Passei a noite a fazer rádio. Dois leitores de CDs, uma mesa de mistura bem grande, com muitos botões, microfone, auscultadores, com um dos lados a fazer mau contacto. Dois decks de cassetes, com as respectivas empilhadas ali ao lado, com o horário marcado, e os separadores, para quando uma música não faz "clique" com a seguinte e não nos apetece dizer nada naquele momento. Já não fazia isto há muitos anos, e como tal, o meu maior medo era que saísse uma branca - uns segundos, ou mais, de tempo de antena ocupado pela ausência de som. E como estava a sonhar, foi tudo estranho. Saíram umas brancas atrás das outras, não havia CDs suficientes disponíveis, o equipamento era todo da idade da pedra, a outra miúda da rádio que me tinha delegado o programa e o horário (das 6 às 7 da tarde - já fiz horas piores que essa) não parava de me atazanar, como se a culpa de não haver material fosse minha, ou se o mero facto de ter mais gente a importunar-me durante o trabalho fosse ajudar a que este pudesse ser mais bem feito. Com esta viagem fantástica ao passado - embora isto fosse na verdade um pesadelo, pois na realidade nunca tive assim tantos problemas - fiquei com a grande curiosidade de saber se "a rádio", aquela que conheci bem por dentro e também por fora, que hoje em dia tem outra gente, outros ouvintes, e até outra localização - será que ainda tem o mesmo equipamento ou será que hoje em dia usam computadores e mp3 e nem sequer têm cassetes com os separadores e a publicidade, e assim nunca correm o risco de ter uma branca.
Enquanto e não, vou fazendo os meus próprios programas de rádio, daqueles com muita música e pouca conversa (mais concretamente nenhuma, e portanto, impossível de ser um programa de rádio). A parte melhor é que não tenho que interromper estas obras primas com publicidade a trezentas modalidades de crédito pessoal com juros de 5000%.
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quarta-feira, janeiro 10, 2007
Sonhos (mas não daqueles de comer)
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