quarta-feira, novembro 22, 2006

O meu amigo, o vídeo

Mais do que queixar-me da porcaria dos programas que dão na televisão, ou das horas tardias e impossíveis de adivinhar a que são transmitidos os programas realmente bons, tornei-me adepta do vídeo. Há uma data de anos, ia para a cama à meia noite e deixava uma cassete a gravar o que desse na TVI, na esperança que o Seinfeld acabasse antes das 3 da manhã, já que a cassete só tinha 3 horas. Depois de algumas tentativas falhadas, passei a pôr o vídeo a gravar em modo LP, que sempre me dava mais umas horitas e aumentava a probabilidade de poder ver o episódio dessa noite madrugada. O horário de transmissão era por volta da meia-noite, mas na prática, não só nunca se sabia a que horas é que ia dar o Seinfeld (e outras séries, claro, isto é só um exemplo), como nunca se podia ter a certeza de que ia dar.
Passados uns anos, chegou um programa que mais uma vez provou a utilidade e versatilidade do vídeo. A versão portuguesa do quem quer ser milionário enervava-me. O homem fazia a pergunta, e a resposta parecia nunca mais sair da boca do concorrente, que possivelmente ficava mais inteligente a cada minuto que passava. Não sei porquê, mas naquele estúdio quanto mais se engonhasse, melhor. E em casa, os telespectadores desesperavam, o programa até poderia ter o dobro da duração que ninguém saía dali respondendo a mais de 6 perguntas fáceis, ou duas difíceis. Por isto, eu gravava o programa, e depois via-o em FWD, ou seja, bem acelerado. Pergunta, resposta, pergunta, resposta, acabou. (Já agora, em comparação, o quem quer ser milionário alemão não é esta pasmaceira. Ou o concorrente sabe, e responde logo, ou não sabe, e despacha logo aquilo na mesma, nada de engonhar a ver se o apresentador lhe oferece a resposta, é sempre a aviar, como deve ser. E o prémio realmente torna as pessoas milionárias, é um milhão de euros.)
Hoje em dia, com os intervalos publicitários que nunca mais acabam, só me apetece ver DVDs. Ou então, gravar todos os programas e só ver depois, para poder passar todos os intervalos à frente. E a diferença de som quando vem a publicidade? É de irritar qualquer um... Eu lembro-me de ser miúda e pôr a televisão mais alto durante o intervalo, para ir à casa de banho ou à cozinha, pra saber quando o programa recomeçava. Hoje em dia, o som da televisão fica automaticamente mais alto durante a publicidade, mas quando o programa recomeça não dá para perceber imediatamente. Claro que na era da tecnologia, isto tinha que dar para os dois lados. Por causa deste fenómeno, há agora gravadores de DVDs que cortam os anúncios quando estamos a gravar o nosso filme ou série preferidos. Wunderbar... :)
Esta conversa toda porque há uns dias apanhei o aviator na televisão, vi metade, e deixei a outra metade a gravar, para ver no dia seguinte pois já era tardíssimo. E apesar de ter programado o aparelho para gravar durante duas horas, tramei-me. As duas partes restantes não couberam nessas duas horas, e não pude ver o fim. Bolas.
1 comentário(s)

1 Comentário(s):

Xiii, esqueci-me completamente! Eu também queria ver esse filme :s

By Blogger LiLith, at 11:43 da tarde  

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