terça-feira, setembro 26, 2006

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Estava eu ontem a ver o Opiniao Pública - mas quem é que me mandou a mim ligar a sic notícias, logo quando eu já tinha desistido há largos meses de ver telejornais, que ainda no outro dia um amigo meu teve de cancelar uma viagem a Taiwan, e quando eu perguntei porquê ele responde-me com a pergunta - mas tu nao ves o telejornal - e eu disse que quando o telejornal começa eu mudo logo de canal, e ele depois explicou-me que tinha havido um golpe de estado e nao era muito seguro estar a viajar para lá, embora tivesse sido um golpe de estado mais ou menos pacífico, pelo menos até agora - onde, mais uma vez, se cortava na casaca dos funcionários públicos. Porque os funcionários públicos sao muitos (entao os deputados, acessores, motoristas e consultores, nem se fala), porque ganham muito mais do que no privado (as mulheres a dias ganham mais que os professores, vinha ontem num jornal), porque têm mais previlégios que "os outros", e tal e coisa. E o que mais me incomodou, para o que me havia de dar, ver este canal, foi o jornalista a expressar claramente a sua opiniao, a insistir nela, e mais do que fazer o trabalho de fazer perguntas, tentar ao máximo influenciar a opiniao das pessoas. É óbvio que há funcionários públicos incompetentes (privados também). Se os há a mais ou nao, nao sei bem, mas a verdade é que há imensos casos de trabalho que costumava ser feito por funcionários públicos e que hoje em dia é entregue a privados, que cobram mais do que antigamente custava fazer o mesmo serviço. Uma coisa no entanto é certa. O Estado nao pode olhar para os seus funcionários como se fosse uma empresa. Se o Estado despedir funcionários, nao tem as mesmas consequências que uma empresa. Isto, é o que os senhores jornalistas, entre comentadores políticos e afins, se esquecem, propositadamente ou nao. É que quando uma empresa despede um trabalhador, paga-lhe uma indeminizaçao e acabam-se as suas obrigaçoes/despesas. Quando o Estado manda alguém para a rua, nao é só a indeminizaçao que tem que lhe pagar, mas também outras despesas como subsídios de desemprego ou rendimentos mínimos. E de um ponto de vista puramente contabilístico, pode sair mais barato continuar a ter alguém que trabalha a meio gás, mas sempre vai produzindo alguma coisa, e que no fundo nao é assim tao caro como isso (pois, ninguém vai despedir os gestores de topo, pois nao, é pelos ordenados mais baixos que vao começar) comparado com os custos de despedir essa pessoa. E afinal, se há 219 mil euros para chamadas para telemóveis só no gabinete do primeiro ministro, é porque a crise nao pode ser assim tao grande. Só esse dinheiro dava para pagar um ano de salários de 750 euros a 24 pessoas. Pouca coisa, claro...
2 comentário(s)

2 Comentário(s):

Taiwan/Tailândia foi de propósito? Se não foi foi engraçado!

By Anonymous Anónimo, at 4:06 da manhã  

não percebi... eu pensava que o meu amigo ia à Tailândia (Thailand) mas ele disse que ia para Taiwan(Formosa) e que tinha havido um golpe de estado. Ainda assim não vi as notícias.

By Blogger snowgaze, at 11:23 da manhã  

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