sexta-feira, dezembro 22, 2006

Feliz Natal!

A todos os que por aqui passarem, um bom Natal. Eu por mim, sei que vou ter um dos bons. E, se por acaso não voltar cá antes do novo ano, boas entradas. Uma coisa é certa: 2007 vai ser um ano excepcionalmente bom. Pelo menos para mim. E olhem que eu, raramente nunca me engano.
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quinta-feira, dezembro 21, 2006

Até já

Já falta pouco para o Natal, e mesmo muito pouco para as férias começarem. A blogosfera já cheira a bolos, e a mim só me apetece é ir "para casa" - sendo, neste caso, "a casa" o sítio onde vou passar o Natal. Atrasada crónica como só eu, por muitas boas intenções que tenha, nunca está tudo preparado ou pronto antes da hora H (ou melhor, do minuto M). As malas não estão feitas - isso até faço num instante-, e para as fazer, convinha passar a roupa a ferro primeiro - isto é que já demora. Prometi ao puto mais uma dose de bolachas para o caminho - mas preciso para isso de algum tempo, que não tenho, e força - que já me começa a faltar.
Nestes dias de correrias, apesar de já ter as compras todas feitas, não posso parar um segundo. Ainda há embrulhos por fazer, e um montão de coisas a preparar. Mal posso esperar pelos dias que aí vêm, quando já não tiver mais nada para fazer, e puder dormir sossegada, tanto de noite como de dia - ah, as saudades que tenho de uma sesta!
E por agora, já me chega de blogue - há um montão de outras coisas à minha espera!
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segunda-feira, dezembro 18, 2006

Sempre quis fazer isto...

Quando era miúda adorava ir para casa dos meus avós. Não era por eles me darem doces (não davam), nem pelas histórias que repetiam sempre, e continuaram a repetir até morrerem, sempre as mesmas, que hoje reconto ao meu pequeno. Não era pelas crendices que eu me recusava a acreditar ("não comas fruta depois de beberes leite que isso faz mal"). Também não era pela fruta da boa, à fartazana, que o meu avô descascava porque era a única maneira de no la fazer comer. E também não era pelos tremoços, que tirava do frigorífico até encher um prato de sopa e depois comia em frente à televisão, se bem que esta é das melhores recordações que tenho das coisas que fazia em casa dos meus avós.

Aquilo que eu, miúda, adorava, era a aventura de viver uns dias de maneira totalmente diferente ao que estava habituada. Andar de burro (a cavalo no burro) por uns caminhos de pedras grandes, puídas e escorregadias, até ao"chão", que era como o meu avô chamava ao pedaço de terra onde tinha uns casebres, laranjeiras, amendoeiras, e uma figueira no cimo do casebre que tinha sido construído por cima do poço. A aventura de ir à casa do castelo, uma casita que provavelmente pertenceu aos meus bisavós, que nunca conheci, e onde havia sempre tesouros prestes a ser descobertos: as revistas do tempo do Salazar (tantas e tantas Fagulhas que li e reli, na esperança de que tivesse as necessárias para ler as minhas histórias preferidas até ao fim), as bicicletas velhas dos meus tios, que ninguém usava e que nós sempre pedíamos para andar (sem sorte nenhuma, que as bicicletas estavam sujas e precisavam de óleo e tinta a cobrir a ferrugem, e cujos travões eram inúteis, mas ninguém tinha vontade de as arranjar).

A própria casa dos meus avós era uma aventura em si mesma. A cozinha, pequenina, com uma lareira onde a minha avó cozinhava no inverno, com potes de ferro, de onde saía uma sopa deliciosa com bocados de batatas e cenouras, e grão de bico sempre inteirinho. A braseira, que se levava para a sala cheia de brasas vermelhas, reluzentes e quentinhas - e que hoje só de pensar nisso tenho arrepios, como é que nunca ninguém se queimou lá em casa?! A despensa, escura e misteriosa, de onde saíam brinquedos dos meus tios, com que nos entretínhamos durante tardes inteiras. A Balança, aquele objecto histórico, onde nos pesávamos todas as vezes que lá íamos, de ferro, enorme, e os pesos que utilizávamos, grandes, enormes, pendurados na tabuinha que, presa por correntes metálicas de argolas, oscilava a cada novo peso que lhe era acrescentado.

O rádio antigo, castanho por fora, creme à frente, parecido com os que se vêm nos filmes, mas que raramente era utilizado, e o outro rádio, o que fazia companhia ao meu avô enquanto trabalhava, esse sim, misterioso, enfiado numa mala preta com fechos metálicos, como se tivesse saído de um qualquer filme de espiões.

As escadas de madeira, 13 degraus, que adorávamos subir e descer a grande velocidade até que alguém se queixasse do barulho, sem nos agarrarmos ao corrimão (ides cair! saí já daí!). O boneco de lã que fizémos para a minha avó, preto, de que ela não gostava mas que ainda assim pendurou num lugar de destaque, para o poder ver todos os dias. No primeiro andar, onde os adultos só iam para dormir, havia ainda mais tesouros prestes a serem descobertos. A sala era usada na Páscoa, quando vinha o padre com os seus acólitos, receber o envelope preparado pelo meu avô e continuar o passeio pelas ruas, o sino a tocar, as portas abertas, e toda a gente vestida com fatos domingueiros.

Nos quartos havia gavetas cheias de coisas misteriosas, algumas coisas metálicas, outras redondas, tubinhos, livros, cassetes, cordel, e um frasco com um animal lá dentro, nojento mas irresistível. Na altura, quando não fazia ideia do que era nada daquilo (hoje já sei), adorava remexer naquelas coisas "que não me competiam".

Havia ainda "o armário" e a "arca", num canto mais escuro, onde não mexíamos muito, mas onde uma vez encontrámos um pífaro que tocámos até não poder mais, até que "alguém" o perdeu (provavelmente os meus pais deram-lhe sumiço) e ainda outro instrumento, uma caixa de madeira com umas"teclas" metálicas, que não sei o que é, mas que tinha um som que adorava, e por isso tocava aquilo durante horas - este teve um fim mais feliz e ainda hoje é tocado de vez em quando, apesar de algumas teclas já estarem ferrugentas.

E havia a varanda, com o tanque onde algumas vezes vi os meus tios pisar uvas, ou onde chegou a haver um alguidar enorme cheio de água, onde nasciam girinos, vindos sabe-se lá de onde. Na primavera, quando os passarinhos caiam do ninho, era para ali que eu os levava, na tentativa de os ensinar a voar, que invariavelmente acabava com a morte trágica do animalzinho, que na maior parte dos casos, nem penas tinha.

Lembro-me dos jogos de polícias e ladrões, em que os ladrões usavam os dois walkie talkies que tínhamos, e o polícia (eu), apanhava as conversas dos ladrões pelo rádio - por sorte, os walkie talkies transmitiam a uma frequência que dava para apanhar num rádio normal.

E o melhor de tudo, era a liberdade de andar por ali sem vigilância, a correr pelas ruas fora como se não houvesse amanhã, a brincar com as filhas dos vizinhos.

À noite, jogávamos à sueca, e víamos televisão. E a minha avó dizia, que sempre que via televisão, nos procurava, na caixinha mágica. Aquilo ficou-me marcado para sempre, e só tive pena, de uma vez em que realmente ela me poderia ter visto, não ter levado um cartaz a dizer "avó, estou aqui". Agora já é tarde, e isto não é a televisão, mas ainda assim, eu sei que hoje estás a ver.

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sexta-feira, dezembro 15, 2006

Maravilhoso mundo

Isto de fazer as compras de Natal pela internet tem o que se lhe diga. Depois de muitos anos a usar a sempiterna e confiável amazon, depois de uma boa-má experiência com uns trafulhas de um país da américa do norte (boa porque acabou em bem com a devolução do dinheiro por parte da Visa, má porque não recebi o produto), depois de algumas experiências más e outras boas no ebay, finalmente sinto-me suficientemente confiante para arriscar fazer compras noutros sites. E o problema dos outros sites é que, contrariamente à amazon, há coisas que não estão completamente definidas. Por exemplo, na amazon, em geral, mesmo que um produto não esteja disponível, normalmente é indicada a data em que o produto será entregue na nossa casa (e em geral, não há surpresas - houve um caso em que o um produto que eu comprei se atrasou mais uma semana do que a tal data, mas por acaso não teve importância nenhuma, coisa que no natal não acontece...).
Até aqui, tudo bem. O meu problema é que este ano descobri, já muito em cima da hora, quando já tinha quase todas as compras feitas, tanto as internáuticas como as normais, dizia eu que descobri uma prenda fabulosa para o meu mais que tudo. Não vou dizer aqui o que é, para o caso de ele andar a ler o meu blogue (nunca se sabe), para os mais curiosos, o meu email está ali do lado esquerdo. Ora como esta prenda super fabulosa é uma coisa bastante recente, eu nem a vi em nenhuma loja, e tive que fazer alguma investigação para saber, dentro da categoria "prenda fabulosa", qual seria a melhor escolha. Felizmente tenho uns amigos bem informados que me ajudaram a encontrar a informação adequada e a fazer a escolha. Depois de todos estes passos prévios e obrigatórios, faltava encontrar o tal produto onde fosse possível. Ora a marca que faz esta prenda tão especial, apesar de ter um sítio na net, não vende directamente a partir da net, limita-se a mostrar o catálogo de produtos. Na amazon alemã não existe (a inglesa não envia para outros países que não UK e Irlanda, e a americana mais vale esquecer), e no ebay também não havia. Sendo assim, e tendo em conta que o meu amor passa a vida a comprar coisas em sites alemães desconhecidos, tratei de pesquisar pelo nome do produto, a ver quem é que se dispunha a arranjar-me um. Encontrei algumas lojas e escolhi, vá-se lá saber por quê, a mais barata. Tratei logo de fazer o pagamento, por transferência bancária (os alemães adoram não usar cartões de crédito :P) e fui logo cruzando os dedos, para que a massa lhes chegasse rapidamente, e a dita prenda me fosse enviada o mais rapidamente possível, que o Natal está aí à porta e eu não fico cá para o ver chegar. Passados uns dias, começo a entrar em pânico. Os tipos ainda não disseram nada, o site ainda diz que o produto estará disponível em breve, e eu tenho o estômago às voltas, porque isto de não ter as coisas a tempo e horas provoca-me ansiedade. Et voilá, descobri um novo elemento das compras online: o pavor de que as coisas não sejam entregues a tempo. Já amaldiçoei o dia em que me decidi a fazer as compras através de bits e bytes, já tentei telefonar aos tipos (que têm o telefone sempre ocupado, provavelmente com gente a perguntar onde andam as encomendas), já lhes enviei um email em alemão cheio de erros (ainda vão pensar que sou turca eheh), e nada. Ao menos, no site, já diz que o produto está no armazém. Não há-de ser nada. Ainda tenho uma semana para ter calma, muita calma, e esperar pacientemente.
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quinta-feira, dezembro 14, 2006

Post estúpido

Depois de escrever um post estúpido, consegui conter-me antes de carregar no "publish". Assim sendo, não há post, mas também não faço figura de parva. Para isso, estão aí os outros mais de mil posts...
E agora, com licença, tenho que ir conquistar o mundo.
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terça-feira, dezembro 12, 2006

Bolachinhas

Afinal há esperança. E como eu não sou de me deixar derrotar assim com duas tretas, nem sequer na cozinha, dei mais uma oportunidade às bolachas. Fiz estas bolachinhas de limão, da Elvira. São mais simples do que as outras que já tinha tentado, deliciosas, e o miúdo, que nem é de doces, adorou. E provavelmente dão para fazer variações - laranja em vez de limão, e chocolate por cima (fiz isto a metade das bolachas), por exemplo!
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Desenhos

(este é um post de serviço público)



O sitemeter anda doido há já uns quinze dias. Parece que há uma data de gente que vem aqui parar à procura de desenhos de trenós, ou desenhos do pai natal, e coisas que tal. Aqui não há nada disso, mas posso dar umas dicas.

1-(para toda a gente): procurem no google imagens.
2-(para quem usa produtos microsoft, como o word e o power point): vão à página do amigo Bill Gates e procurem no Clipart (aqui!!!). Tem desenhos para todas as ocasiões, que podem ser usados à vontade para fins não comerciais*. E até tem categorias especiais para o Natal e outras festas. Estes desenhos têm ainda uma vantagem sobre as pesquisas de imagens normais: em geral, podem ser redimensionados sem perderem qualidade. Muito bom. Agora ide, ide criar os vossos postais de Natal.

*para mais informações, ler os "terms and conditions"
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Pânico

Eu não sabia que sou distraída. Quer dizer, eu sei que sou um bocadinho distraída. Que me esqueço de coisas e tal. Que às vezes chego atrasada não porque me atrasei (esta é boa, não é?), mas porque me esqueci que tinha que estar em determinado local a determinada hora. E se não fosse a minha agenda, ainda me esqueceria de mais coisas. Para além disto, há outras coisas, crónicas, que não são distracções, mas personalidade. Por exemplo, chegar sistematicamente 15 minutos atrasada às aulas, para que elas durem menos.
Mas a minha última distracção não foi nada boa. E só espero que o meu mais que tudo não se aperceba do que aconteceu. Deixei o papel (qual papel?) com as especificações da prenda de Natal dele por aí. Uma prenda tão fixe. Se ele descobre, está a piada toda estragada.
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Obrigada, obrigada, obrigada

Há momentos em que me sinto uma idiota. Por exemplo, quando percebo que, por confiar num coisa indigna de confiança - o chamado bloglines - não vi que a querida Cris nomeou esta tasquinha para melhor blogue individual feminino há já uma data de tempo. Aqui fica o meu obrigado, e um grande beijinho. Agora vou ali fustigar-me e já volto.
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segunda-feira, dezembro 11, 2006

A primeira vez

Há uma primeira vez para tudo. Também há uma primeira vez para adormecer no cinema a meio do filme. O filme nem era assim tão mau - já vi bem piores, do princípio ao fim, sem pestanejar. Só dormi aí uns 20 minutos, talvez uma meia hora. Mas aposto que se tivesse ido ver o filme dos pinguins, tinha dormido até ao fim. Há lá nada melhor para adormecer do que um momento National Geografic? Isso sim, eram uns 5 euros bem empregues.
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Tudo novo

Dizem por aí que há um blogger beta, novo, com tudo aquilo que eu sempre invejei em outras plataformas, nomeadamente, a possibilidade de catalogar os posts. Eu bem queria mudar, mas como aqui o tasco já tem mais de 1000 posts (1000 posts??? mas como é que isto aconteceu???), não posso. Está mal, claro que está mal, mas não vai ser por isso que me vou dar ao trabalho de criar um blogue novo na espectativa de que isto mais tarde funcione como deve ser e os dois blogues possam ser agregados. Não há tempo nem pachorra para tanto.
Como vingança tecnológica, mudei os settings todos do meu computador, que é como quem diz, moldei-o à minha imagem e semelhança. Já não bastava ter uma foto catita no desktop, já não bastava o meu rato ser o mais rápido da rede, além de ser o mais bonito (o do meu computador, não andei a mexer nos ratos de mais ninguém, não esperem que o vosso ícone se transforme, o meu é que é um bonito dragãozinho), agora as minhas janelas são alfazema, e os títulos parecem tirados de um desenho animado. Quando acabar de arrumar isto tudo, vai ser tão giro, que quando tiver algum problema vou dar (ainda mais) com os tipos do helpdesk em doidos. eheheheheh
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domingo, dezembro 10, 2006

Überraschung

Há uns dias, estava a preparar uma festa de Natal, e achei que seria boa ideia, como presente, levar os miúdos todos que iam à festa ao cinema. Não eram assim tantos, lá seríamos capazes de dar conta do recado, de uma maneira ou de outra. No entanto, para oferecer bilhetes de cinema é preciso comprá-los primeiro, por isso, lá tive que ir à bilheteira buscar os cartõezinhos que dariam direito a sorrisos de felicidade antecipada, e, depois, a uma tarde com ainda mais sorrisos e gargalhadas. O cinema escolhido é um daqueles maiorzinhos, do género dos portugueses, e tem como política ser amigo das famílias - quando se levam os miúdos a ver um filme, os pais pagam preço de criança, sempre compensa o facto de serem obrigados a acompanhar os miúdos (se bem que alguns pais, como eu, até gostem bastante de filmes para miúdos, por isso acabam por ser duas vantagens em uma).
A festa correu lindamente, os miúdos deliraram com o presente, e eu, claro, fiquei muito contente por ter acertado. É que isto, com miúdos, nunca se sabe, principalmente quando eles não são todos da mesma idade, uns podem gostar de uma coisa e outros detestar, ou pura e simplesmente alguns acharem-se crescidos demais para desperdiçar o seu tempo com os mais pequenitos. Chegado o dia do filme, instala-se o pânico. Às três e meia da tarde, verificamos que os bilhetes tinham sido comprados para as duas e meia, e não para as quatro e meia. Tarde demais, este filme já ia a meio. Enquanto eu me perguntava mas como é que a funcionária da bilheteira confundiu "duas horas e meia" com "quatro horas e meia", sem conseguir perceber como é que as palavras que eu provavelmente disse se poderiam confundir com o horário que eu nunca teria pedido pois era totalmente inconveniente, decidimos ir na mesma ao cinema, e comprar todos os bilhetes outra vez, pois não queríamos desiludir os miúdos. Ainda assim, fui todo o caminho a tentar imaginar maneiras de ter sido mal interpretada, e a torturar-me por não ter verificado o horário do filme impresso nos bilhetes. Mas porquê, por que é que eu não verifiquei? E como é que se pode confundir "zwei" com "vier" ou "vierzehn" com "sechzehn"... Só se eu disse "vier" e ela percebeu "vierzehn"... Será que foi isso?
Chegados ao cinema, demos uma de portugueses. Explicámos na bilheteira que tínhamos pedido bilhetes para o filme das cinco e meia, mas por algum motivo tinham-nos dado os bilhetes para outro horário, e só reparámos tarde demais. E aí, deu-se o milagre. O funcionário não nos mandou bugiar, não nos disse que o problema era nosso (aliás, meu), não nos disse que devíamos sempre verificar os bilhetes que nos dão. Simplesmente trocou os bilhetes da sessão das duas e meia, que estava a terminar, e deu-nos os bilhetes para a sessão seguinte, a custo zero. E assim, começo a convencer-me que os alemães, em geral (e não só o meu em particular) até são uns gajos fixes.
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sábado, dezembro 09, 2006

portu-alemão

Tão giros. O meu miúdo teve uma fase em que adaptava os verbos alemães que não sabia em português: dizia o verbo alemão com terminação portuguesa. E usava nomes alemães no meio de frases portuguesas, como "Automat" (máquina de vendas). Hoje em dia, anda sempre com o dicionário atrás porque não quer dizer "asneiras", e depois sai-se com outras coisas engraçadas, como dizer "carta" em vez de "mapa" ou "carta de comboio" em vez de "bilhete de comboio".
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Coisas Extraordinárias

O tempo não deveria ser um acontecimento. Muito menos, um acontecimento digno de nota no blogue. No entanto, isto é tão extraordinário que tenho que o deixar aqui registado, para mais tarde recordar. Ontem, 8 de Dezembro de 2006, estavam 15 graus em Munique. Hoje, está a nevar (não vai pegar, mas ainda assim, está a chover neve). E pensar que há um ano atrás já se tinha fartado de nevar por esta altura, e estava regularmente tanto frio (vários graus negativos) que eu tinha dificuldades em abrir e fechar a porta do carro.
Estas diferenças de temperatura que por aqui acontecem muito frequentemente e em poucas horas nunca deixarão de me surpreender.
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quarta-feira, dezembro 06, 2006

Tirem-me deste filme

Eu agora já digo "temos pena". E desconfio que vêm aí coisas piores. Quando andava na primária, dizíamos "um coche", em vez de "um bocadinho". A bola de futebol era de cochum (mas eu faço lá ideia do que é que o cochum será), em contraste com as outras, as bolas "de balão", que eram aquelas que hoje em dia se compram no continente por 50 cêntimos, com muitos desenhos e que saltam demais para se poder jogar futebol a sério com elas (e além disso costumavam saltar para a estrada e enfiar-se debaixo dos carros, deformavam-se, e era difícil tirá-las de lá de baixo). No secundário uns miúdos vindos de Lisboa introduziram o "bué", as coisas eram "fixes" ou então "altamente". E apesar de os outros chamarem aos professores "stôr", eu sempre preferi chamar-lhes "professores", talvez porque tinha um professor que embirrava profundamente com o termo "stôr" e não me apetecia estar a tratar um deles de maneira diferente dos outros.
Agora, recuso-me a acreditar que os putos dos morangos com açúcar falem da mesma maneira que eu, quando era da idade deles. Vejo aquilo, e lembro-me dos "Verdes Anos", os primeiros Morangos com Açúcar (que eu me lembre), com a diferença que não davam todos os dias. Numa das cenas, que nunca hei-de esquecer, um dos rapazes queria explicar a uma das miúdas que gostava dela, e dizia-lhe "gramo-te aos molhinhos", ou coisa que o valha. Lembro-me de na altura ter ficado horrorizada com a expressão: mas como é que alguém, em algum século, se atreveu a dizer coisa tão pirosa como esta?!!!
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Follow the leader

Comprei uma espécie de carimbo que recorta certas formas do papel. Agora, para saber o que é que o miúdo andou a fazer nas minhas costas, basta seguir o rasto de ursinhos recortados.
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Azares

Logo de manhã, cheia de pressa para sair, porque era um daqueles dias em que tenho um compromisso cedo ao qual não posso chegar atrasada, as coisas só podiam correr de uma maneira. Não muito bem. O miúdo vestiu-se e adormeceu no chão a seguir -consequências de ter tubos de aquecimento por baixo da alcatifa. E eu, pronta para sair, ao apertar as botas, tive uma vontade incontrolável de espirrar. Espirrei. E deu-se o acidente. Se alguém está à procura de uma nova maneira de rebentar um botão das calças, aqui está ela. Baixem-se para apertar um fecho ou uns atacadores, e espirrem com toda a força. Não vai haver botão das calças que resista, a não ser que usem calças mais largas que o vosso tamanho normal.
Felizmente havia outras calças em condições para vestir. De qualquer maneira, rebentar a costura de um botão tão perto do Natal, só pode ser mau sinal. Devo estar a precisar de calças novas...
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terça-feira, dezembro 05, 2006

Chiu...

Comecei a ver o pseudo-milionário Pedro quando aquilo dava logo a seguir ao jantar, a horas mais ou menos decentes, e acabava antes da hora de me ir deitar. Não vi os primeiros episódios, achei que era uma parvoíce pegada, mas no fundo, viciada em reality shows que sou, não quis resistir. Ah e tal, eu vejo, mas é só para poder falar mal. (eheh)
E na verdade, há ali meia dúzia de coisas que não compreendo como escaparam. No anúncio do programa (eu não vi os primeiros episódios) a apresentadora diz às candidatas que o Pedro herdou uma fortuna. Até aqui tudo bem. Mais tarde, ele diz às suas "amigas" que sempre viveu uma vida normal, até que um dia ganhou o euro-milhões. Como é que ninguém reparou nisso? Se elas andam atrás do dinheiro, como é suposto, deviam reparar num pormenor tão importante como este. E se a história era ele ter ganho o euro-milhões, então a tvi andou a desperdiçar dinheiro em professoras de etiqueta, não?

O programa está quase no fim. Possivelmente, até acabou ontem, não sei. É que desde que deixei de gozar com o programa e passei a segui-lo com atenção (ou seja, sem estar a fazer sudokus ao mesmo tempo que oiço a televisão), mudaram o horário para tarde e mal, depois de todas as telenovelas e a começar a horas que eu já estou na cama há que tempos. Com ajuda do meu amigo vídeo, tenho gravado o programa para ver no dia seguinte, escapando aos 20 minutos de publicidade do intervalo (ahahahah). E agora, que relevei o meu segredo, que ninguém me diga o final da história, que eu só quer saber logo à noite.
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segunda-feira, dezembro 04, 2006

Mais um blog...

...de um português no estrangeiro. Para quem ainda nao descobriu o Tiago, na Suécia, ora faça aqui uma visitinha a Albarcuel, uma praia na Sibéria. Eu garanto que vale a pena.
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Inédito

Já vi neve em Munique em Outubro. Há quem diga já a ter visto chegar em Agosto. Mas isto é (deve ser) uma estreia: chuva em Dezembro... Mas o que é que está a acontecer???
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sexta-feira, dezembro 01, 2006

Confesso

Após estes anos todos, eu me confesso. Eu sei que estas coisas não se sentem, não se pensam e muito menos se dizem, mas a verdade é como o azeite e tem que vir ao de cima, custe o que custar. Alguém ainda se lembra do Dino Meira? Aquele tipo que cantava "o homem vestido de branco"? Pois ele morreu em 1993... e eu fiquei contente. Já não aguentava mais ouvir aquela música, nem as outras todas que era debitadas pelos rádios do pessoal na praia - sim, naquele tempo ainda não havia ipods e o pessoal levava o rádio para a praia. Ainda demorou talvez um anito até deixar de se ouvir completamente o génio musical do Dino Meira, mas eventualmente, parou. Agora, de castigo, tenho esta música a tocar na minha cabeça, sem parar. O Dino está-se a vingar. Dino, filho vai tocar para a cabeça de alguém que te aprecie, que aqui não és bem vindo.
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Momento minhoca

No caminho para casa, resolvo atormentar o meu mais que tudo.
- Então, convidaste o teu irmão para vir à festa lá em casa?
- Sim, convidei.
- E a namorada dele, também convidaste?
- Sim, claro.
- O quê??? Eu não disse nada sobre convidarmos a namorada dele, ela é uma parva insuportável, porque é que a convidaste???
Aqui ele fica aflito, sem saber o que dizer, a pensar que já meteu a pata na poça e isto agora vai dar problemas que nunca mais acabam...
- Mas... no convite dizia para trazer @s namorad@s...
- Ah pois, eu sei, estava só a brincar...
(ahahahahahahah)
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