quinta-feira, novembro 03, 2005

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Não te esqueci, no sentido de ter apagado aquilo que vivemos juntos, e da mesma maneira que não se esquecem aqueles que em algum ponto da vida nos fizeram rir, ou chorar. Mas és-me totalmente indiferente. Não te desejo mal, mas não quero saber o que te acontece, não me interessa a tua vida, não me interessa se tens sucesso ou não, não me interessas nada. E nem sequer tenho curiosidade sobre se sentes o mesmo. Não sei se deitaste fora as minhas coisas. Mas deita, se quiseres, porque eu também não as quero, e poupas-me o trabalho de me livrar delas.

Já és uma memória distante, como as recordações da escola primária. Ainda me lembro de alguns miúdos da minha classe, mesmo alguns que tão pouco tempo lá estiveram. Mas não sei nada deles, e na verdade nem quero saber. A vida continuou, andou, mudou, e quem eu era nessa altura não tem nada a ver com quem sou hoje.

Há pessoas que voltam atrás na memória, e imaginam um futuro diferente do que o que construiram. Quando eu imagino o que poderia ter sido, tenho a certeza que, por caminhos mais ou menos retorcidos, era aqui, onde estou e onde sou hoje, que eu teria vindo parar. Sou feliz assim e nem sei como poderia ser ainda mais feliz. Deve ser a isto que chamam destino. Toda a minha vida lutei por um objectivo, que no limite me levaria sempre aonde estou hoje, sem que eu o soubesse. E mesmo que tivesse mudado algumas decisões chave que tomei até hoje, sei que era aqui que viria parar. Destino, fado... Eu acho apenas que no fundo, eu sempre soube muito mais do que aquilo que realmente me apercebi.
1 comentário(s)

1 Comentário(s):

tu dominas e navegas bem em mares tempestuosos, parabens pelo wisdom em tao tenra idade!
:)

By Blogger Nic, at 1:35 da manhã  

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