site com montes de fotografias de Moçambique, e agora a minha vontade é de ir para a praia, apanhar sol, olhar para o mar, comer marisco, e não fazer nenhum o dia todo, durante muitos dias. E isto a uma segunda feira de trabalho. Começa mal...
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domingo, março 25, 2007

...

Há quem conte com o ovo no cu da galinha, e há quem vá lá buscá-lo.
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sexta-feira, março 23, 2007

Cara e coroa

Há dias em que acordo com a neura, mal disposta, zangada com o mundo, e depois tudo corre mal, e só me apetece chorar, ou melhor, desatar à pancada que sempre liberta os maus humores. Mas não faço nada disso. Pouco depois de tudo ter corrido mal, e estar prestes a declarar guerra ao mundo, vem o meu amor resolver um problema, o que me põe logo bem disposta, depois o outro problema resolve-se a si próprio, depois recebo elogios porque fiz um trabalho extraordinário (é verdade, sou mesmo boa), e no fim, sai-me a sorte grande em forma de email. A cereja em cima do bolo é o inverno ter ido embora tão depressa como veio, já está um sol maravilhoso e só apetece ir para a rua comer gelados, ou xonar num jardim qualquer. É já a seguir. :)
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quinta-feira, março 22, 2007

O homem do Norte

Há tanto tempo que ando por cá, e até agora, ainda não tinha visto um alemão digno de um olhar mais demorado. Quase que me convenci que por cá não havia gajos giros*, que é que se há-de fazer, ou que os que há são na sua maioria italianos, mas afinal eu é que tenho andado pelos sítios errados. Quem me manda a mim andar a passear pelos sítios normais, onde as pessoas normais fazem compras ou vão ao café, ou melhor ao restaurante que o café por aqui é um luxo que nem sequer faz sentido, pois os bolos que vêm a acompanhar não valem nadinha. Continuo sem saber onde é que os gajos giros se escondem, embora já faça uma ideia, mas avistei um desses espécimes, e agora tenho a certeza que existem. Pois, é que isto não foi uma miragem. Eu estava acordada, e bem acordada, a ouvir o loiraço falar (eu até nem gosto de loiros por princípio) e a pensar que este tipo deve ter saído de uma revista qualquer, só pode. É que também não é todos os dias que se encontra um tipo de camisa branca, que nem é bem uma camisa é mais uma túnica, aberta qb, sem se verem pelos do peito (que horror) nem fios com cruzes nem nada dessas coisas, mas com uma gravata preta por dentro da camisa. É preciso ter-se um carácter forte para se fazer uma coisa destas. E o tipo, enquanto falava, olhava-me nos olhos, como deve ser, e eu já nem ouvia nada (até porque não estava a perceber metade das coisas) e só pensava, mas de onde é que este gajo saiu? E fiquei a saber que tem olhos azuis, eu nunca reparo nos olhos das cores, nas cores dos olhos das pessoas, apesar de as olhar sempre directamente, só não me consigo lembrar, e fiquei a cismar naquele azul, e na barba meia feita, completamente hipnotizante, nunca me tinha apercebido que as barbas loiras são giras, e as rugas de expressão no cantinho dos olhos, que até lhe davam mais charme, mas como é que isso pode ser.
No fundo no fundo, o tipo até podia ser giríssimo, mas o mais cativante de tudo, era o entusiasmo com que ele estava a trabalhar. Por muito bonito que seja um tipo, sem algo mais isso não serve para nada, nem sequer para voltar para casa e pensar mais um segundo que seja nele. Aquele entusiasmo, isso sim, transmite-se, contagia, e no fim além do projecto em que trabalhámos, a questão que fica a bailar na minha mente, durante horas e horas e horas, é esta: se ele não fosse assim tão extraordinariamente belo (porque é que estas palavras me fazem lembrar o nono ano?), será que o entusiasmo dele teria servido de alguma coisa?

*excepto o meu gajo, para mim o mais giro de todos, por todos os motivos e mais algum
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É lixado

Se não escrevo, não é porque não tenha nada para dizer. Não escrevo porque o dia só tem 24 horas, e entre o trabalho e outros afazeres importantes e urgentes, ainda é preciso viver um bocado. Assim, não tem sobrado nada para o blogue. E isso é bom.
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segunda-feira, março 19, 2007

Quê?

Por muito que goste de ir ao cinema, quando vou, vou poucas vezes, pelo que acabo por não ver muitos filmes, mesmo aqueles que toda a gente diz que são muito bons. Às vezes lá vejo em DVD um dos que me escapou. Ontem vi, finalmente, o Fight Club. Não era pelo Brad Pitt. Muito menos pelo Edward Norton, que desde que o vi no Primal Fear, há muitos anos, me dá arrepios. Mas o trailer dava a entender que a história seria interessante, e por isso eu queria, mais tarde ou mais cedo, ver este filme. Demorou, mas ontem finalmente tive tempo e paciência para isso. Gostei da história em si - e isso é mesmo o que eu gosto mais num filme - e achei piada a alguns pormenores. Não vou aqui contar a história do filme, que quem viu já sabe, e quem não viu pode ler o resumo, se quiser, em sítios mais apropriados. Passando então ao verdadeiro assunto deste poste...
Nos últimos segundos do filme, a imagem está bastante escura, e, de repente, fica amarelada e logo a seguir volta a ficar preta. Não deu para ver o que era, mas felizmente estava a ver o filme em DVD, pelo que voltei atrás para rever, lentamente, o que é que se tinha passado. E não é que, no meio de um filme decente (quer dizer...) meteram um grande plano de uma pila, com o respectivo rabo?! Não é que não tenha nada a ver com o filme, que tinha, mas fiquei a ruminar naquilo, porque acho que deve haver pelo menos mais uma frame dessas a meio do filme (houve uma altura em que me pareceu que se tinha passado qualquer coisa de estranho, mas não voltei atrás) e não tenho paciência para voltar a ver o filme todo a ver se encontro mais algum material à solta (eheh). Mais alguém viu alguma coisa?
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Boa piada

A dois dias do início da Primavera, neva. Nada de extraordinário, nada de fora do normal para a época do ano, mas ainda assim há quem se queixe. Como este ano o Inverno se recusou a aparecer, as pessoas já se tinham esquecido dele. Foi só um bocadinho de neve, e já passou. Daqui a dois dias começa oficialmente a Primavera. Na prática, ela veio logo a seguir ao Outono, com breves interrupções da parte do Inverno que este ano esteve de folga. Por mim é preciso muito mais do que esta nevezita para me fazer pensar no Inverno. As próximas férias já vão ser à beira mar.
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sábado, março 17, 2007

Violência no desporto

Para uns, o debate sobre a violência no desporto resume-se aos adeptos, esses trogloditas que não sabem estar sossegados a apreciar o espectáculo que é, ou deveria ser, qualquer desporto. Para outros, a violência está nos jogadores faltosos, nos ladrões dos árbitros, ou até na violência psicológica que se abate sobre os jogadores. Para outros ainda, a violência no desporto ocorre quando os próprios pais (que vergonha) vão ver o jogo (não podiam ter ficado em casa), e começam a aplaudir quando mais ninguém o faz (eu não conheço esses tipos de lado nenhum).
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quinta-feira, março 15, 2007

Aeroportos

Parece que a Ota irá para a frente, dê por onde der. Derrapem as contas que derraparem, independentemente de qualquer estudo, mesmo que o terreno desabe, a Ota é para construir e ponto final. E ainda têm a lata de dizer que toda a gente está de acordo, apesar de ainda há umas semanas a própria Ordem dos Engenheiros afirmar que a Ota não era a melhor opção. Têm que se gastar milhões agora, porque a CEE* nos dá 0,000001% do custo. Ou 5%, que é que isso interessa. Qualquer dona de casa (porque é que este início de frase me faz lembrar o Bagão?) sabe que se só tem 10 euros para gastar, mesmo que lhe dêem um desconto de 20% em algo que custe mais de 10 euros (preço depois do desconto), não vai poder comprar esse item. Isto não interessa nada ao governo português, que gasta o que não tem para poupar meia dúzia de trocos. Poupar, quer dizer, porque até agora, das discussões técnicas que li ou ouvi, parece-me que a poupança vai acabar em se transformar num deitar dinheiro ao lixo impressionante. A ver vamos. Eu, como utilizadora muito frequente do aeroporto do Porto apenas tenho a dizer que a Ota não me interessa para nada. O que eu queria era mais ligações para o Norte.


*eu sei bem que é a UE, mas o contexto tem tudo a ver com a CEE
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quarta-feira, março 14, 2007

Divertido?

Às vezes ouço falar de diverticulitis, em inglês, e até há pouco tempo achava que esta "doença" não poderia ser outra coisa que não uma brincadeira. Como é que se pode pensar que diverticulite, se é assim que se diz em português, possa ser outra coisa que não algo muito divertido. Assim tipo, assumindo que realmente é uma doença, uma doença divertida, que em vez de trazer dores ou febre ao seu portador, lhe traga uma vontade inescapável de ir a bares e discotecas, jogar no casino, arranjar 10 namorad@s, encomendar sessões S&M privadas para os seus inimigos, correr nu pela rua, enfim, fazer as coisas mais divertidas que seja capaz de imaginar.
Infelizmente fui confirmar se isto da diverticulite era mesmo a sério. E afinal não é nada que dê vontade de rir.
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1 2 3 experiência...

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segunda-feira, março 12, 2007

Cozinhar com o micro-ondas

Até há poucos anos, eu era um desastre na cozinha. Tinha tendência a deixar queimar a comida, era incapaz de fazer uma omeleta, enfim, sobrevivia, mas era apenas isso. Sempre ouvi falar de pessoas que deixam queimar as torradas. Eu já cheguei ao ponto de não só deixar as torradas queimar, como apenas dar por isso quando a torradeira já há muito que tinha deixado de apenas deitar fumo apresentando-se em chamas. Felizmente o fogo não se alastrou pela cozinha, senão iria ter muito que explicar.
O meu problema não é falta de jeito, pelo menos não completamente, mas sim falta de paciência. Nunca me aconteceu fazer pipocas e não por a tampa, como um certo senhor que conheço, e que ao ver o sucedido, em vez de tapar a panela resolver apanhar as pipocas no ar com um tacho. Mas isso é só para génios da cozinha, que tratam o verbo cozinhar como se fosse um desporto. Para mim, enquanto o acto de cozinhar consiste em cortar legumes ou carne e meter coisas para a panela, tudo bem. Quando se trata de esperar é que a coisa começa a ficar preta, e em casos mais graves, carbonizada. É que eu simplesmente não consigo ficar a olhar para as panelas, e arrumo o lixo que fiz num instante, pelo que deixa de haver motivação para ficar na cozinha. Quando chega à fase de esperar, eu vou esperar para o computador, ou para a televisão, e esqueço-me completamente de que há vida na cozinha. Vida que às vezes é arruinada porque quando o cheiro a queimado chega às minhas narinas já a comida se estragou.
Felizmente a história não acaba aqui. Descobri o micro-ondas. Este maravilhoso electrodoméstico não só tem o condão de, quase como por magia, aquecer o leite sempre à mesma temperatura, exactamente como eu quero, nem frio demais nem quente demais, como além disso permite-me fazer todo e qualquer cozinhado sem acidentes negros. Bem, pelo menos na maioria dos casos. E como é que eu faço bolos, refogados, massas, batatas, arroz, feijão, sopa, fritos, grelhados, enfim, tudo e mais alguma coisa, com a ajuda do micro-ondas? Simples. Eu não disse que o meu problema era esquecer-me das panelas ao lume? Basta usa a função mais útil do micro-ondas: o temporizador. Quando apita, está a comida pronta.
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sexta-feira, março 09, 2007

De orelha a orelha

Estou toda partida. E não são consequências de tentar abater os quilitos que a balança diz que tenho a mais (enquanto a roupa me servir, não admito nada). Depois de passar uma semana a trabalhar que nem uma moura (mas feliz), a fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo (há que tempos que não acontecia), e a sentir que assim é que eu gosto, cai-me mais uma coisa do céu. Voltei a ter oportunidade de praticar um dos desportos que adoro, e sem ser a brincar, sem ser só para aquecer. É verdade que calhou logo no dia da minha aula de ginástica mais dura (aquela que me faz sempre perguntar-me mas porque é que continuo a ir, e a responder-me sempre no fim da aula, porque não há nada como deitar-me no chão e fazer uns abdominais no fim de já estar toda partida, principalmente depois de acabar os abdominais e poder ficar uns instantes deitada no chão a descansar, há lá nada melhor do que esse descanso merecido), o que nem dá muito jeito. Mas têm que se aproveitar as oportunidades. Fazer desporto não é o mesmo que fazer ginástica, ganhar e perder, fazer uma jogada fantástica, surpreender o adversário, isso é que dá pica, andar aos saltos ou aos murros para o ar numa sala cheia de gente a fazer a mesma coisa mais ao menos ao mesmo tempo não tem piadinha nenhuma, e dói. E ainda pago para isso. A ginástica é uma seca, o desporto é que é. Estou tão contente por ter ido. Posso não me poder mexer amanhã, mas já há muito tempo que não sentia a adrenalina no máximo. Esta semana foi das melhores desde há muito muito tempo. E não é que as outras tenham sido más, mas esta foi fora de série.
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quinta-feira, março 08, 2007

A culpa é da bola

Os putos são tramados. Começam por fazer de conta que não são capazes de acertar com a ponta do pé na bola, crescem, e um dia uma pessoa apercebe-se de que eles não sabem as regras do jogo. Com o meu catraio foi assim. E quando eu percebi que os outros miúdos não o deixavam jogar futebol porque ele fazia coisas indescritíveis (como pegar na bola com as mãos, que horror), claro que tive que resolver a questão o mais rapidamente possível. Mandei-o para "aulas de futebol", para aprender pelo menos as regras, e já agora se passasse a jogar alguma coisa que se visse também dava jeito, que eu até gosto de dar uns toques na bola de vez em quando e se o puto der luta tem muito mais piada. Mal eu sabia onde é que isto iria parar. Nos primeiros meses continuou tudo na normalidade. Passado algum tempo o miúdo já podia jogar nos intervalos com os outros. Depois veio a primavera, e o pesadelo começou. O miúdo passou a aparecer-me em casa sistematicamente com as calças verdes. Ainda lhe perguntei se tinha sido raptado por aliens, mas afinal a culpa era da bola, que até era azul. Jogar futebol num relvado passou a ter um significado totalmente diferente para mim. Adaptei-me, arranjei um tira nódoas fantástico (que só lavar não chega para retirar aquelas manchas redondas e verdes), e pensei que estava o assunto arrumado. Mal imaginava o quão enganada estava. Mais uns meses, e o puto vem-me com a conversa de que queria jogar no clube do bairro. E eu, inocente, pensei que era uma boa ideia, qual é o mal de o miúdo ir jogar à bola com outros miúdos e um treinador. Meses depois (será que demorou assim tanto?), começo a aperceber-me de um novo fenómeno. O miúdo não pára sossegado em casa, e também não quer ir para a rua. O que ele quer é ficar a jogar à bola no quarto dele, onde a cama de beliche tem as dimensões ideais para fazer de baliza. A sorte dele é que os vizinhos têm uma paciência de santo, e nunca se queixaram do barulho. Mas eu fiquei a perceber o meu pai, que passou a minha infância e adolescência a queixar-se do barulho das bolas em casa (eu brincava com berlindes debaixo da estante, contra as traves da estante e a parede, mais os jogos de squash na sala com o sofá a fazer de "rede", e o futebol pela casa toda, do qual até a minha mãe se queixava porque lhe partia as plantas todas). Aqui vem a paga, eu sei. Mas a história não acaba aqui. Já não me bastavam as calças verdes e o barulho do miúdo a jogar, ele passou a atirar-se para o chão como um profissional, não sei se para marcar golos ou se para se fazer à falta (mas ele está a jogar sozinho, como é que é possível estar a fazer fitas para o árbitro?). Agora tenho em casa um viciado da bola. Ele só pensa em futebol. E agora, para além de jogar sempre que pode, quer ver os jogos todos. Tenho post-its no televisor a indicar os próximos jogos a ser transmitidos. Não interessa qual é a equipa. E o puto chega ao cúmulo de querer ver os jogos de alguidares de baixo contra alguidares de cima ocorrido em 1982, na RTP memória. Não importa. É futebol, ele quer ver. E quando não o deixo, porque já é hora de dormir, tenho que lhe gravar o jogo para ele ver no dia seguinte. O que vale é que normalmente ele depois esquece-se de ver o vídeo.
A última consequência do futebol voltou a ser nas calças. O miúdo deve ter dado cabo da relva toda que havia, porque agora já não traz as calças verdes para casa. Para compensar, rompe-as todas nos joelhos. Estou tramada. Pelo lado positivo, é um espectáculo jogar com ele. O puto até tem jeito.
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O melhor post do dia

É este, o dia internacional da Florença. Só para meninas e curiosos.
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A martelar

O que é que se pode fazer quando se acorda com uma música na cabeça e por mais horas que passem, ela não sai? Assobiar, cantar, cantarolar. No fim de contas, até tem a sua piada, e acabo por passar o dia mais bem disposta. Para quem quiser adivinhar, a música de hoje foi esta:

sorry I'm not home right now
I'm walking into spiderwebs
So leave a message and I'll call you back


E à conta disto, descobri um website que pode ser útil. É a wikipedia das letras de músicas, e não só aqui (ainda sem versão em português).
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E não é que funciona mesmo?

Espectáculo!
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Sempre quis fazer isto

Este post está a ser escrito por email. Mal posso esperar para ver o resultado.
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De fugir

Há um tipo lá no trabalho de quem fujo a sete pés. Por muitas e variadas razões. A primeira é que ele é um chato, e quando começa a falar nunca mais se cala. Às vezes até diz coisas interessantes, mas eu nem sempre tenho tempo para o ouvir. A segunda, a mais importante, é que é um machista de primeira, e eu não estou para o aturar. Dá-me a volta ao estômago. A terceira é que o tipo fuma mais que qualquer chaminé, e corro o risco de intoxicação quando estou à beira dele. Mas a quarta só hoje é que a descobri. O tipo veio falar comigo e pediu-me para assinar uns papéis. Até aí tudo bem. O problema é sem querer fiquei mais perto dele do que seria aconselhável. Assim, talvez a um metro de distância. E o tipo tinha um hálito de dar cabo de qualquer um. E não me parece que fosse só do tabaco. Depois de o tipo se pôr a andar ainda fiquei meia hora agoniada. Que horror. Devia-lhe mandar uma escova e pasta de dentes por correio (para ele não saber de onde é que aquilo vinha). É que só de pensar nisso o meu estômago põe-se às voltas.
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terça-feira, março 06, 2007

ódio de estimação

Espero que o pessoal que escreve túlipa, leia a palavra da mesma maneira que a escreve. Para saberem como soa. Horrível.

(ou então não, são os meus ouvidos, e os meus olhos...)
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Turn turn turn

As pessoas mudam. Mesmo que pensem que nunca mudam nem irão mudar, mesmo que continuem mais casmurras que um burro, ainda assim, toda a gente muda. Às vezes as mudanças são subtis, cá dentro, quase ninguém nota, ou até só nós é que notamos que já não somos os mesmos, não sentimos o mesmo, não fazemos as mesmas coisas da mesma maneira, perdemos o entusiasmo ou ganhámos rancor (sim, rancor) a algo ou a alguém. Não se acorda um dia assim, ou será que acorda, depois de um sonho perturbador, daqueles que nos fazem dar voltas e mais voltas na cama, tão reais que quando acordamos ainda continuamos aflitos durante algum tempo, pode ser até um dia inteirinho ou mais, e sabemos que depois disso nunca mais voltaremos a ser os mesmos.
Há alturas em que se muda da noite para o dia, ou ainda de um minuto para o outro. Quando descobrimos uma traição qualquer, uma facada na ideia que tínhamos de alguém, tudo muda. E nem sequer tem que ser uma traição amorosa, essas mudam uma pessoa mesmo que não se queira, pode ser só uma traiçãozinha à nossa melhor amiga, uma parvoíce de alguém numa hora em que a Razão estava de folga, e em que a solidariedade se torna mais num "e se fosse eu", e no fim nunca mais se perdoa o tipo, ou a tipa, mesmo que a amiga nem venha a saber o que é que se passou, e até se evita o assunto para que ela não sofra, foi um(a) idiota que se perdeu, nem vale a pena pensar mais nisso. Tantas outras coisas que acabam por menos, por força das circunstâncias, da distância, da falta de interesse, há outras que acabam num instante mágico, sim que isto também é magia, puff, foi-se, acabou-se, assunto morto e enterrado para sempre. Sempre talvez seja relativo, mas a verdade é que aquele instante altera o futuro próximo que poderia influenciar o futuro longínquo, e logo ali mata qualquer possibilidade de resolver a questão. Another time, another place, talvez quem sabe um dia as coisas mudem outra vez, não para o mesmo que o tempo não volta atrás, mas para algo diferente..
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segunda-feira, março 05, 2007

A ler


Há lá nada melhor que passar o dia a fazer compras? A planear as próximas compras? A licitar algo no ebay? Comprar livros na amazon? Sim, claro que há, todos o sabemos. Mas desde que li o livro "Louca por compras" que compro todos os que saem. E já nem espero pelas traduções, há lá tempo para isso. Assim sendo, saído em Fevereiro (já lá vai um mês, portanto), chegado à minha porta no fim do mês, e devorado de uma ponta à outra num abrir e fechar de olhos. Que é como quem diz, numas 6 horitas de domingo (cerca de 360 páginas), que estes livros põem-me nervosa e não consigo parar de ler até saber qual foi o mal entendido que deu grande confusão. Claro que no fim tudo se resolve (mas desta vez vi a coisa mal parada). All in all, não é literatura, pois não, mas dá umas horas bem passadas. E umas gargalhadas valentes, principalmente na parte em que se fala de partos. Que é que se pode pedir mais?
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Pedimos desculpa pela interrupção...

(A vida não pára, mas o blogue pode sempre ficar em banho-maria.)

O blogue segue dentro de momentos.
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quinta-feira, março 01, 2007

Saudades

Já tive saudades de tudo. Da comida, do mar, do ar, da condução suicida, dos bolos (ah, os bolos), das batatas fritas sem sabores, dos bares das discotecas, dos restaurantes, dos amigos, da família. Já tive saudades do tempo, dos sítios, das pessoas, da língua, até dos carros (como se isso fizesse algum sentido), dos atrasos crónicos, do sol de lá, dos pores do sol (do nascer do sol nunca, vi poucos e não me dão saudades nenhumas, dêem-me antes o quentinho da cama). De acordar com o sol na cara. Dos centros comerciais, das livrarias, dos cafés, das rádios, da televisão, dos cinemas, da sessão da meia noite e da das duas da manhã, que deixou de haver. Das lojas, das sapatarias, das vendedoras fantásticas, do multibanco, dos telemóveis sempre a tocar, das conversas de autocarro, das pessoas nas paragens a queixarem-se da vida, da saúde, da corrupção que as toca de perto que a outra não interessa.
Até já tive saudades de sítios onde não estive, de coisas que não fiz, e de comida da qual não gosto, afinal é possível sentir-se a falta do que não existiu, e ter saudades também. E de pessoas que não conheci, também tive saudades, de concertos a que não fui, da vida que não vivi.
E agora já não tenho. Parecia-me impossível, mas aconteceu. Temporariamente, ou permanentemente, a doença do emigrante passou-me. Não é que não gostasse de ter uns pastéis de Belém à disposição sempre que me desse no goto. Ou que me chateasse ter uns centros comerciais a sério, abertos à noite e aos domingos, antes pelo contrário. Mas uma pessoa habitua-se a tudo. Trocar de hábitos tem a sua piada. E eu não queria passar pela vida como se tivesse vivido uma vez só, a fazer sempre as mesmas coisas, nos mesmos sítios, com as mesmas pessoas. Há coisas e gente de quem vou gostar a vida inteira, com quem me vou sentir sempre bem. Mas há outras pessoas com quem vou gostar de estar e que ainda nem conheci, e outras de quem começo a gostar. E ainda tenho um montão de coisas para fazer e um montão de gente para conhecer. Para poder continuar a viver.
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Judaico-cristã

A culpa é lixada. A culpa daquilo que se fez, culpa do que não se fez, mesmo quando há razão nenhuma para uma pessoa se sentir culpada. E a culpa daquilo que se pensou? Essa então é um espectáculo...
Há para aí alguma cultura em que as pessoas não se sintam culpadas?
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Sunshine and Chocolate

Há dias que começam, não diria mal mas talvez desinspirados, sem grande vontade seja do que for, e vão progredindo, em crescendo, não para o desastre total mas para uma boa disposição que nunca mais acaba. Ou então, para a melancolia das 7 da tarde, coisa que tenho desde que me conheço e que me passa, invariavelmente, ao jantar. Isto no inverno, porque no verão transforma-se na melancolia da noite, que ataca principalmente naqueles dias em que realmente cheira a verão, quando se sente o ar quente da noite e nessas alturas dou comigo a olhar pela janela a pensar nas coisas que poderia estar a fazer e que não faço, não porque não possa (já lá vai o tempo em que era assim), mas porque não consigo sair da normalidade.
É incrível como às vezes um dia se pode ir transformando de uma coisa noutra. Acorda-se com uma certa disposição, com vontade de continuar no quentinho da cama, e ao mesmo tempo com a ansiedade de saber alguma novidade, ou de resolver alguma coisa que é importante e excitante ao mesmo tempo, e depois vai-se acordando, põe-se a vida em dia, trabalha-se que nem uma moura anda-se aos papéis porque se está a tentar fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo, e de repente já passámos por todo o tipo de sensações. A excitação de fazer algo bem feito, a frustração de não conseguir resolver algo muito urgente, depois a satisfação de conseguir concluir mais alguma tarefa. E coisas mais importantes que tudo, as conversas que nos ensinam tanta coisa sobre os outros e sobre nós, podem deixar-nos a pensar muito depois de terem ocorrido.
E agora... perdi-me. Já passou tudo. Estou com a fome, e o título deste post (a música que estava a tocar na minha cabeça quando comecei a escrever) não ajuda nada. Vou comer.
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