quinta-feira, outubro 06, 2005

Querido Freud*

*querido Freud, se ainda estivesses vivo dizia-te para ires morrer longe. Assim, limito-me a usar o teu nome porque as pessoas o associam à interpretação dos sonhos. Não penses que é por isso que acredito nas tuas teorias...

Não é que me lembre sempre dos meus sonhos. Mas muitas vezes, sim. E gosto de falar deles, de tentar recordar os pormenores, o que é bastante difícil. Bastam 5 minutos para esquecer quase todos os pormenores de um sonho, principalmente se não se falar dele, ou pensar nele, logo a seguir a acordar.
Esta semana tenho tido imensos pesadelos, o que em mim é uma coisa raríssima. O tema tem sido recorrente: há alguém que me persegue, por vilas, cidades e aldeias, campos até. E eu fujo fujo fujo, corro com toda a velocidade que consigo, entro nas casa de desconhecidos com o intuito de despistar quem me persegue, fecho portas atrás de mim, salto por janelas, tectos e varandas, e nada consegue deter quem me persegue. Às vezes sonho que alguém da minha família foge comigo, e que essa pessoa me impede de fugir mais depressa, e quando estamos quase a ser apanhados, tentamos entrar num comboio que está a partir. Normalmente acordo mesmo antes de ser apanhada. Sempre pensei que fosse porque, na verdade, é só um sonho, e como na realidade não ando a fugir de nada (tenho estes sonhos desde, pelo menos, os 5 anos) se os meus perseguidores (que podem ser robots, pessoas, monstros, ou eu nem sequer saber quem ou quê) me apanhassem não haveria nada que pudessem fazer comigo.
Esta noite, pela primeira vez na minha vida, tive um pesadelo diferente. Se calhar até fui perseguida primeiro, mas disso não me lembro. Esta noite acordei porque alguém me estava a estrangular. Senti nitidamente duas mãos quentes, uma de cada lado do meu pescoço, a apertá-lo com força, e nem sequer conseguia gritar por ajuda. Quer dizer, gritar suficientemente alto para alguém ouvir. Se calhar, acabaram-se os pesadelos das perseguições. Agora isto ficou mais sério.
4 comentário(s)

4 Comentário(s):

eu tenho imensos pesadelos e só um é recorrente.
o sr. Freud não viveu tempo suficiente para explicar essa fase mais adiantada dos pesadelos... consola-te com as mãos quentinhas! pelo que percebi, o frio já aí chegou ;)

By Blogger Joana, at 2:02 da tarde  

Manda c a cabeça na parede q isso passa... ;)

Saudades da Zona Franca

By Blogger Freddy, at 6:23 da tarde  

Eu também nunca me lembro dos meus sonhos, a nao ser dos pesadelos, mas anteontem tive um que nao me saiu da cabeca o dia todo. e nao era um pesadelo :) talvez a ti também te aconteca um dia!

By Anonymous Anónimo, at 8:40 da manhã  

Pollie: às vezes também me acontece! Há sonhos que nos deixam bem dispostas para o dia todo! :)

By Blogger snowgaze, at 9:11 da manhã  

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