sexta-feira, março 31, 2006

Daylight savings time

Desde que a hora mudou que não sou a mesma. Esta hora de sono roubada diariamente, faz-se sentir durante a semana toda, de forma que à hora de levantar ainda estou a morrer de sono, e à hora do almoço estou capaz de adormecer em frente ao computador. Ainda pensei que umas sestas antes do jantar (entre chegar do trabalho e jantar, melhor dizendo) resolveriam o problema, mas não. É oficial, isto de atrasar o relógio não tem piada nenhuma, não tem utilidade nenhuma, e é um sério perigo para a humanidade. Sim, que não há nada mais perigoso do que eu quando estou cheia de sono.
Felizmente é sexta, e não tarda nada horas de ir para casa, dormir uma merecida sesta e aproveitar o fim de semana para dormir tudo, mas mesmo tudo, aquilo que falta. Não vejo a hora de me deitar no sofá.
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quinta-feira, março 30, 2006

A vida é bela.

Estou muito bem disposta. Maravilhosa. O dia está-me a correr lindamente. Deve ter alguma coisa a ver com os sapatos. Devem ser "sapatos da sorte". Ainda que me façam doer os pés se tiver que andar muito tempo neles (e por isso não ando, fico sentada o dia todo) ficam mesmo muito giros nos pés. E como o dia me está a correr tão bem, eu atribuo o crédito todo aos sapatos. Faço de conta que eu não fiz nada, que não trabalhei como uma moura para obter estes resultados maravilhosos, faço de conta que o meu cérebro não tem nada a ver com o brilhante raciocínio que desenvolvi, faço de conta que a ajuda de algumas pessoas não tem nada a ver com o resultado (um trabalho muito bem feito). Claro que não, isto foi tudo dos sapatos.
E para terminar um dia que correu tão bem, a SATURN está com uma belíssima promoção de aniversário. CDs, DVDs e jogos de computador a 5 euros. Logo vou "às compras". :)
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quarta-feira, março 29, 2006

Remédio Santo

Para me passar a neura, vai ser já amanha que vou usar os meus sapatos novos, umas maravilhas com salto do género que nao vai à bola com a calçada portuguesa (que felizmente por aqui nao há). E vai ser sem meias e tudo, que nao tive tempo para passar no supermercado para comprar aquelas coisitas que se desfazem ao mínimo contacto com as unhas. Até vou dormir melhor, só de pensar nisto. Amanha vou estar ainda mais maravilhosa do que o costume, se é que isso é possível.
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Caos

Há dias assim, em que nem dá tempo para uma pessoa se coçar. Trabalhei que nem uma moura o dia inteirinho, tudo porque nao suporto ver um trabalho estragado pelos outros. Mas porque é que eu me importo? Se nao me tivesse incomodado era tudo tao mais simples, e até teria tido tempo para ler o jornal e tudo. Assim, sinto-me como se tivesse levado uma sova daquelas...
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segunda-feira, março 27, 2006

O castigo

Quando o miúdo se porta mal na escola, leva uns castigos que eu acho curiosos. Curiosos, estranhos, de eficácia duvidosa, enfim, nem sei qual a melhor maneira de os descrever. Esses castigos passam por escrever qualquer coisa numa folha A4. Se esteve desatento, tem que escrever (nem eu sei o quê, suponho que alguma coisa sobre a aula ou sobre a matéria a que esteve desatento), se disse alguma coisa que não devia a um colega, tem que escrever uma carta a pedir desculpa, que nem sei se é entregue "à vítima" ou se fica apenas guardada na pasta dele. Ao início estas coisas incomodavam-me muito (como é que o meu miúdo se pode portar mal, ele é um amorzinho, como é que pode dizer essas coisas que ainda para mais ninguém lhe ensina cá em casa que nós não dizemos asneiras e muito menos em alemão, como é que ele pode não fazer o que lhe mando se cá em casa é tão bem mandado, estes professores devem ser uns deleixados, uns preguiçosos, que só querem é que os miúdos fiquem quietos e calados o tempo todo, que é para não darem trabalho...), e acabava por as assumir como um castigo para mim, mas entretanto habituei-me, quer dizer, o miúdo cresceu e passou a escrever as folhas dos castigos sem se queixar e sem me dar grandes preocupações (já fizeste? porque é que disseste isso? porque e que estavas distraído na aula? porque é que disseste essas palavras que não aprendeste cá em casa?...). E ele passou a desculpar-se lindamente, até dá vontade de rir, ó mãe, foi o M que estava a discutir comigo e o professor ouviu estas coisas mas eu nem sei se fui eu que disse ou se foi ele, e eu a pensar que isto até é normal e que eu da idade dele também dizia barbaridades só que normalmente não era apanhada.
Uma das coisas que me deixa baralhada é quando o miúdo me tenta enganar. Fico a pensar se lhe devo destapar a careca, ou deixá-lo safar-se. Já a minha mãe dizia "o que tu sabes ainda a mim não se me esqueceu". E há uns dias, quando o miúdo me pediu para assinar uma folha em branco, eu vi logo o que é que ele queria. Até disfarcei, só para ver até onde é que ele iria chegar. E quando vi o resultado, fiquei admirada. Não havia motivo para estar preocupado. Está bem que disse uns palavrões a um amigo no recreio, mas não me parece que fosse caso para ficar com medo da minha reacção. Mas o pior, é que nem sequer optou pela maneira de falsificar a minha aprovação, quer dizer, assinatura na carta de desculpa, que seria escrever as desculpas na folha que eu tinha assinado, propositadamente, no fundo. O miúdo tentou copiar a assinatura para a carta que já estava escrita, e fê-lo mal e porcamente. Suponho que dentro de uns anitos consiga imitá-la perfeitamente, mas para já não engana ninguém, nem mesmo quem não conhecer a assinatura original. E aí, o meu dilema: deixo-o ir para a escola com a assinatura forjada, e meter-se em sarilhos com o professor, ou faço de conta que estou muito chocada com o que "acabei de descobrir", e dou-lhe um sermão?
Deixei-o ir. Se tiver azar, leva com dois sermões em vez de um.

[Adenda] E não é que o puto se safou? De certeza que ninguém verificou aquela assinatura... isto é que é incompetência dos professores :P (estou a brincar). Daqui a uns dias lá vou ter eu que "descobrir acidentalmente" o servicinho dele e ter uma conversa muito séria. Meu menino, não se tenta enganar a mãe e os professores (pelo menos desta maneira). À próxima vê lá se tens mais engenho!
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Ataque da realidade

Pedem 15 € para mandar fazer a bainha a umas calças (que custaram 19,90€).
Só podem estar a brincar. Ou então é um pesadelo.
Afinal é Munique.
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Primavera

É hoje, é hoje!
Chegou a primavera. Os malditos pássaros não se calam, os restos de neve e gelo têm as horas contadas, o sol brilha, e as nuvens, como sempre, andam por aí a rondar.
Para hoje estão previstos uns espetaculares 20 graus. A hora mudou, pelo que ainda devo estar a sonhar.
Depois de um longo e frio inverno, cheinho de neve, finalmente um dia quente. Sim, porque a partir de amanhã chega o frio (máximas de 10 graus positivos) e o dilúvio. E nem sequer há razões para uma pessoa se queixar, afinal, ainda na semana passada estávamos com temperaturas abaixo de zero. Adoro a Alemanha.
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sexta-feira, março 24, 2006

E agora para algo verdadeiramente importante

Hoje, às 21h15, na RTP1, o Gato Fedorento está de volta.
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Boatos, boatos

Depois de se revelar bem mais criativo que os governos de direita na subtracção de direitos aos trabalhadores; de, há poucos dias, distinguir 100.000 cidadãos fundamentais dos restantes 9.900.000 acessórios (presume-se), o governo de que a esquerda tanto se orgulha decide avançar com a regionalização e, só depois, pedir opinião aos portugueses.
Depois, admiram-se que os partidos de direita não saibam fazer oposição. Oposição a quê, exactamente?
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quinta-feira, março 23, 2006

Coisas de gaja

Volta e meia lá tenho que ir pedir a receita da pílula ao ginecologista, para depois poder passar na farmácia e vir para casa com ela. Hoje foi um desses dias. Eu sou uma gaja que não gosta nada de ser incomodada com coisas destas que implicam perder muito tempo com assuntos que deveriam ser triviais. Além do mais, adoro fazer coisas pela internet, não há nada como dar uns cliques e ficar à espera que as coisas venham ter connosco. Por isto, tive a brilhante ideia de pesquisar farmácias online. Claro que não me adiantou nada. As farmácias alemãs não mandam a pílula a ninguém sem receberem a receitinha primeiro (que deitam fora logo a seguir), era o que faltava haver para aí criminosas a quererem proteger-se de gravidezes indesejadas sem autorização do deus-médico. Só para acalmar o meu espírito rebelde, dei mais umas voltas no google a ver se encontrava alguém que vendesse isso sem estas burocracias todas (uma farmácia online portuguesa, por exemplo, se bem que acho que ainda não existem). E assim, fiz uma pesquisa pelo nome da pílula, e encontrei algumas informações interessantes. Por exemplo, esta:

"Chegou uma nova pílula anticoncepcional". Uma nova pílula anticoncepcional, a Belara, chegou ao Brasil e traz uma associação inovadora de hormônios, muito mais próximos da progesterona produzida naturalmente pelo organismo da mulher. É uma combinação cujos estudos clínicos demonstraram reduzir os sintomas desagradáveis do uso diário do contraceptivo oral. A nova pílula alia a elevada eficácia contraceptiva (99,7%) a benefícios extras como não aumento de peso, redução da oleosidade da pele e cabelos. A caixa com 21 comprimidos custa R$ 31,09. Benefícios para a pele: "A Belara apresenta menos efeitos colaterais quanto à retenção de água, dando menos celulite; e melhora a oleosidade da pele e dos cabelos. Além disso, dá mais disposição à mulher, fazendo-a se sentir melhor em todos os sentidos", afirma a dermatologista Adriana Vilarinho da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo.E ainda por cima a modulação equilibrada dos níveis do hormônio androgênio não compromete a libido. Essa pílula muito me interessou.


Achei isto o máximo, o tipo de coisa que devia ser partilhado com todas as gajas. É que eu já me tinha apercebido que com esta pílula me sentia muito melhor do que com outras que já tinha tomado, mas pensei que fosse apenas por esta ser a primeira pílula monofásica que tomei tomo. Afinal, parece que não é só isso. E não sou só eu que noto a diferença. No ebay (não, a Belara-pílula não está à venda por lá, apesar de haver uma linha de produtos cosméticos chamada Belara que se pode encontrar nesse site) havia diversos comentários muito positivos sobre este "produto", e nas farmácias online também. Fantástico.
Uma coisa é certa: desde que tomo esta pílula nunca mais tive tensão mamária. Mal estar ou dores do tipo TPM deixei de ter desde que comecei a tomar a pílula, independentemente da marca (isso é que foi um aumento da qualidade de vida, antes disto pensava que quando fosse grande e tivesse um emprego a sério iria ter que faltar pelo menos um dia por mês por causa do periodo). Quanto à oleosidade, pele, e celulite... parece-me treta :P.
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Onde está a Rita?

Isto também é um plano maquiavélico, ou será antes a vingança do blogger?
Rita, o que é que te aconteceu?
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quarta-feira, março 22, 2006

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Trabalho e filhos

A propósito disto e disto.

Os preconceitos deviam ser abolidos. Liberdade faz falta. Não a liberdade de escolher trabalhar e ter filhos, mas a liberdade de o fazer sem que venha meio mundo chatear-nos a cabeça. Acreditem ou não (e os alemães não acreditam, ou pelo menos fazem uma careta de incredulidade) a minha mãe trabalhava, e as minhas avós trabalhavam, e os filhos não gostavam menos delas por isso. Aliás, provavelmente até gostavam mais delas por isso.

Mãe, quanto mais vejo o que fazem as outras mães por estas terras supostamente desenvolvidas, mais gosto de ti e de mães como tu. Obrigada por me teres dado liberdade, obrigada por não teres estado em cima de mim 24 horas por dia. Obrigada por me teres deixado andar pelo meu pé desde que aprendi a andar, obrigada por me teres tirado a chupeta antes de eu ter idade para a rebentar com os dentes, obrigada por não me teres passeado em carrinhos de bebé quando eu já não cabia neles. Obrigada por me teres deixado ir a pé para a escola primária, obrigada por me teres levado à escola quando chovia, obrigada por me teres confiado a chave de casa aos 10 anos. E muito obrigada por um dia me teres deixado ir passear sozinha com as minhas calças novas quando eu tinha 9 anos (senti-me muito crescida). Obrigada por não teres estado sempre em casa. Obrigada pelas oportunidades que tive de fazer asneiras, de esfolar os joelhos, de brincar com miúdos da minha idade o dia todo (no infantário, na escola, e na rua). E acima de tudo, obrigada por me teres ensinado a ser uma mulher independente, com o teu exemplo.
Obrigada pai, por teres incentivado que a nossa família fosse assim. Obrigada pai, por teres feito as compras, por me teres levado à feira contigo, por me teres levado para o teu trabalho de vez em quando, por me levares a andar de bicicleta quando chegavas a casa. Obrigada por me teres ensinado a gerir o meu dinheiro, a ser responsável, e a desenvencilhar-me sozinha.
E claro, obrigada manas, por me terem safado de sarilhos, por me terem metido em sarilhos, por me deixarem fazer parte dos vossos grupos, por termos andado à porrada umas com as outras, por darmos porrada a quem se metesse com uma de nós, pelos inúmeros galos e buracos que abrimos nos nossos joelhos e testas. E obrigada por serem mulheres fortes, e independentes, como eu.
Obrigada filho, por me adorares tanto, por achares que eu sou a maior mesmo quando não sou, por me pedires ajuda, por não me quereres por perto quando estás a fazer as tuas coisas, por me telefonares quando precisas da minha opinião, por adorares quando te deixo crescer mais um bocadinho (mesmo quando me custa muito), por te preocupares com a minha saúde, por adorares quando te vou buscar à escola e também adorares quando não vou. Obrigada pelos mimos que me dás, obrigada por estares a crescer e a tornares-te num miúdo independente, sociável, divertido e brincalhão.
A minha família é maravilhosa. E se as mães desta família tivessem ficado em casa em vez de trabalhar, não se seria assim tão maravilhosa, mas de uma coisa tenho a certeza: muitas das coisas que aprendi em miúda e que me foram úteis pela vida fora não teria aprendido se tivesse a minha mãe sempre a tomar conta de mim. Enquanto crescia, precisava do meu espaço para respirar, para fazer as minhas coisas, para me aventurar. Tenho a certeza que o meu filho também precisa do dele, e só tenho medo de não lhe dar espaço suficiente. Mesmo sendo uma mãe que trabalha, consigo ser muito galinha.
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terça-feira, março 21, 2006

Passa-me a neura

...quando vejo nos morangos com acúcar o resultado da respiracao dos actores. Aquele vapor só pode querer dizer que está mais frio por lá. ahahah
E por falar nisso, já alguém reparou que às vezes têm na mesma sala umas pessoas vestidas "à verao", e outras "à inverno"? Ou alguém está a morrer de calor, ou alguém está a morrer de frio...
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Spooky

Enquanto lia isto estava deitada de barriga para baixo, com o pé direito a esfregar a palma do pé esquerdo... ao menos nao estava a tentar a adormecer, acho!
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Dia do Pai

Se nao fosse a RTP, este dia do pai tinha-me passado completamente ao lado. Eu nao ligo nenhuma a datas destas, e o meu pai faz de conta que também nao liga, mas no fundo no fundo, eu bem sei que ele está à espera de receber um telefonema neste dia. No entanto, estando num país onde tudo é diferente (a comecar pelo conceito de "quente") é difícil uma pessoa lembrar-se destas datas que por cá calham noutros dias. Agora foi a vez do pai, daqui a uns meses vai ser a mae. Pois se o dia do pai por cá calha lá para Maio ou Junho, o dia da mae calha uma ou duas semanas depois do dia da mae português. Mas porque é que estas coisas nao têm uma data universal?
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Avé blogger

Estive o dia todo a tentar postar alguma coisa e nem sequer podia entrar no blogger. E nem sequer consegui comentar outros blogues. Bolas.
Agora já nao me lembro do que queria dizer. Era qualquer coisa do género "ninguém me liga", e "ninguém me manda mails e quando mandam é para trabalhar". Mas já me passou a implicacao. E por falar em implicar, a minha colega passou-se. A mulher é doida. Anda sempre a queixar-se que nao tem dinheiro, ou que o dinheiro nunca lhe chega até ao fim do mês. Eu sou uma querida, aturei-lhe o discurso durante meses, e até lhe dei umas dicas para ela calcular o que eram realmente despesas fixas na vida dela e o que é que se calhar estava a dar-lhe cabo do orcamento e seria dispensável. O problema dela nao é saber fazer contas. O problema dela é nao se querer controlar, nem querer abdicar de coisas que nao sao essenciais. Se a volto ouvir queixar-se de falta de cacau rebento. Entao nao é que a mulher gastou uma pipa de massa no cabeleireiro (e nem ficou melhor do que estava) e outra pipa de massa a arranjar as unhas, e ainda se veio gabar? É doida, só pode. Se eu nao soubesse que nao, pensaria que lhe tinha saído o euromilhoes. Aliás, eu desejo que a minha colega ganhe o euromilhoes. É de maneira que me desampara a loja e vivemos todos felizes para sempre.
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segunda-feira, março 20, 2006

Saudade

Não sei se é por causa do tempo (de inverno, digam o que disserem), se por causa do sol (que finalmente resolveu aparecer por mais que um dia), se por causa do frio (que subsiste, digam o que disserem menos de 10 graus positivos é frio), se por causa de outra coisa qualquer, mas deu-me uma ataque de saudades de um certo sítio a uma certa hora, numa determinada altura do ano. Aquele pôr do sol na Holanda, às 11 da noite, em Junho, foi uma das coisas mais bonitas que já vi. E as fotografias não lhe fazem justiça.

Pôr do sol
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Blog do dia

O país das maravilhas acabou, o Tiago pôs meio mundo a reclamar a sua presença, e afinal, era só uma brincadeira. Ou então o Tiago lá se sensibilizou com os comentários e decidiu-se a continuar a blogar, mas numa nova morada, só para não ter que voltar com a palavra atrás. Ou então, isto era um plano maquiavélico para ver quantas pessoas é que realmente estavam interessadas em continuar a ler as histórias do Tiago. Eu quando li aquele "Fim", pensei, então pá, escreves um texto brilhante sobre o concerto do Jack Johnson, melhor do que o que sairia da pena de qualquer crítico, e uns dias depois acabas com o blog? Isto não é normal...
Mais maravilhas escritas pelo Tiago no a minha vista é melhor que a tua. Só para nos fazer inveja, ou então não. É que se a minha vista consiste em árvores, uns pássaros irritantes e algumas casas, também consiste em dois olhos que não precisam de auxílio. :P (pelo menos por enquanto)

Updates nos links quando tiver tempo/paciência/me apetecer.
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domingo, março 19, 2006

Note to self

Nao esquecer: ir esquiar quando estou cheia de sono nao é nada boa ideia. Quase que adormecia em cima dos skis. Quase que adormecia nas cadeirinhas. Aproveitei todas as oportunidades para me sentar/deitar na neve, o que resultou em algumas partes do corpo ficarem enregeladas. Se adormecer na viagem para a estância de ski (como hoje) é porque nao estou em condiçoes de esquiar. E mai nada!
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sexta-feira, março 17, 2006

Uma sorte do carago

Estava eu a festejar o facto de já nao me doer o pescoco, quando dei uma pancada no joelho. Uma pancada a sério, daquelas que nao doem tanto que fazer sair da boca palavras que nunca teriam saído em condicoes normais, e muito menos na presenca do pequenote. Felizmente saíram a tal velocidade que acho que ele nao deve ter percebido. E se percebeu, bem, azar. Há alturas em que é difícil controlar o que se diz, e eu só consegui falar baixo.
Agora nao posso andar. Tenho uma nódoa negra enorme, que ando a combater com Hirudoid (também há por cá, com nome um bocadinho diferente). No entanto, do mal o menos. Com um joelho temporariamente inutilizado posso continuar a usar o computador normalmente. :)
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Não é justo!

Amanhã há febre de sábado à noite em Matosinhos, e eu não posso ir!!! Porque é que não transmitem isso pela televisão?! Não é justo!!!

[Adenda] afinal sempre vao transmitir. Eu é que nao tinha visto o anúncio, até agora. Já sei o que é que vou fazer. Ficar a ver Adormecer ao som dos êxitos dos anos 80.
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Back to life

Um grande bem haja ao meu mais que tudo, que tem umas mãos de ouro. Por outras palavras, o meu pescoço já está quase normal, e até já posso estar ao computador (FANTÁSTICO!).
No entanto, fui brindada com uma reunião de "trabalho" toda a manhã, o que me deu, mais uma vez, a possibilidade de me dedicar ao desenho durante horas. Qualquer dia não tenho espaço na parede para tantas obras de arte.
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quinta-feira, março 16, 2006

De castigo

O pescoco ainda me dói. Nao posso estar no computador durante muito tempo, nao posso virar a cabeca, e muito menos abaná-la (acenar que sim ou que nao). Que seca. Ainda para mais nao dá nada de jeito na televisao, e nao me apetece ler nada.
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quarta-feira, março 15, 2006

Estou que nem posso

Com uma dor de pescoco que nao se aguenta, e que só piorou durante o dia, nem sequer posso estar em frente ao computador. Estou tramada. E nem faco ideia do que fazer para isto melhorar. Parece-me estúpido ir ao médico por causa de uma dor, que nem sequer sei porque é que apareceu (eu já disse que odeio ter que ir ao médico?). Alguém me sugeriu acupuntura, e eu fiquei logo arrepiada só de pensar em agulhas. O que eu precisava mesmo era de um Sven que tivesse muito jeito para massagens. :)
E agora, vou sair daqui, que isto está a piorar ainda mais.
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Como espalhar ainda mais dados pessoais pela internet

Recebi o mail de um certo P (punha aqui o nome, mas às tantas até conheço o rapaz e depois meto-me em sarilhos) a convidar-me para me juntar à sua comunidade virtual, ou lá como é que essas coisas tipo hi5 se chamam. Eu fiquei a saber o nome dele, a cidade onde mora, e a idade. Infelizmente o mail não vinha com uma foto do rapaz, por isso nem sequer pude avaliar se realmente estava a fazer bem em tomar a minha atitude do costume nestes casos: email de pessoa desconhecida, com links, vai sempre parar ao caixote do lixo, sem demoras. Se o P fosse um gajo jeitoso, por exemplo, daqueles que sabem como enviar sem demoras um ficheiro de 20MB pela net, ou daqueles que sabem sempre qual o programinha grátis que deveria utilizar para resolver qualquer minudência relacionada com o computador, eu se calhar até reconsiderava. Se o link fosse parar a mais informação sobre o rapaz, eu até podia pensar melhor. Mas oferecerem-me a possibilidade de introduzir os meus dados pessoais num site, que os irá guardar ou até vender ou utilizar para fins que a mim não me interessam, não, obrigado. Já recebo SPAM que chegue. Além disso, ontem tive que caçar mais um trojan. Em alturas destas, desconfio de todos os internautas desconhecidos.
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terça-feira, março 14, 2006

É hoje

Já ando a pensar neste assunto há imenso tempo. Depois de ter recolhido informação oral e escrita, esta ainda me pareceu incompleta e fortemente influenciada pelos sujeitos que me forneceram a informação, pelo que me decidi a investigar pelos meus próprios meios em todos os locais onde se encontram a espécie de que hoje vos vou falar.
Toda a gente já ouviu dizer que as portuguesas são peludas, não é? Pois, ainda há uns dias recebi por email uma foto de uma gaja nua, tanto ou mais peluda que qualquer gajo ibérico, com o título "portuguesa". Claro que esta gaja podia ser tudo, menos portuguesa. Não só pelo exagero de pêlos por tudo quanto é sítio (até no rabo, vejam lá!), como pelo facto de estar numa sala com uma estante cheinha de livros, e estar a ler uma revista inglesa. Ora toda a gente sabe que os portugueses não lêem, e têm alergia a livros. Antes desta provocaçãozinha, já tinha recebido outras parecidas que dizem que portuguesas têm muitos pêlos debaixo do braço e tal e coisa. Como toda a gente sabe, isto é completamente, totalmente, inequivocamente falso! As portuguesas até podem ter um bocado de testosterona a mais, que lhes dá vigor, sangue quente, paixão, e uns pelitos a mais, mas gaja que se preze nunca sai à rua de pêlos à mostra. Se tem pêlos nas pernas, anda de calças, se tem pêlos nos sovacos, de t-shirt, se tem buço, depila-o antes de pôr o pé na rua ou receber visitas. Uma gaja portuguesa só vai para o ginásio de calções quando tem a depilação feita, rejeita sexo (pelo menos com as luzes acesas) se tiver pêlos, e só anda de saia nas 3 semanas a seguir à depilação com cera (ou dois dias, se tiver usado a amiga gilete ou creme depilatório).
Ainda assim, não nos livramos da fama de sermos insuportavelmente peludas. Mentiras, calúnias, difamações, enfim, insultos que temos que ultrapassar.
Claro que, com tanto preconceito, uma gaja portuguesa que emigra para a terra das loiras pensa que por aqui não há tal abominação. Nada mais falso. A começar pelas loiras. Até pode ser que haja mais loiras por quilómetro quadrado do que em Portugal, mas apenas uma pequena percentagem é verdadeiramente loira. As outras, são tão oxigenadas como qualquer "tia" portuguesa. Os loiros, são um mito ainda mais raro. Ainda assim, sabe-se lá como, os putos costumam ser loiritos, deve ser da comida (esparguete com ketchup a mais ou batatas fritas com ketchup a mais, e isto são pratos principais para um almoço!!!), porque com a idade, passa-lhes. Morenos há por aí a pontapé.
Destronado o primeiro mito - a loirice - vem o segundo - os pêlos. Até pode ser que haja alemãs que geneticamente tenham poucos pêlos. Mas ainda não encontrei nenhuma. E o pior de tudo, é que muitas se recusam a reconhecer que sim, TÊM PÊLOS. Elas têm buço, elas têm uma floresta nas pernas, elas têm arbustos debaixo dos braços. Já cheguei a ver uma gaja, em pleno verão, de calções do tamanho de umas cuecas com pêlos desde os pés até onde se podia ver... Lá porque vinha acompanhada de um gajo que estava a fazer exactamente a mesma figura, não havia necessidade de se parecer tanto com ele!
Vindo o verão, é só gajas de saia por todo o lado. Pernas ao léu. Pêlos compridos à vista. Mas quem é que lhes disse que os pêlos castanhos ou castanhos claros não se vêm? É que nem sequer são transparentes...
O pior de tudo, aquilo que realmente me mete nojo são os pêlos dos sovacos. O problema não é só visual, mas, mais importante, o cheiro. É verão, sua-se mais, e a transpiração ficar ali bem agarrada, a desenvolver um fedor que afasta qualquer um muito rapidamente. É tiro cheiro e queda! Isto devia ser proibido, principalmente nos transportes públicos. Já que é proibido comer, beber, falar ao telemóvel, também devia ser proibido cheirar mal e não depilar os sovacos durante anos! Porque é que será que isso não os incomoda? Ah, já sei, eles pensam que não têm pêlos...
E as miúdas do nudismo? São o máximo... 18 graus (ou mais), toca de ir para o Isar ou o Englischer Garten apanhar sol naquela pele branca... oops, errado, o sol é impedido de atingir a pele devido à densidade de pêlos, e por isso elas nunca ficam morenas! (Agora podia aproveitar para falar dos gajos que as acompanham e o tamanho de uma certa parte do corpo deles, também com alguns pêlos à volta, mas não vou fazer isso, se algum deles algum dia lesse este relato ficaria tão envergonhado que nunca mais se atreveria a mostrar a coisinha, por isso, não vou comentar.)

Resumindo e concluindo: é uma injustiça! As portuguesas têm a fama de serem peludas, e as alemãs é que andam por aí a mostrar a selva para quem a quiser ver. Deve ser por isso que há poucas marcas de depilatórios no supermercado/hipermercado, e mesmo certos produtos específicos (zona do bikini, por exemplo) não se encontram em todo o lado.
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Jenseits der Stille


Este foi o meu primeiro filme em alemão, sem legendas. Poderia enquadrá-lo na categoria "filmes que eu nunca veria por minha livre e espontânea vontade". Não porque não seja um bom filme, que é. Não por ser em alemão, e também não por não ter legendas. Simplesmente por ser um filme com uma história triste, cheia de frustrações e de relações tensas. Demasiado parecido com a vida. E ao mesmo tempo, a faltar-lhe o sal, são 109 minutos de filme sem uma piadinha sequer. Deve ser o humor alemão. Ah, já sei, a piada deve ter sido quando a protagonista vai com a tia a um lago, e a tia tira a roupa para nadar. A protagonista fica chocada, e pergunta se não há problema. Devia ser isto, escapou-me. Hello, tás na Alemanha, basta que estejam 18 graus para o pessoal tirar a roupa, duh!!!
A história é boa. A música também (fiquei a saber que gosto de ouvir tocar clarinete). Mas é demasiado trágica/triste para mim. Prefiro algo que me faça rir.
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segunda-feira, março 13, 2006

Blog do dia

Andava a fazer umas pesquisas na net, quando descobri este blog. Nao tem nada a ver com os outros blogues que tenho linkados por aqui, mas é daqueles que vou passar a visitar diariamente. Nada como descobrir respostas a perguntas que nunca tínhamos feito. Por exemplo, porque é que na Alemanha, o Gmail se chama Google Mail (link). E descobrir que ainda há quem use o pine (que saudades) para ver o mail.
E aprender mais umas coisas sobre blogues. Espreitem estas resmunguices sobre a vida e tecnologia, aqui.
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Gente

Há pessoas que não gostam de pisar as outras.
E há pessoas que são como um elefante numa loja de porcelanas: pisam tudo o que estiver por perto. Às vezes corre bem, outras vezes sai-lhes cara a factura. Gostava de saber em que percentagem dos casos esta atitude traz benefícios. Mesmo só por curiosidade, pois este não é, de forma alguma, o meu estilo. Tenho alguns inimigos de estimação, mas não me interessa minimamente ter o mundo todo contra mim, só porque sim. Mas há pessoas que acham o máximo construir uma reputação de "maus". Que te dizem "faz isto assim", e depois vêm com um "porque é que fizeste isso assim, agora vais-te tramar". Só tenho pena de não poder dar um saltinho ao futuro, assim num instantinho ia e voltava, só para saber qual é o resultado final desta posição. Tenho dois palpites: um, é que dá muito bom resultado em termos de sucesso, e ao mesmo tempo acaba-se com muito poucos amigos, e provavelmente amigos que não confiam nessas pessoas; o outro, é que dá muito mau resultado e simplesmente as pessoas afastam-se tanto quanto possível desta gente intriguista e abusadora, sem que isso tenha repercussões positivas a nível profissional ou pessoal. Será que é uma questão de cara ou coroa?
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Chega

Desde há algum tempo comecei a reparar que já nao gosto de certas conversas. Nomeadamente, daquelas em que várias pessoas falam ao mesmo tempo, na televisao. Incomoda-me, porque nao consigo absorver toda a informacao que é debitada ao mesmo tempo. Gente, quando um burro fala, o outro baixa as orelhas. E quando uma pessoa fala, as outras devem aguardar a sua vez.
Só ainda nao sei se isto é produto da minha "alemanizacao" ou se estou simplesmente a ficar velha. Nao que tenha muita importância. O que é facto é que é uma pena nao poder acompanhar um programa com um assunto interessante porque durante o tempo todo está toda a gente a falar ao mesmo tempo. O meu amor diz que há uma razao para isto. Enquanto as pessoas falam ao mesmo tempo debitam o dobro, o triplo, ou até mais, do discurso que daria para debitar no mesmo espaco de tempo se apenas falasse um de cada vez.
Provavelmente, o meu mal é sono.
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domingo, março 12, 2006

O que é que é preciso fazer

para enviar um ficheiro com quase 20MB pela net? Criar uma página pessoal, usar um programa de ftp, configurar a rede wireless... Nao há nada que nao dê trabalho? Que seja clicar num botao "send file" e pronto?!
Às vezes penso que, por muito simples que seja isto da internet e dos computadores, devia ser ainda mais simples. É que já nao há pachorra para estar horas a descobrir como fazer coisas tao básicas como mandar um ficheiro.
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sexta-feira, março 10, 2006

Querida Maria...

Infelizmente tive que despedir o Manel. Andava a dar conselhos pouco sérios às leitoras, só respondia a metade das cartas que recebia, e ainda para mais andava enrolado com a chefe da secretaria. No entanto, continuamos a responder a todas as cartas que nos vão chegando (incluindo as que o Manel não respondeu e que estavam guardadas num armário, juntamente com as toalhas de praia que tinham sido utilizadas pela última vez em 1979, que foi o último ano em que nesta empresa foi permitido tirar férias).
Quanto aos teus problemas, não desesperes, vou-te ajudar.
Em relação aos sonhos, provavelmente apenas querem dizer que andas a dormir pouco. O melhor que tens a fazer é aproveitar o fim de semana para dormir tudo o que precisas. Desliga o despertador, e vais ver como acordas sem sequer te lembrares com quem é que andaste ocupada a noite toda. Vais-te sentir outra pessoa.
Em relação aos outros problemas, incompetentes há em todo lado, como vês, e o que é preciso é ter calma quando nos aparecem pela frente. Quando telefonares para um serviço de atendimento, pede sempre à pessoa que te atender para repetir o seu nome, vais ver que têm bastante mais cuidado com o que dizem depois.
Os despedimentos são sempre um assunto muito sensível e delicado, que podem rapidamente originar situações menos agradáveis. Eu que o diga, desde que despedi o Manel tenho cada vez mais riscos no meu carro. E aquele chá que eu costumava tomar na empresa passou a ter um sabor estranho. E, não sei bem porquê, alguns dos meus dossiers mais importantes têm andado desaparecidos... Enfim, mas não deixes que estas coisas te incomodem, Maria. Fala com as pessoas, e explica-lhes simplesmente que estão a ser sub-aproveitadas, e merecem novas oportunidades de carreira, que é o que lhes estarás a dar. Simplesmente, terão que as procurar noutro lado. Foi o que fizemos com o Manel, e resultou lindamente. Ele saiu do gabinete cheio de energia e motivação para encontrar um outra trabalho que o satisfizesse. Ouvi dizer que criou a sua própria empresa, onde satisfaz necessidades de espaço para viaturas no espaço urbano, e parece que tem tido sucesso. Como vês, foi o melhor para todos.
Espero que estas dicas te sejam úteis.

Manela
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Querido Manel...*

Esta semana tenho-me sentido um pouco em baixo. Tive o azar de ter tido uma insónia logo na noite de domingo para segunda, o que me estragou a semana toda. Ando feita uma zombie.
Provavelmente por isso, tenho tido sonhos estranhíssimos. Por exemplo, com figuras públicas de idade avançada (mais de 35 anos) que me acham o máximo, e decidem mudar a vida delas por minha causa. São uns queridos, estes senhores que me aparecem nos sonhos, mas mesmo assim não percebo como é que foram lá parar. É que nem sequer ando a sonhar com actores ou cantores, nem pessoas com quem me identifique ideologicamente. Ao menos são gajos inteligentes. No entanto, nem nos meus sonhos estes tipos têm sorte, era o que me faltava, ter que aturar velhotes. Ainda assim, acordo com uma sensação de que estou no lugar errado, e de que a minha vida mudou de repente.
Querido Manel, conheces algum remédio para acordar mais devagar e ter tempo para me adaptar à realidade desse momento? Quanto aos sonhos, não me importo de continuar a ter os mesmos, afinal, a minha vida durante a noite não tem que ser a mesma que durante o dia. A transição é que é difícil.
Gostaria que me ajudasses com mais um problema. Ao longo da vida, aprendi que não interessa se o chefe tem razão, e que se deve sempre fazer o que o chefe manda. Quando o chefe está chateado, deve-se tentar ao máximo apaziguá-lo, ou fugir do seu alcance o mais rapidamente possível, se não há maneira de resolver o problema. No entanto, isto parece só funcionar quando se trata do meu chefe. Quanto às outras pessoas, que também têm chefes, não tem importância nenhuma o que elas fazem, ou quão incompetentemente o fazem, elas nunca se metem em sarilhos. O parvalhão que está no serviço de apoio a cliente de uma grande empresa não tem problemas nenhuns em ignorar os problemas dos clientes, ou fazer de conta que não têm solução, deixá-los em espera enquanto joga online, ou simplesmente, fazer o contrário do que lhe foi pedido. Onde é que está o chefe destes gajos?
Além deste, há ainda o problema de o que fazer quando a chefe sou eu, e quem trabalha para mim está a fazer um péssimo trabalho. É fodido saber que se tem que despedir alguém, quando sabemos que esse alguém precisa desesperadamente do trabalho que tem, tem filhos para sustentar, e não tem outros meios de sobrevivência. Mas também é fodido saber que na prática se está a pagar o dobro por um trabalho que ainda para mais sai mal feito.
Querido Manel, conheces alguma maneira de acalmar a minha consciência? De preferência, uma que não implique que tudo continue na mesma, pois não me sinto de forma nenhuma satisfeita com esta situação.
Muito obrigada,

Maria


(*versão snowgaze das cartas à revista Maria)
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quarta-feira, março 08, 2006

Update

A pedido de várias famílias, por carta, email e fax, finalmente actualizei os links. Não é preciso agradecer. O cliente tem sempre razão. ;)
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Que exagero...

Aqueles gajos (ali na barra lateral direita, em baixo) que dizem a metereologia aqui para este vosso tasco são uns exagerados. Dizem que às 8h20 de hoje estavam -14°C e um pouco de nevoeiro. Mentirosos. Só estavam, no mínimo, -8, aliás, -4, e não há nevoeiro nenhum. Só um solzinho maravilhoso, como deve ser, daqueles que até aquece (através de uma janela, claro), e que vai derreter já estas montanhas de neve que caíram nos últimos dias. Ou não estivesse a primavera já a bater à porta (sim, pois...).
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terça-feira, março 07, 2006

Falta de palavras

Alguém conhece algum dicionário de calao alemao? Procuram-se asneiras, e insultos. Já agora, dava jeito perceber a intensidade relativa dos mesmos.

Conheço para aí uns 5 insultos alemaes, e umas 2 ou 3 asneiras. Possivelmente, porque raramente preciso deles. Mas começo a desconfiar que os alemaes nao utilizam muitas asneiras. "Idiot" já é um grande insulto. "Arschloch" (asshole, buraco do cú) só se usa quando se está mesmo muito f*****. Nunca ouvi ninguém dizer "fick", ou "fick dich" (as f words cá do sítio), por muito chateado que estivesse. "Scheisse" (merda) é uma palavra completamente proibida, ou melhor, se alguém se atreve a soltar uma interjeiçao destas em público, leva logo com uma dúzia de olhares reprovadores. Pelo menos.
Ainda assim, os insultos mais engraçados que já vi/li/ouvi eram frases completas. Quem é que se lembra de usar uma frase enorme para insultar alguém? Que raio de insulto é "para onde é que fugiu o génio que te tentou ensinar a tocar piano"? Onde é que estao expressoes como "seu grande parvalhao, vai pentear macacos para o Alentejo" (isto é a versao soft)?

E já agora... por mais que ouça, ou leia, ou até use, este tipo de palavras noutras línguas, nunca lhes atribuo grande importância. E, para mim, sao palavras muito menos fortes que outras, equilvalentes ou nao, em português. Qualquer palavra estrangeira, por mais insultuosa que possa ser, nunca me parece grande insulto. O cúmulo, para mim, é o espanhol. Os espanhóis dizem pelo menos duas asneiras em cada 3 palavras que lhes saem da boca, e a mim só me dá muita vontade de rir.
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1 2 3 experiência

Aqui vai uma prenda para o pessoal: retirei aquela seca do word verification. Se correr bem, ou seja, se os spammers nao aparecerem aí a correr, fica assim. Caso contrário, voltamos ao modo anterior. É aproveitar pessoal, que isto agora é de borla!
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segunda-feira, março 06, 2006

Gestao de expectativas II

Quando era miúda, tinha alguma dificuldade em conseguir o que queria. Muitas coisas tinham que ser negociadas até à exaustao, e os meus pais nao eram dos que cediam a birras ou caprichos. Assim, tive que aprender a negociar, quer dizer, a dar a volta aos meus pais sem que eles se apercebessem. Provavelmente eles até me topavam à distância. Mas dizer apenas que nao queria aquela mochila horrorosa porque nao gostava dela, nao era razao suficiente. Entao aprendi a descobrir defeitos às coisas. Afinal, nada é perfeito. Aquela mochila horrorosa era pequena, principalmente se comparada com a mochila vermelha linda que eu queria ter, e que custava o dobro. Aquelas calcas de ganga com um corte horroroso apertavam-me, e o número a seguir ficava-me largo, portanto tinha que levar as outras, muito mais giras, e que me assentavam muito melhor. Quanto a doces, nao havia nada a fazer, só em dias especiais, e se ajudasse a mae nas compras.
Nos meus anos de teenager, comecaram os problemas das saídas. Os meus pais, apesar de conhecerem perfeitamente todos os meus amigos e as famílias deles, perguntavam-me sempre com quem é que ia, onde ia, a que horas voltava, quem era esse gajo com quem eu ia sair (de tarde!) e quem eram os pais deles. E claro, volta e meia proibiam-me de ir a uma festa ou a um sítio qualquer. Sabendo que havia uma certa probabilidade de os meus pais dizerem que nao aos meus pedidos, optei por uma solucao brilhante. Volta e meia inventava um acontecimento qualquer, na esperanca que eles dissessem que nao, para que na vez seguinte, quando houvesse uma festa verdadeira, eles me deixassem ir. Se por acaso eles permitissem que eu fosse ao evento fictício, entao no próprio dia fazia de conta que nao me apetecia ir, com intencao de que os meus pais pensassem que eu até era uma miúda caseira. Pois...
Nem era nada de especial, mas resultava.
Hoje em dia já preciso de tanta ginástica. Mas ainda assim, há situacoes em que dá um jeitaco saber dar a volta às pessoas. Com umas resulta, com outras nao, mas nao se perde nada em tentar.
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Gestao de expectativas I

Há alturas assim. Um dia estao muitas coisas mal, ou pelo menos muito pior do que imagináramos. E uns dias depois, algumas dessas coisas sao alteradas, para melhor, e ficamos felizes da vida. E no entanto, se tivéssmos conhecido apenas a segunda versao, nao a acharíamos grande coisa.

(Sim, estou bem disposta. O meu plano original, que tinha sido cancelado, voltou a estar em accao. Agora é ter a sorte de conseguir marcar o que queria. No que depender apenas da sorte, correrá tudo bem. Espero é que nao haja outras restricoes.)
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Auto Überraschung*

Já que estou em modo "fazer os trabalhos de casa de alemao", uso uma palavra alema (inventada) para o título.

No sábado a neve quase tinha desaparecido. Durante a noite chovia, quando me fui deitar, mas quando acordei, de manha, havia um monte de neve fresquinha lá fora. E continuou a nevar, a nevar, a nevar... Hoje de manha, a neve era tanta, que inventámos um novo jogo. É o Auto Überraschung, ou seja, o carro surpresa. É muito parecido com desembrulhar um ovo Kinder. Resumidamente, o jogo consiste em escolher um monte de neve, e tentar adivinhar o carro que está lá debaixo. Nao é nada fácil! Descascando, ou sendo, retirando alguma neve, descobre-se o brinquedo, quer dizer a surpresa, quer dizer, qual é que é o carro!
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sábado, março 04, 2006

Aprender línguas

As aulas de alemao nao sao propriamente a coisa mais divertida do mundo. Além de se discutirem coisas interessantíssimas, como quais os melhores cafés de Munique (todos os que estao exactamente na outra ponta da cidade), como é que funcionam as escolas alemas (aulas só de manha para estes preguicosos), ou outras coisas maravilhosas como a comida alema, passar algumas horas a tentar perceber se realmente há alguma regra que possa ser seguida na maioria dos casos (nem por isso), é uma tarefa nada fácil. Por isso, já tentei diversas maneiras supostamente mais fáceis para facilitar a aprendizagem. Comecei por ler livros de banda desenhada. Tenho patinhas em alemao aos kilos. Só que isto, ao fim de algum tempo, torna-se inútil. Claro que aprendo uma ou duas palavras de vez em quando, mas acabo por seguir a história pelo contexto dos desenhos... Além do mais, parece-me que tenho tendência para esquecer as palavras novas ainda mais depressa do que as aprendi. A solucao para isto, só pode ser uma: repeticao. No entanto, nao faco tencoes de escrever cadernos e cadernos com palavras novas, ou regras (como se isso me adiantasse de alguma coisa). Agora, arranjei outra solucao. Jogos. Nao sao jogos de línguas, nem nada que se pareca (ainda). Para já, basta jogar jogos de computador em alemao. Como todas as instrucoes, regras e objectivos vêm em alemao, parece-me que nao vou ter escapatória. Claro que assim vou aprender palavras totalmente inúteis como ziegel (tijolo) e stroh (palha), que sao absolutamente essenciais para um jogo de estratégia que se passa no antigo Egipto. Ou entao, encontro-me a procurar o significado de rausgefliegen e quando encontro "to get the chop" fico um bocadinho baralhada...
Pode nao ter os melhores resultados do mundo. Mas pelo menos é divertido.
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E por falar em crédito

Há por aí uns senhores de um banco qualquer que eu nao conheco, que adoram mandar cartas cá para casa. Nao sei onde é que descobriram a morada, eu deles só sei que existem, mas ainda que nao me conhecam, invadem-me a caixa do correio pelo menos uma vez por mês. Sao uns gajos simpáticos, generosos, que nao querem que me falte nada. Se eu quiser ir de férias, comprar um computador, mobília, ou até gastar umas massas em jogos electrónicos ou estourar uns trocos no casino, estes senhores estao por tudo. Eles querem emprestar-me dinheiro. Nao fazem perguntas, têm umas taxas de juro atractivas e tal, é só eu querer, e todos os meus sonhos se tornam realidade. Estes senhores pensam que o que eu preciso é de alguém que me empreste um guarda-chuva quando está sol, e que mo peca de volta no momento em que comeca a chover. Mas estao enganados. Eu nao gosto de empréstimos, só daqueles em que nao tenho que pagar juros, ou seja, quando uma alma caridosa (pai, mae) se decide a financiar-me temporariamente. Quanto ao resto, preferia os números do totoloto. Se nao sabem, deixem lá. É que uns míseros dois mil euros nao chegam para os meus sonhos.
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sexta-feira, março 03, 2006

DNA

Vi isto no blog da minhoca, e claro que fui logo fazer. Eu adoro questionários. Nao acredito é nos resultados, mas isso já sao outros quinhentos.

Dynamic Inventor
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Risota sem fim


Tenho ali escondidos numa estante uns recuerdos de férias em terras de nuestros hermanos muy especiais. E cada vez que lá volto, trago mais alguns. Descobri-os pela primeira vez na biblioteca de lá da terra (nessa altura em português), e já nessa altura estes rapazes me faziam rir à gargalhada. Felizmente a bibliotecária nunca me expulsou da biblioteca por estar a rir alarvemente, mas creio que vontade nao lhe deve ter faltado. É que eu sou daquelas pessoas que quando se ri, ri-se mesmo. E quero lá saber do resto do mundo. Claro que às vezes é um bocado chato, por exemplo daquela vez em que me lembrei duma coisa engracada no meio de um funeral... estava tanta gente neste funeral e eu sentia-me tao esmagada, que me lembrei de um amigo uma vez me ter contado que tinha estado num concerto onde estava tanta gente que podia levantar os pés do chao que as pessoas o seguravam... bem, se calhar nao tem muita piada, mas no meio do funeral, empurrada por todo o lado, lembrei-me daquilo e comecei-me a rir... felizmente lá consegui disfarcar, fingi que estava a solucar (eu nem conhecia assim tao bem o gajo que morreu!), e ninguém disse nada.
Bem, estava eu a dizer que adoro esta banda desenhada. E em espanhol, sempre tem aquele encanto de ninguém cortar as asneiras. Embora eles nao digam joder, sempre se saem com uns insultos engracados, como cochino e outros que tais. E a quantidade de porrada por página, também é de morrer a rir. Mortadelo y Filemón, what else.
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...

...estava a pensar em fechar o tasco...
...é que nao tinha nada para dizer...
...mas depois, vi as "notícias" portuguesas...
...encontraram uns pássaros mortos... mas que nao tinham gripe das aves...
...há 16 anos que andam a falar da co-incineracao...
...portugal continua a afastar-se da média da uniao europeia (claro! pois se a UE se expande para leste, é evidente que portugal, estando na ponta oeste, tem que se afastar da média)...
...a notícia de abertura dos telejornais é anunciada como "já a seguir" durante pelo menos uma hora, isto, se nao surgir nada mais importante entretanto...
...no jogo amigável de futebol portugal-arábia saudita, que decorreu num estádio alemao, os emigrantes portugueses queixaram-se de que os bilhetes mais caros eram muito mais caros que os bilhetes mais caros dos melhores jogos de futebol da bundesliga. O comentador português sai-se com esta pérola: "estao mal habituados"...pois, isto de se ganhar mais e pagar menos deve ser muito estranho para um português...

... eu nao tinha nada para dizer... mas as televisoes portuguesas também nao, e continuam a, todos os dias, emitir telejornais de hora e meia. Sendo assim, posso continuar a nao dizer nada.
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