quarta-feira, fevereiro 28, 2007
Aproveitem enquanto eu estou distraída
Isto é uma confissão que vai acabar com a minha imagem. Felizmente, desse lado não me conseguem ver a fronha, nem a roupa que trago vestida (garanto que não estou a escrever de pijama, até porque isso é coisa que só uso em ocasiões muito especiais). E agora, que já captei a atenção de todos, a tal confissão bombástica. Mas antes de mais, uma explicação. Quando eu vim para a Alemanha, nunca tinha ouvido falar em blogues. Depois de cá estar, devo ter lido sobre o assunto, talvez nos jornais, talvez em qualquer site, e tornei-me fã de alguns. E um dia, comecei o meu, porque me fazia falta o contacto activo com a minha língua. É que ter um puto em casa com quem falar português é bom, mas restringir as conversas à escola ou a jogos electrónicos, não me chega. E apesar de às vezes deitar cá para fora - para o blogue - coisas que não diria a ninguém, pelo menos não antes de pensar nelas durante meses e meses e meses a fio, isto acaba por ser o suporte para conversas em português. E o motivo de este blogue existir é eu ter necessidade de falar mais português, nem que seja para dizer asneiras. E por falar em asneiras, a tal confissão. Vou dizer. As minhas manas riem-se sempre que me ouvem falar do blogue. E não é por eu dizer coisas muito engraçadas, ou contar umas piadas muito boas (também conto). É por causa da maneira como eu digo "post". Eu não digo à inglesa "post", nem "posta" como muitos portugueses, apesar de até achar piada ao termo "posta", que me faz sempre lembrar postas de pescada, que é uma coisa que por um lado sabe bem, no prato, e por outro, alude a uma certa comicidade do que quer que seja que a posta de pescada trata.
Aos meus "posts", eu chamo "postes". Lidos assim, em português, como os postes de alta tensão, ou os postes que são os gajos mais altos num jogo de basquet e que ficam mais perto do cesto, a defender. E alguns destes postes até merecem o nome, de compridos que são. Outros, curtinhos, nem por isso. Agora vá. Riam-se, que é para isso que este poste serve. 3 comentário(s)
Aos meus "posts", eu chamo "postes". Lidos assim, em português, como os postes de alta tensão, ou os postes que são os gajos mais altos num jogo de basquet e que ficam mais perto do cesto, a defender. E alguns destes postes até merecem o nome, de compridos que são. Outros, curtinhos, nem por isso. Agora vá. Riam-se, que é para isso que este poste serve. 3 comentário(s)
O sentido da vida
Também não sei, e não é um post que vai esclarecê-lo. De momento, as minhas (poucas) preocupações resolver-se-iam com o jackpot no totoloto. Ou no loto. Ou no euromilhões. Enquanto não jogo (e só jogo quando souber os números), vou-me amanhando como posso. E não me saio nada mal (mas podia sair-me melhor, houvesse uns milhõesitos na conta).
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Vale o quê?
Há alguém que use, ouça ou leia a expressão "vale o que vale", e não a interprete como "não vale nada"? Se vale assim tão pouco, nada ou quase nada, será que vale a pena dizer o que vem a seguir (ou antes)?
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segunda-feira, fevereiro 26, 2007
zigzag
Hoje são os óscares, amanhã é outra coisa qualquer. Anda tudo ao mesmo, ao que não interessa mesmo nada, ao que faz girar o mundo sem mudar coisa nenhuma. Que é que me interessa quem ganhou uma estatueta dourada, eu que quase nem vejo filmes, chateiam-me aquelas histórias que dá para adivinhar como vão terminar ou continuar, mas que seca, não gosto de finais felizes nem de piadas previsíveis, as comédias do cinema só me fazem, no máximo, sorrir, eu queria era rir à gargalhada como quando estou com alguns amigos que valem muito mais que ouro. E também não gosto de finais tristes, não gosto de finais, é tudo, nem de histórias repetidas, como os cromos da bola que trocava com os meus amigos da primária.
Enquanto isso há quem se preocupe com o menino que só quer jogar futebol, ou que não tem jeitinho nenhum para a escola, e apesar de os pais quererem mandar os miúdos todos para a universidade - a não ser aqueles que os mandam para as escolas de futebol ou de outras artes - e todos se esquecem que a coisa mais importante desta vida é ser-se feliz, a fazer seja o que for, nem que seja a cortar cabelos (parece que é das profissões que mais satisfação dão, a de cabeleireiro). Que é que se há-de fazer aos putos, eles sabem lá o que querem, a profissão de hoje é motorista de autocarro, amanhã vão ser engenheiros e depois jogadores profissionais de playstation.
Hoje estou farta de tudo, mais ainda de tudo o que é igual para todos. As coisas que não funcionam, o que não se consegue, as esperanças naquilo que nunca vai acontecer. O tempo que demora para as coisas mudarem, que esta vida é curta e simultaneamente comprida, a lista interminável de coisas que quero fazer, o medo de um dia já não haver mais nada, e apesar de tudo saber que não é assim. As coisas em que nunca tinha pensado e que agora se põem diante de mim, estão à espera que faça o quê?, que reconheça que ali estão, que podia ter aproveitado enquanto podia, e agora que acabou, penso nisso, e no que virá, e que se calhar não estou a aproveitar nada outra vez, e daqui a 10, 15, 20 anos me vou arrepender, outra vez, de não ter feito mais, de não ter desfrutado mais.
E enquanto escrevo, saem-me palavras dos dedos que me transportam de novo àquilo que foi, à adoração que alguém teve pelas minhas pernas, à lição de vida que apanhei, sem assimilar (mas eu até já sabia), de que é preciso sempre aproveitar o momento, não se volta atrás, e nunca se sabe se poderemos voltar a ter outra oportunidade. Outra, que não a mesma, nunca se volta a ter a mesma hipótese de fazer as coisas de uma certa maneira. Devia ter ido ao Gerês, fui tão parva, mas ao menos passei muito tempo à beira mar, enquanto pude, debaixo de um guarda-sol com os livros para estudar, na esplanada a ficar com a cara vermelha, os passeios de mota no meio da cidade.
Aprendi a chegar tarde para me aborrecer menos, uma só frase que me lembra de duas pessoas que nem têm nada a ver, que engraçado, uma que me ensinou que não há problema em chegar tarde a certos sítios, e outra que dizia "aborrecido".
Estranho isto que me sai pelos dedos. As palavras que saem umas atrás das outras e vêm com pessoas agarradas. Trabalhos, muito divertimento, aulas, amigos, passeios, estas palavras genéricas não trazem nada com elas. Há outras que sempre vêm com alguém a reboque. Assimétrico, por exemplo. Entendido. Juízo. Juizinho.
A pressa de viver. As coisas que sempre soube, inconscientemente. Andam à roda na minha cabeça, e agora que vejo isto tudo e não sei o que fazer com tanta informação. Quando se sabem as coisas com antecedência, devíamo-nos preparar melhor para elas. Recalcar, ignorar, seguir em frente sem fazer nada não ajuda. Há coisas que sempre soube que iria fazer, muitos anos antes de acontecerem. Neste momento ando à procura dentro de mim das outras que irei fazer. Sei que lá estão. Só falta encontrá-las. Ou então, não. Fazer basta. 3 comentário(s)
Enquanto isso há quem se preocupe com o menino que só quer jogar futebol, ou que não tem jeitinho nenhum para a escola, e apesar de os pais quererem mandar os miúdos todos para a universidade - a não ser aqueles que os mandam para as escolas de futebol ou de outras artes - e todos se esquecem que a coisa mais importante desta vida é ser-se feliz, a fazer seja o que for, nem que seja a cortar cabelos (parece que é das profissões que mais satisfação dão, a de cabeleireiro). Que é que se há-de fazer aos putos, eles sabem lá o que querem, a profissão de hoje é motorista de autocarro, amanhã vão ser engenheiros e depois jogadores profissionais de playstation.
Hoje estou farta de tudo, mais ainda de tudo o que é igual para todos. As coisas que não funcionam, o que não se consegue, as esperanças naquilo que nunca vai acontecer. O tempo que demora para as coisas mudarem, que esta vida é curta e simultaneamente comprida, a lista interminável de coisas que quero fazer, o medo de um dia já não haver mais nada, e apesar de tudo saber que não é assim. As coisas em que nunca tinha pensado e que agora se põem diante de mim, estão à espera que faça o quê?, que reconheça que ali estão, que podia ter aproveitado enquanto podia, e agora que acabou, penso nisso, e no que virá, e que se calhar não estou a aproveitar nada outra vez, e daqui a 10, 15, 20 anos me vou arrepender, outra vez, de não ter feito mais, de não ter desfrutado mais.
E enquanto escrevo, saem-me palavras dos dedos que me transportam de novo àquilo que foi, à adoração que alguém teve pelas minhas pernas, à lição de vida que apanhei, sem assimilar (mas eu até já sabia), de que é preciso sempre aproveitar o momento, não se volta atrás, e nunca se sabe se poderemos voltar a ter outra oportunidade. Outra, que não a mesma, nunca se volta a ter a mesma hipótese de fazer as coisas de uma certa maneira. Devia ter ido ao Gerês, fui tão parva, mas ao menos passei muito tempo à beira mar, enquanto pude, debaixo de um guarda-sol com os livros para estudar, na esplanada a ficar com a cara vermelha, os passeios de mota no meio da cidade.
Aprendi a chegar tarde para me aborrecer menos, uma só frase que me lembra de duas pessoas que nem têm nada a ver, que engraçado, uma que me ensinou que não há problema em chegar tarde a certos sítios, e outra que dizia "aborrecido".
Estranho isto que me sai pelos dedos. As palavras que saem umas atrás das outras e vêm com pessoas agarradas. Trabalhos, muito divertimento, aulas, amigos, passeios, estas palavras genéricas não trazem nada com elas. Há outras que sempre vêm com alguém a reboque. Assimétrico, por exemplo. Entendido. Juízo. Juizinho.
A pressa de viver. As coisas que sempre soube, inconscientemente. Andam à roda na minha cabeça, e agora que vejo isto tudo e não sei o que fazer com tanta informação. Quando se sabem as coisas com antecedência, devíamo-nos preparar melhor para elas. Recalcar, ignorar, seguir em frente sem fazer nada não ajuda. Há coisas que sempre soube que iria fazer, muitos anos antes de acontecerem. Neste momento ando à procura dentro de mim das outras que irei fazer. Sei que lá estão. Só falta encontrá-las. Ou então, não. Fazer basta. 3 comentário(s)
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Preto, branco, cinzento, e às cores
Para uns, o copo está meio cheio. Para outro, está meio vazio. Até hoje, para mim, o copo estava completamente cheio - afinal de contas, o ar também é alguma coisa. Mas hoje, se mais alguém me perguntar se o copo está meio cheio ou meio vazio, eu só vou perguntar, mas qual copo?
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A busca
Ouvir a música que toca na minha cabeça e correr (literalmente) a casa toda para a encontrar. Sei de cor a letra, sei de cor quem canta, e só tenho 2 CDs onde esta música poderá estar. Encontro o primeiro, um Best Of, e ponho-o na aparelhagem. Toco aí uns 10 segundos de cada música, e não encontro a que continua em power play na minha cabeça. Corro até à sala, abro uma das gavetas dos CDs, vasculho-a toda até encontrar aquilo que procuro. Aos saltos até ao quarto, incluindo por cima da cama, chego à aparelhagem, e ponho finalmente a tocar "aquela" música.
Já está - O cérebro sossega, e eu posso começar a cantar em altos berros com acompanhamento (o CD). Em repeat. Felizmente os vizinhos não se vêm queixar.
♪ I got what you want
takes more than money to turn you on ♪ 0 comentário(s)
Já está - O cérebro sossega, e eu posso começar a cantar em altos berros com acompanhamento (o CD). Em repeat. Felizmente os vizinhos não se vêm queixar.
♪ I got what you want
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quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Cromos para troca
Mais alguém tem um miúdo que ponha o despertador a tocar às tantas da madrugada - pode variar entre as 2 e as 6 da manhã - e, para cúmulo, não ouça a porcaria do alarme quando ele toca?
Como se não bastasse a tentativa de se levantar antes da hora - antes de ter dormido tudo quanto precisa - ainda para mais acorda-me... 1 comentário(s)
Como se não bastasse a tentativa de se levantar antes da hora - antes de ter dormido tudo quanto precisa - ainda para mais acorda-me... 1 comentário(s)
A bola é redonda...
Só costumo ver futebol em alturas de campeonatos europeus ou mundiais. É um jogo que dura demasiado tempo para os resultados obtidos. 90 minutos em que se conseguem 0, 1, 2 golos, são um desperdício. Ainda assim, às vezes o futebol pode ter a sua piada. Por exemplo, quando se ouvem pérolas como esta "este foi um lance daqueles em que quase se consegue ver a marca e a etiqueta do preço da bola". Para que se saiba.
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Futilidades
Eu até nem sou daquelas que arranjam sempre as unhas, nem as pinto regularmente, e, para piorar tudo, roo-as. Felizmente não as roo demais, ou seja, quando chego à pele, paro, que quando se rói mais que isso dói, e eu sou tão avessa à dor quanto é possível ser-se. E roo as unhas sempre que estão compridas demais e não tenho um corta-unhas a jeito, ou então sempre que tenho o cérebro a fervilhar com algum problema ou preocupação.
Daí que normalmente não me preocupa ou incomoda partir uma unha. Até hoje. É que descobri que lavar o cabelo com uma unha meia partida não dá jeito nenhum. Depois de a cortar, mesmo tendo em conta que fica com mau aspecto, não tem problema. Mas quando se descobre que se tem uma unha partida porque, ao lavar o cabelo, ele fica preso na unha, isso não tem piadinha nenhuma. 1 comentário(s)
Daí que normalmente não me preocupa ou incomoda partir uma unha. Até hoje. É que descobri que lavar o cabelo com uma unha meia partida não dá jeito nenhum. Depois de a cortar, mesmo tendo em conta que fica com mau aspecto, não tem problema. Mas quando se descobre que se tem uma unha partida porque, ao lavar o cabelo, ele fica preso na unha, isso não tem piadinha nenhuma. 1 comentário(s)
terça-feira, fevereiro 20, 2007
Chatos
Com o windows, há coisas que passaram a ser uma seca. Confirmar seja o que for, por exemplo. Já não bastava os programas perguntarem se temos a certeza mais do que uma vez, há coisas que levam isto ao extremo. O Paypal, por exemplo. Usei-o apenas uma vez, e como se não fosse extremamente aborrecido (isto faz-me lembrar a minha mana) ter tido que preencher um formulário com uma data de dados pessoais, agora que quis fechar a conta, lá veio o interrogatório. Tem a certeza que quer fechar a conta? Tem mesmo a certeza? Olhe que se clicar em "continuar" vai fechar a conta... Já agora explique-nos porque é que quer fechar a conta. Ah, tem a certeza que quer fechar a conta? Então pode ser, feche lá a conta, mas olhe que temos muita pena de a ver abandonar assim o nosso maravilhoso meio de pagamento. Tem mesmo a certeza? Então vá. Adeus.
Grrrrrrrrrrr. Já nem sei o que é que comprei quando abri a conta do Paypal. Chatos. 1 comentário(s)
Grrrrrrrrrrr. Já nem sei o que é que comprei quando abri a conta do Paypal. Chatos. 1 comentário(s)
domingo, fevereiro 18, 2007
Zooropa
Tens o CD que te dei?
Eu também gostava, mas tu gostavas mais, e eu queria dar-te um presente. O empregado da loja espanhola nunca tinha ouvido falar de "you two", mas depois de alguma confusão, lá se fez luz na cabeça do moço, que prontamente me trouxe os "u dos". Ainda tens o CD que te dei? E a cassete que me emprestaste, daquela banda de quem eu nunca ouvi falar, e da qual nunca mais ouvi nadinha que fosse, nem mesmo a música que eu gostava mais, ainda a tens? Ouvi essa cassete tantas e tantas vezes, até que decorei as músicas quase todas, e só não aprendi mesmo as letras de todas elas porque aqueles tipos cantavam muito depressa, e o francês nunca foi o meu forte. Ainda tens essa cassete? À força de tanto a tocar no gravador caixa de sapatos da minha mãe, a fita partiu, e eu senti-me tão mal, nunca me tinha acontecido partir uma fita de uma cassete, nem nunca me voltou a acontecer, fiquei tão triste e preocupada porque não era a minha cassete, e quando ta devolvi, até nem ficaste muito chateado, um bocadinho talvez, mas não muito. Ainda tens o CD que te dei? Comprei um para mim, mais tarde, mas quando olho para ele lembro-me sempre de ti, e pergunto-me se ainda terás aquele que te dei.
Não comprei a cassete do Benny B, só hoje é que pensei que até a podia procurar, mas não quero, não quero voltar a ouvir aquelas músicas, já bem basta quando me lembro delas. E de outras, como aquela que me pediste para tocar na rádio, e que agora sempre que a ouço me faz lembrar de ti.
O mais engraçado é que nem me lembro do teu nome. Lembro-me das iniciais, do primeiro e segundo nomes, mas o resto não. E lembro-me do teu aniversário, que é daqueles que não se esquecem porque calham numa data importante. E lembro-me da última, e ao mesmo tempo primeira, carta que me escreveste, lembro-me do papel e do envelope, mas não me lembro do conteúdo, que também já não tinha importância nenhuma, e achei tão estranho escreveres-me uma carta quando já não nos víamos há tantos meses, e nem me lembro se era dia dos namorados ou se era o meu aniversário. Devia ser o meu aniversário. E nem sei como arranjaste a minha morada, fiquei a pensar nisso, mas nunca te escrevi - será que a morada vinha no envelope? - e não me lembro de te ter voltado a ver. A carta, devo-a ter perdido numa das muitas mudanças, juntamente com tantas outras coisas que perdi, mas a memória, essa trago-a sempre comigo e apesar de ir guardando muito fundo algumas informações, tão fundo que já nem consigo ir buscá-las, às vezes desperta e traz tudo ao de cima como se tivesse sido ontem a última vez que fizemos tanto mal um ao outro. Não te disse nada depois de nos separarmos, nem mesmo depois da tua carta - penso que nem sequer era nada de muito pessoal, talvez fosse curiosidade tua, a ver o que eu fazia, talvez fosse uma forma de pedires desculpa, talvez fosse um trabalho de casa, sei lá porque é que me foste escrever naquela altura.
Eu não fiz como os outros, e foi por isso que nunca mais te vi. Não voltei, nem naquele ano, nem no seguinte, nem no outro, nem nunca, àqueles sítios ou àqueles eventos onde nos poderíamos ter reencontrado. Eu, tu e os outros. Simplesmente tinha tudo acabado, inconscientemente, eu tinha recomeçado tudo, e não podia perder nem um minuto da minha nova vida. E também não queria voltar àquele turbilhão em que vivemos. Hoje dá-me vontade de rir. As coisas que eu fiz, as coisas que tu fizeste, as coisas que nós fizemos. As coisas que ainda eram as mesmas. Os cigarros que eu não sabia que fumavas nas festas, a minha mini-saia vermelha, os copos a mais (mas nem tanto), a música mesmo muito boa (música que ainda hoje gosto e nem sequer me faz lembrar de ti), as luzes da pista de dança.
Acabou tudo ali, na rua, comigo, contigo, com eles. Mesmo que não tenhamos acabado. Ainda que nos víssemos e estivéssemos juntos durante meses depois. Eu fui por um lado porque tu tinhas ido por outro, e ainda que continuássemos juntos fisicamente, espiritualmente passámos a estar de costas voltadas. Tu não sabias nada. Eu aprendi muitas coisas, mas no início sabia ainda menos que tu.
O mais estranho de tudo, é que nunca nos despedimos. Não dissemos adeus. Não me lembro do nosso último encontro, não me recordo de algum dia ter tido a consciência de que era a última vez que te via, apesar de saber que não te poderia ver pelo menos por alguns meses. E ainda assim, nunca mais te voltei a ver.
Ficaste-me gravado para sempre. Pelo bem, e pelo mal, principalmente pelo mal, que nunca vou esquecer, apesar de já não me incomodar. Ainda tens o CD? 5 comentário(s)
Eu também gostava, mas tu gostavas mais, e eu queria dar-te um presente. O empregado da loja espanhola nunca tinha ouvido falar de "you two", mas depois de alguma confusão, lá se fez luz na cabeça do moço, que prontamente me trouxe os "u dos". Ainda tens o CD que te dei? E a cassete que me emprestaste, daquela banda de quem eu nunca ouvi falar, e da qual nunca mais ouvi nadinha que fosse, nem mesmo a música que eu gostava mais, ainda a tens? Ouvi essa cassete tantas e tantas vezes, até que decorei as músicas quase todas, e só não aprendi mesmo as letras de todas elas porque aqueles tipos cantavam muito depressa, e o francês nunca foi o meu forte. Ainda tens essa cassete? À força de tanto a tocar no gravador caixa de sapatos da minha mãe, a fita partiu, e eu senti-me tão mal, nunca me tinha acontecido partir uma fita de uma cassete, nem nunca me voltou a acontecer, fiquei tão triste e preocupada porque não era a minha cassete, e quando ta devolvi, até nem ficaste muito chateado, um bocadinho talvez, mas não muito. Ainda tens o CD que te dei? Comprei um para mim, mais tarde, mas quando olho para ele lembro-me sempre de ti, e pergunto-me se ainda terás aquele que te dei.
Não comprei a cassete do Benny B, só hoje é que pensei que até a podia procurar, mas não quero, não quero voltar a ouvir aquelas músicas, já bem basta quando me lembro delas. E de outras, como aquela que me pediste para tocar na rádio, e que agora sempre que a ouço me faz lembrar de ti.
O mais engraçado é que nem me lembro do teu nome. Lembro-me das iniciais, do primeiro e segundo nomes, mas o resto não. E lembro-me do teu aniversário, que é daqueles que não se esquecem porque calham numa data importante. E lembro-me da última, e ao mesmo tempo primeira, carta que me escreveste, lembro-me do papel e do envelope, mas não me lembro do conteúdo, que também já não tinha importância nenhuma, e achei tão estranho escreveres-me uma carta quando já não nos víamos há tantos meses, e nem me lembro se era dia dos namorados ou se era o meu aniversário. Devia ser o meu aniversário. E nem sei como arranjaste a minha morada, fiquei a pensar nisso, mas nunca te escrevi - será que a morada vinha no envelope? - e não me lembro de te ter voltado a ver. A carta, devo-a ter perdido numa das muitas mudanças, juntamente com tantas outras coisas que perdi, mas a memória, essa trago-a sempre comigo e apesar de ir guardando muito fundo algumas informações, tão fundo que já nem consigo ir buscá-las, às vezes desperta e traz tudo ao de cima como se tivesse sido ontem a última vez que fizemos tanto mal um ao outro. Não te disse nada depois de nos separarmos, nem mesmo depois da tua carta - penso que nem sequer era nada de muito pessoal, talvez fosse curiosidade tua, a ver o que eu fazia, talvez fosse uma forma de pedires desculpa, talvez fosse um trabalho de casa, sei lá porque é que me foste escrever naquela altura.
Eu não fiz como os outros, e foi por isso que nunca mais te vi. Não voltei, nem naquele ano, nem no seguinte, nem no outro, nem nunca, àqueles sítios ou àqueles eventos onde nos poderíamos ter reencontrado. Eu, tu e os outros. Simplesmente tinha tudo acabado, inconscientemente, eu tinha recomeçado tudo, e não podia perder nem um minuto da minha nova vida. E também não queria voltar àquele turbilhão em que vivemos. Hoje dá-me vontade de rir. As coisas que eu fiz, as coisas que tu fizeste, as coisas que nós fizemos. As coisas que ainda eram as mesmas. Os cigarros que eu não sabia que fumavas nas festas, a minha mini-saia vermelha, os copos a mais (mas nem tanto), a música mesmo muito boa (música que ainda hoje gosto e nem sequer me faz lembrar de ti), as luzes da pista de dança.
Acabou tudo ali, na rua, comigo, contigo, com eles. Mesmo que não tenhamos acabado. Ainda que nos víssemos e estivéssemos juntos durante meses depois. Eu fui por um lado porque tu tinhas ido por outro, e ainda que continuássemos juntos fisicamente, espiritualmente passámos a estar de costas voltadas. Tu não sabias nada. Eu aprendi muitas coisas, mas no início sabia ainda menos que tu.
O mais estranho de tudo, é que nunca nos despedimos. Não dissemos adeus. Não me lembro do nosso último encontro, não me recordo de algum dia ter tido a consciência de que era a última vez que te via, apesar de saber que não te poderia ver pelo menos por alguns meses. E ainda assim, nunca mais te voltei a ver.
Ficaste-me gravado para sempre. Pelo bem, e pelo mal, principalmente pelo mal, que nunca vou esquecer, apesar de já não me incomodar. Ainda tens o CD? 5 comentário(s)
Fantástico
Começou o Fantasporto. Ironicamente, nunca fui a muitos filmes durante o festival, e ainda assim, incomoda-me não poder ir. Dizem que também já não é o que era, que ficou muito mais comercial, os preços então já não têm nada a ver com os originais - bem reduzidos, o que até fazia sentido quando a maioria dos filmes era estrangeira, sem legendas, e no fundo, com um público alvo de uma mão cheia de fanáticos. Digo eu, que não fui muitas vezes, mas achava piada ao ambiente, e tinha amigos que durante o Fantas acampavam nos cinemas que transmitiam os tais filmes, compravam um passe para os filmes todos e faziam maratonas para irem ao maior número de sessões possíveis, conseguindo a proeza de passarem quase três semanas sentados em frente ao écran gigante durante cerca de 12 horas por dia. E que não desistiam, mesmo que o filme fosse asiático e não tivesse legendas. Eram eles que depois davam dicas ao pessoal dos filmes que realmente valia a pena ver - se não fossem eles, eu nunca teria visto o Cubo, por exemplo, ou ainda outros filmes mais obscuros, dos quais me esqueceu o nome, mas retenho na memória as histórias completamente fora do normal (para filmes), ou os litros de ketchup utilizados - em particular num filme antigo de um realizador neozelandês em que se utilizavam cortadores de relva para decepar membros ao pessoal. Os zombies parecia que tinham mangueiras dentro deles a mandar tinta vermelha cá para fora, um espectáculo. O mais engraçado é que, mais tarde, o Kill Bill me fez lembrar este filme antigo. Tanto sangue, tanta mangueira, tanta tinta vermelha, são semelhanças fortes.
Há muitos anos, fui ao Carlos Alberto (nem sei se ainda se pode ir ao cinema lá, mas penso que já não) ver um dos pesadelos em Elm Street, durante o Fantasporto. Nesse ano, seria possivelmente o filme mais comercial que por lá passou. Lembro-me de a sala não estar completamente cheia, e ainda assim ter ficado perto de uma coluna. A meio do filme, cuja história já esqueci, uma cena que me ficou gravada na memória: enquanto o mauzão do Freddy Krueger falava com uma vítima ao telefone de fio, de repente, sai uma língua gigante do bocal do telefone. Eu gritei. Foi a única vez que me lembro de ter uma reacção dessas num cinema, e o mais esquisito é que ninguém ficou a olhar para mim, ninguém achou estranho. Nem sei se mais alguém gritou. Desde aí, nunca mais vi filmes de terror de livre vontade. Pelo menos, um certo tipo de terror. Quando tenho a televisão ligada (e muitas vezes está ligada sem que eu esteja propriamente a ver), se começo a ouvir pessoas a gritar, ou aflitas, mudo logo de canal. O sangue não me incomoda, mas há coisas que eu não suporto ver, e muito menos ouvir.
Em 2003, no Halloween, fui ver uma sneak preview. Saiu-nos o remake do Texas Chainsaw Massacre. Ainda tentei aguentar, mas após 5 minutos de gritos, não pude mais. Foi a única vez em que saí do cinema a meio do filme, até hoje. 0 comentário(s)
Há muitos anos, fui ao Carlos Alberto (nem sei se ainda se pode ir ao cinema lá, mas penso que já não) ver um dos pesadelos em Elm Street, durante o Fantasporto. Nesse ano, seria possivelmente o filme mais comercial que por lá passou. Lembro-me de a sala não estar completamente cheia, e ainda assim ter ficado perto de uma coluna. A meio do filme, cuja história já esqueci, uma cena que me ficou gravada na memória: enquanto o mauzão do Freddy Krueger falava com uma vítima ao telefone de fio, de repente, sai uma língua gigante do bocal do telefone. Eu gritei. Foi a única vez que me lembro de ter uma reacção dessas num cinema, e o mais esquisito é que ninguém ficou a olhar para mim, ninguém achou estranho. Nem sei se mais alguém gritou. Desde aí, nunca mais vi filmes de terror de livre vontade. Pelo menos, um certo tipo de terror. Quando tenho a televisão ligada (e muitas vezes está ligada sem que eu esteja propriamente a ver), se começo a ouvir pessoas a gritar, ou aflitas, mudo logo de canal. O sangue não me incomoda, mas há coisas que eu não suporto ver, e muito menos ouvir.
Em 2003, no Halloween, fui ver uma sneak preview. Saiu-nos o remake do Texas Chainsaw Massacre. Ainda tentei aguentar, mas após 5 minutos de gritos, não pude mais. Foi a única vez em que saí do cinema a meio do filme, até hoje. 0 comentário(s)
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Eu sabia...
O ano ainda vai no início, e já me está a correr lindamente. Esqueci-me de sonhar com os números do euromilhões para o sorteio dos 100 milhões de euros, é verdade, mas isso não tem importância. Afinal, eu nem sequer sabia as regras. De resto, a vida corre-me mesmo muito bem. Um a um, os projectos vão-se concretizando, e isso é maravilhoso. O que me tinha faltado até este momento, era saber o que queria. Depois de saber o que quero, é tudo muito mais fácil. Com licença, que agora tenho que me preparar para o que aí vem.
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Curiosidades
Em Inglaterra, bem como em aproximadamente 1/3 do mundo, conduz-se pela esquerda. E em Macau, que até alguns anos estava sob o domínio (quer dizer...) português, também se conduz pela esquerda. Estranho? Nem por isso. Afinal, em Portugal também se conduzia dessa maneira até ao início do século vinte, 1928 mais propriamente, quando se mudou para a condução pela direita. E mais engraçado ainda... já repararam que em Portugal os comboios circulam (geralmente) pela esquerda?
(mais informações, aqui) 0 comentário(s)
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quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Coisas giras
Tenho frequentemente reuniões de trabalho, bastante importantes, com desconhecidos. E nessas alturas, nos minutos mesmo antes de começar, fico nervosa. No entanto, em vez de me concentrar em mim, concentro-me neles. E vejo que estão ainda mais nervosos que eu. As mãos tremem-lhes, e não há maneira de disfarçar. quando pegam em papéis, abana tudo. Quando vejo o quão nervosos os outros estão, acalmo-me quase imediatamente. É só trabalho. E alguém tem que tomar conta da situação.
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O verdadeiro geek
Aquele que escreve mensagens em código binário.
Mais geek que isto, só quem é capaz de as descodificar sem recorrer a nenhuma ajuda. 0 comentário(s)
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O pior e o melhor
Salazar até pode ganhar o título de "o melhor português". Mas já não se livra de outro, o de "o pior português".
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Minato-ku
Não, não é nada de indecente. Minato significa "porto", e encontrei este nome numa morada, trata-se de uma área de Tóquio. Decente ou não, o nome é curioso.
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segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Dia do namorado mais fixe do mundo
Eu até nem acho piada nenhuma ao dia dos namorados. Acho que é coisa de miúdos. De mandar postais não assinados, e receber postais não assinados, e tentar adivinhar quem é que os mandou - com sorte, um deles é de alguém que gostamos, e o mais provável é que os outros sejam de gajos que desejávamos que tivessem estado quietos. Não vou escrever postal nenhum (só se for para o miúdo, por piada). E acho que até preferia que o meu mais que tudo ignorasse o dia. Mas não pode ser. Ele é um romântico, fica triste se eu fizer de conta que me esqueci. (Como é que se pode esquecer um "acontecimento" que nos é apresentado continuamente?) Arranjei-lhe uma prenda gira. Não sei é como é que a vou buscar. Só está pronta na quarta, e eu vou ter esse dia cheíssimo. Lá vou eu perder a minha boleia para casa. E por algo que bem podia esperar mais um dia. Mas ele merece, e como tal, eu vou, de boa vontade.
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Brancas
Ninguém anda com paciência para isto. Eu também não.
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Apito dourado
- ó mãe, que notícia é essa aí na televisão, de tantos casos de corrupção no futebol? explica lá...
- Não sabes o que é corrupção, pois não? Olha filho, acham que há uns árbitros que andavam a favorecer uma das equipas nos jogos e também uns jogadores de futebol que se calhar andavam a ajudar a equipa adversária.
- Só agora é que sabem disso? Eu bem vejo nos jogos todos, é só roubalheira... 0 comentário(s)
- Não sabes o que é corrupção, pois não? Olha filho, acham que há uns árbitros que andavam a favorecer uma das equipas nos jogos e também uns jogadores de futebol que se calhar andavam a ajudar a equipa adversária.
- Só agora é que sabem disso? Eu bem vejo nos jogos todos, é só roubalheira... 0 comentário(s)
domingo, fevereiro 11, 2007
Diz que ganha o sim...
Há uns anos, ganhou o não. Sabemos as consequências. Hoje, parece que ganhou o sim. Vamos lá ver se é desta que alguma coisa vai mudar.
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sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Mais um blogue
E já que é sexta feira, aqui fica mais um para o fim de semana.
Para quem a mera palavra "sogra" dá arrepios, aqui está a casa da dita. Há lá melhor do que rir das sogras alheias...
Para quem a mera palavra "sogra" dá arrepios, aqui está a casa da dita. Há lá melhor do que rir das sogras alheias...
Etiquetas: blogue do dia
2 comentário(s)Blogue do dia
Andava eu a ver as notícias de um jornal online, ali levada por um blogue qualquer, quando me deparei com esta notícia: juíz suspenso de funções por manter um blogue com linguagem imprópria. Vai daí, claro que fui ler o blogue. E não descansei enquanto não li tudinho (por isso é que não tenho escrito nenhum post de jeito). Sinceramente, não encontrei nada impróprio, e achei o blogue mesmo muito bom. Devia haver mais blogues assim, que contem casos da vida e da justiça em Portugal.
[Actualização] Afinal o problema não foi o que estava escrito no blogue, mas sim um artigo (de opinião, penso eu) publicado num jornal. O blogue, recomenda-se, na mesma.
[Actualização] Afinal o problema não foi o que estava escrito no blogue, mas sim um artigo (de opinião, penso eu) publicado num jornal. O blogue, recomenda-se, na mesma.
Etiquetas: blogue do dia
1 comentário(s)quinta-feira, fevereiro 08, 2007
O espião
Eu achava o Google Earth uma parvoíce. Qual é que é o interesse de ver as coisas a partir do espaço? Qual o interesse de ter um mapa real da cidade? Até que, há uns dias, o meu mais que tudo instalou o Google Earth. Depois de passar imenso tempo a brincar com o programinha, veio-me mostrar a nossa casa. Sem grande pachorra para aquilo, lembrei-me de uns vizinhos nossos. Durante o Verão fizemos vários passeios de bicicleta pelas redondezas. Num certo sítio, há uma casa que nos intrigou. Visto de fora, não se via nada, pois tem uma sebe enorme, com uns 5 metros de altura, que não deixam perceber que tipo de casa, jardim ou outras coisas haverá para lá dessa muralha. Curiosa, cheguei a parar a bicicleta para espreitar por um buraquito da sebe a ver o que por ali se esconderia. Sem grandes resultados. Havia um jardim, sim, mas não parecia haver casa. E o jardim estava bem tratado. Estranho... Quando vi a minha casa no Google Earth, lembrei-me disto, e pensei "agora é que vou saber o que é que se esconde atrás daquelas sebes". Alguém mora naquele terreno enorme (até deu para calcular a área) e construiu a casa no canto mais afastado da estrada, de modo que a grande parte daquele terreno é apenas um jardim, e não se consegue ver nada lá para dentro. Mistério resolvido.
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quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Entretém
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Opções
Quem sou eu, para julgar as razoes que alguém teve para abortar. No entanto é curioso que num país como Portugal, onde o apoio à maternidade é quase nulo, se queira mandar para a cadeia pessoas que por motivos económicos abortaram. E ainda mais curioso que na Alemanha, onde o aborto a pedido da mulher é permitido, se fale (mal, na rua) das mulheres que têm filhos para receberem apoios do Estado e não terem que trabalhar.
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E mais uma...
No limite, há sempre alguma coisa que pode correr mal. Mesmo quando se pode confiar no outro, não há métodos 100% seguros. E porque é que eu hei-de obrigar alguém , que escolhe fazer um aborto, a fazê-lo clandestinamente? É que a questão não é obrigar-se as mulheres a terem filhos que não querem - quem não quiser ter um filho há-de fazer de tudo para não o ter. Incluindo suicidar-se. De propósito, ou como consequência de um aborto mal feito.
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segunda-feira, fevereiro 05, 2007
E ainda outra
Um coisa eu não percebo. É suposto ter-se* filhos de castigo?
*ter-se, não. Terem, as mulheres, que os homens têm sempre o poder de decidir, e podem esperar até que o miúdo cresça e já não precise de fraldas, biberões, e outras coisas que dêem muito trabalho. 0 comentário(s)
*ter-se, não. Terem, as mulheres, que os homens têm sempre o poder de decidir, e podem esperar até que o miúdo cresça e já não precise de fraldas, biberões, e outras coisas que dêem muito trabalho. 0 comentário(s)
Mais uma ideia
Um bocadinho menos rebuscada. Então e se o gajo diz que fez uma vasectomia, e afinal era mentira? A mulher ainda tem a obrigação de se proteger?
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Depois da tempestade... mais tempestade
Para o template voltar ao normal, só foi preciso mudar para o novo blogger. (Eu sabia!) Agora o problema é outro: porque é que os links ficaram com os acentos todos marados?
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Filmes a mais...
A propósito do único tema do momento (nos blogues, porque por aqui o tema do momento é a falta do Inverno, a ausência de neve, e as temperaturas invulgarmente altas), lembrei-me de uma coisa.
Num dos episódios das donas de casa desesperadas, Carlos resolve mexer nas pílulas de Gabriele, por forma a que ela pense que anda a tomar medidas para não engravidar, e ele assim conseguir o bebé que tão desesperadamente quer ter. Não sei bem como é que esta história acaba, porque deixei de ver, mas de qualquer forma este é o único ponto relevante. Talvez seja ingénuo da minha parte acreditar que a televisão influencie as pessoas a este ponto, mas todos sabemos que muitas vezes a realidade ultrapassa a ficção, pelo que, não me é de todo difícil imaginar a situação em que um homem, desesperado por procriar, alterasse as pílulas da companheira. A partir daí, quando a mulher desse conta que estava grávida, quem é que teria a coragem de lhe dizer "Tivesses-te prevenido!"? No entanto, essa mulher em Portugal, em optando por abortar - porque não queria ter filhos e tinha sido enganada - correria risco de vida e seria perseguida pela justiça. E quanto ao homem? Alguém acredita que sofreria alguma consequência? 0 comentário(s)
Num dos episódios das donas de casa desesperadas, Carlos resolve mexer nas pílulas de Gabriele, por forma a que ela pense que anda a tomar medidas para não engravidar, e ele assim conseguir o bebé que tão desesperadamente quer ter. Não sei bem como é que esta história acaba, porque deixei de ver, mas de qualquer forma este é o único ponto relevante. Talvez seja ingénuo da minha parte acreditar que a televisão influencie as pessoas a este ponto, mas todos sabemos que muitas vezes a realidade ultrapassa a ficção, pelo que, não me é de todo difícil imaginar a situação em que um homem, desesperado por procriar, alterasse as pílulas da companheira. A partir daí, quando a mulher desse conta que estava grávida, quem é que teria a coragem de lhe dizer "Tivesses-te prevenido!"? No entanto, essa mulher em Portugal, em optando por abortar - porque não queria ter filhos e tinha sido enganada - correria risco de vida e seria perseguida pela justiça. E quanto ao homem? Alguém acredita que sofreria alguma consequência? 0 comentário(s)
Uma amiga minha está grávida. Às sete semanas, mais coisa menos coisa, foi a um ginecologista, que lhe fez a ecografia da praxe. E enquanto olhava para o embrião/feto/bebé (este é um dos casos em que se pode escolher a palavra) disse-lhe "quase que se consegue ouvir o coração a bater". Esta simples frase pôs a minha amiga em pânico. Afinal, ouve-se ou não? É que se não se ouve, deve ser muito mau sinal. Só faltava dizerem-lhe que estava quase grávida.
Neste caso, o problema era apenas o médico ser um idiota. Resolveu-se depois de uma noite muito mal dormida, e uma troca de médico. 0 comentário(s)
Neste caso, o problema era apenas o médico ser um idiota. Resolveu-se depois de uma noite muito mal dormida, e uma troca de médico. 0 comentário(s)
Winds of Change
Está mau isto. Primeiro, só se discute o referendo, depois o blogger que anda a obrigar toda a gente a mudar para a nova versão, a seguir, o template que dá o berro sem que eu tenha feito nada. Algo me diz que está na altura de começar de novo.
Em relação ao post abaixo, mudei de ideias. Comentem à vontade. O pior que pode acontecer é eu apagar algum comentário que me dê a volta ao estômago. 0 comentário(s)
Em relação ao post abaixo, mudei de ideias. Comentem à vontade. O pior que pode acontecer é eu apagar algum comentário que me dê a volta ao estômago. 0 comentário(s)
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Eu não voto
E também não queria escrever sobre o referendo, já que não voto, e acima de tudo porque este assunto me incomoda até às entranhas. No entanto, já que tenho que apanhar com as opiniões de toda a gente, então registo também aqui a minha.
Preferia que este assunto tivesse sido evitado. Que os deputados se decidissem, de uma maneira ou de outra, que fizessem o seu trabalho, que nós também não lhes vamos perguntar como é que se faz o nosso. Eu não queria saber se os meus amigos/conhecidos estão pelo sim ou pelo não. Infelizmente, isso afecta-me mais do que eu podia imaginar. E afecta-me mais hoje, que este assunto me interessa menos do ponto de vista pessoal, do que me afectou há uma data de anos, quando houve o primeiro referendo. Estes dias, ando um bocado mal disposta. E nem sequer tenho visto nada na televisão sobre o assunto - nem debates, nem tempos de antena, nem reportagens, nem nada que se pareça. É para isto que serve o comando, para evitar assuntos me incomodam.
Eu, mulher, portuguesa, posso abortar, sem ir contra a lei. No país onde vivo tenho este direito. Mas não posso votar no referendo. No entanto, esta lei afecta as mulheres do meu país - as minhas irmãs, as minhas sobrinhas, as minhas netas, as minhas primas, as minhas amigas (até aquelas que ainda não nasceram). E afectam os homens do meu país - os bons pais e os maus pais, os que querem muito ter filhos e aqueles que não querem saber. Como tal, também tenho uma opinião em relação a este assunto.
Para já, uma coisa é certa. Se o não ganhar, vai ficar tudo na mesma. Isso não quer dizer que não haja abortos, ou que deixe de haver abortos - significa que continuará a haver uma indústria florescente de pessoas com ou sem escrúpulos, que prestarão ilegalmente um serviço, que não terão as condições necessárias para prestar esse serviço, que não são fiscalizados, que não pagam impostos, e que não serão responsabilizados quando as coisas correrem mal. Quem tiver que abortar, fá-lo-á independentemente de a lei o permitir ou não. Com risco da própria vida. Sem apoio, com vergonha, com medo, como se já não bastassem as possíveis sequelas físicas e psicológicas.
Ao votar não, não se vai impedir ninguém de abortar, antes apoiar-se-á que haja pessoas que continuem a abortar sem o mínimo de condições de higiene e segurança, correndo o risco de morrer. Ao votar não, está-se a compactuar com o mercado negro do aborto, tanto das clínicas privadas como de outros sítios onde se aborta, que apenas têm a ganhar com terem um negócio ilegal, que não é fiscalizado, não têm que cumprir práticas de segurança, não são responsáveis por aquilo que eventualmente corra mal, e que, ironia das ironias, nem sequer pagam impostos. Ao votar não, está-se a contribuir para que continue a haver duas classes de cidadãs portuguesas, as que têm dinheiro para irem abortar ao estrangeiro (Badajoz é tão perto, e o anúncio de "tratamento voluntário da gravidez" vem todos os dias nos jornais), e as que, por não terem dinheiro, irão parar a um qualquer vão de escada, dando o pouco dinheiro (pouco é como quem diz, ouvi falar em 300 euros e mais (link 1, link 2), sem condições nenhumas) que tanta falta lhes faz, a quem lhes fizer o desmancho, e com sorte, escaparão com vida. Ou então, por menos dinheiro, compram os medicamentos abortivos no mercado negro, suportam as dores até não poderem mais, ou até alguém as levar ao hospital, e talvez acabem num tribunal, ou na cadeia.
Se o sim ganhar, talvez estas coisas, com o tempo acabem. Ao votar não, não se vai obrigar nenhuma mulher que não queira ter um filho, a tê-lo, obrigar-se sim algumas mulheres a correr risco de vida e a terem que se esconder.
Esta lei é para todas as mulheres. Não é só para as responsáveis, ou só para as irresponsáveis, não é só para as que têm boas condições de vida, não é só para as que têm más condições de vida, não é só para as que têm parceiros responsáveis, não é só para as que têm parceiros irresponsáveis, não é só para as que têm uma família, não é só para as desamparadas da vida. Não é uma lei só para as mulheres de trinta anos, com a vida organizada, que mesmo que tenham um "azar" poderiam sempre criar o filho, mesmo sozinhas. Não é uma lei só para as miúdas da faculdade, que talvez pudessem continuar a estudar, terminar o curso, e, com alguma ajuda, ter uma família um pouco mais cedo, ainda que parte da família lhe sugira que faça um aborto. Não é uma lei só para as adolescentes que engravidam porque não sabem bem o que andam a fazer, ou porque os namorados as pressionaram, e que um dia descobrem desesperadas que o período não veio, ou até nem descobrem porque nunca tinham tido o período, e depois morrem, não de vergonha, mas por causa da vergonha, como aquela miúda de 14 anos que fez um aborto e pagou com a própria vida (link). A lei não é só para as mulheres católicas, a lei não é só para mulheres ateias, a lei não é só para mulheres agnósticas, a lei não é só para mulheres budistas.
Um dia, a maior parte de nós teremos filh@s, por opção própria. E é também a pensar neles que me dói toda esta batalha por uma coisa que cá não é nenhum bicho de sete cabeças. Esta lei não é para mim. Alterada ou não, a mim não me faz diferença. Já tenho idade para ter juízo. Se engravidar, por acidente, ou de propósito, a minha vida muda, mas eu sei o que fazer. Se engravidar, e o meu namorado der à sola (ok, isto é mesmo um cenário muiiiito hipotético), isso para mim não seria um problema que me fizesse pôr em causa a gravidez. Tenho a vida vida resolvida. Mais um filho, menos um, não me cria qualquer espécie de dificuldade. Mas a minha vida não foi sempre assim. E a dos outros também não é. Em cada vida, há alturas em que estamos mais sozinhos, mais desamparados, em que tudo corre mal, em que não temos como nos sustentar a nós, quanto mais a mais um. Em que não temos emprego, nem ninguém que nos pague as contas, ninguém que nos fique com o miúdo quando precisa(r)mos. E para piorar tudo, tivemos um acidente. Felizmente eu nunca tive que recorrer ao aborto. Mas conheço quem o tenha feito, e as razões para o ter feito, e dou-me por feliz por não ter estado no lugar dessas mulheres. Pois eu possivelmente, naquela situação, teria feito o mesmo.
Um último ponto. Se o não ganhar, espero que a lei seja cumprida. Que as mulheres apanhadas a abortar vão para a cadeia. E que acabe a hipocrisia. Porque as leis, não são para fazer de conta. Senão não são leis. São meras indicações.
[ADENDA] Mudei de ideias, e abri os comentários. Não garanto que não apague nenhum, mas fica a opção, para quem quiser. Chegados a este ponto, discutamos, então.
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Preferia que este assunto tivesse sido evitado. Que os deputados se decidissem, de uma maneira ou de outra, que fizessem o seu trabalho, que nós também não lhes vamos perguntar como é que se faz o nosso. Eu não queria saber se os meus amigos/conhecidos estão pelo sim ou pelo não. Infelizmente, isso afecta-me mais do que eu podia imaginar. E afecta-me mais hoje, que este assunto me interessa menos do ponto de vista pessoal, do que me afectou há uma data de anos, quando houve o primeiro referendo. Estes dias, ando um bocado mal disposta. E nem sequer tenho visto nada na televisão sobre o assunto - nem debates, nem tempos de antena, nem reportagens, nem nada que se pareça. É para isto que serve o comando, para evitar assuntos me incomodam.
Eu, mulher, portuguesa, posso abortar, sem ir contra a lei. No país onde vivo tenho este direito. Mas não posso votar no referendo. No entanto, esta lei afecta as mulheres do meu país - as minhas irmãs, as minhas sobrinhas, as minhas netas, as minhas primas, as minhas amigas (até aquelas que ainda não nasceram). E afectam os homens do meu país - os bons pais e os maus pais, os que querem muito ter filhos e aqueles que não querem saber. Como tal, também tenho uma opinião em relação a este assunto.
Para já, uma coisa é certa. Se o não ganhar, vai ficar tudo na mesma. Isso não quer dizer que não haja abortos, ou que deixe de haver abortos - significa que continuará a haver uma indústria florescente de pessoas com ou sem escrúpulos, que prestarão ilegalmente um serviço, que não terão as condições necessárias para prestar esse serviço, que não são fiscalizados, que não pagam impostos, e que não serão responsabilizados quando as coisas correrem mal. Quem tiver que abortar, fá-lo-á independentemente de a lei o permitir ou não. Com risco da própria vida. Sem apoio, com vergonha, com medo, como se já não bastassem as possíveis sequelas físicas e psicológicas.
Ao votar não, não se vai impedir ninguém de abortar, antes apoiar-se-á que haja pessoas que continuem a abortar sem o mínimo de condições de higiene e segurança, correndo o risco de morrer. Ao votar não, está-se a compactuar com o mercado negro do aborto, tanto das clínicas privadas como de outros sítios onde se aborta, que apenas têm a ganhar com terem um negócio ilegal, que não é fiscalizado, não têm que cumprir práticas de segurança, não são responsáveis por aquilo que eventualmente corra mal, e que, ironia das ironias, nem sequer pagam impostos. Ao votar não, está-se a contribuir para que continue a haver duas classes de cidadãs portuguesas, as que têm dinheiro para irem abortar ao estrangeiro (Badajoz é tão perto, e o anúncio de "tratamento voluntário da gravidez" vem todos os dias nos jornais), e as que, por não terem dinheiro, irão parar a um qualquer vão de escada, dando o pouco dinheiro (pouco é como quem diz, ouvi falar em 300 euros e mais (link 1, link 2), sem condições nenhumas) que tanta falta lhes faz, a quem lhes fizer o desmancho, e com sorte, escaparão com vida. Ou então, por menos dinheiro, compram os medicamentos abortivos no mercado negro, suportam as dores até não poderem mais, ou até alguém as levar ao hospital, e talvez acabem num tribunal, ou na cadeia.
Se o sim ganhar, talvez estas coisas, com o tempo acabem. Ao votar não, não se vai obrigar nenhuma mulher que não queira ter um filho, a tê-lo, obrigar-se sim algumas mulheres a correr risco de vida e a terem que se esconder.
Esta lei é para todas as mulheres. Não é só para as responsáveis, ou só para as irresponsáveis, não é só para as que têm boas condições de vida, não é só para as que têm más condições de vida, não é só para as que têm parceiros responsáveis, não é só para as que têm parceiros irresponsáveis, não é só para as que têm uma família, não é só para as desamparadas da vida. Não é uma lei só para as mulheres de trinta anos, com a vida organizada, que mesmo que tenham um "azar" poderiam sempre criar o filho, mesmo sozinhas. Não é uma lei só para as miúdas da faculdade, que talvez pudessem continuar a estudar, terminar o curso, e, com alguma ajuda, ter uma família um pouco mais cedo, ainda que parte da família lhe sugira que faça um aborto. Não é uma lei só para as adolescentes que engravidam porque não sabem bem o que andam a fazer, ou porque os namorados as pressionaram, e que um dia descobrem desesperadas que o período não veio, ou até nem descobrem porque nunca tinham tido o período, e depois morrem, não de vergonha, mas por causa da vergonha, como aquela miúda de 14 anos que fez um aborto e pagou com a própria vida (link). A lei não é só para as mulheres católicas, a lei não é só para mulheres ateias, a lei não é só para mulheres agnósticas, a lei não é só para mulheres budistas.
Um dia, a maior parte de nós teremos filh@s, por opção própria. E é também a pensar neles que me dói toda esta batalha por uma coisa que cá não é nenhum bicho de sete cabeças. Esta lei não é para mim. Alterada ou não, a mim não me faz diferença. Já tenho idade para ter juízo. Se engravidar, por acidente, ou de propósito, a minha vida muda, mas eu sei o que fazer. Se engravidar, e o meu namorado der à sola (ok, isto é mesmo um cenário muiiiito hipotético), isso para mim não seria um problema que me fizesse pôr em causa a gravidez. Tenho a vida vida resolvida. Mais um filho, menos um, não me cria qualquer espécie de dificuldade. Mas a minha vida não foi sempre assim. E a dos outros também não é. Em cada vida, há alturas em que estamos mais sozinhos, mais desamparados, em que tudo corre mal, em que não temos como nos sustentar a nós, quanto mais a mais um. Em que não temos emprego, nem ninguém que nos pague as contas, ninguém que nos fique com o miúdo quando precisa(r)mos. E para piorar tudo, tivemos um acidente. Felizmente eu nunca tive que recorrer ao aborto. Mas conheço quem o tenha feito, e as razões para o ter feito, e dou-me por feliz por não ter estado no lugar dessas mulheres. Pois eu possivelmente, naquela situação, teria feito o mesmo.
Um último ponto. Se o não ganhar, espero que a lei seja cumprida. Que as mulheres apanhadas a abortar vão para a cadeia. E que acabe a hipocrisia. Porque as leis, não são para fazer de conta. Senão não são leis. São meras indicações.
[ADENDA] Mudei de ideias, e abri os comentários. Não garanto que não apague nenhum, mas fica a opção, para quem quiser. Chegados a este ponto, discutamos, então.
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quinta-feira, fevereiro 01, 2007
E de repente...
Dou comigo a apagar blogues activos do meu feed. Isto, quando deixo ficar muitos que estão inactivos há séculos. A vida é curta, não estou para me chatear. Há coisas que não vale a pena discutir. Há outras que não vale a pena ler.
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Não é o que se diz, mas sim o modo como se diz
É complicado insultar em alemão. Não há uma colecção de palavras que traduzam cada um dos diversos graus de insulto, pelo que insultar alguém acaba por ser uma questão de imaginação. Depois de ouvir um colega meu queixar-se que uma velha, para o insultar, lhe tinha chamado "careca" (que é o que ele é), perguntei ao mais que tudo se não há uma maneira convencional de insultar as pessoas, que sirva para todos. Até pode haver, mas eles preferem atirar às características individuais. Nem de propósito, recebi por email uma lista de insultos em alemão, para ir treinando. Ficam aqui os meus favoritos (tradução muito livre).
- comprador de livros de soluções de jogos de computador
- condutor de descapotável com a capota sempre fechada
- limpador de bolas da árvore de natal
- lava-a-roupa-em-casa-da-mamã
- cumprimentador do chefe
- comparador de preços de gasolina
- lava-a loiça-no-próprio-dia
- telefona-à-mamã-todos-os-dias
- não-satisfeito-com-o-serviço-e-ainda-assim-dá-gorjeta
Isto é que é uma língua... :) (quem quiser saber tudo, veja aqui) 3 comentário(s)
- comprador de livros de soluções de jogos de computador
- condutor de descapotável com a capota sempre fechada
- limpador de bolas da árvore de natal
- lava-a-roupa-em-casa-da-mamã
- cumprimentador do chefe
- comparador de preços de gasolina
- lava-a loiça-no-próprio-dia
- telefona-à-mamã-todos-os-dias
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Isto é que é uma língua... :) (quem quiser saber tudo, veja aqui) 3 comentário(s)