terça-feira, março 08, 2005

Dia internacional da mulher

Para mim, é um dia como os outros. Continuo a fazer as mesmas coisas, a ter os mesmos desejos, a lutar pelos mesmos ideais. A tentar mudar o mundo, começando em casa, até porque tenho um filho a quem ensinar.
Continuo a querer trabalhar (sim, a tempo inteiro, mas não mais de 40 horas por semana), votar, dividir as tarefas domésticas. Querer e fazer.
Continuo a achar que não preciso de um homem para me proteger (para nos proteger temos a polícia, pelo menos era assim que devia ser). Nem para mudar uma lâmpada ou montar os móveis (mas se ele quiser, está à vontade).
Incomoda-me ver tão poucas mulheres na política e em cargos de direcção das empresas. Mas penso que com tempo, lá chegaremos.
Hoje vou dizer mais uma vez aquilo que já escrevi antes, ou aqui ou noutros sítios. Hoje por ser o dia das mulheres, gostava que dar uma prenda aos homens. O direito a uma licença de paternidade de igual duração à licença de materidade e a ser gozada ao mesmo tempo. Com as mesmas condições. É pena não poder ser eu a dar esta prenda. Terão que ser os homens a convencer-se de que a necessitam, para o bem deles, dos filhos e das mulheres. Mas eles é que têm o poder de mudar as coisas (14 ministros homens em 16!).
O resto, são coisas que começam em casa. Não nos podemos queixar de os homens "ajudarem" tão pouco nas tarefas domésticas: se os dois trabalham, as tarefas têm que ser divididas ao meio, e mais nada. E as crianças só têm a ganhar em terem exemplos em casa de que a vida é para partilhar, e não de que a mulher é a escrava do lar e o homem só tem que ler o jornal, e ver televisão.
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