sexta-feira, junho 30, 2006
Até à final
Pronto, estes tipos estao que ninguém os atura. Desta vez é que foi é, bandeiras, gritos, buzinas sem parar, cerveja a rodos, polícia a pacotes porque os bêbedos sao perigosos, até um tractor antigo restaurado saiu à rua enfeitado com bandeiras. Já nao há quem pare os alemaes até à final. E de repente, até parece que se esqueceram das regras, das leis, de tudo o que é proibido. Devia haver campeonatos do mundo todos os anos.
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xoxox yuck
Há gajos que são uns chatos. Não se enxergam. Não percebem, ou não querem perceber.
Começa tudo muito bem, quando uma pessoa até os atura com prazer porque eles até têm potencial para serem boas pessoas e até têm conversas de jeito. E uma pessoa lá passa com eles o tempo que tem que ser, porque se têm compromissos juntos a que não há como fugir, e depois até vai almoçar com o resto do rebanho, e toma-se café, e depois é cada um à sua vida. Até aqui tudo bem. E depois, com o tempo, até se cria alguma confiança e fala-se sobre coisas mais pessoais, e ficamos a saber que estamos todos comprometidos e tal, parece que é normal nestas idades que toda a gente tenha namorad@s ou seja casad@. E até aí tudo bem. Mas pára aí. Porque de repente já sabemos mais do que queríamos. Nomeadamente, que aquele tipo até tem namorada, e passam fins-de-semana fora, mas que durante a semana ele anda por aí a fazer olhinhos à miúda do bar onde passa as noites, que não lhe liga muito porque até é casada e não se quer meter em confusões, e no fundo, no fundo, o gajo tem é falta de sexo. Enfim, o costume, mas não era preciso dar tanto nas vistas. E, acima de tudo, não era preciso que toda a gente soubesse. Não havia necessidade de galar todas as gajas num raio de 100 metros, e ainda por cima discutir o assunto. O que faz com a vida dele é com ele, e devia manter-se assim.
E o pior de tudo, é quando começa a dar em cima de nós, e uma pessoa a pensar mas este gajo é doido, não lhe chega uma namorada e meia dúzia de gajas a dar-lhe para trás, ainda precisa de mais uma?! E ainda por cima, está o caldo entornado, está tudo estragado, porque não há nenhuma boa maneira de o mandar àquela parte sem que ele meta o rabo entre as pernas e nunca mais tenha cara para aparecer à nossa frente.
Felizmente acabou-se a obrigatoriedade de aturar este gajo. Que agora decide atacar por mail, messenger, o que um computador permitir. De agora em diante, a ignorância é o melhor remédio. Já nem sei como é que se responde a um mail. Nem porque é que aquela janelinha está ali a piscar. De mim não leva nem mais uma linha. 1 comentário(s)
Começa tudo muito bem, quando uma pessoa até os atura com prazer porque eles até têm potencial para serem boas pessoas e até têm conversas de jeito. E uma pessoa lá passa com eles o tempo que tem que ser, porque se têm compromissos juntos a que não há como fugir, e depois até vai almoçar com o resto do rebanho, e toma-se café, e depois é cada um à sua vida. Até aqui tudo bem. E depois, com o tempo, até se cria alguma confiança e fala-se sobre coisas mais pessoais, e ficamos a saber que estamos todos comprometidos e tal, parece que é normal nestas idades que toda a gente tenha namorad@s ou seja casad@. E até aí tudo bem. Mas pára aí. Porque de repente já sabemos mais do que queríamos. Nomeadamente, que aquele tipo até tem namorada, e passam fins-de-semana fora, mas que durante a semana ele anda por aí a fazer olhinhos à miúda do bar onde passa as noites, que não lhe liga muito porque até é casada e não se quer meter em confusões, e no fundo, no fundo, o gajo tem é falta de sexo. Enfim, o costume, mas não era preciso dar tanto nas vistas. E, acima de tudo, não era preciso que toda a gente soubesse. Não havia necessidade de galar todas as gajas num raio de 100 metros, e ainda por cima discutir o assunto. O que faz com a vida dele é com ele, e devia manter-se assim.
E o pior de tudo, é quando começa a dar em cima de nós, e uma pessoa a pensar mas este gajo é doido, não lhe chega uma namorada e meia dúzia de gajas a dar-lhe para trás, ainda precisa de mais uma?! E ainda por cima, está o caldo entornado, está tudo estragado, porque não há nenhuma boa maneira de o mandar àquela parte sem que ele meta o rabo entre as pernas e nunca mais tenha cara para aparecer à nossa frente.
Felizmente acabou-se a obrigatoriedade de aturar este gajo. Que agora decide atacar por mail, messenger, o que um computador permitir. De agora em diante, a ignorância é o melhor remédio. Já nem sei como é que se responde a um mail. Nem porque é que aquela janelinha está ali a piscar. De mim não leva nem mais uma linha. 1 comentário(s)
quinta-feira, junho 29, 2006
Uma delícia
Gelado de melao com gelado de frutos silvestres, nozes, pinhoes, amêndoas em bocadinhos e ainda chocolate derretido por cima.
Vou ali e já volto. 1 comentário(s)
Vou ali e já volto. 1 comentário(s)
Chuvinha molha todos
O pior nao é a chuva molhar mesmo. O pior nao é o risco que corri de estragar a minha carteira nova super-gira que nao suporta pingos de água. O pior de tudo, foi andar a passear-me debaixo desta chuva fria em roupa de verao (saia e top) e sandálias bem abertas de salto. As minhas sandálias-novas-super-giras-e-confortáveis quase se desfaziam com a água que apanharam em cima e em baixo. E as pedrinhas que se metem entre os dedos dos pés e a sandália quando se tenta correr debaixo de chuva? Se calhar nao foi boa ideia, e de qualquer forma nao consigo correr mesmo a sério com saltos. Mas finalmente descobri o que é que poe os alemaes a olhar ostensivamente para uma gaja. Saia, top e sandálias, e um bocado de chuva por cima.
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quarta-feira, junho 28, 2006
Bolas
A única vez que torço pelos espanhóis, eles deixam-se comer pelos franceses.
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terça-feira, junho 27, 2006
Meias palavras, meios sinais
Em que língua é que será que os árbitros da FIFA se entendem? E será que entendem também aquilo que os jogadores lhes dizem (algumas coisas sao fáceis de entender em qualquer língua, mas e as outras)?
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Wishful thinking
Se o Gana tivesse um Maniche, possivelmente teria ganho ao Brasil.
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2 dias depois
Visto em retrospectiva, o Portugal-Holanda até foi bem divertido. Os comentários ao jogo pela blogosfera dão vontade de rir. O Simão (mais pequeno que o miúdo que levava pela mão) atirou-se a um holandês, o Petit a ser agredido, o Pauleta à mama - quase sempre em fora de jogo-, o Scolari aos berros pelo campo, o Figo a servir a vingança fria, as expulsões, o Deco a roubar a bola como os putos quando dizem "assim não jogo", o Van Basten a manter o Van Nistelroy no banco por pirraça, a chuva de remates falhados à baliza do Ricardo, o Figo a levar uma cotovelada na cara e a gritar convenientemente já que o árbitro estava ali ao lado, enfim, uma data de coisas que agora, que sabemos que o resultado foi positivo já não nos aumentam o ritmo cardíaco.
Hoje pareceu-me que um jornal alemão até dizia que o Figo é que tinha apanhado uma cabeçada do holandês (posso ter entendido mal, mas foi mesmo isto que me pareceu). ihihih
E o melhor de tudo, é que o Ronaldo não tem cartão amarelo. Depois de ganhar à Inglaterra vamos precisar dele para o Brasil (partindo do princípio, se calhar não muito justo, de que o Brasil é que se vai safar) e para esse jogo também já se pode contar outra vez com o Costinha e o Deco. Vamos lá ver como é que isto vai correr, mas assim de repente não me parece assim tão mau.*
(As coisas podem sempre correr pior. Quem acha que as coisas não podem piorar é porque não tem imaginação suficiente.) 1 comentário(s)
Hoje pareceu-me que um jornal alemão até dizia que o Figo é que tinha apanhado uma cabeçada do holandês (posso ter entendido mal, mas foi mesmo isto que me pareceu). ihihih
E o melhor de tudo, é que o Ronaldo não tem cartão amarelo. Depois de ganhar à Inglaterra vamos precisar dele para o Brasil (partindo do princípio, se calhar não muito justo, de que o Brasil é que se vai safar) e para esse jogo também já se pode contar outra vez com o Costinha e o Deco. Vamos lá ver como é que isto vai correr, mas assim de repente não me parece assim tão mau.*
(As coisas podem sempre correr pior. Quem acha que as coisas não podem piorar é porque não tem imaginação suficiente.) 1 comentário(s)
Pergunta para a minhoca
Os noivos lembram-se dos convidados que não vão dar o beijinho de felicidades depois da cerimónia?
(Roubada ao perguntar não ofende, um blog fantástico onde se podem encontrar, se não todas, muitas perguntas que sempre quis fazer.) 0 comentário(s)
(Roubada ao perguntar não ofende, um blog fantástico onde se podem encontrar, se não todas, muitas perguntas que sempre quis fazer.) 0 comentário(s)
No plural
Como é possível, que haja por aí quem deseje uma final Portugal-Alemanha???
Gente,se depois de ganharmos à Inglaterra jogamos com a Alemanha/Argentina (a equipa que ganhar o jogo de sexta), e só depois disso virá a final, contra o Brasil/Gana/Itália/Ukrânia. Portanto, ou jogamos a final contra o Brasil (ou o Gana), ou então ficamo-nos pelo caminho, sem sequer dar cabo do canastro aos alemães (coisa que também me daria um prazer especial - ganhar à Alemanha, isto é, que não hajam aqui mal-entendidos- e que também não seria novidade nenhuma, aliás, ainda tenho na memória um célebre 3-0 que não foi pior para o lado alemão porque os jogadores portugueses tiveram pena deles).
Os meus amigos ingleses já se andam a armar em bons como se tivessem a vitória no papo. Já no último europeu foi a mesma coisa. E no europeu anterior também. Estes gajos não aprendem nunca.
[Adenda] Estive a verificar (obrigada mamaíta!) e afinal tinha as informações todas trocadas. A final poderá ser mesmo contra a Alemanha (partindo do princípio que ganham os próximos dois jogos, o que pode bem acontecer), e para Portugal chegar lá, alguém vai ter que derrotar o Brasil... Assim de repente parece-me que nos calhou a pior parte do calendário. Para ganhar ao Brasil vai ser precisa muita sopa... 3 comentário(s)
Gente,
Os meus amigos ingleses já se andam a armar em bons como se tivessem a vitória no papo. Já no último europeu foi a mesma coisa. E no europeu anterior também. Estes gajos não aprendem nunca.
[Adenda] Estive a verificar (obrigada mamaíta!) e afinal tinha as informações todas trocadas. A final poderá ser mesmo contra a Alemanha (partindo do princípio que ganham os próximos dois jogos, o que pode bem acontecer), e para Portugal chegar lá, alguém vai ter que derrotar o Brasil... Assim de repente parece-me que nos calhou a pior parte do calendário. Para ganhar ao Brasil vai ser precisa muita sopa... 3 comentário(s)
segunda-feira, junho 26, 2006
Diálogo a três
holandês - então festejaste muito a vitória?
o meu cérebro - claro, que é que achas?
a minha boca - nem por isso, o jogo foi tão mau que nem valia a pena festejar.
holandês - pois, e havia lá muita gente que merecia cartões amarelos. O Figo, por exemplo.
o meu cérebro - claro, e ainda todos os holandeses que deram porrada no Figo, no Deco, e no Ronaldo, mais aquele Kuyt que não parava de tentar lesionar o Ricardo...
a minha boca - pois havia, dos dois lados, aliás.
holandês - aquele holandês (nome impronunciável) que deu cabo da perna ao Ronaldo devia ter sido logo expulso. O árbitro também não sabia o que estava a fazer, umas vezes dava amarelos sem razão, outras vezes esquecia-se de dar cartões...
a minha boca - pois, é verdade. olha, deixa lá, à próxima ganham vocês.
holandês - isso foi o que já tinhamos dito da última vez...
o meu cérebro - e o que ides dizer da próxima também, eheheh. 6 comentário(s)
o meu cérebro - claro, que é que achas?
a minha boca - nem por isso, o jogo foi tão mau que nem valia a pena festejar.
holandês - pois, e havia lá muita gente que merecia cartões amarelos. O Figo, por exemplo.
o meu cérebro - claro, e ainda todos os holandeses que deram porrada no Figo, no Deco, e no Ronaldo, mais aquele Kuyt que não parava de tentar lesionar o Ricardo...
a minha boca - pois havia, dos dois lados, aliás.
holandês - aquele holandês (nome impronunciável) que deu cabo da perna ao Ronaldo devia ter sido logo expulso. O árbitro também não sabia o que estava a fazer, umas vezes dava amarelos sem razão, outras vezes esquecia-se de dar cartões...
a minha boca - pois, é verdade. olha, deixa lá, à próxima ganham vocês.
holandês - isso foi o que já tinhamos dito da última vez...
o meu cérebro - e o que ides dizer da próxima também, eheheh. 6 comentário(s)
Scolari é grande
Não é pelas táticas, não é pelas substituições, nem é por ser melhor ou não que os outros. É porque, em vez de entregar os pontos e dizer "já foi bom chegarmos onde chegámos", dar confiança a uma equipa amarelada e não desistir antes do jogo.
No próximo sábado, eles vão (mais uma vez) dar uma coça aos ingleses. De preferência, com golos portugueses à mistura. 3 comentário(s)
No próximo sábado, eles vão (mais uma vez) dar uma coça aos ingleses. De preferência, com golos portugueses à mistura. 3 comentário(s)
Boas notícias
O Cristiano Ronaldo não tem nenhum amarelo para o jogo com a Inglaterra (os holandeses não lhe deram tempo).
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domingo, junho 25, 2006
Mais um record batido
O Portugal-Holanda foi o jogo com mais cartoes em Mundiais.
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Vitória
Nao ganha quem tem mais jogadores, nao ganha quem tem menos amarelos, nao ganha quem tem o maior número de apoiantes, nao ganha quem dá mais porrada.
Nao ganha quem tem mais fair-play, ganha quem marca mais golos.
Hoje, a sorte esteve do lado dos jogadores portugueses.
(quase me dava uma coisa) 4 comentário(s)
Nao ganha quem tem mais fair-play, ganha quem marca mais golos.
Hoje, a sorte esteve do lado dos jogadores portugueses.
(quase me dava uma coisa) 4 comentário(s)
sexta-feira, junho 23, 2006
Entao é assim...
Caros tugas, que é como quem diz, cara seleccao portuguesa de futebol,
prometo que vos continuo a apoiar, que é como quem diz, a nao vos cascar muito se fizerdes poucas asneiras. Isto desde que vos porteis bem, e facais as vossas obrigacoes.
Agora ide, e dai cabo do canastro aos holandeses, como fizestes no passado.
O país está connvosco.
snow 3 comentário(s)
prometo que vos continuo a apoiar, que é como quem diz, a nao vos cascar muito se fizerdes poucas asneiras. Isto desde que vos porteis bem, e facais as vossas obrigacoes.
Agora ide, e dai cabo do canastro aos holandeses, como fizestes no passado.
O país está connvosco.
snow 3 comentário(s)
O sotaque é tramado
Os comentários ao futebol nas tvs alemãs dão-me vontade de rir. Não só pronunciam mal o nome de imensos jogadores, o que não levo a mal, como às vezes o fazem de forma cómica. Nos jogos do Japão dava-me vontade de rir de cada vez que ouvia o nome do guarda-redes nipónico. Soava-me a "Tamagoshi"...
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Iupiiiiiii
Depois de um intensivo estudo de mercado, sendo o mercado as lojas que vendem o produto que eu queria, já tenho a prenda de anos para o meu mais que tudo. Sim, que eu sou generosa, mas forreta ao mesmo tempo! Dou a volta a meia dúzia de lojas (ok, só fui a uma) e a dezenas de sites na net (mentira, foi mesmo só a dois) para ver onde é que é mais barato, e nem que seja uma diferença de um euro (exactamente no mesmo produto, senão não conta) compro onde for mais barato. Só não digo o que é, porque ele pode vir cá ver, mas já sei que ele vai adorar, e eu também. ;)
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quinta-feira, junho 22, 2006
Bonito bonito
Foi o sorriso do Gilberto depois de marcar o terceiro golo do Brasil.
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Longe da vista
Mudo sempre de canal quando começam as notícias numa das televisões portuguesas. Entre as más notícias - a qualidade de vida a piorar a olhos vistos, a corrupção que nem se dá ao trabalho de se esconder, e outras - as notícias deprimentes - Portugal nos últimos lugares dos rankings de tudo quanto é "os melhores" e nos primeiros de tudo quanto é "os piores" - e as notícias que não são notícias - estamos em directo em frente à casa de Sicrano, que esteve aqui há 6 horas e se recusou a comentar, pelo que achamos isto mas não podemos ter a certeza porque ninguém confirmou, mas ainda assim vamos falar com um transeunte para que ele nos possa dar a sua opinião, e já agora podemos também falar com o amigo da tia da vizinha que ouviu falar neste assunto - tudo me dá vontade de ignorar, passar aquilo tudo à frente, esquecer que alguma vez aqueles noticiários existiram. Os apresentadores/jornalistas que dão as piores notícias com um sorriso nos lábios enervam-me, assim como os políticos cuja máxima é "faz o que eu digo não faças o que eu faço", e as más notícias constantes entristecem-me. E ao fim e ao cabo, Portugal ainda lá está no mesmo sítio, com as mesmas autoestradas caras, com a gasolina já mais cara do que na Alemanha (antes da liberalização dos preços em Portugal, a gasolina na Alemanha era cerca de 20 cêntimos mais cara), com o IVA a 21% (aqui ainda está a 16%), o desemprego a aumentar e o trabalho muito mal pago. Quando vejo as notícias portuguesas penso "Ainda bem que me vim embora." e ainda assim entristece-me ver o meu país, onde me tornei aquilo que sou hoje, a andar cada vez mais para trás.
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quarta-feira, junho 21, 2006
O jogo é um bom jogo...
Aos 80 minutos de jogo da Argentina contra a Holanda (a dar na televisao), nem um golo para amostra. O jogo até pode estar a ser rápido, ter havido bastantes remates à baliza, mas isto sem golos nao tem piada nenhuma. Entretanto, a Costa do Marfim e a Sérvia e Montenegro já marcaram 4 (estou a acompanhar este jogo pelo ticker da UEFA). Em alturas destas eu volto-me a perguntar: se as pessoas soubessem antecipadamente os resultados dos jogos, será que compravam na mesma os bilhetes para certos jogos?
No sábado jogam em Munique a Alemanha contra a Suécia. Teria alguma piada ver o jogo no estádio. Mas os bilhetes no mercado negro (ebay e particulares) andam por volta dos 600 euros. Uma barbaridade. Assim sendo, teremos que escolher outro sítio para ver os alemaes dar cabo do canastro aos suecos. Como aliás têm feito nos últimos anos.
[Adenda] A Costa do Marfim ganhou 3-2. Se eu adivinhasse, tinha era ido ver esse jogo. 2 comentário(s)
No sábado jogam em Munique a Alemanha contra a Suécia. Teria alguma piada ver o jogo no estádio. Mas os bilhetes no mercado negro (ebay e particulares) andam por volta dos 600 euros. Uma barbaridade. Assim sendo, teremos que escolher outro sítio para ver os alemaes dar cabo do canastro aos suecos. Como aliás têm feito nos últimos anos.
[Adenda] A Costa do Marfim ganhou 3-2. Se eu adivinhasse, tinha era ido ver esse jogo. 2 comentário(s)
Um jogo muito masculino
Num campo verde, uma data de homens. Um abraco forte. A mao nos calcoes. A ansiedade da separacao. Eles nao conseguem apartar-se mais que um segundo. A danca dura mais de hora e meia, com uma pausa pelo meio para combinar novas maneiras de sentir a pele dos outros. Os corpos suados que nao páram de se tocar. E após os golos, é tudo ao monte, em cima do responsável. Erótico, às vezes a rocar o pornográfico.
A bola é só uma desculpa. Eles nao conseguem é tirar as maos de cima uns dos outros. 0 comentário(s)
A bola é só uma desculpa. Eles nao conseguem é tirar as maos de cima uns dos outros. 0 comentário(s)
Há dias de sorte
Depois de um dia árduo de trabalho, duas surpresas. O meu chefe tinha-me deixado uma caixa de chocolates, e um postal de parabéns (sim, bastante atrasados). Um colega, a quem eu tinha contado das minhas aventuras com plantas - que, ao respirarem o mesmo ar que eu, morrem - trouxe-me um cacto. A cereja em cima do bolo foi mesmo poder ver o jogo de Portugal, e Portugal ganhar. :)
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segunda-feira, junho 19, 2006
Ronaldo
Copyright: AFP / afp.com
De cada vez que abro uma página na net, lá vem ele. Mesmo que o último jogo tenha sido no sábado, ele ainda anda por aí na boca do mundo. O Cristiano Ronaldo é um puto especial. Não passa as bolas, como os outros. Não é sensaborão, como os outros. É diferente. Faz fintas, truques, "caras". Dá toques na bola mesmo em frente à baliza do adversário. Faz cartões aos adversários e regozija-se com isso, com a cara de "bem feita!". Só lhe falta deitar-lhes a língua de fora. Ainda estou à espera de o ver tirar a camisola depois de um golo, sabendo que a seguir vai levar um amarelo. Faz beicinho quando se sente injustiçado. Finta um, finta dois, finta três, e depois falha o golo porque não quis passar a bola. Mas se tivesse marcado, teria sido brilhante, e é por isso que ele não passa. O jogo é um bom jogo, para quê estragá-lo com golos que não têm piadinha nenhuma? O jogo é genial, desde que haja alguém com o toque de génio, e é por isso, para isso, que o Cristiano Ronaldo está lá. Para isso, e para fazer o meu filho rir. E a mim também.
Já agora, está aberta na página da FIFA a votação do melhor jogador jovem do Mundial. Clica aqui para votar. 1 comentário(s)
domingo, junho 18, 2006
Agora aqui é assim
Só Futebol
Confesso que nao estava à espera da vitória. Que foi merecida, claramente a equipa portuguesa dominou o jogo do princípio ao fim, mas os golos, que é o que realmente conta, só saíram na segunda parte. Nao sei se volto a ver um jogo de Portugal num espaco público por aqui. Nao grito com o mesmo à vontade, nao festejo da mesma maneira, e sofro muito mais. Imagino quem foi ao estádio. Além do mais, tinha iranianos por todo o lado e fiquei com alguma pena deles. Ninguém gosta de ver a sua equipa perder. Mas claro que fiquei contente com a vitória portuguesa.
Ando a estranhar alguns árbitros. Ontem fiquei com a impressao que Angola tinha sido roubada, e hoje que Portugal também foi roubado (aquele porradao no Figo tinha que dar direito a amarelo, no mínimo). E no jogo dos EUA também me pareceu que o árbitro estava a favorecer fortemente uma das equipas... Aliás, este jogo foi mais uma enorme desilusao: como é que os EUA jogaram tao mal no jogo anterior e agora só nao deram uma coça à Itália por falta de
Finalmente vive-se em Munique um ambiente de Mundial. Este fim de semana, com o jogo do Brasil a aproximar-se, a cidade finalmente acordou para o futebol. As ruas estao cheias de fans da bola, principalmente australianos e brasileiros, mas também mexicanos, irlandeses, americanos e asiáticos (ia dizer chineses, mas eu sei lá). Muitos nao têm bilhetes para os jogos, devem ter vindo só pela cerveja. ;) Pelo menos a Hofbräuhaus está cheia de pessoal com camisolas futebolísticas, e a zona pedonal também. Com o calor que tem estado, só se está bem sentado uma esplanada com uma bebida à frente. Os empregados das lojas (alguns...) finalmente ficaram simpáticos, em vez de apenas carrancudos. Têm a antena ligada para os estrangeiros, e de repente parece que todos aprenderam inglês. O que é giro, porque apesar de eu tentar falar alemao com eles, agora eles querem é praticar inglês. Nunca isto me tinha acontecido por aqui.
Andar por aí com a t-shirt de Portugal também tem efeitos engracados. Os putos metem-se connosco, e contam quantos jogadores portugueses conhecem - uma pipa deles. As mulheres mais velhas mostram o quanto acham o Figo um pao. O Cristiano Ronaldo também recebe alguns elogios, mas para elas, ele é muito novo... imagino.
Os mexicanos perguntam quanto é que achamos que vai ficar o jogo com o México, na quarta. Ora, ganhámos à Angola 1-0, e ao Irao 2-0... por isso o próximo só pode ser 3-0. A ver vamos... 2 comentário(s)
sábado, junho 17, 2006
Nao acredito...
Se há coisa da qual nao estava à espera era de Angola empatar (a zero, ainda para mais) com o México. Nao sei se o Irao é melhor ou pior que Angola (partiria até do princípio que é melhor), e a verdade é que a melhor situaçao para Portugal era o empate destas duas equipas, mas nao gosto nada de 0-0s. E depois de o México espetar com um 3-1 ao Irao, esperava que se dessem ao trabalho de meter pelo menos um golito a Angola. É que nem com os angolanos a jogar com menos um se safaram.
Falta dizer, claro, que o guarda redes Angolano, Joao Ricardo, é um senhor. Um espetáculo de guarda-redes. Fez defesas extraordinárias umas a seguir às outras. Depois da exibiçao de ontem só fiquei a pensar mas como é que o Pauleta lhe consegui meter um golo?
Quanto a Portugal, vamos ver o que acontece logo. No entanto, se Portugal jogar como jogou contra Angola (e como jogaria de outra maneira?), e o Irao jogar como jogou contra o México (e tem todas as razoes para isso), prevejo um mau resultado para Portugal. Assim um 1-0, com o Irao a ganhar. Espero bem estar enganada, até porque vou ver o jogo no Olympiapark, no meio de milhares de outras pessoas, e ando com a t-shirt da selecçao vestida. Ao menos nao diz Portugal em lado nenhum. 2 comentário(s)
Falta dizer, claro, que o guarda redes Angolano, Joao Ricardo, é um senhor. Um espetáculo de guarda-redes. Fez defesas extraordinárias umas a seguir às outras. Depois da exibiçao de ontem só fiquei a pensar mas como é que o Pauleta lhe consegui meter um golo?
Quanto a Portugal, vamos ver o que acontece logo. No entanto, se Portugal jogar como jogou contra Angola (e como jogaria de outra maneira?), e o Irao jogar como jogou contra o México (e tem todas as razoes para isso), prevejo um mau resultado para Portugal. Assim um 1-0, com o Irao a ganhar. Espero bem estar enganada, até porque vou ver o jogo no Olympiapark, no meio de milhares de outras pessoas, e ando com a t-shirt da selecçao vestida. Ao menos nao diz Portugal em lado nenhum. 2 comentário(s)
sexta-feira, junho 16, 2006
Globalização
Durante a febre do Euro, Portugal andava vestido com a bandeira nacional. Com castelos ou pagodes, ela estava por todo o lado: janelas, carros, varandas, you name it. Houve quem dissesse que era parvoíce, houve quem achasse o máximo, e, agora sei, houve quem visse ali uma oportunidade de negócio a exportar.
Até há uns dias, eu nunca tinha visto alemães a celebrar uma vitória no futebol. Não se o o Bayern München nunca foi campeão desde que cá estou, mas desconfio que mesmo que tivesse sido, eu nunca o viria a saber. Ao contrário do Porto, aqui não há a invasão da baixa pelos adeptos ou fans ou amigos do clube quando este vence uma grande competição, e as buzinas pela noite fora provavelmente fazem parte apenas de um pesadelo raro de uma das muitas pessoas que odeia barulho e chama a polícia ao mínimo distúrbio.
No entanto, os alemães devem estar em mutação. Deve ser do calor. No jogo de abertura ouvi as primeiras buzinadelas de sempre. Só duraram uns parcos minutos, e não eram assim muitas, mas já é um princípio. A seguir ao jogo de Itália ouviram-se ainda mais, mas pensei que fosse efeito do sangue latino e não liguei muito. Mas depois do segundo jogo da Alemanha comecei a ficar preocupada. Os bávaros andavam pelas ruas embrulhados a bandeiras de tamanho gigante, bêbados de tantas litradas de cerveja para festejar, a correr sérios riscos de serem atropelados. Jovens loiros desfilavam pelas ruas vestidos com tricots da selecção e ostentando orgulhosamente bandeiras alemãs enquanto cantavam que iam para Berlim (onde se disputará a final). Finalmente descobri onde se encontram os adeptos do futebol - na zona central do centro comercial do aeroporto de Munique existe uma área aberta grande onde às vezes há festas, e é aí agora que os jogos são transmitidos em écrans gigantes.
Pelo menos em Munique, há bandeiras por todo o lado. Já descobri que tenho uns vizinhos portugueses-alemães pelas bandeiras na janela. Há carros que passeiam não uma, mas duas bandeiras alemãs presas em cada uma das janelas de trás, que abanam ao vento como que dizendo "desta é que vai ser". Outros trazem duas bandeiras de diferentes equipas: normalmente a alemã e uma de outro país.
Os jornais chamam a atenção para o fenómeno: de momento, as fábricas trabalham a toda a velocidade para venderem mais bandeiras do que nunca, numa febre que ninguém tinha antecipado. Nas ruas, entrevistam jovens que dizem que a bandeira é um acessório do Mundial, como poderia ser um cinto ou uns óculos de sol. Deve ser por isso que se encontram bandeiras à venda em lojas de roupa.
Afinal, Portugal exporta mais do que Mateus Rosé. Pena que não possam cobrar pela operação de marketing. 1 comentário(s)
Até há uns dias, eu nunca tinha visto alemães a celebrar uma vitória no futebol. Não se o o Bayern München nunca foi campeão desde que cá estou, mas desconfio que mesmo que tivesse sido, eu nunca o viria a saber. Ao contrário do Porto, aqui não há a invasão da baixa pelos adeptos ou fans ou amigos do clube quando este vence uma grande competição, e as buzinas pela noite fora provavelmente fazem parte apenas de um pesadelo raro de uma das muitas pessoas que odeia barulho e chama a polícia ao mínimo distúrbio.
No entanto, os alemães devem estar em mutação. Deve ser do calor. No jogo de abertura ouvi as primeiras buzinadelas de sempre. Só duraram uns parcos minutos, e não eram assim muitas, mas já é um princípio. A seguir ao jogo de Itália ouviram-se ainda mais, mas pensei que fosse efeito do sangue latino e não liguei muito. Mas depois do segundo jogo da Alemanha comecei a ficar preocupada. Os bávaros andavam pelas ruas embrulhados a bandeiras de tamanho gigante, bêbados de tantas litradas de cerveja para festejar, a correr sérios riscos de serem atropelados. Jovens loiros desfilavam pelas ruas vestidos com tricots da selecção e ostentando orgulhosamente bandeiras alemãs enquanto cantavam que iam para Berlim (onde se disputará a final). Finalmente descobri onde se encontram os adeptos do futebol - na zona central do centro comercial do aeroporto de Munique existe uma área aberta grande onde às vezes há festas, e é aí agora que os jogos são transmitidos em écrans gigantes.
Pelo menos em Munique, há bandeiras por todo o lado. Já descobri que tenho uns vizinhos portugueses-alemães pelas bandeiras na janela. Há carros que passeiam não uma, mas duas bandeiras alemãs presas em cada uma das janelas de trás, que abanam ao vento como que dizendo "desta é que vai ser". Outros trazem duas bandeiras de diferentes equipas: normalmente a alemã e uma de outro país.
Os jornais chamam a atenção para o fenómeno: de momento, as fábricas trabalham a toda a velocidade para venderem mais bandeiras do que nunca, numa febre que ninguém tinha antecipado. Nas ruas, entrevistam jovens que dizem que a bandeira é um acessório do Mundial, como poderia ser um cinto ou uns óculos de sol. Deve ser por isso que se encontram bandeiras à venda em lojas de roupa.
Afinal, Portugal exporta mais do que Mateus Rosé. Pena que não possam cobrar pela operação de marketing. 1 comentário(s)
Weltmeisterschaft (WM)
O Mundial desta vez é na Alemanha. E felizmente, o canal de desporto que tem que se pagar (a SporTV cá do sítio) não tem o exclusivo da transmissão.
De segunda a sábado os jogos dão, alternadamente, nos canais públicos ARD e ZDF. Aos domingos, dão na RTL (canal privado). Tudo em sinal aberto. Nesta fase de qualificação apenas não se poderão ver, em casa e à borla, 8 jogos, daqueles que são jogados em simultâneo com outros que serão transmitidos. Mais tarde, penso que será possível ver todos os jogos até à final.
Assim sendo, o difícil é trabalhar sabendo que os jogos começam às 15h00. 3 comentário(s)
De segunda a sábado os jogos dão, alternadamente, nos canais públicos ARD e ZDF. Aos domingos, dão na RTL (canal privado). Tudo em sinal aberto. Nesta fase de qualificação apenas não se poderão ver, em casa e à borla, 8 jogos, daqueles que são jogados em simultâneo com outros que serão transmitidos. Mais tarde, penso que será possível ver todos os jogos até à final.
Assim sendo, o difícil é trabalhar sabendo que os jogos começam às 15h00. 3 comentário(s)
Brückentag
(ponte)
Os meus colegas-amigos, companheiros de pausas para o café e almoços divertidos (especialmente quando um deles, que atrai todos os desastres possíveis, vem connosco), baldaram-se ao trabalho. Serei a única otária rapariga trabalhadora que por aqui há?
Mais grave ainda, mas com quem é que eu vou almoçar hoje??? 0 comentário(s)
Mais grave ainda, mas com quem é que eu vou almoçar hoje??? 0 comentário(s)
quarta-feira, junho 14, 2006
O crononauta
Assim que o primeiro viajante ao Futuro colocou a cabeça fora da cápsula, os jornalistas e fotógrafos romperam o cordão da segurança e correram para ele, gritando a uma voz: «Como é o Futuro? Como é o Futuro? Guerra nuclear? Seca global? As calotas polares derretem?» Mas o crononauta, estonteado, só repetia «Qual futuro?»
(inspirado daqui) 1 comentário(s)
(inspirado daqui) 1 comentário(s)
Vítima do marketing
Entrei numa loja porque tinham uma bandeira de tamanho grande a 1 euro. Por algum motivo que não consigo explicar, gastei 25 vezes mais. Mas vim para casa com algo mais a que me embrulhar. :)
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terça-feira, junho 13, 2006
Masculinidade
Era destes homens que a Rita estava a falar. Só numa das estaçoes de comboio apanhei com três hoje. 1 comentário(s)
Mais uma vez, o Mundial...
Hoje fui ao centro, por volta da hora de almoço. A ver se era eu que andava enganada, e os turistas tinham invadido a cidade enquanto eu trabalhava. Nada disso. A zona pedonal estava quase tao vazia como no inverno. O écran gigante que tinha encontrado no outro dia em marienplatz tinha desaparecido, provavelmente esteve lá só para o jogo de abertura. Possivelmente, a verdadeira invasao será no domingo, quando jogam em Munique o Brasil e a Austrália. Até lá, no centro, é assim:
Aquelas pessoas com a bandeira do Brasil nem sequer eram brasileiros... Estavam só a promover uma festa numa discoteca ali à entrada do metro. 1 comentário(s)
Aquelas pessoas com a bandeira do Brasil nem sequer eram brasileiros... Estavam só a promover uma festa numa discoteca ali à entrada do metro. 1 comentário(s)
Escravas do lar
A propósito disto. As alemãs são surpreendentemente retrógradas. Não todas, claro, mas muitas. Demasiadas. E às vezes parecem-me muito pouco inteligentes. Gaja alemã (não há um equivalente a "gaja" em alemão? alguém sabe?), se não queres passar o mês todo a cozinhar e a limpar a casa e a ter um monte de gajos a invadirem o teu espaço... junta-te a eles! O futebol é para todos! E se não gostas de ver umas boas pernas, e uns abdominais de vez em quando - apesar de agora ser proibido tirar a camisola para festejar os golos já há uns tipos que deram a volta à situação, segurando a t-shirt com os dentes depois de um golaço! e além disso, eles tiram sempre os "tricots" (raio de nome) no fim! - então podes sempre aproveitar para sair à rua e confratenizar com os estrangeiros que por aí abundam. E entre brasileiros e italianos, para não ir mais longe, há-de haver algum que te ajude a passar o tempo...
3 comentário(s)
Figo, amante do próprio umbigo
Parti-me a rir com isto.
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...foi e não foi...
e depois há aquele tipo que aos 26 anos já comprou a station wagon e anda a escolher casa de família mas que foge de medo das miúdas que se atrevem a gostar dele, aqueles gajos e gajas que já perto dos 40 sabem que nunca hão-de ter filhos e irão desiludir a família inteira, outros que aos 20 e apesar da faculdade ainda não ter acabado já andam de putos "às costas", os que acabam a faculdade e só querem é fugir, mudar de vida, de país, de namorad@, os que dão por eles no início dos 30 casados, com filhos, station wagon e casa para pagar e se perguntam o que é que estão ali a fazer.
E os que realmente mudam de vida, de emprego e/ou de país, e passam os primeiros 2 anos desesperadamente à procura de alguém que lhes dê a possibilidade de alcançar aquilo com que os pais deles sonharam toda a vida: casa, família e estabilidade. Que dão vontade de rir porque se esforçam tanto, e se calhar nem era preciso.
Ainda bem que há um mundo de possibilidades. E que mesmo que só o descubramos um dia, quando pensamos que se calhar já é tarde demais, ainda vamos a tempo de sermos felizes durante algum tempo.
(via minhoca) 1 comentário(s)
E os que realmente mudam de vida, de emprego e/ou de país, e passam os primeiros 2 anos desesperadamente à procura de alguém que lhes dê a possibilidade de alcançar aquilo com que os pais deles sonharam toda a vida: casa, família e estabilidade. Que dão vontade de rir porque se esforçam tanto, e se calhar nem era preciso.
Ainda bem que há um mundo de possibilidades. E que mesmo que só o descubramos um dia, quando pensamos que se calhar já é tarde demais, ainda vamos a tempo de sermos felizes durante algum tempo.
(via minhoca) 1 comentário(s)
segunda-feira, junho 12, 2006
Portugal x Angola
Pois é, eu também tenho que mandar o meu bitaite.
Em primeiro lugar, para o estádio, mais concretamente, a relva. Mas que é que aquela relva tinha? Porque é que toda a gente estava sempre a escorregar e cair, mesmo quando ninguém lhes tocava? Eu ao princípio ainda pensei que fosse tudo teatro, mas quando comecei a ver imensos jogadores a tentar correr atrás da bola e a escorregar, convenci-me de que ali havia coisa. Os alemães estão a tentar sabotar a nossa equipa, a tentar arranjar distensões musculares a todos a ver se não jogam nada.
Em segundo lugar, Angola não jogou muito. Quase que marcava alguns golos bem bonitos, mas ficou-se pelo quase. Até foi pena, porque mereciam pelo menos ter marcado um.
Em terceiro lugar, o Figo. O Figo é um senhor. O Figo deve ter sido o melhor jogador em campo, distribuiu bem o jogo, fez os melhores passes, e só lhe faltou assistência de jeito para concretizar os seus passes naquilo que é o objectivo do jogo, os golos. Figo, és o maior.
Em quarto, Cristino Ronaldo. Ele bem queria ser como o Figo, mas por este andar vai ficar o resto da vida a sonhar com isso. É um puto, continua a ser um puto, e parece-me que vai continuar a ser um puto. Um puto com jeito para as fintas e as brincadeiras, mas só isso. Falta-lhe a inspiração. É mais um daqueles que se pode queixar de falta de sorte: três vezes (ou foram mais?) apontou à baliza, e três vezes falhou o golo.
Em quinto, mas que é que o Simão estava a fazer no estádio? Só fazia asneira atrás de asneira: passes falhados, tropeções, teatro amador, enfim, só gostava de perceber porque é que esse gajo não ficou no banco.
Em sexto, o Maniche. Entrou quase no fim do jogo e ainda apontou um remate à baliza. Quero ver se o Scolari o deixa jogar mais cedo nos próximos jogos.
Em sétimo lugar, o Pauleta. Para goleador, deixou (mais uma vez) muito a desejar. Mais uma vez foram falhanços atrás de falhanços. Lá marcou um, a ver se lhe perdoamos, mas tanta bola desperdiçada mete dó.
Finalmente o jogo em si. Foi fraco. Deu pena ver os portugueses a falhar tantos remates. Teve 10 minutos bons em cada parte (se descontarmos o facto de os remates à baliza darem em nada) e foi tudo. Teve muitos passes muito maus.
Não sei quem é que se lembrou de dizer que Portugal está nos 7 melhores do mundo, mas quem disse isso devia estar a alucinar. Se Portugal estivesse nos 7 melhores do Mundo, então o futebol seria uma coisa sem piadinha nenhuma. E uma última coisa. A jogar assim, Portugal não vai ganhar nem ao México, nem ao Irão, nem a mais ninguém. Vai voltar para casa, com o rabo entre as pernas, a queixar-se da falta de sorte, e a dizer que as outras equipas foram favorecidas pelos árbitros. Como sempre. 4 comentário(s)
Em primeiro lugar, para o estádio, mais concretamente, a relva. Mas que é que aquela relva tinha? Porque é que toda a gente estava sempre a escorregar e cair, mesmo quando ninguém lhes tocava? Eu ao princípio ainda pensei que fosse tudo teatro, mas quando comecei a ver imensos jogadores a tentar correr atrás da bola e a escorregar, convenci-me de que ali havia coisa. Os alemães estão a tentar sabotar a nossa equipa, a tentar arranjar distensões musculares a todos a ver se não jogam nada.
Em segundo lugar, Angola não jogou muito. Quase que marcava alguns golos bem bonitos, mas ficou-se pelo quase. Até foi pena, porque mereciam pelo menos ter marcado um.
Em terceiro lugar, o Figo. O Figo é um senhor. O Figo deve ter sido o melhor jogador em campo, distribuiu bem o jogo, fez os melhores passes, e só lhe faltou assistência de jeito para concretizar os seus passes naquilo que é o objectivo do jogo, os golos. Figo, és o maior.
Em quarto, Cristino Ronaldo. Ele bem queria ser como o Figo, mas por este andar vai ficar o resto da vida a sonhar com isso. É um puto, continua a ser um puto, e parece-me que vai continuar a ser um puto. Um puto com jeito para as fintas e as brincadeiras, mas só isso. Falta-lhe a inspiração. É mais um daqueles que se pode queixar de falta de sorte: três vezes (ou foram mais?) apontou à baliza, e três vezes falhou o golo.
Em quinto, mas que é que o Simão estava a fazer no estádio? Só fazia asneira atrás de asneira: passes falhados, tropeções, teatro amador, enfim, só gostava de perceber porque é que esse gajo não ficou no banco.
Em sexto, o Maniche. Entrou quase no fim do jogo e ainda apontou um remate à baliza. Quero ver se o Scolari o deixa jogar mais cedo nos próximos jogos.
Em sétimo lugar, o Pauleta. Para goleador, deixou (mais uma vez) muito a desejar. Mais uma vez foram falhanços atrás de falhanços. Lá marcou um, a ver se lhe perdoamos, mas tanta bola desperdiçada mete dó.
Finalmente o jogo em si. Foi fraco. Deu pena ver os portugueses a falhar tantos remates. Teve 10 minutos bons em cada parte (se descontarmos o facto de os remates à baliza darem em nada) e foi tudo. Teve muitos passes muito maus.
Não sei quem é que se lembrou de dizer que Portugal está nos 7 melhores do mundo, mas quem disse isso devia estar a alucinar. Se Portugal estivesse nos 7 melhores do Mundo, então o futebol seria uma coisa sem piadinha nenhuma. E uma última coisa. A jogar assim, Portugal não vai ganhar nem ao México, nem ao Irão, nem a mais ninguém. Vai voltar para casa, com o rabo entre as pernas, a queixar-se da falta de sorte, e a dizer que as outras equipas foram favorecidas pelos árbitros. Como sempre. 4 comentário(s)
sexta-feira, junho 09, 2006
WM Allez Allez
Para responder a pedidos de várias famílias, durante o WM irei postando algumas coisas por aqui - mas sempre que um assunto tenha interesse geral, não responderei directamente aos comentários mas escreverei um post sobre o assunto.
Não sei se ando a ser enganada. Ontem fui passear para a Santa Catarina cá do sítio (a Fussgängerzone) e realmente não vi muito mais gente que o costume, durante esta época do ano. Mas algumas pessoas, que vivem noutra zona da cidade, asseguram-me que há imensa gente por aí, e que a polícia andava a verificar os passaportes do pessoal no metro, e ainda que quem vai para a zona do estádio de metro tem que abrir as carteiras e mostrar que não anda com nada perigoso. Entretanto, ao comentar este assunto com outras pessoas, relembraram-me que nas últimas duas semanas as escolas bávaras estiveram com férias, e por isso metade dos alemães piraram-se para Itália, onde faz bom tempo durante todo o ano. Sorte a deles, quem por cá ficou teve, até anteontem, de gramar com o frio e o tempo cinzento.
Finalmente parece que o Verão chegou. Por quanto tempo, nunca se sabe, mas eu aposto que pelo menos durante quinze dias não vou ter que usar casaco outra vez. Já a gabardina, não garanto, que aqui o Verão é a época mais chuvosa (e bem!) do ano - enquanto em Portugal há fogos por cá costuma haver inundações.
Penso que já tinha contado que em Munique há normalmente imensa polícia. Apesar de eu não o ter notado durante mais de um ano, provavelmente devido às suas fardas de calças castanhas e casacos verdes, que se confundem com as árvores, os polícias por aqui são mais que muitos. São tantos, e têm tão pouco que fazer, que normalmente se entretêm a chatear as imensas pessoas que se deslocam diariamente de bicicleta (são mais fáceis de apanhar). Ou porque passaram um sinal vermelho, ou porque vão no sentido errado da via de bicicletas (às vezes é preciso dar uma volta enorme para se ir pelo caminho certo), ou porque não se apearam nas zonas pedonais, ou porque não têm luzes, ou porque beberam e vão a conduzir (uma bicicleta, sim). Nunca me apanharam a atravessar a passadeira, a pé, com o sinal vermelho, mas suponho que se me vissem não hesitassem em passar-me uma multa. Pergunto-me se isso dará direito a suspensão da carta de condução, da mesma maneira que certas infracções de bicicleta (aliás, a primeira pergunta que os polícias fazem aos ciclistas que apanham em falta é se têm carta de condução), mas é bem provável. Se em vez dos enormes livros que listam as regras, ou seja, proibições, alemãs, alguém escrevesse um livro com aquilo que é permitido, suponho que este último seria um livrinho bem fininho, escrito com letras grandes, como os livros infantis. A única coisa em que consigo pensar é na liberdade de conduzir à velocidade que se queira em certas zonas das autoestradas.
Já estou a divagar. O que eu queria dizer era que por estes dias, Munique tem ainda mais polícias que o costume. Tantos, que não me conseguem passar despercebidos. Se por um lado me mete impressão, por outro fazem-me sentir um pouco mais segura. É que normalmente não tenho problemas absolutamente nenhuns em andar por aí sem me preocupar com a carteira, se tranquei o carro, enfim, coisas básicas de segurança e protecção dos meus haveres. Isto durante todo o ano, excepto durante a Oktoberfest, em que, alegadamente, ocorrem mais roubos já que há mais gente e há organizações de bandidos que se dirigem à cidade para aproveitar a confusão e rapinar o que lhes aparecer à frente. Suponho que por agora seja parecido. Um dos fenómenos que me espantou há poucas semanas foi o aparecimento de pedintes na cidade. Pedintes que, cheguei a descrever aqui, se colocam de joelhos, com as duas mãos em concha, e que esperam que as pessoas lhes dêem dinheiro. Bem, vinha no outro dia no jornal uma referência, logo na primeira página, a este assunto. Afinal, estes pedintes que apareceram de repente fazem parte de uma organização, ganham cerca de 20 euros à hora (limpos, sem trabalhar, sem pagar IRS sem IVA), e que o próprio chefe da organização foi apanhado com bilhetes de primeira classe para vários locais do mundo. É por estas e por outras que não dou dinheiro a pedintes.
A partir de hoje nas estações de comboios/metro podem-se ouvir as boas vindas aos visitantes em várias línguas. Ontem já havia letreiros electrónicos com "Welcome/Bienvenue/Bienvenidos/Willkommen" para nos (?) fazer sentir em casa. Para mim, no entanto, a verdadeira satisfação veio de ouvir nas ruas portugueses. Não é que nunca aconteça, mas é sempre especial encontrar compatriotas por aí. Estes que eu apanhei ontem devem ter apanhado um choque térmico: apesar de eu andar por aí em calças de ganga e t-shirt eles não dispensavam os seus casacos. Sim, por aqui não há ondas de calor nem nada parecido. O aquecimento global ficou-se pelo nosso país.
Outro dos efeitos do campeonato de futebol é no espírito das pessoas que normalmente vivem em Munique. Uns ficam doidos porque odeiam a confusão e vão de férias - estes são provavelmente os mesmos que vão de férias durante a Oktoberfest - e outros, os que gostam de futebol, organizam-se para verem os jogos nos muitos locais públicos onde há écrans gigantes e cerveja a rodos. Felizmente o tempo ajudou. Além de verem os jogos, há imensas pessoas que se entretêm com jogos de apostas sobre o campeonato. Eu também me meti nisso, aliás até me meti em dois jogos (com regras diferentes), só para dar mais emoção à coisa. E isto vai totalmente contra os meus princípios (quais princípios?), eu nunca aposto em nada...
Hoje tenho a impressão que imensos colegas meus se baldaram ao trabalho. Ao almoço encontrei pouca gente, e os que encontrei só tinham a cabeça no futebol ou nas compras. Agora eu também já não penso noutra coisa. Futebol, sol, compras e boa disposição. Assim é que eu gosto de Munique. 0 comentário(s)
Não sei se ando a ser enganada. Ontem fui passear para a Santa Catarina cá do sítio (a Fussgängerzone) e realmente não vi muito mais gente que o costume, durante esta época do ano. Mas algumas pessoas, que vivem noutra zona da cidade, asseguram-me que há imensa gente por aí, e que a polícia andava a verificar os passaportes do pessoal no metro, e ainda que quem vai para a zona do estádio de metro tem que abrir as carteiras e mostrar que não anda com nada perigoso. Entretanto, ao comentar este assunto com outras pessoas, relembraram-me que nas últimas duas semanas as escolas bávaras estiveram com férias, e por isso metade dos alemães piraram-se para Itália, onde faz bom tempo durante todo o ano. Sorte a deles, quem por cá ficou teve, até anteontem, de gramar com o frio e o tempo cinzento.
Finalmente parece que o Verão chegou. Por quanto tempo, nunca se sabe, mas eu aposto que pelo menos durante quinze dias não vou ter que usar casaco outra vez. Já a gabardina, não garanto, que aqui o Verão é a época mais chuvosa (e bem!) do ano - enquanto em Portugal há fogos por cá costuma haver inundações.
Penso que já tinha contado que em Munique há normalmente imensa polícia. Apesar de eu não o ter notado durante mais de um ano, provavelmente devido às suas fardas de calças castanhas e casacos verdes, que se confundem com as árvores, os polícias por aqui são mais que muitos. São tantos, e têm tão pouco que fazer, que normalmente se entretêm a chatear as imensas pessoas que se deslocam diariamente de bicicleta (são mais fáceis de apanhar). Ou porque passaram um sinal vermelho, ou porque vão no sentido errado da via de bicicletas (às vezes é preciso dar uma volta enorme para se ir pelo caminho certo), ou porque não se apearam nas zonas pedonais, ou porque não têm luzes, ou porque beberam e vão a conduzir (uma bicicleta, sim). Nunca me apanharam a atravessar a passadeira, a pé, com o sinal vermelho, mas suponho que se me vissem não hesitassem em passar-me uma multa. Pergunto-me se isso dará direito a suspensão da carta de condução, da mesma maneira que certas infracções de bicicleta (aliás, a primeira pergunta que os polícias fazem aos ciclistas que apanham em falta é se têm carta de condução), mas é bem provável. Se em vez dos enormes livros que listam as regras, ou seja, proibições, alemãs, alguém escrevesse um livro com aquilo que é permitido, suponho que este último seria um livrinho bem fininho, escrito com letras grandes, como os livros infantis. A única coisa em que consigo pensar é na liberdade de conduzir à velocidade que se queira em certas zonas das autoestradas.
Já estou a divagar. O que eu queria dizer era que por estes dias, Munique tem ainda mais polícias que o costume. Tantos, que não me conseguem passar despercebidos. Se por um lado me mete impressão, por outro fazem-me sentir um pouco mais segura. É que normalmente não tenho problemas absolutamente nenhuns em andar por aí sem me preocupar com a carteira, se tranquei o carro, enfim, coisas básicas de segurança e protecção dos meus haveres. Isto durante todo o ano, excepto durante a Oktoberfest, em que, alegadamente, ocorrem mais roubos já que há mais gente e há organizações de bandidos que se dirigem à cidade para aproveitar a confusão e rapinar o que lhes aparecer à frente. Suponho que por agora seja parecido. Um dos fenómenos que me espantou há poucas semanas foi o aparecimento de pedintes na cidade. Pedintes que, cheguei a descrever aqui, se colocam de joelhos, com as duas mãos em concha, e que esperam que as pessoas lhes dêem dinheiro. Bem, vinha no outro dia no jornal uma referência, logo na primeira página, a este assunto. Afinal, estes pedintes que apareceram de repente fazem parte de uma organização, ganham cerca de 20 euros à hora (limpos, sem trabalhar, sem pagar IRS sem IVA), e que o próprio chefe da organização foi apanhado com bilhetes de primeira classe para vários locais do mundo. É por estas e por outras que não dou dinheiro a pedintes.
A partir de hoje nas estações de comboios/metro podem-se ouvir as boas vindas aos visitantes em várias línguas. Ontem já havia letreiros electrónicos com "Welcome/Bienvenue/Bienvenidos/Willkommen" para nos (?) fazer sentir em casa. Para mim, no entanto, a verdadeira satisfação veio de ouvir nas ruas portugueses. Não é que nunca aconteça, mas é sempre especial encontrar compatriotas por aí. Estes que eu apanhei ontem devem ter apanhado um choque térmico: apesar de eu andar por aí em calças de ganga e t-shirt eles não dispensavam os seus casacos. Sim, por aqui não há ondas de calor nem nada parecido. O aquecimento global ficou-se pelo nosso país.
Outro dos efeitos do campeonato de futebol é no espírito das pessoas que normalmente vivem em Munique. Uns ficam doidos porque odeiam a confusão e vão de férias - estes são provavelmente os mesmos que vão de férias durante a Oktoberfest - e outros, os que gostam de futebol, organizam-se para verem os jogos nos muitos locais públicos onde há écrans gigantes e cerveja a rodos. Felizmente o tempo ajudou. Além de verem os jogos, há imensas pessoas que se entretêm com jogos de apostas sobre o campeonato. Eu também me meti nisso, aliás até me meti em dois jogos (com regras diferentes), só para dar mais emoção à coisa. E isto vai totalmente contra os meus princípios (quais princípios?), eu nunca aposto em nada...
Hoje tenho a impressão que imensos colegas meus se baldaram ao trabalho. Ao almoço encontrei pouca gente, e os que encontrei só tinham a cabeça no futebol ou nas compras. Agora eu também já não penso noutra coisa. Futebol, sol, compras e boa disposição. Assim é que eu gosto de Munique. 0 comentário(s)
WM 2006
Hoje é o jogo de abertura do campeonato do mundo de Futebol, em Munique. Seria de esperar milhares de turistas, futebolistas fanáticos, a loucura por todo o lado. Pois... quer dizer... só se andarem escondidos. É verdade que anda por aí gente ansiosa pelo primeiro jogo, mas daí a dizer que a cidade foi invadida por doidos da bola vai um enorme passo. Em Munique há turistas todo o ano. Em qualquer altura que se passeie pelas ruas do centro se ouve falar diversas línguas, e se vê gente que obviamente não tem a mesma cultura. Artistas de rua, há-os sempre, em maior quantidade quando está bom tempo (ou seja, quando a neve acaba, que por cá o conceito de bom tempo é muito diferente do português). Mesmo sem futebol.
A grande diferença (grande é se calhar uma força de expressão) é que há uns écrans gigantes espalhados por aí, para o pessoal ver os jogos. E que quase todas as lojas têm pelo menos nas montras motivos relativos ao futebol. Muitas delas até têm matraquilhos à borla para o pessoal se divertir, que ainda assim estão sempre livres. E por falar em lojas, aconteceu uma coisa extraordinária. Quase se pode classificar como um milagre. Não é que, durante o campeonato do mundo, as lojas estarão abertas até às 22h00? Não todas, mas pelo menos as do centro, e os centros comerciais. E não é que domingo, dia 18, haverá lojas abertas entre o meio dia e as oito da noite (quer dizer, a essa hora ainda brilha o sol, quando o há)? Extraordinário, nunca pensei que isto viesse a acontecer. Eu tinha a ideia de que os alemães não queriam saber dos clientes para nada (e por isso fechavam as lojas cedo e nunca abriam aos domingos) e que para eles vender mercadoria era na realidade um grande frete que faziam. Afinal, precisavam era do incentivo certo. Em Portugal, a Assembleia balda-se por causa da bola. Em Munique, trabalha-se mais. 2 comentário(s)
A grande diferença (grande é se calhar uma força de expressão) é que há uns écrans gigantes espalhados por aí, para o pessoal ver os jogos. E que quase todas as lojas têm pelo menos nas montras motivos relativos ao futebol. Muitas delas até têm matraquilhos à borla para o pessoal se divertir, que ainda assim estão sempre livres. E por falar em lojas, aconteceu uma coisa extraordinária. Quase se pode classificar como um milagre. Não é que, durante o campeonato do mundo, as lojas estarão abertas até às 22h00? Não todas, mas pelo menos as do centro, e os centros comerciais. E não é que domingo, dia 18, haverá lojas abertas entre o meio dia e as oito da noite (quer dizer, a essa hora ainda brilha o sol, quando o há)? Extraordinário, nunca pensei que isto viesse a acontecer. Eu tinha a ideia de que os alemães não queriam saber dos clientes para nada (e por isso fechavam as lojas cedo e nunca abriam aos domingos) e que para eles vender mercadoria era na realidade um grande frete que faziam. Afinal, precisavam era do incentivo certo. Em Portugal, a Assembleia balda-se por causa da bola. Em Munique, trabalha-se mais. 2 comentário(s)
quinta-feira, junho 08, 2006
...
Da mesma maneira que há uns anos lia jornais compulsivamente, hoje em dia leio blogues. De uma ponta à outra, devoro largas dezenas de blogues quase todos os dias, espreito blogues novos, mantenho uma lista de bookmarks (aliás, 3 listas), e à medida que os blogues mudam eu também vou mudando essa lista. Uns chegam, outros acabam, alguns mudam demasiado para o meu gosto, outros entretêm-se a escrever muito mais sobre coisas que não me interessam do que sobre coisas que me interessem. E depois há os comentários. Os comentários fazem-me lembrar os chats e os fóruns. Comecei a frequentar chats há mais de uma década, e rapidamente me deixei disso, porque provavelmente entrei nos chats errados e parecia que toda a gente estava interessada em engatar alguém, mais do que ter uma conversa. Mais tarde entrei em fóruns, o tipo de sites que aindo hoje frequento quando preciso de ajuda para resolver algum problema (o computador que não anda, o jogo que não corre, essas coisas), mas que em alguns casos degeneravam em chats. Alguns fóruns, pela visibilidade que tinham acabavam por ser políticos ou por outros motivos "fanáticos", de modo que parecia que as pessoas em vez de conversarem por ali tentavam guerrear-se, andar à porrada, tirotear-se (?), enfim, eram autênticas guerras abertas das quais muito rapidamente me fartei.
Às vezes, custa-me não deixar um comentário num blog. Principalmente quando estou em total desacordo com o texto. Isto no caso dos blogues que leio frequentemente, e pelos quais tenho uma certa estima, apesar de não conhecer os autores "de lado nenhum". Mas conheço-os do écran do meu computador, e por isso custa-me deixá-los a pensar que têm razão nalguma coisa que me parece totalmente errada. Mas nem sempre digo alguma coisa. E fico a pensar que aquele post era uma palermice, ou se calhar era uma provocação, ou se calhar foi um ET que raptou o autor do blog e escreveu aquela barbaridade. Ou sou eu, que estou a ficar velha, e já não me salta a tampa tanto e tão alto como antigamente. Estou-me nas tintas. Quero lá saber.
Mas naqueles blogues que escrevem sistematicamente "verdades absolutas" sobre coisas com que não concordo minimamente, pura simplesmente não abro mais que uma vez, a não que lá vá parar por acidente. E aí, acabo por fixar o nome do blog para que o acidente não se volte a repetir. Não gosto de fanáticos de nenhum tipo. Política, religião e futebol (não necessariamente por esta ordem) ocupam o pódio quanto a número de fanáticos. Mas há mais, muito mais. E às vezes pergunto-me se não seria fanatismo da minha parte deixar que a tampa me salte sempre. E ao mesmo tempo, se não estou a deixar um bocadinho de mim morrer de cada vez que me calo. 4 comentário(s)
Às vezes, custa-me não deixar um comentário num blog. Principalmente quando estou em total desacordo com o texto. Isto no caso dos blogues que leio frequentemente, e pelos quais tenho uma certa estima, apesar de não conhecer os autores "de lado nenhum". Mas conheço-os do écran do meu computador, e por isso custa-me deixá-los a pensar que têm razão nalguma coisa que me parece totalmente errada. Mas nem sempre digo alguma coisa. E fico a pensar que aquele post era uma palermice, ou se calhar era uma provocação, ou se calhar foi um ET que raptou o autor do blog e escreveu aquela barbaridade. Ou sou eu, que estou a ficar velha, e já não me salta a tampa tanto e tão alto como antigamente. Estou-me nas tintas. Quero lá saber.
Mas naqueles blogues que escrevem sistematicamente "verdades absolutas" sobre coisas com que não concordo minimamente, pura simplesmente não abro mais que uma vez, a não que lá vá parar por acidente. E aí, acabo por fixar o nome do blog para que o acidente não se volte a repetir. Não gosto de fanáticos de nenhum tipo. Política, religião e futebol (não necessariamente por esta ordem) ocupam o pódio quanto a número de fanáticos. Mas há mais, muito mais. E às vezes pergunto-me se não seria fanatismo da minha parte deixar que a tampa me salte sempre. E ao mesmo tempo, se não estou a deixar um bocadinho de mim morrer de cada vez que me calo. 4 comentário(s)
quarta-feira, junho 07, 2006
6/6/6
Gosto de números. Sempre gostei. Muito. Gosto de números pares, ímpares, primos, e capicuas. De numeração binária, octal, hexadecimal, BCD, e numeração romana. Gosto mais de um número quanto mais especial ele for. Gosto de números reais, inteiros, imaginários. Gosto do 0, do 1, do pi e do "e".
Até ter terminado os estudos, de uma maneira ou de outra "brincava" com números todos os dias. Hoje, alguns anos depois, já me tinha esquecido do tanto que gosto de números. Só quando dei por mim a escrever ainda a data de ontem, é que percebi. 06.06.06. Que data gira. Para o ano teremos 07.07.07. E até 2012 ainda teremos este tipo de números.
Está na altura de largar os livros de histórias. Romances, policiais, contos, livros técnicos, livros a sério, todos os livros, menos alguns. Está na hora de voltar aos livros de brincar. Os meus preferidos, os de brincadeiras matemáticas. 5 comentário(s)
Até ter terminado os estudos, de uma maneira ou de outra "brincava" com números todos os dias. Hoje, alguns anos depois, já me tinha esquecido do tanto que gosto de números. Só quando dei por mim a escrever ainda a data de ontem, é que percebi. 06.06.06. Que data gira. Para o ano teremos 07.07.07. E até 2012 ainda teremos este tipo de números.
Está na altura de largar os livros de histórias. Romances, policiais, contos, livros técnicos, livros a sério, todos os livros, menos alguns. Está na hora de voltar aos livros de brincar. Os meus preferidos, os de brincadeiras matemáticas. 5 comentário(s)
terça-feira, junho 06, 2006
Só me sai... disto!
"Você até tem um certo jeito, e de vez em quando faz um brilharete; mas geralmente anda um bocado à nora. A organização não é o seu forte, você confia em absoluto no instinto. Você é pão-pão queijo-queijo: tudo ou nada! Acha sempre que vai conseguir ter tudo, mas, aqui entre nós, ou fica lá muito perto ou dá uma monumental barraca."
Ou muito me engano, ou
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Os dias cinzentos
Adoro estes dias cinzentos e frios, em que uma pessoa salta da cama logo de manhã cheia de vontade de trabalhar, já que é o melhor que se pode fazer com um tempo destes. Aliás, deve ser esta a razão pela qual os alemães são tão eficientes (dizem!), com um tempo tão bom não há nada melhor a fazer para ter um dia em cheio do que trabalhar, trabalhar, trabalhar. Por alguma razão que eu não compreendo, no entanto, eles têm horários de trabalho. Que cumprem. Claro que há sempre as excepções - os calões e os viciados no trabalho - mas em regra o pessoal trabalha 40 horas por semana (os que têm azar, ainda há pouco tempo o horário semanal de trabalho era menor) e pronto. Como é que podem ser eficientes e trabalhar menos (e faltar mais, já agora)? Só pode ser da motivação extra deste tempo miserável: se não faz sol, não se passa o dia a sonhar com a praia e com esplanadas.
Com estes dias de quase Inverno, custa-me imenso ouvir falar nos fogos de Verão em Portugal. Ai o calor e tal. Qual calor? Ainda ontem me caíram umas pingas de chuva em cima, enquanto faziam uns míseros 10 graus. Eu não me importava nada de mandar este frio e chuva para onde faz falta, e receber em troca uns dias de verdadeiro Verão, com aquele calor impossível que faz com que só se esteja bem dentro da água gélida dos lagos da área de Munique ou do rio Isar.
No fundo, no fundo, isto deve ser mas é uma estratégia da Alemanha para ganhar o campeonato do Mundo. Já que são os anfitriões, encomendaram tempo de Inverno ao S.Pedro que é para apanhar todas as outras equipas desprevenidas e assim ter uma enorme vantagem competitiva. É que para quem joga num campeonato em que na maior parte do ano faz um frio de rachar, estas temperaturas são ideais. E pelos vistos esta estratégia está a resultar, pelo menos uma das equipas adversárias já se constipou. Mais uns dias, e o campeonato está ganho sem sequer terem que se esforçar. 2 comentário(s)
Com estes dias de quase Inverno, custa-me imenso ouvir falar nos fogos de Verão em Portugal. Ai o calor e tal. Qual calor? Ainda ontem me caíram umas pingas de chuva em cima, enquanto faziam uns míseros 10 graus. Eu não me importava nada de mandar este frio e chuva para onde faz falta, e receber em troca uns dias de verdadeiro Verão, com aquele calor impossível que faz com que só se esteja bem dentro da água gélida dos lagos da área de Munique ou do rio Isar.
No fundo, no fundo, isto deve ser mas é uma estratégia da Alemanha para ganhar o campeonato do Mundo. Já que são os anfitriões, encomendaram tempo de Inverno ao S.Pedro que é para apanhar todas as outras equipas desprevenidas e assim ter uma enorme vantagem competitiva. É que para quem joga num campeonato em que na maior parte do ano faz um frio de rachar, estas temperaturas são ideais. E pelos vistos esta estratégia está a resultar, pelo menos uma das equipas adversárias já se constipou. Mais uns dias, e o campeonato está ganho sem sequer terem que se esforçar. 2 comentário(s)
segunda-feira, junho 05, 2006
Fim de semana alucinante
Dou comigo a pensar, tarde demais, que nao devo estar boa da cabeça. É a única explicaçao possível para ter passado o fim de semana prolongado (hoje é feriado) na Alemanha. E a Itália (e o Verao) aqui tao perto...
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sexta-feira, junho 02, 2006
La vie en Rose
A vida com óculos é esquisita. É tudo mais nítido, e até mais colorido. Volta e meia experimento tirar e pôr os óculos para ver a diferença, ou espreito por cima ou por baixo das lentes para ver como é. É estranho. Agora tenho a sensaçao de que os meus olhos estao preguiçosos, e quando tiro os óculos demoram um ou dois segundos a focar devidamente os objectos.
Ainda mais estranho é a lente esquerda ser mais grossa do que a direita, quando a graduaçaodevia ser é a mesma . Sao só 0,2mm, mas nota-se bem. Eu notei logo, apesar de nao ter a visao ideal. Fui mandar vir com o oculista, e ele veio-me com uma conversa da treta de que as lentes sao côncavas e centradas em zonas diferentes (porque os dois olhos sao diferentes), e por isso é que pode acontecer que uma lente seja mais grossa numa zona do que a outra. Treta, só pode. Porque se fosse assim, também devia haver uma zona da lente esquerda que fosse mais fina (na borda) que a mesma zona na lente direita. Desconfio que usaram material diferente para as duas lentes.
Ainda assim, nao estou para me chatear muito. Nao tenciono usar óculos durante muito tempo. O oftalmologista já tratou de me enviar a informaçao relativa às intervençoes com laser. Um querido. De qualquer forma, nao me vai cortar nada antes que eu faça uma investigaçao séria sobre estas coisas. Afinal, eu é que tenho que viver com os meus olhos, e nao quero correr o risco de ficar ainda pior do que estou. 7 comentário(s)
Ainda mais estranho é a lente esquerda ser mais grossa do que a direita, quando a graduaçao
Ainda assim, nao estou para me chatear muito. Nao tenciono usar óculos durante muito tempo. O oftalmologista já tratou de me enviar a informaçao relativa às intervençoes com laser. Um querido. De qualquer forma, nao me vai cortar nada antes que eu faça uma investigaçao séria sobre estas coisas. Afinal, eu é que tenho que viver com os meus olhos, e nao quero correr o risco de ficar ainda pior do que estou. 7 comentário(s)