Há umas semanas atrás, ao passar no supermercado para as compras de fim de semana, passou-me uma ideia maluca pela cabeça. Se calhar fui fazer compras quando estava cheia de fome (toda a gente sabe que nestas situações saímos do supermercado com mais coisas do que tencionávamos comprar), ou então tinha sido algum chá envenenado por algum colega que não aprecia tanto a minha compania como eu supunha. O que é facto, é que passei pela secção das "plantas", que na realidade é apenas um cantinho com uns 50cmx50cm que tens uns vasitos com ervas aromáticas para cozinhas e meia dúzia de flores em vasos. Se calhar foi a cor que me atraiu. Há certas cores às quais não consigo resistir. De qualquer forma, naquele instante esqueci-me das toneladas de plantas que matei na minha vida, umas à bolada, outras com uns "toques acidentais" (vulgo, pontapés), outras à sede, outras afogadas, outras que apenas votei ao esquecimento e que subsequentemente se suicidaram.
Ao pagar, a caixa achou tão extraordinário encontrar alguém que gostasse daquelas plantas, que logo me perguntou o é que eu fazia com elas para que não morressem. É que ela, pelos vistos, já tinha tentado de tudo, mas as plantinhas teimavam em mirrar. Subitamente, apercebi-me da barbaridade que acabara de cometer. É que até hoje, o único vegetal que conseguiu sobreviver nas minhas mãos (quer dizer...) foi um bambu, ou melhor, dois paus de bambu comprados no IKEA, que só não morreram porque aparentemente conseguem passar muito tempo, mesmo muito, sem água.
Entretanto já passaram umas duas ou três semanas, nem sei bem. As flores vermelhas começaram a ficar castanhas nas pontas, algumas folhas começaram a secar, e outras a ficar também castanhas. Por mais que lhes ponha água filtrada, para que o calcário não lhes bloqueie as veias e lhes provoque algum AVC, não me adianta nada. Tenho que me conformar: eu e as plantas não fomos feitas umas para as outras.
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