quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Sócrates na TV

Ontem, muito por acaso, lá apanhei a parte final da "grande entrevista" com Sócrates. Fiquei positivamente impressionada com as respostas do político, principalmente na parte que tocou aos boatos lançados pelo PSD. Sócrates esteve bem, e conseguiu sair por cima de uma situação potencialmente prejudicial para ele. Gostaria de ter ouvido mais sobre os planos de governação do PS, mas a Judite de Sousa tanto se fartou de insistir no "mas como é que vai ser se não tiver maioria absoluta?" que não deixou Sócrates acabar o que estava a falar. A jornalista revelou-se irritante. Ora eu percebo que uma entrevista não é um espaço de "tempo de antena", mas se o homem já tinha dito que não ia responder à pergunta porque fazia parte da sua estratégia não falar disso, para quê insistir, insistir, insistir?
Gostei da atitude positiva (também pode ser chamada irrealista por alguns):
- sobre a economia: se antes crescemos 3% temos de voltar a crescer 3% ao ano para nos aproximarmos da UE em vez de nos distanciarmos;
- da boca de José Sócrates não se ouvirá um discurso da tanga, independentemente de quão mau seja o péssimo estado das finanças públicas.
Em relação ao plano tecnológico apenas me ficou na memória uma parte, relativa à contratação de licenciados em engenharia e gestão pelas pequenas e médias empresas. Parece-me que isso vai dar em mais um subsídio às empresas e não me agrada. Tenho colegas que à custa de susbídios de governos anteriores (de Durão Barroso, por exemplo) foram contratados por 6 meses a receber apenas a parte que competia ao governo (ou seja metade do salário) e no fim despedidos, quer dizer, o contrato não foi renovado, porque a empresa estava mais interessada em contratar um novo empregado à pala do Estado. Parece-me que assim não vamos lá...
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