sábado, março 04, 2006

E por falar em crédito

Há por aí uns senhores de um banco qualquer que eu nao conheco, que adoram mandar cartas cá para casa. Nao sei onde é que descobriram a morada, eu deles só sei que existem, mas ainda que nao me conhecam, invadem-me a caixa do correio pelo menos uma vez por mês. Sao uns gajos simpáticos, generosos, que nao querem que me falte nada. Se eu quiser ir de férias, comprar um computador, mobília, ou até gastar umas massas em jogos electrónicos ou estourar uns trocos no casino, estes senhores estao por tudo. Eles querem emprestar-me dinheiro. Nao fazem perguntas, têm umas taxas de juro atractivas e tal, é só eu querer, e todos os meus sonhos se tornam realidade. Estes senhores pensam que o que eu preciso é de alguém que me empreste um guarda-chuva quando está sol, e que mo peca de volta no momento em que comeca a chover. Mas estao enganados. Eu nao gosto de empréstimos, só daqueles em que nao tenho que pagar juros, ou seja, quando uma alma caridosa (pai, mae) se decide a financiar-me temporariamente. Quanto ao resto, preferia os números do totoloto. Se nao sabem, deixem lá. É que uns míseros dois mil euros nao chegam para os meus sonhos.
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