quinta-feira, maio 17, 2007

Hoje é um dia tão bom como qualquer outro.

Este blogue acaba aqui.

[última adenda, prometo] o meu próximo blogue está aqui.
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terça-feira, maio 15, 2007

Mañana, mañana

Saem dois bolos para a mesa do canto.
Isto de fazer anos só dá trabalho. E ainda para mais são uma data de anos. Um número primo deles. (Isto só pode ser bom sinal.)
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Estranho estranho...

...mesmo estranho, é o próprio autor do blogue não visitar a sua obra. Desde que posso mandar postes por mail até me esqueci do aspecto deste tasco.
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Lido por aí

Think back. Really far. Ten years ago.

(Pense no passado realmente distante. Há 10 anos.)

Deste livro, em edição electrónica grátis.
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Era informática

Apesar de hoje em dia ser tudo automatizado, ainda há uma data de coisas que deviam (e não apenas poderiam) ser automatizadas. Quando um computador diz que falta a palavra xpto em algo que escrevi, está em falta. Ele é que a devia lá meter. Afinal se é capaz de identificar o que falta, a parte mais difícil já está feita. Senhores programadores, ófaxavor, arrangem lá isso.
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Arrumações

Por umas semanas fui uma desmazelada. Deixei as coisas empilhar-se, ganhar pó, e ia fazendo de conta que não via, que não era nada comigo. O monte crescia, e eu ia assobiando para  o lado. Má ideia. Hoje, quando finalmente me deu para pôr tudo em ordem, arrependi-me. Deixar tarefas em atraso não tem graça nenhuma. E na verdade, fazer de conta que as coisas não estão à nossa espera não ajuda em nada.
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Kein Bock

Não há pachorra para (quase) nada.
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segunda-feira, maio 14, 2007

One down, a few to go

Cumprindo a tradição, abri a época festiva. Um gajo pode só viver uma vez, mas nada impede que festeja cada aniversário as vezes que lhe apetecer.
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quarta-feira, maio 09, 2007

Serviço público

Um amigo mostrou-me um projecto de um amigo dele que pretende contar quantos utilizadores tem a internet. Tecnologia made in Aveiro. Não custa nada dar uma ajudinha, pelo que podem fazer como eu, ir ao map my name e registarem-se. É um daqueles esquemas em pirâmide, em que cada um deve enviar a informação a 3 outros amigos, mas neste ao menos não nos pedem dinheiro. Pelo menos para já. E, tal como os esquemas em pirâmide, basta que um falhe para que não dê em nada, por causa do efeito multiplicador. Portanto, até agora, a internet tem pouco mais de 16 mil utilizadores. Será que não há mais gente com boa vontade (aka cobaias) com vontade de ajudar o João (ou, como ele diz no seu vídeo, o John)?
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terça-feira, maio 08, 2007

Filosofia de escritório

Numa tira do Dilbert:
"90% of happiness is picking the right ethicist"

Ou como eu costumo dizer (e fazer): "Se não gostas da opinião que te deram, pergunta a outra pessoa."
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Goodbye my lover

Esta música dá-me arrepios, de todas as vezes que a ouço, desde a primeira vez que a ouvi. E hoje pu-la em repeat durante uma hora inteirinha. É do piano, só pode ser do piano.
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A minha fama precede-me

Na loja de ténis de mesa:
"Então tu é que és a portuguesa..."


(Munique é uma aldeia com 1,3 milhões de habitantes)
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segunda-feira, maio 07, 2007

Anos depois

Três anos depois, já não uso o/a, mas sim @. Já não estou zangada com o mundo. Vejo tudo cor de rosa. Começo a encontrar gajos giros. E, mais giro ainda, pessoas que têm um brilho nos olhos, que fazem as coisas com paixão, e carregam um sorriso nos lábios. Sinto-me em casa, e também me sinto turista.
Dois anos depois,  tenho plantas em casa, e muitas sobrevivem. O miúdo continua a fazer fitas com a comida - ainda ontem escondeu as ervilhas no guardanapo - apesar de de vez em quando ter ataques de fome e comer como se não houvesse amanhã (mas ainda assim é esquisito). Não vejo as notícias, e quase não leio jornais. Continuo a ler blogues. E tenho pena de não ler tantos livros como antigamente.
Um ano depois reparo que passo a vida a escrever reflexões sobre o que já aconteceu. Foi giro, e gosto de recordar.
Ainda sou o que era, mas diferente. Continuo a gostar de mim. Faço (outra vez) coisas que adoro. Mais que o sorriso nos lábios, aprecio  um brilhozinho nos olhos - nos meus e nos dos outros.
Este blogue já não me faz a falta que me fazia, estes desabafos já não me são tão necessários. Já não me chateio tanto com as coisas, com a vida. Aliás, não me chateio. Estou maravilhada. Contente. Cheia de brilho por dentro.

Este blogue está aqui há mais de três anos. Tanto quanto me lembro, nunca assinalei o aniversário. Desta vez também não.


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sexta-feira, maio 04, 2007

Os dentistas são nossos amigos

Dizem que quando se tem filhos, se deve levá-los ao dentista enquanto são pequenos e, de preferência, antes que tenham problemas. Isto para que, de futuro, não tenham medo de ir ao dentista como a maioria dos adultos. Não sei se é verdade, não faço ideia se resulta, e a verdade é que me lembro de passar horas infindáveis da minha infância na sala de espera do dentista, a brincar com a máquina de calcular do meu pai (sobre a qual ele jura a pés juntos que nunca trocou as pilhas, mesmo depois de tantos anos), a brincar com uns discos de plástico que fazia voar por todo o lado, a rebentar balões sem querer, e a comer rebuçados noivos. De vez em quando tinha o privilégio de entrar no gabinete do doutor, que era escuro e tinha um daqueles cães que abanavam a cabeça e que me fascinava. Um dia até tive a sorte de receber uma prenda - um potinho - já nem sei porquê, mas que guardei religiosamente, quem sabe se à espera do dia em que descobrirei para que é que aquilo serve.
Para mim não serviu de nada - não é que tenha medo de ir ao dentista mas a ideia é-me desagradável, e faço os possíveis por tratar bem os dentes para evitar todo o tipo de tratamentos. Não gosto do cheiro nem do barulho dos consultórios e as batas brancas não me inspiram confiança. Isto também se deve aos próprios dentistas, que há mais de 10 anos tentam convencer-me a retirar os dentes do sizo, que apesar da minha idade, ainda nem sequer estão completamente cá fora. Devido a esta disputa pelos meus dentes, mudei de dentista uma data de vezes nos últimos 10 anos, e nunca regresso àqueles que me propõem retirar os meus preciosos dentinhos. Quando ouço falar em arrancar molares, fujo.

Quanto ao meu puto, a conversa é outra. Não o querendo assustar, evito falar-lhe das minhas experiências no dentista (não que sejam tão más assim, é só panca minha). Já o levei diversas vezes as dentistas variados, tanto portugueses como alemães, tanto para fazer coisas que a mim me assustam como extrair dentes de leite, como por razões mais pacíficas como limpar a placa dentária ou analisar algum problema na boca que não implique necessariamente os dentes. E o miúdo nunca teve medo, receio, ou a mais pequena suspeita de que os dentistas não sejam amigos dele. Até porque, no fim de cada visita, recebe sempre um brinquedo, para provar que os dentistas são uns bacanos.
Desde que o miúdo teve um dente a abanar durante um mês, que não saía de maneira nenhuma, que passou a adorar dentistas. É que entre retirar os dentes com linhas e outros métodos "tradicionais" por um qualquer membro da família mais sádico, os dentistas são preferíveis, de longe. Mais meigos, mais eficazes, e acima de tudo, rápidos e não causam dor.

Normalmente só levo o pequeno ao dentista em casos de emergência, ou quando um dente está a abanar há mais de 3 semanas e não cai. Com os dentes, quase tudo é uma emergência. Ora ontem à noite descobri que um dente estava a sair pela gengiva, sem que o dente de leite mostrasse algum sinal de querer sair do sítio. Não abanava nem um bocadinho. Em pânico, eu entro logo em pânico com o meu miúdo, telefonei logo para um amigo dentista, para saber o que fazer. Isto porque à hora a que descobri os dentistas já tinham fechado, senão tinha ido a correr ao mais próximo. Quando contei ao miúdo que hoje de manhã tinha que o levar, ficou todo contente. Fantástico, ir ao dentista em vez de ir à escola. Não que a escola não seja fixe (principalmente os intervalos, ou as actividades extra-curriculares), mas faltar tem um sabor muito especial. Eu que o diga, que quando era miúda cheguei a inventar que não havia escola só para ficar em casa um dia, para saber como era faltar (já que nunca estava doente, tinha que arranjar maneira de fazer as coisas que os outros também faziam). E eu adorava a escola.
Até aqui, tudo bem. É compreensível que um puto prefira alguma alternativa a ir à escola, quanto mais não seja para variar. O mais estranho veio depois. No dentista, o miúdo estava todo contente. Brincou na cadeira, bebeu água, riu-se. A médica começou por lhe ver a dentadura toda para saber o que se passava, e disse-lhe o que ia fazer. Arrancar o dente, e já agora limpar os dentes. E o miúdo na boa. Quando ela lhe pôs a anestesia (para adormecer o dente e não doer), eu quase nem conseguia olhar, a agulha era enorme. e o puto, primeiro estranhou, mas ficou sossegado, à espera. A seguir, fez a limpeza, e o miúdo continuava todo contente. Limpar, mais água, cuspir, e mais risinhos. Como é que isto pode ser, pensava eu. A seguir, o alicate. E eu a pensar, agora é que é, vem aí o drama. Agarrar o dente, puxar, já está. Num instante estava tudo terminado. E o puto ainda a rir. Não posso acreditar que ele é meu filho. Não ter medo é uma coisa, mas ir ao dentista como quem vai a uma festa é no mínimo estranho.
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quarta-feira, maio 02, 2007

Interrompemos a emissão para umas gargalhadas

Provérbios reconvertidos para a nova ordem social:


-Quem ri por último... ...é de compreensão lenta.
-Os últimos são sempre... ...desclassificados.
-Quem o feio ama... ...tem que ir ao oculista.
-Deitar cedo e cedo erguer... ...dá muito sono!
-Filho de peixe ... .é tão feio como o pai.
-Quem não arrisca... ...não se lixa.
-O pior cego... .é o que não quer cão nem bengala.
-Quem dá aos pobres... ...fica mais teso.
-Há males que vêm... ...e ficam.
-Gato escaldado... ...geralmente esta morto.
-Mais vale tarde... ...que muito mais tarde.
-Cada macaco... ....com a sua macaca.
-Águas passadas... ...já passaram.
-Depois da tempestade... ...vem a gripe.
-Vale mais um pássaro na mão... ...que uma cagadela na cabeça.

(recebido por email)
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Um novo dia

Vi a minha primeira cegonha em Munique, em quatro anos. A voar ao longo do Isar, mesmo no meio da cidade. Já tinha visto imensas cegonhas em Portugal, principalmente no alentejo, mas cá é a primeira. Eu até pensava que isto era frio demais para elas. Se calhar era, e deixou de ser. Aquele pássaro grande, que voa de forma tão desajeitada que parece um humano a fazer de conta que tem asas e pode voar, só pode ser bom presságio. Hoje vai ser um belo dia.
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terça-feira, maio 01, 2007

Adoro a amazon!

Não sei porque é que me mandam mails de vez em quando 4 ou 5 vezes por semana a avisar-me das novidades que vai sair o harry potter e que está com 50% de desconto, ou então que saiu uma nova série dos simpsons, ou ainda coisas mais interessantes como os jogos em promoção e os novos lançamentos de expansões para jogos que eu tenho. Devo ter-me esquecido de clicar em algum lado para não me mandarem newsletters. No entanto, apesar de na maior parte das vezes ignorar estes mails, até gosto de saber as novidades, e quando calha até marco algumas coisas para comprar depois, ou para comparar preços mais tarde, ou só para saber que quando precisar de uma prenda para alguém (eu própria incluída), tenho ali um backup.
Hoje, dia do trabalhador, a amazon mandou-me o melhor mail de sempre. Nem sequer tinha informação muito especial. Mas veio no momento certo. Hoje eu tinha tempo para ver as promoções. Especialmente as minhas favoritas - CDs. E ao procurar no meio daquela tralha toda - centenas e centenas de CDs a 5 libras cada - descobri que a minha banda favorita de sempre, os James, lançou trabalhos nos últimos tempos - incluindo um CD saído ontem. Ao ver isto, tive que ir ao site oficial para confirmar o que é que estes tipos andam a fazer. E, surpresa das surpresas, depois de terem anunciado o fim da banda em 2001, dado o último concerto cheio de emoção e com todos os membros que fizeram parte da banda ao longo dos anos em Dezembro de 2001, os James estão de volta ao activo. Para já, nem gosto muito das duas novas canções, e ainda estou para ver se lançam algum álbum completo de originais. Mas saber que eles andam por aí a dar concertos é emocionante. E saber que um dia destes posso vê-los ao vivo outra vez, é fantástico. Já sei o que quero de prenda de anos. :)
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A curiosidade na ponta dos dedos

Aquele botão ali em cima, que diz "next blog" é enganador. O próximo blogue devia ser "o blogue" o que vem a seguir, talvez aquele que foi criado a seguir a este, ou um blogue retirado da lista ordenada dos blogues que foram criados a seguir a este, o primeiro da lista que ainda estivesse activo. Engana redondamente. O próximo blogue, não é "o blogue", mas "um blogue". Escolhido provavelmente à sorte. Um blogue que diz coisas como "Today is sunday and tomorrow will be monday". Outro de um tipo que desfiou o chefe a ver quem é que acordava mais cedo hoje... e deixou o chefe ganhar, de propósito. Fotos, paletes de fotos em muitos. Caracteres estranhos. Suecos, chineses. Russo, romeno. Alguns quase que dão para ler. Entendem-se algumas palavras, poucas, e o resto fica pela conta da imaginação. Blogues sobre coisas que eu nunca quis fazer, como renda. E outros que primam pela ausência de "textos", apenas mostram links e uma quantidade enorme de pontos de interrogação. É a "everyday life", na net.
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Será que...

Ia gritar "Fantástico!" mas depois pensei que isso era deitar foguetes antes da festa. Pois parece que realmente consegui desinstalar o Outlook, o MSN (mas que raio de cena é esta?) o messenger (em alemão, que é para depois instalar em inglês, que devia ser a única língua dos programas de computador que era para uma gaja se entender facilmente com todos eles) e ainda o Windows Media Player, que foi na leva destruidora que me passou pelos dedos. Os ícones desapareceram, e o que fiz até tem lógica, mas sei muito bem que a microsoft não me deixa livrar de bocados de software assim sem mais nem menos. De qualquer forma, para já isto está com bom aspecto. Fixe.
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Troca

Eu instalo-te o Office, e tu instalas-me o Nero.
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segunda-feira, abril 30, 2007

Dúvida existencial*

*do blogue

Para mudar de blogue, é preciso mudar de blogue?
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presente do conjuntivo

Não ouvi os discursos do 25 de Abril no dia próprio, nem é coisa que normalmente me preocupe, que aqui não é feriado e uma gaja trabalha, tem mais que fazer do que ouvir os políticos a falar, e ainda para mais os telejornais estão cheios de desgraças e não há pachorra. Mas leio blogues, algumas notícias na net, e vejo alguns programas da sic notícias. Como o eixo do mal. Desta vez eles passaram um bocadinho do discurso do Cavaco, o do 25 de Abril. Era capaz de jurar que o ouvi dizer que queria "que sejemos governados" por políticos melhores. Mas devo ter ouvido mal. Só pode. Porque se ele tivesse realmente dito "sejemos" alguém teria pegado com ele. Ou então eu é que já estou emigrada há demasiado tempo e perdi a noção de como se fala português.
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Coisas mesmo fixes

Mas mesmo muito fixes, tão fixes que só de pensar nelas fico com um sorriso de orelha a orelha, e só me dá vontade que o tempo passe depressa para poder ir...
Os pros convidaram-me para ir jogar com eles. Vão-me dar uma abada, mas vai ser tão fixe. Estou sempre pronta para levar uma coça destes gajos. Até que aprenda mais um bocadinho e lhes consiga ganhar, pelo menos.
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Uma das muitas razões pelas quais adoro o meu mais que tudo

Eu imagino, ele põe em prática.
Foi assim: estava eu a olhar para a quantidade enorme de sapatos que povoa(va)m o chão da entrada de casa, quando tive uma ideia brilhante: nós devíamos era ter uma estante com muitas prateleiras, cada uma só com a altura necessária para enfiar os sapatos. Não queria um armário para nada, e muito menos uma sapateira, que para mais as sapateiras costumam ter umas dimensões que não dariam jeito nenhum lá em casa. E o ideal era mesmo poder admirar os sapatos só por passar em frente ao móvel. E o meu amor concordou, foi comigo às compras (da estante), e ainda tratou de comprar e fazer as prateleiras extra. Agora temos os sapatos a olhar para nós, tão lindos, e já não corremos o risco de tropeçar neles.
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sexta-feira, abril 27, 2007

Em Roma, sê Romano

E em Munique, sê o quê?
Numa sexta feira de sol e calor como esta, começar por tirar meio dia de férias e rumar às montanhas. Para quê? Fazer escaladas, a sério, com cordas e grampos (ou pregos, ou lá como se chamam aquelas coisas). Ou então fazer escaladas a brincar - levar uma mochila às costas com o piquenique, mapa a indicar o caminho, e subir pelo caminho mais percorrido. Para os batoteiros há a versão subir a montanha até ao primeiro restaurante e ficar lá a apanhar sol e a beber cervejas, afinal ou somos bávaros ou então o melhor é mandarem-nos já para o exílio. Para quem prefere água fresquinha, pode sair à hora normal, e dirigir-se imediatamente ao Isar, para laurear a pevide. Toda. Não é preciso material nenhum: a roupa, tira-se, e pode muito bem ficar a fazer de toalha. A água deve rondar os 9 graus, perfeito para gelar os pés dos mais calorentos. Para os outros, pela primeira vez desde sabe-se lá quando, as piscinas ao ar livre (não aquecidas, mas com a temperatura da água mais agradável que o gelo do Isar) já abriram - oficialmente, é Verão.
Também se pode pegar na bicicleta e fazer uns kilómetros pelos diversos caminhos exclusivos para as biclas: menos de 20 kilómetros não conta como desporto. Como grande parte do pessoal já leva as duas rodas para o trabalho, A divresão começa mal acaba o expediente. Os mais loucos vão com destino marcado - longe, tão longe quanto possível, até Salzburgo, Roma, quem sabe, que o fim de semana é comprido para quem quiser meter a segunda feira de férias, e podem sempre voltar de comboio. Para os que conseguem chegar ao destino - que os há, mesmo que o destino seja Roma - o prémio final é meia dúzia de quilos perdidos e o rabo à rasca. Sim, que os selins não são para brincadeiras, f**** qualquer um.
Os verdadeiramente preguiçosos ficam mesmo por aqui, quer dizer, pelo Biergarten mais próximo. Cerveja e sol - que é um gajo pode querer mais? Talvez os gelados, disponíveis em qualquer janela de restaurante italiano. Ou cafetaria. Ou esplanada.
E eu, vou fazer o que?
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quarta-feira, abril 25, 2007

Casa de vidro*

Título do jornal, em letras bem gordas: "vem aí o verão do Sahara".
Só o Bild para se sair com uma destas. Uns optimistas, é o que são. Eu só acredito em verões tropicais (com monções à mistura) até prova em contrário.

*Glashaus - estufa
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terça-feira, abril 24, 2007

Duas horas

Duas horas com uma raquete na mão e as bolas a saltar de um lado para o outro. Às vezes mais devagar, muitas vezes muito depressa. Às vezes tão rápidas que aleijam se acertam nos dedos. Às vezes vão e voltam a uma velocidade estonteante, e  tornam a ir e tornam a voltar, e a adrenalina aumenta à medida que elas vão e vêm. E fazem-me rir. Às vezes acertam no canto da raquete e vão parar longe. Às vezes batem na rede e ainda assim são válidas, às vezes batem nos cantos da mesa e vão numa direcção inesperada. São os "profi-points", dava para fazer um jogo só a contar com estes pontos em que a sorte conta mais do que tudo o resto. Ou talvez seja mesmo profissionalismo.
Podia fazer isto a tarde inteira, todos os dias. Ou quase todos os dias. Durante horas e horas, até que me o corpo doesse tanto que já não me fosse possível continuar. Há prazeres assim, que fazem sorrir só de pensar neles, e que nos põem de cara alegre enquanto duram, mesmo que já estejamos mortos de cansaço, com dores no polegar que levou com uma bola a mais de 100km/h e que ficou com uma veia a latejar. E que fazem rir enquanto duram. Que nos levam a aceitar que há quem jogue melhor que nós, contra nós, e a admirar os pontos fantásticos que os outros fazem e a querer ser tão bons como eles. E que transformam o querer ganhar em querer ser mesmo bom, e esforçarmo-nos por aprender a jogar tão bem que um dia possamos ganhar aos melhores. Um jogo bem jogado dá muito gozo. E a antecipação põe-me um sorriso de orelha a orelha. Há lá nada melhor.
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segunda-feira, abril 23, 2007

À falta de melhor assunto II *

Ia eu dizendo que chegou a primavera e com ela, todas as chatices desta época do ano. As primeiras são as vespas e abelhas, de quem eu fujo porque sou alérgica às ferroadas que além de incharem por mais de uma semana e me fazerem uma comichão maluca, doem. Parece que este ano as vespas devem estar em vantagem, pois os apicultores (acreditem ou não mas também há apicultores por aqui, e eu até conheço um :)) queixam-se de que as colmeias estão vazias. Medo, muito medo. É que sem abelhas, quem é que vai polinizar as culturas? Como é que as plantas se vão reproduzir (estas preguiçosas, onde é que já se viu estar à espera que os outros façam o trabalho todinho?!)?
Para os alérgicos ao pólen, já cá está o problema anual. Amarelo ou branco, vê-se a voar por todo o lado, e antes disso começam a sentir-se os sintomas: narizes a correr, espirros incontroláveis, comichões. Um espectáculo, a natureza no seu melhor.
E o melhor de tudo, este ano aconteceu um fenómeno enquanto eu não estava por cá. Então não é que afinal por aqui também há fogos florestais? Até agora ainda não me tinha apercebido de nenhum, e eu até pensava que os alemães tinham um contrato com o S.Pedro para mandar chuva quando alguma coisa começasse a arder, pois nunca tinha visto nenhuma utilidade aos bombeiros, para lá de ajudarem quando há inundações. E prevenir, claro. Isto do aquecimento global troca as voltas a todos e agora então também estamos sujeitos a fogos florestais. Ironicamente, este de que comecei a falar ocorreu a menos de um kilómetro de duas corporações de bombeiros (pelo menos). E, apesar de ter sido perto da minha casa, não me apercebi de estragos. Se calhar fizeram uma corrida a ver quem apagava o fogo primeiro.

*pode-se sempre falar de doenças
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À falta de melhor assunto I *

Com a chegada da primavera, quer dizer, do verão, chegam também outras coisas menos agradáveis. Um gajo (uma gaja) vai de férias à terrinha, descobre que por lá está frio e chove de vez em quando, e quando regressa ainda tem que aturar bocas do piloto, do género ah e tal, na origem o tempo estava uma caca, mas na Alemanha faz sol e estão 25 graus. Tudo boas notícias, portanto. Todo o santo fim de semana, e semana, praticamente a toda a hora enquanto há sol, pude verificar que o Isar (o rio de cá) está cheio de coisas brancas estendidas nas suas margens, e não estou a falar das pedras. Até tem piada, porque não há um único corajoso que se atreva a enfiar-se na água, que ela vem das montanhas geladas, dizem que a uns míseros 9 graus, o suficiente para gelar o pé de quem estiver com calor ou então arrefecer as cervejolas do pessoal que se dedica a grill parties. E por falar em festas, a mim acontece-me de tudo. Não sei como, mas alguém que não conheço convidou-me para uma destas festas à beira rio. Quer dizer, sei como, foi por email. O que não sei é como, onde e porqué é que o meu email está na lista. Do resto do pessoal conheço aí umas duas pessoas (e a lista é bastante grande), e nenhuma delas organizou a festa. Às tantas o tipo - é que só podia ser mesmo um tipo - achou que era uma maneira original de me "conhecer". Assim como os putos da secundária.

*fala-se do tempo
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quinta-feira, abril 19, 2007

Momento Kodak

Há coisas que deviam ser conservadas para todo o sempre. E ficam, ficarão, pelo menos a sua memória será preservada porque há coisas tão especiais que marcam uma pessoa. Por exemplo, quando os dois homens da casa me obrigam a dar-lhes um dos meus pés a cada um (nestas alturas é bom só ter dois homens em casa, já que só tenho dois pés) e competem vigorosamente, a ver quem é que faz a melhor massagem ao meu dedo grande do pé. Só os outros dedos é que não acham graça a esta discriminação.
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Anda qualquer coisa no ar...

O puto está sempre, permanentemente cheio de fome, mesmo que já tenha comido o dobro do que era "normal". E eu ando cheia de sono, mesmo que já tenha dormido as 8 horas durante a noite e consiga enfiar umas sonecas nos momentos mortos (viagens de transportes públicos, enquanto o puto vai jogar futebol, a seguir ao jantar...). Deve andar por aí um mosquito a tramar-nos.
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El costo de la vida ♫ *

Preço a pagar por querer falar português, em vez de alemão ou inglês: ter que aturar uma tia durante quase meia hora a fazer uma coisa que normalmente demoraria uns 5-10 minutos. Poupei 8 euros mas perdi paciência.
Ao ouvir "minha senhora" ainda pensei em dizer-lhe "minha senhora não, senhora engenheira", só para ver o que acontecia, mas com esta história do Sócrates já não se pode ser engenheira. Agora só os doutores é que se safam.

*♪ de um dominicano, o Juan Luis Guerra


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