quarta-feira, novembro 24, 2004

Há mouro na costa

Via Blog de Esquerda, chega-me esta informação quase inacreditável.

"Entre os séculos XVI e XVIII, grandes extensões das costas europeias permaneceram indefesas face aos ataques de piratas. E não apenas de corsários europeus; falo dos piratas magrebinos que, nesse período, raptaram mais de um milhão de europeus. Homens, mulheres e crianças que foram assim reduzidos à condição de escravos, em cidades espalhadas pelo norte de África - de Tanger a Tripoli, mas sobretudo em Argel. O destino desta gente era sempre igual: ou a morte na viagem ou uma vida de sofrimento incalculável. Casos como o de uma irlandesa que se casou com um califa de Marraquexe são a ínfima fuga à regra da servidão e da morte.A Calábria, a Andaluzia e a Sicília foram as mais castigadas. Mas aldeias costeiras inglesas, e mesmo mais a norte, nunca estiveram longe do perigo. O nosso Alentejo também sofreu estas agruras; e consta que, numa só noite de 1617, mais de 1.200 madeirenses foram levados para infiéis masmorras de onde nunca voltaram.Os cálculos de historiadores britânicos consultados pela BBC apontam para um total de 1.250.000 europeus assim escravizados. É apenas um décimo dos africanos vendidos entre 1500 e 1800; mas, mesmo assim, é um número assombroso. E a prova que, nestes pecados mais sombrios e infames, há sempre mais culpados do que à primeira vista se calcula."

Estou pasmada.

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