Na verdade somos mesmo é campeões. Podemos não ter ganho aos gregos, mas organizámos o melhor europeu de sempre. Os distúrbios foram mínimos, a emoção, muita, a paixão, enorme!
Tenho muita pena que os gregos nos tivessem passado a perna duas vezes, e mais pena tenho que o campeão tivesse sido a única equipa que torna o futebol a maior seca do mundo. De qualquer modo, há pelo menos uma lição a retirar - a eficácia dos remates da nossa selecção foi muito baixa, e há que melhorá-la! Não basta ter um futebol bonito (que o temos, graças a deuses do futebol como o Figo, Ronaldo e Rui Costa), é preciso transformar o espectáculo em resultados! Adorei ver o Ricardo (ok, não gostei dos golos que sofremos, fruto de falhas na defesa, mas enfim), fez diversas defesas sensacionais, além de ter sido o herói do jogo contra a Inglaterra. Adorei o Ronaldo, a irreverência, a pura magia, as fintas, os remates, o ar de traquina... E claro, o ele ter tirado a t-shirt a seguir a marcar um golo, apesar de saber que isso lhe daria um cartão amarelo... foi MUITO bonito!!!
O Figo foi, na generalidade dos jogos, um SENHOR, a cola da selecção, um mestre a seguir. Ele é o espírito da luta pelo título, que espero que continue a perseguir por mais uns tempos. Tanto ele como o Rui Costa merecem, e não deviam abandonar a competição sem o conseguir.
Não percebi porque é que o Deco jogou até ao fim em jogos em que claramente estava a fazer asneiras a mais, assim como não percebi porque é que o Pauleta foi sempre titular apesar de, jogo após jogo, provar que estava em maré de azar (e quem está em maré de azar deve ficar no banco!). Fiquei positivamente surpreendida com o feito do Hélder Postiga, e também com o Rui Costa, que jogou lindamente quando teve oportunidade. Gostei do Maniche, apesar de não me conformar com as inúmeras bolas que ele atirou por cima da trave. O Ricardo Carvalho foi um defesa sensacional, e o Miguel também teve uma prestação positiva.
Sinceramente, a impressão geral que me ficou deste Europeu, é de que faltou treino (na minha opinião pelo menos os jogadores mais avançados deviam ser capazes de chutar para dentro da baliza de olhos fechados), houve uma pitada de garra, infelizmente não distribuída uniformemente por todos os jogos, e houve algumas falhas imperdoáveis. A mais grave foi a da final, pois ficou-me a ideia de que os portugueses, que já deviam estar mais do que prevenidos, não estudaram os gregos, e acima de tudo, não estudaram o jogo Rússia-Grécia, que deveria ter sido um exemplo de como se pode bater uma equipa que joga muito pouco futebol.
Uma equipa que faz marcação homem a homem, que passa 85 dos 90 minutos no seu meio campo, tem que ser batida com as suas próprias armas. A não ser que, ao contrário da selecção nacional, a eficácia do adversário nos remates à baliza seja grande. Ora, com 5 ou 10 ou 20 remates em que nenhum chega à baliza (e quando chega é às mãos dos guarda-redes), não vamos lá. E se os gregos marcam a partir de um canto, e nós com diversos cantos marcados na área grega não marcamos, então há uma de duas coisas mal (ou mesmo as duas): primeiro, se os gregos defendem melhor, há que defender como os gregos no caso da marcação de lances de bola parada, particularmente cantos; segundo, se são os gregos que têm mais treino que lhes dá uma eficácia de 100% nos lances deste género, então há que treinar estes lances. O treino dos penalties, que o Scolari disse que a selecção já andava a treinar há vários meses, teve bons resultados, mas há mais lances de bola parada num jogo para além de penalties!
Eszou contente por os gregos manterem o mesmo treinador até 2008. Até lá, espero que a nossa selecção e/ou outras tenham o que é necessário para os bater. Porque se ninguém os bater, o futebol será condenado àquela forma feia, monótona, irritante de jogar, e eu, pelo menos, não estou para perder 90 minutos em frente à televisão para não ver jogar.
Viva PORTUGAL!!!
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terça-feira, julho 06, 2004
Somos vice-campeões :-)
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