terça-feira, janeiro 31, 2006

O país a andar para a frente

Há uns tempos, fui com o meu pai fazer qualquer coisa, e passámos por um escritório de contabilidade. Como o escritório tem umas grandes janelas directamente apontadas para lá para dentro, ou para a rua, depende de que lado é que se está, claro que, como cusca inveterada que sou, logo dei a minha espreitadela para ver o que por lá se fazia. Afinal, o saber nao ocupa lugar, e nao há nada como conhecer outras realidades. (Boa desculpa, hem?)
Lá dentro estava apenas um homem (ok, o escritório nao era assim muito grande), de uns 35 anos talvez, entretido a jogar solitaire. Durante as horas de expediente! Eu fiquei chocadíssima, claro, e comentei logo com o meu pai, claro que assim o país nao anda para a frente, bando de preguiçosos a jogar no computador em vez de trabalhar, isto assim vê-se logo que nao vai a lado nenhum, se o patrao o apanha, o gajo até anda de lado, e tal e coisa. Bem, nao sei se tive tempo para dizer assim tanta coisa, porque o meu pai interrompeu-me logo que teve oportunidade (o que nao é fácil, que eu quando começo a falar nunca mais me calo) para me explicar que o gajo que estava a "trabalhar" era "o patrao", que aquele era o seu próprio escritório de contabilidade e, como tal, se o tipo estava a jogar solitaire era porque concerteza nao teria nada para fazer.
Mas entao... se o gajo é o patrao, se o negócio vai tao bem que o tipo nem tem mais nada que fazer... nao arranjava um jogo melhor do que o solitaire??? É por isto que o país nao anda para a frente...
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Euro-Milhoes

Já sei porque é que o jackpot do Euromilhoes nao tem saído. É que eu ainda nao joguei. Dá para apostar online?
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Produtividade

Nos dias em que tenho programas extra, a produtividade é sempre maior que nos outros dias. E mesmo que me sinta indisposta de manha, a probabilidade de faltar é muito mais baixa que em circunstâncias idênticas noutros dias. É que se nao for, aqueles momentos em que faco algo diferente perdem-se.
O meu patrao devia promover mais actividades que mudem a rotina.
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segunda-feira, janeiro 30, 2006

Telhados e neve

(just for the record)

Estes gajos andam a ver se baralham o pessoal todo. Já toda a gente sabe que o aquecimento global, bla bla bla, tem efeitos catastróficos, bla bla bla, que poderá passar a haver veroes muito mais quentes, e que os invernos poderao passar a ser muito mais frios, bal bla, e que o calor pode provocar mais incêndios, e que as cheias vao passar a ser mais frequentes, bla bla bla, e que o degelo pode provocar o desaparecimento de quase metade de portugal, e que os veroes secos e muito quentes poderao fazer com que o centro e sul de portugal se tornem num deserto.

Saltou-me a tampa. Tive um dia lixado, sinto-me exausta, e a precisar de férias, e hoje é apenas segunda-feira. E nao é que chego a casa, e estes gajos entram-me pela casa adentro, a proclamar o fim do mundo. E isso, por si só, nem sequer me incomodou, pois o trabalho destes gajos é esse mesmo, anunciar catástrofes dia após dia, meter medo ao pessoal, porque nao há nada mais perigoso do que estar vivo. E se no ano passado durante todo o ano anunciaram a seca generalizada, já nem havia água para beber ou para tomar banho, mas os campos de golfe continuavam a ser irrigados porque nao queremos que os turistas sofram, e estavam à espera de que o deserto se concretizasse e por esta altura em vez de sentir o inverno estaríamos a habituarmo-nos aos rigores de um clima próprio do norte de áfrica, agora anunciam os invernos cada vez mais rigorosos, que farao de portugal um local mais parecido com a suécia, mas que no verao continuará a progredir na transformacao em norte de áfrica. Já nao há pachorra. Porque é que um niquinho de neve faz com que portugal páre, um niquinho de gelo faz com que as estradas sejam cortadas... desculpas, é o que é. As visitas dos repórteres a braganca, ai, porque está a never, e eles, os repórteres, nunca viram neve, porque a verdade em que em braganca todos os anos neva, e todos os invernos faz frio, e as pessoas nao têm culpa de que estes gajos nao tenham mais nada para encher um telejornal de hora e meia, mesmo com todas as reportagens de 5 minutos, directamente da porta do primeiro ministro, que nao vai dizer nada ou que já disse que nao vai dizer nada. Ao menos em braganca passa-se alguma coisa, só admira como é que ninguém vai lá no verao quando está um calor dos infernos, deve ser porque por essa altura estes gajos foram a banhos para outros locais menos esquecidos.

E isto tudo apenas porque queria dizer que os telhados, em munique, por lei têm que ser capazes de suportar 100 kilos de neve por metro quadrado. Uns kilómetros mais a sul, mais perto das montanhas, esse requisito aumenta para o dobro. Estava aqui a pensar se isto continuará a ser suficientes dentro de alguns anos, e estes gajos entraram-me pela casa adentro a semear a desgraca. Entornaram o caldo. É que se ao menos dissessem o mesmo que disseram no ano passado, eu até podia ligar ao que dizem. Agora se a desgraca anunciada é reajustada todos os anos, como é que eu vou acreditar em qualquer uma destas desgracas?
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Power Play

Apanhei o programa do Júlio Isidro no sábado à noite (nada de jeito em mais nenhum canal), e fui atingida por uma vaga de música de fins dos anos 70 - início dos anos 80.
Depois de ter passado o domingo a cantar, juntamente com o miúdo "chamem a polícia, que eu não pago", percebi, que o puto é mesmo filho de mãe. No ano passado, brindou-me com o Anton aus Tirol* (vão buscar à net, vale a pena) durantes tardes inteiras, non-stop. Agora foi a minha vez, chamem a polícia, vezes sem conta (música nr7 d'O Melhor do Rock Português, volume 1), uma tarde inteirinha. O que vale é que ele estava na minha onda, senão tinha-me obrigado a mudar o disco.

* O Anton Aus Tirol é uma música "pimba" (se não é, devia ser), com uma letra do género Eu sou tão bom/Eu sou o maior/Eu sou o Anton do Tirol... e com pérolas do género "a minha figura é uma maravilha da natureza" e "meu touro do Tirol"... presunção e água benta...
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sábado, janeiro 28, 2006

A agonia da escolha

Os meus iogurtes preferidos de cá sao os Almighurt. Estes, da imagem. Nao faco ideia de quantos sabores diferentes têm, mas devem ser mesmo muitos. E estes iogurtes sao todos de pedacos (bem, excepto o de baunilha). É normalíssimo ir ao supermercado, e terem 16 ou mais sabores diferentes. Além dos sabores mais normais, como baunilha, morango, avela, côco, banana, cereja, têm imensa variedade de "misturas", e estao sempre a inventar iogurtes novos. Há iogurtes de misturas de raspas de chocolate com diversas frutas, de cereais com frutas, bolinhas de cereais cobertas de chocolate com frutas, chesecake e frutas, combinacoes de duas frutas, e, provavelmente, muitos mais sabores. Só em frutas, têm mais de 30 sabores.
O meu iogurte preferido é o de pêra e maca.
Com esta quantidade enorme de escolha, o problema é quando se tem um iogurte preferido. As caixas de cartao que estao nos supermercados têm, cada uma, 20 iogurtes. 5 de cada um de 4 sabores diferentes. Se houver 6 caixas de iogurtes desta marca, é muito provável que haja 24 sabores diferentes, e apenas 5 iogurtes dos meus preferidos. Por isto, tornei-me uma acambarcadora. Sempre que vou às compras, passo na seccao dos iogurtes. Se houver "dos meus", compro TODOS os que houver. Soa mal, mas na verdade, o normal é vir para casa com 5 iogurtes ou menos. Como nao vou às compras todos os dias, e como nem sempre que vou às compras há destes iogurtes, nao é nenhum exagero... Ou se calhar é, mas é por uma boa causa. Adoro iogurtes.
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quinta-feira, janeiro 26, 2006

Pura maldade

Querida colega,

estás gorda que nem um pote. Aliás, os potes em que a minha avó cozinhava ao lume, quando tinha uma saúde de ferro (como os potes), eram menos gordos que tu. Pois, eu compreendo, os putos fazem-nos essas coisas. Que durante a gravidez não se deve fazer dieta, e durante a amamentação também não. Mas isso já lá vai há muito tempo. E comer que nem um abade, ao mesmo tempo que te queixas que estás gorda, não adianta nada. Olhar para mim com ar de inveja enquanto eu lancho (sumo de laranja e iogurte, ou sumo de laranja e queque pequeno ou sumo de laranja e uma peça de fruta) e suspirar por estares gorda, ao mesmo tempo que enfardas um galão XL, um bolo, uma sandes e um sumo, não te vai ajudar em nada a emagrecer. Ah, e comer 10 vezes ao dia, em vez de 4 ou 5 vezes, também não me parece uma dieta saudável. Pedir um almoço mínimo e depois roubar comida do prato dos outros também não é boa ideia. Não é o que está no teu prato que engorda, são as quantidades de comida que engoles.

Os tempos vão passando, e tu vais mudando. Continuas a achar-te gorda (e estás gorda, querida colega) mas achas que se ignorares o teu problema, pode ser que este passe despercebido. Estás enganada. Eu não sou propriamente magra, e duas de mim ocupariam o espaço que tu ocupas sozinha. É difícil passares despercebida quando as pessoas têm que se arredar para tu poderes passar. Bem sei que andas a tentar remediar isto, oferecendo-me chocolates a toda a hora, mas digo-te já que não vais conseguir. Além do mais, para teres sorte, tinhas que me oferecer chocolates decentes, e não aquelas porcarias que nem a doce sabem.

Querida colega, além de estares gorda que nem um pote, não te sabes vestir. Ontem, enquanto fazia a minha pausa do café, mirava-te pelo canto do olho e ia desenhando a tua silhueta, com a roupa que trazias vestida. Sabias que tens dois pneus dignos de um camião tir? e que apertar um deles com umas calças ou saia apertadas na zona da cintura, só te faz passar a ter três pneus em vez de dois?
Pois, é natural que não saibas, já reparei há muito que ou não tens espelhos em casa ou não sabes como os usar. É que usar tops de lycra para realçar essa gordura toda não cabe na cabeça de ninguém... pensava eu.

Querida colega, não posso dizer-te coisas assim tão negativas, e ficar-me por aqui. Por isso, dou-te só um conselho: já que não te consegues ver livre dessa gordura toda, não consegues comer menos, nem fazer um bocadinho de exercício, ou sequer ir a pé para casa, ao menos vê lá se compras roupas que te sirvam. Que alarguem nas zonas certas, e que, acima de tudo, não apertem onde tens banhas. E mantém-te longe das lojas onde as miúdas de 12 anos compram roupa!
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Testing 1 2 3

Parece que o blog foi ao ar. Não sei como nem porquê, a minhoca é que me avisou... Vamos lá ver se isto entra nos eixos.
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quarta-feira, janeiro 25, 2006

Neologismos (?)

Na TVI dizem que um rapaz apanhou um choque eléctrico por ter tocado numa cantenária. De repente, pensei que o meu português está cada vez pior. O dicionário online (ali ao lado) acusa: até ver, ainda se escreve catenária. Se calhar, já nao se diz...
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Viver em várias línguas

(publicado também no Portugal no Mundo)

Quando mudamos para um país estrangeiro há muitas coisas que ao início estranhamos. A comida, o clima, os costumes, as reacções das pessoas a coisas que para nós são normais e para elas muito estranhas. Com o tempo, vamo-nos adaptando ao novo país, à nova casa, novos amigos, e novos hábitos se vão criando.
Penso que muitos emigrantes acabam por ter mais apetência para conhecer outros emigrantes, e assim, além do contacto com os nacionais, acabam por ter um círculo de relações em que entram pessoas de variados países.
Além disto, há o factor trabalho. Um emigrante sai do seu país para ir trabalhar noutro, em que se fala uma outra língua. Logo aí, passa a ter a "obrigação" de conhecer duas línguas. E em muitos casos, pode ter que conhecer uma terceira língua, que usa no seu trabalho (como o inglês). Por exemplo, um português que venha trabalhar para a Alemanha poderá continuar a "funcionar" em português, passar a falar inglês diariamente no seu trabalho, e ter que falar alemão no dia a dia (afinal, é essa a língua que se fala no país). À partida, são logo 3 línguas. No entanto, o número pode aumentar consoante o trabalho que se tem (às vezes é necessário conhecer e trabalhar em mais que uma língua) e os colegas e amigos que passam a fazer parte da sua vida. Por exemplo, tenho notado que os portugueses se juntam muitas vezes a espanhóis e italianos, provavelmente por terem uma mentalidade mais parecida com a nossa. E nestes casos, são normalmente os portugueses que se esforçam por falar portunhol, espanhol, ou até o italiano. Daí que muitas vezes um emigrante português acabe por falar, ou melhor viver em, 3, 4 ou até 5 línguas.

Admito que isto tem as suas vantagens. Maiores possibilidades de fazer amigos, melhor integração em grupos, maiores possibilidades de absorver informação. Evidentemente, tem também as suas desvantagens. Quando costumamos usar uma das línguas num certo contexto, é difícil utilizar outra língua nesse contexto. Um exemplo pessoal: a mim, custa-me imenso falar em português sobre o meu trabalho, porque nem sequer conheço os termos específicos em português que seriam necessários nesse tipo de conversa. Ao mesmo tempo, há certas palavras e conceitos do alemão que me custam traduzir para outra língua, porque nunca os usei a não ser em alemão ou até porque se referem a coisas específicas da Alemanha. Como é que se traduz uma renda "warm" (renda que inclui outros custos obrigatórios para além do aluguer da casa/apartamento em si)?
Com o passar dos anos, tenho a sensação de que a facilidade de utilização em cada língua se vai nivelando. Acho que agora me custa mais falar em inglês do que quando vim para cá (falham-me as palavras, coisa que antes não acontecia), e dou comigo a pensar como é que se diz qualquer coisa banalíssima em portugues (ontem não me conseguia lembrar da palavra remetente). Para compensar, o meu alemão está cada vez melhor, embora leve o seu tempo, e o meu espanhol, que nunca foi nada de especial mas é o suficiente para ter algumas conversas divertidas com os espanhóis, tem vindo a melhorar pouco a pouco.
Ainda assim, dou comigo a dizer barbaridades como "eu livo em Munique" e a ficar baralhada com o ar de incompreensão do meu interlocutor.

Não estudo gramática, mas pelo menos preocupo-me em verificar no dicionário as palavras que me põem dúvidas. Continuo a ler e ouvir português nos jornais e televisões, e apercebo-me de que os jornalistas muitas vezes dão erros de palmatória que esperaria ouvir de um emigrante, e não de um português residente em Portugal. Os francesismos e inglesismos já eram, hoje em dia pega-se na palavra inglesa e dá-se-lhe uma terminação portuguesa, mesmo que o sentido da palavra em inglês seja bem diferente do sentido da palavra em português. Definitivamente ("que define; terminante; ultimado; que não voltará a repetir-se"), é um exemplo típico destas palavras (do inglês definitely: sem dúvida).

Não é fácil viver e conviver com muitas línguas ao mesmo tempo, e continuar a dominá-las a 100%. Mais ainda, nos casos em que se perde contacto com o país de origem, e se deixa de ter acesso à informação escrita, e quando se deixa de ter a possibilidade de praticar a língua, falando-a. Ainda assim, penso que os emigrantes que por aí vou encontrando (na net, e nas ruas de Portugal ou da Alemanha) falam bastante bem a língua materna. Ainda que, de vez em quando, lhes custe a sair alguma palavra, ou lá dêem um pontapé na gramática. Os portugueses residentes em Portugal também não são um exemplo de perfeição no que toca a falar e a escrever a própria língua.
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terça-feira, janeiro 24, 2006

Mudança

Não mudamos, apenas nos adaptamos a novas circunstâncias. Lá no fundo, somos sempre os mesmos, e a nossa essência não muda nunca.
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Primavera-Verão

Por cá, a época de saldos não tem datas fixas. As lojas fazem saldos quando lhes apetece, se lhes apetecer. Isto tem as suas vantagens. Nomeadamente, em épocas de crise, quando os saldos começam antes do Natal e podemos aproveitar para fazer as compras a preços mais em conta. Por outro lado, os saldos tradicionais duravam apenas duas semanas, e apesar de terem sido abolidos os periodos fixos de saldos, a duração continua a ser parecida. Por outras palavras, estamos a meio de Janeiro, e as lojas já têm pouca coisa de Inverno.
Ora, se em Portugal o problema é diminuto, por aqui já não é bem assim. Com temperaturas negativas durante pelo menos mais um mês, para não dizer dois ou três, acaba por ser desesperante quando precisamos urgentemente de subsituir uma peça de roupa de Inverno. Apesar de ser uma mulher prevenida, e como tal, ter sempre em stock umas camisolas ou calças suplentes, sou surpreendida mais vezes do que seria desejável, pela necessidade de substituir uma daquelas coisas que normalmente só compro uma.
Isto acontece mais frequentemente, com as coisas do miúdo. É que uma pessoa com um mínimo de senso pensa na velocidade com que estes putos crescem, e claro que não lhes compra dois pares de calças de ski (exemplo hipotético) porque é uma coisa que só usam uma vez por semana, durante3 meses, e na temporada seguinte estariam os dois pares praticamente novos, e quase sem uso. Outras vezes, pensa-se na quantidade de casacos que o catraio perdeu no ano anterior, e compram-se dois, sabendo de antemão que provavelmente a meio do invero será necessário comprar mais um ou dois... e claro que nesta situação o miúdo já não vai perder nenhum casaco, ficando assim com dois casacos praticamente novos que no ano a seguir, claro, já não servem.
O pior de tudo nem é isto. E também não são as calças que aparecem rasgadas depois de um jogo de futebol mais disputado.
O que me lixa, é as lojas não acompanharem as estações. Onde é que, a meio do Inverno (que vai durar até Março-Abril), vou encontrar um par de calças de ski ou um casaco ou umas calças quentes? As lojas já estão atulhadas com a "nova colecção"!!! Agora o que está a dar são calções, t-shirts, e casaquitos que só servem para não molhar o que se tiver por baixo. E quando vier o Verão, lá para Junho, o problema será o mesmo, pois em Julho já as lojas se estão a livrar de tudo o que nos possa fazer lembrar a palavra "calor".
Isto até é irónico. Entre Fevereiro e Junho, enquanto faz um briol desgraçado, as lojas de roupa vão-nos lembrar permanentemente de que vem aí o Verão. Entre Junho e Julho, se tivermos sorte, lá teremos uns 15 dias em que realmente poderemos usar roupa de Verão, desde que mantenhamos o guarda-chuva a jeito. E em Agosto, com a chuva e algum frio, as lojas começarão de novo a lembrar-nos de que por cá é sempre Inverno, e o Verão uma miragem acessível apenas aos muitos milhões de alemães que bazam daqui para fora, quando bazam daqui para fora.
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Nuestros hermanos

- Como é que um estrangeiro, que não consegue distinguir português e espanhol, identifica quase imediatamente uma música espanhola?

- Todas as músicas espanholas têm "corazón".

(mais uma letra para provar esta teoria, aqui)
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segunda-feira, janeiro 23, 2006

Dias assim

Gosto destes dias de Inverno. Frios, muito frios, mas também com muito sol. Tanto sol, que engana, lá fora poderiam estar 15 graus positivos, mas na verdade o termómetro nem chega aos zero. Não fosse a permanência da neve, e nem eu acreditaria.
Como passo muito pouco tempo na rua, sinto-me bem. Podia passar o dia em frente a uma grande janela, a preguiçar. Está um lindo dia de Inverno, e no próximo fim de semana posso ir outra vez descer uma montanha a passo de caracol. :)
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Wikipedia

O slogan da wikipedia devia ser "o saber não ocupa lugar".
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Correios

Pensava eu que os correios portugueses eram uma porcaria.
Estive meia hora para enviar uma encomenda, que já estava empacotada, tinha o destinatário e o remetente no lugar próprios, mas como ousei pedir algo ligeiramente fora do normal (o registo da encomenda, para que não se "perdesse"!) uma tarefa simples tornou-se no cabo dos trabalhos. A senhora preencha isto, e eu pergunto ao meu colega como é, e o colega também não sabe, ah, está aqui a tabela, mas não pode ser assim porque a caixa está fechada com fita cola (industrial) e qualquer pessoa a pode abrir, e para isso precisa de uma caixa das que nós vendemos e que leva só um autocolante...
Enfim. Além do mais tive que ir para a bicha (sim, eu digo bicha) duas vezes, perder tempo e paciência. E esta gente explica tudo como se não houvesses custos envolvidos, e fazer as coisas de uma maneira ou de outra não implicasse diferenças abismais de preços (que implicam). Que bela maneira de começar o dia.
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domingo, janeiro 22, 2006

Dúvida

Um software para ver DVDs de qualquer regiao custa cerca de 40 dólares. Um leitor de DVD multi-regioes custa cerca de 30 euros (portes grátis) na amazon alema.
Qual é a solucao mais fácil?

Este mundo, em que o software é mais barato que um hardware que tem a mesma funcao, é muito estranho.
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Um dia de domingo

Estou toda rota. Foi o primeiro dia, desde há largos meses, que fui esquiar. Apesar de ter andado nisso umas míseras 3 horas, estou que nem posso. Doem-me as pernas, e tenho a cara ligeiramente vermelha e a latejar.

Agora apetecia-me ver uma comédia qualquer na televisao, para descontrair, mas nao estou com sorte nenhuma. E os canais generalistas ou informativos portugueses vao passar a noite toda a falar das eleicoes. Já vi sedes de campanha vazias, assembleias de voto vazias, e os tipos do costume a prepararem-se para mandar os seus bitaites. Eu só quero ver as projeccoes (depois de as urnas fecharem nos acores), e amanha confirmo os resultados.
A parte divertida foi ouvir os alemaes na rádio a pronunciar os nomes dos candidatos à presidência, e do Jorrrrrge Sampaaaio.
Se os programas sobre as eleicoes seguissem os standards alemaes, às 9 da noite estava a informacao dada, o debate (muito ordeiro, sem nunca as pessoas falarem ao mesmo tempo) acabado, e o pessoal pronto para continuar a sua vida. Nomeadamente, vendo um filme, a horas decentes!
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sábado, janeiro 21, 2006

Vingança

A minha sogra é uma querida. É tao amorosa, que de cada vez que me apanha em casa dela, oferece-me tudo de bom que tem por lá que se coma. Além do almoço, pequeno-almoço e jantar terem, no mínimo, o dobro da quantidade de comida que costumo comer, ela ainda oferece, entre as refeiçoes, fruta, bolachas, chocolates, bombons, chá e outras bebidas. Isto, apesar de haver sempre gelado para sobremesa.
A última vez que fui à minha sogra, saí de lá quase a rebentar. É que a minha sogra nao aceita um "nao" como resposta, e se eu lhe digo que já estou cheia, ela aponta para o resto da família, e diz-me que eles ainda estao a comer, e como tal, eu devia continuar a empanturrar-me.
É uma querida, a minha sogra. Ela acha que eu estou muito magrinha. E tem a certeza que, mesmo depois de comer uma refeiçao digna de um abade, o gelado cabe sempre na barriga, porque escorrega entre as outras coisas que já lá estao.
Pois bem, hoje é o dia da vingança. A minha sogra vem cá ver-nos. Vai ter que comer a minha parte, a dela, e ainda a vou obrigar a comer pao de ló, mousse de chocolate, e espero que pelo menos uma das caixas de bombons que por aí andam desapareça durante a visita. Vamos lá ver se temos a sorte de ela ainda caber na porta quando for hora de se ir embora... :)
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sexta-feira, janeiro 20, 2006

Tempo de Antena

As coisas que se aprendem com o tempo de antena...
Por exemplo, eu nao fazia a mínima ideia de que o "primo Louca" tem 49 anos. Mesmo assim, é considerado jovem.
O "avô Soares" é apoiado por uma data de gente que eu nao conheco e que diz convictamente "eu voto Soares". O nosso amigo Joaquim de Almeida diz que vota Soares.
Ora eu gostava de ver o Joaquim de Almeida a votar. No Soares, ou noutro qualquer, branco ou nulo. Mas como é que este gajo vai votar, e eu fiquei por cá?

Acho que só volto a votar quando implementarem o voto electrónico. Entretanto, só se por sorte estiver em portugal quando houver eleicoes. Dado que normalmente as eleicoes sao convocadas para quando nao há férias ou feriados de qualquer espécie, parece-me que ainda vai demorar. Se algum candidato me quiser pagar o vôo, eu reconsidero.
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Ditado popular

"Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje."

Devia meter férias, já.
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Educação Sexual

A minhoca pôs um link para este artigo, e isto pôs-me a pensar. É preciso explicar a um puto de 9 anos como é que se põe um preservativo? Não se pode esperar até, digamos, aos 12? Que caraças.
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Lição da semana

Na vida está-se sempre a aprender, quer voluntariamente, quer involuntariamente. E às vezes, um bocadinho de reflexão ajuda a assimilar a matéria mais depressa. Hoje, pus os neurónios a reflectir sobre a semana de trabalho que está a acabar, e cheguei às seguintes conclusões:
1 - a relação entre posts escritos no blog e trabalho feito é directamente proporcional. Quando escrevos poucos posts num dia não quer dizer que tenha passado esse dia a fazer algo de produtivo, e quando escrevo muitos posts num dia é muito provável que tenha trabalhado que nem uma doida. Digamos que os posts são como uma pausa merecida depois do trabalho árduo.
2 - não se se sou viciada em cafeína, ou em café. Quando vou de férias sou capaz de passar semanas sem beber um único café, e sem lhe sentir a falta. Mas no trabalho, as coisas já não são bem assim. Embora não tenha dependência psicológica do café, reparei que se não beber um "expresso macchiato" a seguir ao almoço dá-me uma soneira de tal forma grave que posso adormecer em frente ao écran.
3 - tenho que aprender a ser "cool". Lá porque um cliente se passa com uma coisa que eu fiz (sem o cliente ter razão, obviamente), isso não quer dizer que eu tenha que o acalmar ou ser simpática com ele. Se quiser reclamar que vá falar com o chefe, eu só faço aquilo que me mandam, conforme as regras, e nem poderia fazê-lo de outra maneira. :P
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4 moedas

O espírito europeu está na minha carteira. Em quatro moedas de vinte cêntimos. Uma grega, uma italiana, uma austríaca, e uma finlandesa. Pergunto-me porque é que não tinha também uma portuguesa e uma alemã.
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Hoje ao almoço

Especialidade chinesa: Pato aFlito.
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quinta-feira, janeiro 19, 2006

Equívocos

Tenho amigos emigrantes que se convenceram que os habitantes do país onde vivem conspiram para lhes estragar a vida, porque são estrangeiros ou por não falarem muito bem a língua. Por exemplo, os gajos da entrega de móveis que nunca chegam à hora anunciada e aparecem com meio dia de atraso. Ou os gajos que vêm entregar electrodomésticos e os obrigam a sair mais cedo do trabalho, para, várias horas depois, telefonarem a dizer que afinal vai ter que ficar para outro dia porque apanharam trânsito e já não têm tempo para fazer o seu trabalho.
Um dia, quando já têm amigos "locais" suficientes, os emigrantes convencem-se que isto não é verdade. Os espécimens que conspiram para dar cabo da vida a uma pessoa não discriminam os estrangeiros, fazem exactamente o mesmo aos nacionais.
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Blog do dia

Isto é serviço público car@s amig@s. Para o caso de a Rita já estar farta de procurar posts novos nos blogues que costuma ler (bando de preguiços@s), aqui vai um de partir a rir: o Samouco ao rubro.
E agora, vou para dentro, que tenho muito que fazer.
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quarta-feira, janeiro 18, 2006

Ano novo, vida nova

Voluntariei-me para trabalho extra, sem compensação nenhuma, assim sem mais nem menos. Devo estar doida. Mas o que é que será que meteram no meu café?
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Da decisão à realidade

A partir do momento em que um projecto é decidido na minha cabeça, passa a ser realidade mesmo que, em boa verdade, ainda não se tenha uma existência física. E assim, dou comigo a revelar, sem querer, os meus projectos de vida, porque já não são apenas projectos de vida, são a minha vida.
Por outras palavras, eu e a minha grande boca...
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Ano novo, interesses novos

Nada como um patrão desinteressado e amigo dos seus empregados, que não só nos deseja um feliz ano novo, como também um ano cheio de saúde. Pois, o que ele quer sei eu. Bem podia contribuir com um humidificador para eu não ter mais problemas de visão por falta de lágrimas, ou de desidratação. Isso sim, seria considerado como um gesto de boa vontade de quem realmente se preocupa com a minha saúde.
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Vantagens das carteiras com muitos bolsos

Tenho uma carteira nova. Pequenina, mas cabe lá o essencial (porta-moedas, chaves, telemóvel, gameboy, porta-cartões, chaves do carro, do gabinete e de casa, baton, canetas) e ainda sobram alguns compartimentos pequeninos. Apesar de a ter apenas desde o Natal, já comecei a espalhar moedas e até uma notinha das mais pequenas pelos compartimentos. Acabo de encontrar umas moeditas que me vão dar para o lanche. :)

Se calhar é altura de começar a ser mais organizada. Eu até podia meter sempre os trocos no porta-moedas, mesmo que isso implique demorar mais um minuto na loja (eu já disse que nos supermercados alemães as empregadas estão sempre com tanta pressa que nem sequer temos tempo de lhes dar as moedinhas para "facilitar o troco"? e que enquanto recebemos o troco e ainda estamos a meter as compras no saco, já elas aviaram o cliente seguinte, metendo todas as coisas que não nos pertencem perigosamente junto das que acabámos de pagar? Um modelo de eficiência, estas caixas alemãs...). Mas se fizesse isso, qual era a piada de meter as mãos nos bolsos das calças, ou nas bolsas menos utilizadas da carteira, e não encontrar nada, nunca?
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Optimismo informático

Mais irritante do que ter um problema informático, é quando pedimos ajuda a um especialista e nos dizem que isso não é um problema, é um "bug" conhecido (mas para o qual não se conhece solução). Pois, deve ser daqueles que são metidos no sistema de propósito, e até vão almoçar com os "geeks" todos os dias.
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Mente distorcida

Porque é que será que sempre que leio o apelido de alguém que seja "Carvalho", tenho que o ler segunda vez para confirmar?
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Mães aos 40

As vantagens de as mulheres terem filhos cada vez mais tarde, é que as gerações seguintes terão que aturar as sogras durante menos tempo.
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terça-feira, janeiro 17, 2006

À atenção das lojas online

Boa tarde,

eu compreendo que a vossa melhor época do ano, o Natal, tenha acabado. Como tal, é necessário livrarem-se da tralha que têm pelos armazéns a ganhar pó, nem que para isso seja necessário, horror dos horrores, baixarem os preços. Para piorar ainda mais as coisas, as lojas verdadeiras, aquelas em que as pessoas só podem fazer compras até uma determinada hora do dia e que estão fechadas aos domingos, estão em saldos. E quando digo saldos, quero dizer saldos a sério, de 50% ou mais.
No entanto, caso não tenham reparado, gastei a massa toda antes do Natal. Incluindo o salário que deveria ser gasto exclusivamente em Janeiro. Portanto, salvo alguma pechincha que seja claramente um óptimo negócio (bom, nesta altura do ano, é manifestamente insuficiente) além de uma oportunidade única e de cariz excepcional que não se voltará a repetir, já não há orçamento para mais nada, até sabe-se lá quando. E por mais excepcionais que os vossos saldos sejam, por mais que baixem os preços das máquinas fotográficas digitais, não adianta. É que o carácter de excepção do meu orçamento com vista a cobrir pechinchas só abrange roupas (que têm que ser verdadeiramente fora de série) e calçado (nada como um par de sketchers para me fazer esquecer do orçamento), e de alguma forma contempla ou contemplará objectos de que não preciso.
Portanto, esqueçam os emails a anunciar trenós, skis, fotocopiadoras, computadores DVDs ou o que mais tiverem encaixotado no armazém. Se me continuam a chatear, reporto-vos como SPAM.

Muito obrigada,
snow

PS - se tiverem por aí saldos de férias nas caraíbas ou no pacífico, isso sim, podem mandar
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segunda-feira, janeiro 16, 2006

-16,5°C

é o preço a pagar por uma manhã de sol radioso, sem uma única nuvem. Mas não me importo. Tenho a sensação que cá vejo mais vezes o sol no Inverno do que no Verão (quando chove intensamente, ininterruptamente, até dar comigo em doida).
Mandei o miúdo para a escola com o fato da neve, ou melhor, do ski. Ele insistiu em usar umas calças mais leves por baixo, para não ter que usar o fato pesadão dentro da sala de aula. Achei-lhe piada. Embora sempre tenha visto os outros miúdos fazer isso, sempre me pareceu muito complicado para o meu miúdo... Afinal, eu é que estava enganada. Ele é capaz de tudo e mais alguma coisa. :)
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domingo, janeiro 15, 2006

Internet na cozinha

Acabo de descobrir para que servem aqueles frigoríficos electrodomésticos com computador internet. Para quem costuma fazer receitas da net, e em vez de imprimir a receita, a cada novo ingrediente, vai a correr ao computador, passar a fazer menos exercício.
Já agora: bater manteiga com acúcar à mao deve gastar tantas calorias quantas aquelas que serao consumidas quando a mousse de chocolate estiver pronta. Até porque os homens da casa nao me vao deixar grande coisa...

(Eu até tinha uma receita impressa, mas tinha passos mal explicados e quantidades para mim desconhecidas como 1 barra de chocolate. Agora já sei que sao 200gr.)
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sexta-feira, janeiro 13, 2006

Optimista incurável

Se um dia morrer...
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Mae e filho

Dei ao meu miúdo, pelo Natal, um kit de electrónica, apropriado para a idade dele. Quer dizer, nao fui eu, foi o pai Natal, que o miúdo recusa-se a acreditar que sao os pais e as maes (e os avós, e os tios, e os padrinhos, etc.) que poem as prendas debaixo da árvore, por mais que eu o tente convencer.
Estivemos a brincar os dois com aquilo, e foi giríssimo. Primeiro, porque eu nunca tive uma coisa assim. Enquanto o miúdo montava as experiências, eu ia-lhe explicando porque é que funcionavam assim, e sugerindo modificaçoes, a ver o que acontecia (eu já sabia, mas queria ver se ele percebia o porquê). E ia perguntando como é que ele achava que as modificaçoes iam alterar o que se estava a passar.
Entre lâmpadas a acender, ventoinhas a rodar, interruptores normais e magnéticos (um sucesso), e uns díodos, divertímo-nos à grande. E enquanto brincávamos, eu pensava na sorte que os miúdos hoje em dia têm. Eu só soube o que era um díodo na faculdade. E se tivesse tido oportunidade, com a idade dele ou um pouco mais tarde, teria adorado brincar com uma coisa destas. Provavelmente ter-me-ia facilitado muito a vida mais tarde. E entao aproveitei para lhe explicar que quando eu era miúda nao havia playstation, nem gameboy, que os computadores liam cassetes e quase ninguém tinha um. Ele nao pareceu nada impressionado.
Adorei este presente. O miúdo gosta de brincar com ele, e eu tenho imenso prazer em explicar-lhe como é que funcionam as coisas, pô-lo a pensar, e nos intervalos, ir-lhe perguntado como é que vai a vida dele, e contar-lhe da minha vida. Afinal, parece-me que o impensável aconteceu: encontrei uma coisa melhor que Legos!
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2006

Começa logo a dar para trás. Quer dizer, para baixo.
Por mais fita cola que ponha, o raio do calendário não se segura à parede. Vai enrolando, devagarinho, descolando pedacinho a pedacinho de fita-cola, e, passados uns minutos, já só está seguro por uma pontinha. Meio enrolado, pois então, inútil, como é que é possível marcar alguma coisa num calendário enrolado, um monte de cartão que não serve para nada. Livrei-me de 2006. Agora marco os acontecimentos importantes num calendariozinho muito mais pequeno, preso à parede por um singelo bocado de fita-cola. Este ano, ó faz favor, não haverá mais que um acontecimento relevante por dia, que não cabe no calendário. E se houver, que seja daqueles que não é preciso marcar no calendário.
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quinta-feira, janeiro 12, 2006

Bebés

Porque é que nunca ninguém tem coragem de dizer aos pais babados que o bebé deles é feio, mesmo que o bebé seja do mais feio que alguma vez se viu e dê vontade de fugir rapidamente com medo que a fealdade seja contagiosa? Que não se diga aos amigos: "olha pá, tu até és giro, e a ua mulher podre de boa, mas os vossos genes misturados não dão bom resultado", ou então "ouve lá, tu tens a certeza que o puto é do bonzão do teu marido? É que tu és um espécimen do melhor que há na raça humana em termos de beleza, que é difícil de acreditar que um erro (o bebé) com essa natureza (os genes de um pai e uma mãe que parecem saídos de um anúncio publicitário) se deva apena às brincadeiras do acaso na mistura dos vossos cromossomas..."
Agora que se sorria para pais desconhecidos, com bebés mais feios que um sapo, e se lhes diga "que bebé tão lindo", é que eu já não compreendo. Porque é que ninguém tem a coragem de lhes dizer "por favor párem com as experiências, já viram que dá mau resultado". Ou então: "com um pai desses, o filho não podia ter saído melhor". Ou ainda: "tu só podes ter filhos giros se arranjares um top model para pai/mãe".
Eu também não consigo ser assim tão sincera. Mas ao menos não ando por aí a dizer "mas que bebé tão bonito" quando, além de o bebé ser muito feio, tem bem a quem sair.
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Querida seguradora

Já nao bastava quererem-me comer por parva ao aumentarem o seguro 20% ao mesmo tempo que baixavam o preço do mesmo na net, já nao bastava darem-me o trabalho de ter que vos alertar para o facto, já nao bastava contarem com a chamada dos vossos clientes menos otários para vos relembrar que o preço do cabrao do seguro nao pode ser aquele indicado na vossa cartinha, já nao vos bastava terem todos os meus dados e mais alguns na base de dados, já nao bastava obrigarem-me a dar uns dados novos, isto tudo nao bastava para nao fazerem merda. Quantas pessoas de nacionalidade portuguesa é que o filho da mae (ou filha da mae) que adulterou os meus dados conhece, que tenham tirado a carta em Espanha? Está-se mesmo a ver que aquele P que antecede o número da licença de conduzir é de esPanha...
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quarta-feira, janeiro 11, 2006

Código (2)

Acabo de ter uma ideia genial. Para os meus queridos companheiros de trabalho (não necessariamente do meu trabalho) cujos patrões são uns ditadores/ tiranos/ déspotas (riscar o que não interessa) e não os deixam ir à net nem para ver os emails, e que apenas podem receber emails de trabalho que são/ podem ser verificados pelo chefe. Para eles, vou passar a mandar emails em código. Se não perceberem, não faz mal, pode ser que ao menos os chefes passem a ter mais que fazer.
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Os meus problemas*

Emprestaram-me um DVD. Ou melhor, depois de eu saber que o meu amigo tinha o DVD do "Curb your enthusiasm", uma sitcom do co-criador de Seinfeld, Larry David, pedi-lho emprestado.
Estava eu entusiasmadíssima, depois do jantar, para ver a dita sitcom, meto o DVD no leitor... e nada. Pois, está restrito à região 1 (EUA e não sei que mais), e o leitor não é compatível. Tentei usar a playstation, com o mesmo resultado. Terceira tentativa, o computador. Nada.
Nestas alturas tenho sempre um ataque de nostalgia. E de saudades. Fazem-me falta os meus amigos nerds.

*título roubado do livro do Miguel Esteves Cardoso, do tempo em que eu gostava do que ele escrevia. Tem piada, que num dos livros dele desse tempo, ele queixava-se que só os putos é que o liam. Hoje em dia, não tenho pachorra para muitas das coisas que ele escreve. Ainda assim, roubo-lhe o título. Mais vale um título roubado que um título esquecido. Espero eu.
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Código

Não é boa ideia escrever coisas codificadas, a pensar que no futuro ainda nos lembraremos do código e seremos a única pessoa a entender o que está escrito.
Encontrei uns textos antigos meus, com algumas palavras escritas em código. Por mais que dê voltas à cabeça, já não me lembro como é que fiz o código, e não percebo nada. Eu ainda me lembro do contexto em que escrevi aquelas coisas, e nem assim. As palavras que pensei poder adivinhar (sem descodificar o código) não fazem sentido. Mas onde é que eu teria a cabeça naquele tempo? Pelos vistos, nem eu, nem ninguém vai conseguir entender aquilo. Quanto à CIA e afins, não me parece que tenham interesse em descodificar escritos de uma teenager inconsciente.
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Querida Colega

(ou: as vantagens de ser uma chata como não há, felizmente, memória)

A minha querida colega anda a arranjar lenha para se queimar. Não, a mim não me fez nada, o chefe é que está em vias de se passar com ela. Eu podia aproveitar, como vingançazinha, e gozar o espetáculo. Eu bem podia ficar refastelada no meu lugar a ver a minha querida colega tramar-se forte e feio.
Poder podia. Estou tão fartinha dela e das cenas dela, que nem acho que fosse grande castigo, comparado com o que ela merece. No entanto, não vou fazer nada disso. Vou ajudá-la, tanto quanto possível, a safar-se.
Boa samaritana? Lorpa? Otária? Nem pensar. Eu não ia era aguentar as queixas dela durante horas e horas (ou dias e dias, se tivesse azar). Assim, do mal o menos.
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What were the odds

Antes da faculdade, adorava escrever cartas e postais a quase toda a gente que conhecia. Provavelmente, porque tinha demasiado tempo livre. Durante a faculdade deixei-me disso, e hoje em dia já só mando meia dúzia de postais pelo Natal. Mas gosto de mandar postais feitos em casa, com desenhos escolhidos na net, imprimidos com uma técnica usada há muitos anos pelos postais do yahoo (que entretanto deixaram de poder ser imprimidos da mesma forma) e depois simplesmente assinados pela família.
Este ano nao foi excepçao. Agora quem é que me explica como é que, da dúzia de pessoas a quem mandei postais, ninguém me mandou um único de volta, e agora que cheguei a casa recebo, surpresa das surpresas, um postal de amigos a quem nao tinha mandado nada?
Bolas.
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terça-feira, janeiro 10, 2006

Reco

Ao gajo que entrou na casa de banho com a caneca de café na mão:

SEU PORCO!
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Cozinhas inteligentes

Os exaustores automáticos sao uma seca. Nao só comecam a trabalhar antes de ser realmente necessário, como fazem tanto barulho que abafam as conversas e o "ruído de fundo" (a televisao ou o rádio). E é quase necessário recorrer a bruxaria (quase tive que ler o manual) para conseguir desligar a máquina do demo.
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Despistada

Despistada, distraída, sonolenta, zombie, eu nem sei qual será a melhor palavra para me descrever. Isto aconteceu-me 3 vezes no ano passado e este ano já começou...
Eu, que fico sempre a dormir até ao último segundo, que me despacho em 5 minutos de for preciso só para dormir mais um bocadinho, como é que eu posso ter olvidado que a minha reunião das 8 tinha sido adiada? Podia ter ficado a dormir mais 15 minutos... e afinal, levantei-me, muito a custo, venci neve e gelo para chegar pontualmente 5 minutos atrasada, e afinal, dei com o nariz na porta.
À próxima marco logo estas alterações na agenda, e abro-a na página certa antes de ir de férias.
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-13°C

Está-se sempre a aprender... Hoje descobri que, com -13°C o carro tem gelo nos vidros... por fora, mas também por dentro!!! Ainda pensei no que é que o meu mais que tudo teria andado a fazer no meu popó ontem à noite, mas como vi outros carros com o mesmo problema, fiquei convencida que isto deve ser normal. Mas foi a primeira vez que me aconteceu!
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segunda-feira, janeiro 09, 2006

O melhor programa de Tv das férias

Uma manha qualquer, afinal as manhas de férias sao todas iguais, estava eu a tomar o pequeno almoço à pressa porque o almoço seria servido dali a meia hora e eu nao posso sequer viver sem pequeno-almoço, e como de costume, com a televisao ligada num canal qualquer. Nao sei quem é que escolheu o canal, estava a dar o Goucha e o seu programa da manha, e o highlight do dia era a presença de alguns actores dos morangos com açúcar, que vinham dar um ar da sua graça e falar sobre o tema "amor na adolescência". Na verdade, os jovens actores pouco disseram. E o pouco que disseram apenas serviu para simpatizar um pouco com a Ana Luísa, e para achar o Kiko ainda mais cromo do que na série (nao me venham perguntar os nomes dos actores, eu sei lá, nao tenho acesso às fabulosas revistas portuguesas para poder saber uma coisa dessas, e por falar nisso, já alguém reparou na velocidade a que passam os créditos no fim de cada episódio?).
Além de uns miúdos que telefonaram a explicar que estavam apaixonados/nao estavam apaixonados, e um miúdo de 15 anos com namorada mas apaixonado por outra miúda (começa cedo a meter-se em sarilhos), a parte mais gira do program foi a intervençao do psicólogo clínico residente. Quando questionado sobre se os adolescentes deviam ter muitos ou poucos namorados, a resposta dele foi "quanto mais melhor". Mas a melhor de todas foi quando o Goucha se lembrou de perguntar se havia uma idade certa para a "primeira vez", e o senhor se sai com esta pérola: "há, e mais cedo do que as pessoas julgam". Bem, eu nao sei qual é a idade que "as pessoas" pensam que é a certa para começar, mas gostava era de ter visto o ar das avós que estavam a ver o programa, só para me rir mais um bocado. Foi uma óptima meia-hora. :)
Agora mais a sério, o senhor até tinha uma boa justificaçao. É que, como as primeiras vezes nunca correm muito bem, quanto mais se "ensaiar" mais perto se chega da perfeiçao, o que facilita a vida na idade adulta.
Bem, teorias... quando aquilo chegou ao fim eu só pensava que nao tarda muito quem vai estar metida em sarilhos sou eu. Mas para já vou com calma, só espero que o puto nao se me adiante!
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Gestão de espectativas

Quando me perguntam quando algo estará pronto, dou sempre um prazo exageradamente grande. Assim, quando vêem que me despachei muito antes da data indicada, só podem ficar contentes. E é muito mais difícil haver atrasos.
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Anedota de loiras

Este post é só porque eu não gosto de deixar uma história a meio, e sinto que aquele post ali em baixo com a melhor anedota de loiras do mundo ficou incompleto.

A anedota que eu conhecia, era assim:

- Como é que se entretém uma loira durante horas?
- Basta dar-lhe uma folha que diga "vira-me", dos dois lados.

A versão da web, e tiro o meu chapéu a quem se lembrou disto, tem sido referida por esses blogues fora como a melhor anedota de loiras do mundo. Pessoalmente não acho grande piada à anedota, mas encontro-lhe a graça na implementação da anedota na internet. Se calhar por não ser loira só segui o link (ali num post mais abaixo) por uma meia dúzia de cliques, mas não perdi a curiosidade de saber onde é que esta história tinha começado. E sem querer, ou melhor, por acaso, encontrei a resposta. A sofia andou a clicar que nem uma doida e encontrou o fim, ou melhor, o início. Para os curiosos como eu, espreitem aqui.
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As saudades que eu tinha disto

Da minha mais querida colega, a maior, a melhor, a mais divertida, a mais inteligente, a créme de la créme...
A minha colega recebeu um email a dizer que ganhou um milhão de dólares, sem ter que fazer nada. Não cabe em si de contente. Melhor seria se tivesse recebido um email a dizer que perdeu 20 quilos sem ter que fazer nada.
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Opel

Acabo de me aperceber que é mais difícil encontrar um Opel Corsa que um Porsche.
Eu acho os Opel Corsa giros, se bem que gostava mais dos antigos. E os Porsches barulhentos. Há muita gente a gostar de carros barulhentos. Devem ser para compensar o barulho que são obrigados a não fazer durante o dia e a noite.
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Querido chefe

Estou-me nas tintas para os votos de feliz ano novo. Quanto ao chocolate que vinha a acompanhar os votos, quanto a esse, não me estive nas tintas. Marchou logo assim que o vi.
Por mim, podia ser assim todos os dias.
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domingo, janeiro 08, 2006

Desejos de Ano Novo

Para o ano que agora começou, nem vou ser muito exigente nos pedidos. Eu espero sei que vai ser tao bom ou melhor do que 2005.
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Hoje abro um blogue de cada vez. Demoro muito em cada um. Provavelmente nao terei tempo de actualizar a leitura de todos. É o preço de voltar de férias.
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Porque é que ninguém me disse isto?

Nao guardar no mesmo congelador gelado de baunilha e cebola picada à mao, da variedade roxa por fora e que faz chorar as pedras da calcada. Argh!
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Amor é

Roubar o brinquedo ao meu mais-que-tudo durante a tarde toda, e ele nem se queixar.
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Resolucao de ano novo

Como de costume, a minha resolucao de ano novo resume-se a nao ter resolucoes de ano novo.
Ao bater da meia-noite comi as doze passas, como sempre, pela simples razao de gostar de passas. Ao tentar pensar rapidamente em desejos, apenas me lembrei daquele anúncio engracado que andou a passar na televisao, e desejei unicamente que Portugal fosse campeao. Já que o país parece perdido, ao menos alguma coisa que anime o pessoal.
Há bocado, ao ver um jogo de futebol de 1987 apercebi-me que desperdicei os meus desejos. Seria muito melhor ter desejado que os equipamentos de futebol voltassem a ter o design que tinham há 20 anos atrás, quando eu ainda nao via futebol na tv.
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Nova tradicao

À meia noite do último dia do ano, portanto, às 0 horas do primeiro dia do ano, o miúdo abre a porta da sala onde se festejava. Porquê? Bem, a pergunta certa seria "para quê". Para deixar sair o ano velho, e deixar entrar o ano novo.
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Bah

Mas quem é que se lembrou desta anedota de loiras (ou loiros)? Nao tive paciência para descobrir.
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Vantagens de uma rede wireless

Podem-se escrever posts a partir da casa de banho (durante o banho nao é aconselhável).
Se os patroes descobrem isto é que o pessoal está lixado. Laptops para todos e quando forem ao WC têm que o levar também. E vai-se notar logo o aumento de produtividade!!!
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Nao estava a contar com esta...

O pai Natal foi um porreiro, e deu-me o brinquedo para o computador que eu queria. Agora o problema é experimentá-lo. Para isso tenho que expulsar o miúdo do meu computador. Felizmente amanha comecam as aulas.
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Balanco

12 horas e meia porta a porta. Chego a casa, e depois dos telefonemas da praxe ainda vou ligar a televisao. Sim, que eu nisso continuo a ser tao portuguesa como qualquer outro português (que em média, passa 3 horas e meia por dia a ver televisao). Fiquei a ver o livro aberto, com o Rui Zink, a tarde e más horas, e só já fui para a cama às 3 da manha. Até podia ter gravado. Mas provavelmente nao voltarei a ficar acordada até tao tarde durante muitos meses. Soube-me muito bem.
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De volta

As férias foram boas, mas acabaram-se. Estou de volta aos computadores. O blog segue dentro de momentos.

Feliz 2006 a todos!
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