terça-feira, maio 31, 2005

Updates

Começo-me a perder aqui no blog. Aquela lista ali ao lado é a minha lista de favoritos, aqueles onde passo quando nao tenho mais nada para fazer, ou quando tenho tanto que fazer que preciso de uma pausa. Há as duas coisas. Ao início ia-os acrescentando por ordem de preferência, ou por ordem de descoberta, mas agora já nao me entendo com a minha própria lista. Eu nao queria nada, mas acho que vou ter que pôr os blogs por ordem alfabética. Já sao tantos, que quando tenho pouco tempo e quero ler apenas "aqueles" dois ou três que tenho quase a certeza foram actualizados recentemente, e já me custa a encontrá-los. Já agora, aproveito a embalagem, e ordeno as categorias por importância (para mim). Primeiro os blogs emigrados, que sao os meu preferidos. Depois aqueles em que passo diariamente (ou quase). Depois os políticos. E finalmente aqueles onde passo de vez em quando, uma vez por semana geralmente.
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É um país livre

Pode-se andar nú à vontade, desde que nao se lave o carro ao domingo.
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Tecnologia?

Sinto-me uma perfeita idiota quando tenho que telefonar para a assistência técnica por causa de alguma coisa no computador não funcionar como devia. Em casa, resolvo todos os problemas e mais alguns. No trabalho, o computador parece pregar-me partidas e rir-se de forma sinistra enquanto telefono a pedir ajuda. Não sei se é o software especial que tem que torna o computador do trabalho tão cheio de carácter (sim, pois), ou se é a hardware que é de má raça. Cambada de 0s e 1s que não se portam como deve ser.
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Só me arrependo

do que nao fiz. E por haver tao pouco tempo, continuo a procurar fazer tudo, antes que se acabe. Devo ter morrido muito nova numa noutra vida. Talvez assim se explique a ânsia de fazer tudo e mais alguma coisa, de saltar do aviao hoje porque amanha posso já nao ter oportunidade. Tenho pressa, muita pressa. E mesmo nesta pressa consigo fazer as pausas necessárias para apreciar o que estou a viver.

Agora a sério. Há muitos anos fui de férias com os meus pais e uns amigos. Fomos para o Algarve, numa terra qualquer onde, logo no primeiro dia, descobri montes de coisas que gostaria de fazer. Mas a minha amiga, mais velha, aconselhou-me a nao tentar fazer tudo logo nos primeiros dias, para depois nao me aborrecer por nao ter nada mais com que me entreter. Caí na asneira de seguir o conselho dela. Passados poucos dias, ainda nao tinha experimentado nada, e apanhei uma doença que me impediu de gozar o resto das férias em pleno. Tudo aquilo que eu queria ter feito no primeiro dia, ficou por fazer. A partir daí, nunca mais esperei. Nao deixo para amanha o que posso fazer hoje. E sei que amanha encontrarei outras coisas para fazer.
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o NON, mais uma vez

Há quase 20 anos que Portugal está na CEE, agora UE. Nesses 20 anos, houve muitas coisas boas. Mas nos últimos tempos, as condiçoes têm-se vindo a degradar. É o desemprego, sao os fundos que se vao, sao os políticos corruptos, sao as culpas da UE quando as coisas no país vao mal, é o alargamento a países muito mais pobres, feito à velocidade da luz, é o novo alargamento para muito breve, demasiadamente breve. Nunca fomos tidos nem achados. Nunca ninguém quis saber se os europeus concordavam com esta ideia de Europa, a juntar-se à velocidade da luz, ricos com pobres, pobres com paupérrimos, cada vez mais a nivelar-se por baixo. Quando nos juntámos ao clube, o objectivo era que todos passássemos a ser como os ricos - ou nao era? - agora, parece que o objectivo é que todos passemos a ser como os pobres, ou os paupérrimos. Há autoestradas, há o euro, há a livre circulaçao, mas os impostos continuam a ser diferentes e os salários continuam a ser diferentes. Aqueles em quem votamos nao sao aqueles que decidem.
E finalmente, quando nos dao uma hipótese de escolher, encostam-nos à parede. Porque temos de ser a favor. Porque já recebemos tanto, é a hora de outros receberem. Porque nao podemos ser egoístas. Porque os seres magnânimos que decidiram oferecer-nos a oportunidade única de nos pronunciarmos sabem melhor do que todos nós, o que é melhor para nós.
É por isso que estou pelo nao. É a única oportunidade de exprimir o meu sim à Uniao Europeia, mas o nao à maneira como tem vindo a evoluir. E o nao à maneira como parece que querem que evolua. Nao é que esteja contra a entrada de mais países. Mas nao à velocidade a que foi feita, e que estes políticos querem que continue a ser feita. Nós ainda nao chegámos aos calcanhares dos países ricos. Utopicamente, quando fôssemos ricos, faria sentido alargar a UE para ajudar os outros a ficarem ricos também. Mas enquanto a bitola estiver por baixo, nao me parece. Ainda estou a ouvir o senhor da Philips, a tentar recrutar engenheiros em Portugal, ameaçando-os que na Polónia um engenheiro custava 35 contos por mês. Por este andar, daqui a nada estamos todos a ganhar 35 contos por mês. Ou menos.
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segunda-feira, maio 30, 2005

Aumentar o quê?

Sic notícias, à hora a que eu chego a casa. Contando com a diferença horária, mais a diferença de horário de trabalho, era uma hora em que só os reformados e desempregados portugueses estao em casa. E mesmo esses, nem todos.
Nao sei quem era o homem. Se era jornalista, político, ou outra coisa qualquer. Mas dizia uma coisa que me pareceu acertada. Dizia que, e cito de cor, nós pagamos o IVA às empresas, mas há empresas que nao pagam o IVA ao Estado, e consequentemente nao pagam o IRC ao Estado. Mais coisa menos coisa, era isto. E agora, nas minhas palavras. Nao só nós pagamos mais pelos produtos e serviços, como o aumento principal se deve ao IVA, este nao conta sequer para a inflaçao (e consequente ajuste dos salários), e ainda para mais há empresas que o metem ao bolso. Ou seja, o zé povinho paga, aperta o cinto, e algumas/muitas empresas engordam à nossa custa. As empresas nao, perdao, os donos das empresas. É que as empresas, essas, toda a gente sabe que estao todas à beira da falência, que os empregados nao produzem nada, e estao sempre a faltar por doença. E os subsídios para contratar estagiários, que estao por lá 6 meses e nao fazem nada, e depois têm que ser substituidos por outros... Já estou a divagar. Quanto é que é o IVA mesmo? Por cá, 16%. Mas já se fala em aumentá-lo para 20%, porque vêm aí eleiçoes e é preciso meter a mao no bolso ao pessoal. Ainda estou para ver se algum político vai prometer que nao vai aumentar o IVA, e depois das eleiçoes fazer o contrário. É que estou mesmo a ver...
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Hoje sou assim

Se tiver de escolher entre a maneira fácil, e a difícil, de fazer uma tarefa, escolho a fácil. E nem compreendo porque é que tantas vezes escolhi, e escolherei, a difícil.
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Non

É o que acontece quando se dá voz ao povo. Às vezes, este acorda da letargia.

Pacheco Pereira, no sítio do não:
"Foi assim que foi escrita a Constituição, por cima de tudo e de todos, ao serviço de uma mistura de ideias abstractas de pura engenharia política e interesses muito reais."
"Nunca lhes passou pela cabeça, repito, nunca, jamais, em tempo algum, lhes passou pela cabeça, que isto poderia acontecer."
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Merci

Tenho que dizer que fiquei contente com o resultado do referendo francês. Não é porque discorde da constituição em si (embora discorde com alguns pontos), mas porque discordo da maneira como a UE tem vindo a ser construída, e com a evolução que tem vindo a levar nos últimos tempos. Desde a directiva Bolkestein, até ao facto de muitas coisas serem decididas por políticos que não foram eleitos pelo povo (quem é que votou no Barroso para presidente? eu não fui, e vocês também não), a esta Europa se transformar numa Europa das empresas, em que a igualdade é uma miragem. Onde os impostos e os salários não são como deviam ser - iguais - e onde a "integração" apressada de uma enorme massa de gente tem efeitos benéficos sim, mas apenas para aqueles que exploram mão de obra barata. Perguntem aos europeus, na rua, o que é que eles conhecem dos países vizinhos. E depois perguntem o que é que eles conhecem dos vizinhos mais longínquos, dentro da União.
Esta união de políticos, que decidem tudo sem consultar ninguém, tinha de receber um sinal que isto assim não está bem.

Já agora, da tal Constituição: "Artigo III – 336° - “O Parlamento Europeu realiza uma sessão anual, reunindo-se por direito próprio na segunda terça-feira de Março.”
Uma sessão anual? Não é para o parlamento que a gente vota? Uma sessão anual???
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domingo, maio 29, 2005

Observando os nativos

Logo de manha a minha vizinha passeia-se em frente à casa dela, em calçoes muito curtos e soutien de desporto, branco, reforçado.
A minha vizinha tem uns 60 anos.
Outro dos meus vizinhos passeia-se em cuecas - sim cuecas, nada de boxers- pelo seu próprio jardim. Ele também anda pelos 60 anos...
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"Ai ai, parti para longe
Ai ai, para lá do mar"



No quarto dia de calor a sério (temperaturas à volta de 30 graus), é disto que eu sinto falta.



E disto.
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sexta-feira, maio 27, 2005

Aculturaçao

Vejo uma brincadeira com a palavra "dick" e penso logo no significado em alemao, "gordo".
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quinta-feira, maio 26, 2005

Porque me apetece





Porque quando se fala de discriminaçao dos homossexuais, as ilustraçoes a acompanhar sao quase sempre de lésbicas. Porque homens aos beijos é que realmente incomodam as pessoas, possivelmente por acharem que às lésbicas falta alguma coisa (homem, subentende-se), ou porque duas lésbicas aos beijos é uma coisa que se vê no cinema a toda a hora.
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Finalmente, o tal questionário sobre música!

Encontrei este num blog qualquer (desculpem lá, mas já nao me lembro onde, que isto ficou para aqui gravado em draft), e roubei-o, porque era mesmo um questionário deste género que eu queria responder desde há uns tempos, e ver as respostas de outras pessoas. Isto porque gosto muito de música, e ultimamente nao tenho descoberto novas bandas, novos CDs, nada de nada, talvez porque as rádios de cá deixam muito a desejar. Ora vamos a isto.

Tamanho total dos arquivos de música no meu computador?
Na realidade nao sei. Pouco. Normalmente faço cópias de coisas que tenho em CDs (originais) para ouvir no carro ou entao fico com algumas músicas que descarreguei/gravei do original para juntar a vídeos. Os meus tempos aúreos dos mp3 acabaram-se. Mas posso dizer que sempre que fiz download de um álbum inteiro e gostei, comprei o original mais tarde. Por exemplo, Greenday - Warning, e U2 - All that you can´t leave behind.

Último disco que comprei:
Foram os dois da Norah Jones. Acho. It´s been a while...

Canção que estou a escutar agora
Nenhuma. Quer dizer... Um som composto pelos pássaros, que nao se calam todo o santo dia, e a ventoinha do computador.

5 canções que ouço frequentemente ou que têm algum significado para mim
Vou por isto por bandas, que é mais fácil. Ultimamente andam no leitor CDs dos INXS, Humanos, Prince, James e Sétima Legiao. Dos INXS, a minha favorita é o Suicide Blonde, dos Humanos, a Maria Albertina (cantada em coro por mim e pelo meu filho, e em repeat pelo menos 3 vezes), do Prince, o Strollin', dos James, o Sit Down, e da Sétima Legiao, o A Norte do Mundo... ou Os dias do Futuro.

E como não quero ser menos do que o meu predecessor, aqui lanço o testemunho a outros cinco bloggers:
Na verdade eu gostava mesmo que toda a gente que ler isto respondesse. Por isso nao vou nomear ninguém.

Razões para a escolha:
Gostava de me lembrar de outras bandas ou músicas de que gosto mas que nao tenho em CD. E porque, como já tinha dito, queria descobrir bandas novas ou músicas novas, que as minhas antigas referências já nao estao disponíveis.
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Telemarketing

O primeiro e mais imediato efeito de ter o número de telefone listado, é tornarmo-nos o alvo primordial das empresas de telemarketing. Como é o meu mais que tudo que vem na lista (eu nao quis sujeitar-me a isso, mas acabo por levar por tabela), é por ele que perguntam os queridos operadores. Se ele está, passo-lhe o telefone, com um sorriso de "toma lá que é para aprenderes". Se ele nao está, digo que telefonem mais tarde. No entanto quando algum desgraçado me pergunta se está a falar com a "Sra. Mais-que-tudo", leva a resposta standard: "Que eu saiba, nao há Sra. Mais-que-tudo". Normalmente ficam suficientemente embaraçados e a conversa termina ali.
Entretanto as empresas de telemarketing aderiram a uma moda nova. Têm umas cassetes a debitar a sua mensagem. Normalmente ouço o "Hallo und herzlich..." antes de desligar, ou nem isso. Mas o que é verdadeiramente irritante é telefonarem ao sábado de manha, quando uma pessoa ainda está na cama. É que com uma cassete nao vale a pena discutir.
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Impostos sobre as gajas

Hoje estou para aqui virada.
Tanta coisa por causa dos impostos das fraldas baixarem para a taxa mínima de IVA, porque nao era justo, e tal e coiso. Se bem me lembro, isso até deu asneira da grossa, porque a lista de produtos aos quais pode ser aplicada a taxa mínima de IVA é definida pela UE, e as fraldas nao fazem parte da lista. Porque é que, ao levantarem a lebre do IVA sobre as fraldas, ninguém falou sobre o IVA dos pensos higiénicos e dos tampoes? Deve ser porque só as gajas é que usam disso. Discriminaçao, é o que é.
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Sócrates

Independentemente de concordar ou nao com o que andava a fazer o primeiro ministro, independentemente de gostar ou nao da entoaçao que ele dá ao seu discurso, uma coisa é certa. O homem fala bem. Responde às perguntas com um discurso nitidamente estruturado, preparado, coerente. Faz passar a mensagem. Faz boa figura. Ou se calhar é o efeito Santana - qualquer político que viesse a seguir seria forçosamente melhor.
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Se o IVA sobe 2%, e outros impostos também aumentam, e se os salários ainda para mais ficam mais ou menos congelados (se subirem à taxa inferior à da inflaçao, como de costume, o valor real desce), quer dizer que as pessoas têm menos dinheiro para gastar. Se as pessoas têm menos dinheiro para gastar, ou poupar, ou pagar os empréstimos, isso quer dizer que as empresas têm menos dinheiro disponível a receber. Sendo assim, quem é que fica a ganhar? O Estado? As empresas? As famílias? Ou quem foge ao fisco?
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Estava a ver um senhor na televisao a dizer que até agora, a uma família que vivesse a 50 km ou menos de Espanha compensava passar a fronteira para se ir abastecer. E que a partir de agora, ou melhor, a partir do momento em que forem implementadas as novas medidas anunciadas pelo governo, essa distância aumenta para 100 km. Eu digo mais, se o estado da naçao continuar a evoluir da mesma forma, daqui a poucos anos compensará, para todas as famílias portuguesas, ir a Espanha fazer as compras. A gasolina é mais barata, e os preços sao mais baixos, e ainda têm o bónus de ir passear. Entretanto os centros comerciais portugueses continuarao cheios de gente a ver montras.
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quarta-feira, maio 25, 2005

O amigo Sócrates

O meu pai não cabe em si de contente. Já não bastava não lhe aumentarem o ordenado há uns anos, agora as carreiras na função pública vão ser congeladas. Ah, e os impostos a aumentar. O que lhe vale é que é um gajo responsável, o meu pai, que poupou no tempo das vacas gordas, preparou a descendência para a vida, e sabe viver com o pouco que tem. O meu pai dava um bom ministro das finanças. De gestão sabe ele, que só gasta o que tem, nunca pede emprestado, e sabe-se precaver para o futuro. Não é nada como esses políticos que por aí andam, que gastam o que não têm, endividam-nos, e esbanjam o dinheirinho que nós lhes damos.
O meu pai só fica chateado com uma coisa. É que ele andou toda a vida a descontar para a reforma e para a segurança social. E, ao contrário de muitos que nunca pagaram e depois receberam, o meu pai arrisca-se a pouco ou nada receber. E a cada ano, a cenoura da idade da reforma se afasta mais um pouco. Ele vê-a, consegue até cheirá-la, mas de cada vez que se aproxima, há um político que a afasta só mais um pouco. O que vale é que o meu pai é um gajo pacífico. Mas cada vez que o ameaçam que uma empresa privada irá fazer o trabalho que ele faz, pelo dobro ou mais do que o que agora está a custar ao Estado, ele não acha graça nenhuma. Deve ser o ministro das finanças que há nele.

*qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Toda a gente sabe que não há nenhuma cenoura da idade da reforma.
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Festas

Está um belo dia de sol, perfeito para festejar os meus anos - sim, mais uma vez, nunca é demais festejar, e além disso as segundas, terceiras e subsequentes festas de anos têm a vantagem de continuar com o mesmo número de/nas velas. :)
A festa vai ser rija, com muitos amigos, comida, bebida, música, e videos (um slideshow das fotos da Madeira é ideal). Quase todos os convidados confirmaram a sua presença, excepto alguns miseráveis, que ousam estar fora do país nesta ocasião única (a minha terceira festa de anos de 2005). E um outro, que me deu a desculpa mais gira que eu já ouvi. Eu percebo que eu sou uma gaja gira, maravilhosa, cheia de atributos. Eu entendo que quem me conhece não consiga parar de pensar em mim, ou de falar em mim, principalmente quando não está à minha beira. Eu compreendo perfeitamente que, quando os meus amigos falam de mim a pessoas que não me conhecem, essas pessoas fiquem cheias de vontade de conhecerem um ser tão alegre, simpático, divertido, lindo, em suma, maravilhoso - eu. Por isso, não tenho dificuldade em aceitar que a namorada deste meu amigo lhe tenha dado um golpe. Como ela não me conhece, só de ouvir falar em mim, gelou de medo. Não consegue conceber como é que entre o meu amigo e eu só haja amizade. Portanto, ao saber que iria haver uma festa de anos - minha, tratou muito rapidamente de lhe arranjar outros planos - mesmo que esses planos envolvessem sair do país. O meu amigo está cheio de pena de perder a festa. Eu também tenho pena que ele não venha. Mas da próxima vez que ele me convidar para a festa de anos dele, espero que a namorada esteja lá. Só para ver que eu não sou nada ameaçadora. É que ela não sabe que eu já tenho o melhor homem do mundo. Por mim, ela pode ficar com todos os outros.
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Nota mínima

Parece que finalmente se começa a fazer alguma pressão no sentido de excluir do ingresso no ensio superior quem não atingir a nota mínima no exame de acesso (no dn de ontem). Em princípio, concordo. Como é que quem nem sequer atinge a nota mínima na cadeira fundamental para o curso que escolheu pode estar preparado para fazer esse curso universitário? Como é que alguém que não sabe matemática e física vai fazer um curso de engenharia? Como é que alguém que não sabe matemática, fazer um curso superior de matemática? Não faz, não é? Tanta gente que vi, anos e anos a arrastar-se pelos corredores da universidade, que já lá estavam quando eu entrei e ainda lá ficaram quando eu saí. E tantos outros que após vários anos de chumbos foram forçados a voltar para as suas terras.
Não é elitismo. É lógica. Quem não consegue a nota mínima, não está ainda preparado. E quem quer entrar na universidade, tem que se mentalizar, tem que se esforçar, porque é preciso saber, aprender, e trabalhar. Fazer um curso superior (público, atrevo-me a acrescentar) não é fácil. Mas se se entrou no curso sem a nota mínima na disciplina que é base para todo o curso, então ainda mais difícil é a tarefa.
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terça-feira, maio 24, 2005

Mercado

Em Portugal era raríssimo ir a um mercado. Quando morava com os meus pais, essas compras eram feitas pelo meu pai, e desde que me mudei de lá que faço as compras todas em supermercados. Por terras de nativos nús, o hábito manteve-se, mas as excepções aumentam a olhos vistos.
Há uns tempos, num daqueles dias solarengos em que tenho que sair à hora de almoço para aproveitar, descobri o Viktualienmarkt. Descobri, não porque não soubesse que existia, mas descobri-lhe um certo encanto, nas gentes que por lá andam, nas tendas, nos vendedores de tudo e mais alguma coisa. A loja do mel, as tendas da fruta, os vendedores de objectos para o jardim (?), as cores e os cheiros. Isto, sempre acompanhada da minha sandocha de salsicha gigante (só vendo) e mostarda doce.
Vindo o tempo quente, dão-me as saudades de certa comida "de verão". Nomeadamente, de grão de bico com atum, ou de feijão frade com atum. Mas por mais que procure, não consigo encontrar estes tipos de feijão no supermercado. Parece-me que por cá o feijão não é muito apreciado. Felizmente, num destes meus passeios de hora de almoço solarenga, apercebi-me que no mercado há umas tendas que vendem diversas variedades de feijão. E hoje lá fui, com esperança de encontrar tais preciosidades. Dei a volta a várias tendas - já não me lembrava onde tinha visto o feijão da última vez - até que os encontrei. Estavam quase escondidos, atrás da "montra" principal, em diversos sacos, feijões de todo o género e feitio. Incluindo grão de bico da Turquia, e o feijão frade (Augenbohnen - feijão de olho) vindo da África do Sul. Ao ver os países de proveniência fiquei a pensar que afinal os feijões são mais especiais do que eu pensava. É pena não ter encontrado por lá um bacalhauzinho para acompanhar. Ao menos o atum em lata existe em qualquer supermercado. Que bem que me vai saber!
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Chegou o Verão

Nos próximos dias o Verão vai estar por cá. Espera-se sol e muito calor, e alemães nus nos locais habituais - à beira rio e nos parques. Com o feriado e o fim de semana prevêem-se muitas actividades ao ar livre, como andar de bicicleta, jogar basquet, e andar de patins em linha. Futebol, só se houver mais miúdos disponíveis para jogar com o meu, que da última vez que jogámos os dois, mandou-me uma bolada com tanta força que fiquei com o tornozelo inchado por dois dias.
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segunda-feira, maio 23, 2005

Blog do dia

Bem, este aposto que quase toda a gente conhece, afinal já tem um livro e tudo! Não posso dizer quase nada sobre este blog correr grandes riscos, por isso fico pelas apresentações básicas: a rititi escreve de Espanha, e eu quando for grande quero escrever como ela. Se não puder ser, pelo menos quero continuar a rir-me com as coisas que ela escreve. Pronto. Quem conhece, já sabe como é, quem não conhece que vá ler, é muito giro, e faz bem à saúde*. Recomenda-se uma dose por dia.


*toda a gente sabe que rir é o melhor remédio, e também a melhor prevenção
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domingo, maio 22, 2005

Maio

Está uma trovoada daquelas sério. Os trovoes sao uns atrás dos outros, uns ao mesmo tempo que outros, sem parar. Os relâmpagos sucedem-se a uma cadência rápida, agora um, agora outro. Alguns sao tao fortes que iluminam tudo, como se de repente o céu fosse um estádio e tivessem ligado as luzes todas. Outros sao mais fraquitos, apanho-os pelo canto do olho enquanto escrevo no computador. Chove com força, como se fosse a vingança de ter estado um dia quente, coisa que os bávaros têm que pagar caro.
Estou para aqui a arriscar a minha sorte. Toda a gente sabe que os computadores e outros electrodomésticos devem estar desligados das fichas quando há trovoadas. Provavelmente, amanha ainda vou ter os meus arquivos em ordem. Nao é uma trovoadazita qualquer que me assusta. Mesmo esta, forte, sonora, cheia de relâmpagos. Pergunto-me onde irao parar todas estas descargas eléctricas.
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Burano e a igreja inclinada



Burano é uma ilha que fica perto de Veneza. As casas, bem cuidadas, têm todas as cores do arco íris. Ali parece que a única regra é que a casa nao pode ter a mesma cor da do vizinho.
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sábado, maio 21, 2005

Emigrantes de luxo?

No pendular:
"São vários os meus colegas de geração que optam por ir trabalhar para o estrangeiro, porque lhe surgem oportunidades em que são valorizados, em que têm perspectivas de crescer. É a nova vaga da emigração, em vez da mala de cartão, o laptop, pda e telemóvel, um bilhete de ida sem saber se haverá regresso."

Eu nao o podia ter dito melhor.
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Já nao tenho idade para isto

Um dos molares está a tentar sair cá para fora. Quer dizer, para fora da gengiva. Dói que se farta. O gelado (hmmmmmmmmmmmmmmm) ajuda a aliviar a dor, mas nao posso estar sempre a comer gelado. Ou posso? Pelo sim pelo nao, vou fazer mais. Próximo sabor: melao.
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E agora para algo completamente diferente

P u t a nao é um palavrao. É uma palavrinha. Só tem quatro letras.

(Nunca tinha escrito um palavrao neste blog, que me lembre. Agora também nao escrevi. Estao a ver o espaço entre as letras?)
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sexta-feira, maio 20, 2005

Os melhores gelados do mundo


Sempre gostei de gelados. Mas desde que estive em Itália pela primeira vez, que adoro gelados de fruta artesanais. Os gelados italianos "feitos em casa" sao do melhor que há. E, por incrível que pareça, facílimos de fazer. Basta ter os ingredientes certos, e uma varinha mágica, quer dizer, o instrumento apropriado: uma máquina de fazer gelados, como a da imagem (uma pechincha, na amazon, menos de 40$).
Por exemplo, os meus favoritos:

Ingredientes básicos:
250ml de leite (eu uso meio gordo)
180 gramas de açúcar (a receita dizia 200, mas fica muito doce, e de qualquer maneira já faço tudo a olho, pois perdi as receitas há anos)

Conforme o sabor que se quiser, junta-se a fruta, por forma a que, no total, a mistura tenha menos de 800ml. É essa a capacidade da minha máquina, e se a mistura tiver maior capacidade, o gelado sai por fora da máquina, o que nao convém nada.
Por exemplo: para gelado de banana, juntam-se 200-250 gramas de banana. Se for de morango, têm que ser cerca de 400 gramas de morango. Acabo de fazer um gelado de frutos do bosque (vinham todos misturados numa caixinha, congelados), com 300 gramas de fruta - a caixa toda, basicamente. O gelado de melao também é delicioso, mas nao sei de cor quanto melao leva, só sei que nao é o melao inteiro! :)

Misturam-se os 3 ingredientes com a varinha mágica (será que há outro nome para aquela coisa que desfaz tudo o que se lhe poe à frente, quer dizer, por baixo?), deitam-se na máquina de fazer gelados, espera-se cerca de 25-30 minutos... e o milagre acontece. Convém meter no congelador umas horas antes de comer, mas o próprio acto de rapar o tacho é delicioso. Et voilá, está pronto um dos melhores gelados do mundo. Sem corantes, sem conservantes, sem natas, e sem açúcar em excesso. Aposto que até faz emagrecer! :)

[Adenda:] Para o gelado de frutos do bosque é melhor só usar cerca de 200gr de frutos (mais para menos do que para mais). O gelado de melao leva cerca de metade do dito.
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Finalmente o fim

A propósito deste post da minhoca.
Uma das coisas que mais me mete impressão por cá, é a publicidade ao tabaco. É que não se limitam a ter uns cinzeiros com umas marcas lá escritas, ou aproveitar as máquinas de tabaco. Não. Há anúncios gigantes por todo lado. Vamos ao cinema, e antes do filme somos brindados com diversos anúncios que nos mostram o quão maravilhosa é a vida com um cigarro na mão. É quase criminoso, aliciar assim as pessoas para um vício que mata. Claro que na versão alemã "fumar pode matar". Mas quem se importa com isso, quando se vêem as pessoas tão felizes, bonitas, sorridentes, e tudo por estarem a fumar?
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Está quase

Mal posso esperar pelo fim de semana. O plano, para sábado e domingo de manhã é: levantar cedo (10 ou 11 horas), tomar o pequeno-almoço, e depois, continuar a dormir no sofá. É que eu não sou de ficar na cama o dia todo!
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quinta-feira, maio 19, 2005

Ano novo, vida nova

Quando era miúda, sempre quis ter cabelo comprido. Mas nao tinha sorte nenhuma, a minha mae tratava de encomendar à cabeleireira cortes o mais curtos possíveis. Num ano tive o cabelo tao curto, que passei o inverno com as orelhas geladas. Assim que cheguei à maioridade (em termos de cortes de cabelo), deixei-o crescer até mais nao. Quer dizer, cortava-o poucas vezes (umas 4 vezes por ano), apenas as pontas, e ele foi crescendo, crescendo, até atingir o meio das costas, na altura em que esteve mais comprido. E eu habituei-me a esse look, e nunca me atrevi a mudar. Numa daquelas alturas de maluqueira, pintei-o de vermelho, outra vez pintei-o de roxo, mas nunca fiz cortes radicais. Mas ou a minha vida se tornou tao monótona que já nao tenho outras coisas com que me entreter, ou entao acabo de descobrir o prazer de mudar de imagem. Às vezes corre bem, outras vezes corre mal. Fiquei a saber aquilo de que já suspeitava: o farandol nao sai após 6 a 8 lavagens, apenas fica mais claro, e certas cabeleireiras nao sao de confiança. E à próxima faço uma máscara ao cabelo no dia anterior a uma destas mudanças de estilo, para depois nao sofrer no couro cabeludo. É que é preciso muita coragem para aguentar tanto puxa e estica.
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Coisas simples

Como pôr uma aniversariante aos saltos de contentamento:
- oferecer-lhe uma embalagem de Milka.

Simples, não?
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Balanços

Há três alturas no ano em que tudo parece começar de novo. A primeira, em Setembro. Acabaram as férias, a escola recomeça, todos estamos cheios de energia. A segunda, no ano novo, por ser um início oficial. Na realidade, acaba por ser é uma festa de "fim de festas", e início de um tempo mais calmo, de repouso. Ou então não... Há sempre pessoas que aproveitam para recomeçar, adoptando resoluções de ano novo. E a última, para mim, são os meus anos. Adoro fazer anos. Gosto tanto, que festejo várias vezes. Como tenho um pé em Munique e outro em Portugal, fico logo com desculpa para pelo menos duas festas. E estamos na primavera, há sol, e energia positiva no ar. É tudo novo, e eu também.
É raro lembrar-me de quantos anos tenho. Se não fosse o meu miúdo, provavelmente ainda andava a dizer às pessoas que tenho uns 20 anos, pura e simplesmente porque me esqueci em quantos vai esta conta. Não é por ter o mínimo problema com a idade que tenho. É simplesmente porque quando me começo a habituar a uma idade, já mudei para outra. É o tempo que passa muito depressa, ou talvez o facto de a idade ser irrelevante para o meu modo de estar na vida. Consigo imaginar-me com 70 anos, a festejar o meu aniversário umas 3 ou 4 vezes, e a continuar a fazer as coisas que faço hoje - quer dizer, menos trabalhar, que aos 70 anos já dei a minha contribuição para a sociedade. E provavelmente, a pensar que ainda tenho para aí 50.
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Acabaram-se as mini-férias

Já cá estou outra vez. O blog segue dentro de momentos.
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sexta-feira, maio 13, 2005

Vou ali e já volto

Sao só uns dias. Entretanto, fiquem com esta prenda:


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Quem, eu?

Vi isto na Rita Catita, e sendo fã do Seinfeld, claro que tinha que fazer. Não posso dizer que esteja surpreendida com o resultado.




Que personagem do Seinfeld é você?
Trazido a você por Soul Fire

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Especulações...
ou: então ninguém fala disto?

Imagino alguém a fazer uma aposta com um amigo. Assim uma coisa arrojada. Um Zé-ninguém, que conhece a natureza das pessoas - ou pelo menos de um grupo de pessoas - e tem uma boa ideia. O Zé aposta que consegue criar um site na internet, obter pelo menos 10000 visitas (não hits) e pelo menos 100 links de outros sites no tempo limite de dois meses. Difícil? Depende.
O Zé teve uma bela ideia. Publicitou o seu site não junto dos seus amigos, mas junto de todos os blogs pequenos e pessoais. Perguntou-lhes, como quem não quer a coisa, se não queria passar pelo seu novíssimo e especial blog. Lançou-lhes uma bela isca - e todos se apressaram a morder o anzol .
A ideia não era nova, já tinha sido usada muitas vezes na blogoesfera portuguesa. Mas desta vez foi utilizada em larga escala, com um blog sendo criado propositadamente para esta única ideia.
Primeiro o Zé atraiu um número suficiente de espécimens, que pôs em exposição. De seguida, criou uma montra semanal onde dava especial destaque a um número reduzido desses espécimens. Passava nos blogs-espécimens a pedir-lhes que colaborassem na exposição. E eles alegremente faziam de tudo para ajudar o Zé.
Até que um dia, o Zé atingiu o objectivo. Ganhou a aposta, e desapareceu da internet sem dar cavaco a ninguém. Ainda houve quem tentasse espernear, sentindo-se abandonado pelo Zé, nas já não havia nada a fazer. A última mensagem do Zé para os seus espécimens foi: eu voltarei.

Nota 1: as situações foram exageradas. A gerência não se responsabiliza pela disposição matinal da autora do texto.

Nota 2: Apesar de os termos "blogosfera" e "blogoesfera" serem usados frequentemente, não foi encontrada uma entrada no dicionário online que correspondesse a algum destes termos. Assim, não se sabendo qual será o mais correcto, atirou-se uma moeda ao ar que decidiu a questão.
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quinta-feira, maio 12, 2005

Um regalo para a vista

Este rapaz está em todas. Vi-o todos os dias, durante um mês, em todas as paragens de metro e de autocarro. Agora desapareceu sem dar cavaco. Isto não se faz...
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Pré-aniversário

O que é que é pior? As gajas que passam a vida no ginásio, na depilação, no cabeleireiro, nas massagens, na natação, quiçá ainda em certas clínicas da moda, tudo para iludir a passagem dos anos, ou os gajos, que chegam aos 40 anos e as trocam por uma de 20?
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Misturas

Comprei uma embalagem de chá "6-Kräuter-Mischung". Pensava eu que teria uma mistura de 6 ervas aromáticas em todos os saquinhos. No entanto alguém se enganou. Os primeiros dois saquinhos originaram um líquido amarelo-esverdeado, mas o terceiro saíu avermelhado. Será que a mistura afinal é dos sacos (um de uma coisa, outro de outra), em vez de ser dentro dos sacos (6 ervas misturadas no mesmo saco)? Ou será que este terceiro saco foi um engano da máquina que põe os saquinhos nas caixas?
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quarta-feira, maio 11, 2005

Blog do dia

Descobri a mariah através do extinto "na blogosfera" (só em especulaçoes sobre o porquê do desaparecimento deste blog dava para escrever um post daqueles...). Fui ver o blog dela quando esteve a votos, e gostei. Deixei lá um comentário (porque gosto de mandar o meu bitaite, tanto na minha casa como na dos outros), e ela veio até cá também.
Costumava ir lá dar através do link no "na blogosfera", e por isso quando esse site desapareceu fiquei por uns tempos sem lá ir. Pois, como devem imaginar, a minha memória só guarda a informaçao estritamente necessária - se sei uma maneira de ir dar a um sítio, nao vou decorar 10 alternativas...
Fiquei com vontade de voltar lá mais assiduamente, e tive que procurar a mariah na cache do meu computador (em casa), e no google (no trabalho). E agora que a voltei a reencontrar, vai ali para os links, que nao a quero voltar a perder.
A mariah escreve que se farta. Quer dizer, farta-se de escrever. E tem sempre umas coisas giras para contar. Vao ver. Se eu me dei ao trabalho de escrever o post "blog do dia" mais longo até hoje, é porque vale a pena. Ou nao?
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Importa-se de repetir?

Segundo episódio da terceira série do gato fedorento. Jesus, em conversa com os discípulos, procura encontrar novas maneiras de fazer passar a mensagem. As parábolas estao fora de moda, e eles tentam encontrar novas figuras de estilo. Um deles sugere a troca entre o sujeito e o predicado. Na realidade, o que Jesus faz é mandar o verbo para o fim. Depois de experimentar várias vezes, a conclusao a que chega: "isto é estúpido".

(Nota: "isto", é normalíssimo no alemao. E o pior é que às vezes se lêem frases gigantescas e só no final é que vem o verbo, ou seja, a acçao. Se a frase for muito longa, é provável ter que voltar a ler do início, depois de conhecer o verbo...)
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5 minutos? Era bom era...

A Joana mandou-me responder a este questionário, e eu, como sou muito obediente (quando me apetece), cá estou a fazer a minha parte.
Agora lá porque ela demorou 5 minutos a responder, não quer dizer que eu demore o mesmo. Até porque com a minha tendência para divagar/desconversar, tudo demora mais tempo.

QUE FAZES NESTE MOMENTO?
Então não se está mesmo a ver? É obvio que estou em frente ao computador, as duas mãos no teclado, a responder a 5 dedos a este questionário. Por mais que tente, não consigo escrever com os dedos todos. Mas mesmo assim tenho uma boa velocidade, comprovada por vários jogos de clicar em letras ou escrever palavras num tempo limite do Yahoo. Qual é que era mesmo a pergunta?

QUE PLANOS TENS PARA ESTE FIM-DE-SEMANA?
Fim de semana!!! Mal posso esperar... Vou sair daqui, para uma terra de sol e calor (desde que estou em Munique, qualquer temperatura acima de 19 graus é calor), ver amigos, família, e festejar um aniversário - o meu. Passear, fazer compras (preciso urgentemente de sapatos novos), apanhar sol, e pôr a conversa em dia. E comer natas, bolas de berlim, queijadas, tartes, tremoços, presunto, e bacalhau de várias maneiras e feitios.

QUE COISAS TE CAUSAM STRESS NESTE MOMENTO?
Stress? O que é isso? Lá porque tenho 2045 coisas para fazer hoje e só ainda consegui tratar de 35 e 1/2, isso não quer dizer que esteja preocupada. Afinal de contas, tenho um e-ticket para as minhas mini-férias, nada me pode incomodar.

QUE FIZESTE DESDE O ACORDAR ATÉ AGORA?
Trabalhei claro! Quer dizer... verifiquei ao milímetro a conta do cartão VISA (já não fazia a mínima ideia de onde vinham aqueles valores e quem é que tinha ficado com o meu dinheiro), discuti com a senhora da agência de viagens (no bom sentido, ela diz que está tudo bem, e eu desconfio que não, e se depois as coisas correrem mal, eu sei onde ela trabalha...), fui almoçar, bebi um chá verde que me deixou toda mole, e agora estou para aqui a responder a isto. O que eu gostava mesmo de ter feito era de ter lido os blogs todos da minha lista e ter trabalhado um bocado mais... mas quem é que resolvia os meus assuntos pendentes, hem? Preciso de um assistente pessoal...

A QUEM IRÁS PASSAR ESTE TESTE FANTÁSTICO?
Já acabou? Fixe! Mesmo assim já estou aqui há 13 minutos a escrever... Ora deixa cá ver... Eu na verdade preferia passar outro questionário, um sobre música, mas ainda ninguém o escreveu e eu agora não tenho tempo (mais um item para a minha lista). Portanto, aqui vai. Vou passar ao João André, para ele não dizer que não tem sobre o que postar, à correio verde, porque nunca lhe passei nada, e à Loucura, cuja saga sobre o amor anda a fazer furor na blogosfera.

Eu gostava mesmo era de responder (e ver respondido) um destes questionários mas sobre música...
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Fotos na internet

Alguém pôs na internet fotos minhas e do meu filho. Sim, num blog, aliás, num fotoblog. E sem pedir autorização. Estou lixada. Se eu quisesse as minhas fotos na net, e as do meu filho, tinha-as publicado eu. Isto não se faz.
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terça-feira, maio 10, 2005

Impressoes de Veneza



Uma cidade construída em cima de estacas plantadas a sete metros de profundidade. Com cerca de 200 ilhas inseridas numa lagoa, é uma cidade diferente das outras. Na realidade mal se dá pelas ilhas, mas se tivermos em conta que cada ponte liga uma ilha a outra, aí a realidade atinge-nos.
Os residentes locais, contam-se como sendo uns 60 a 70 mil, e sao difíceis de encontrar. Podem-se ver no mercado, por exemplo, e suponho que os serviços da cidade - restaurantes, lojas, transportes - sejam prestados em grande parte pelos venezianos. Mas os turistas, ultrapassam o milhao. Um terço do rendimento da cidade vem dos casinos, porque os turistas, ingratos, vêm a Veneza passar o dia, mas nao pernoitam na cidade.
Os transportes resumem-se aos vaporetos, os barcos que fazem a travessia dos canais e que funcionam como autocarros. Os autocarros que vao ter a Veneza, ficam "à porta", e vêm completamente apinhados. A expressao "como sardinha em lata", seria um elogio. Estes autocarros (e por vezes os próprios vaporetos seguem a mesma lógica) sao compressores de pessoas. Aposto que os porcos ou as vacas viajam mais confortavelmente em Itália do que as pessoas que abdicam de usar os seus automóveis. Pelo menos neste caso.
As ruas e as praças estao cobertas por pedras largas, os jardins, árvores ou mesmo relva sao visoes raras, privilégios de poucos. Isto por causa da escassez de água potável, um problema que Veneza tem desde sempre.
Veneza é diferente. Nao é só por causa dos canais, das pontes, das ruas muito estreitas, da quantidade enorme de turistas, de lojas caras e restaurantes que nao valem o que cobram. Veneza é uma cidade sem carros. Os únicos motores que se ouvem, sao os de alguns barcos que passam de vez em quando. Podemo-nos sentar num degrau à beira da estrada, isto é, do canal, ou numa das pontes menos concorridas, ao sol, a desfrutar, sem sermos incomodados por barulhos em demasia. Nos locais menos turísticos, Veneza parece ter ficado parada no tempo. As praças, as construçoes nao muito altas fazem-me lembrar a terra dos meus avós, e consigo perfeitamente imaginá-los ali a viver. Sair de casa, ir fazer as compras no mercado, ao fim da tarde ir para a praça conversar com os outros habitantes. Claro que nao é igual, teriam a mais os canais e os barcos, e a menos, a terra. Mas mesmo com essas diferenças, alguns locais de Veneza parecem nunca ter avançado no tempo.
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Gôndola
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segunda-feira, maio 09, 2005

Onde está o bilhete?

Vou viajar dentro de uns dias. Quer dizer, acho eu. Na verdade passei o dia todo à procura do bilhete, que nao encontrei. Quando começo a ficar desesperada (já está tudo planeado, combinado ao pormenor, onde vou, como vou, onde fico, quem é que me vai emprestar um carro, quem é que é um amor e faz o frete de me aturar), vou ver o email. Nada. Faço uma pesquisa do email, pela data do suposto vôo. Nada. Afinal, onde está o meu bilhete? Será que o comprei? A dúvida começa a instalar-se. E se nao comprei o bilhete? Eu bem sei o que fiz no dia em que penso que o comprei, andei às voltas e mais voltas com o computador, à procura do local da net onde as viagens de aviao saíssem mais baratas, e o melhor horário possível, que isto de ir a uma agência custa um dinheirao que nao vale o serviço prestado. Continuo a procurar. Tenho uma label nos mails que estao relacionados com compras na internet, que consulto freneticamente. Nada, as únicas viagens que lá estao marcadas ou já foram, ou entao nao têm nada a ver. Bolas, que se passa comigo? Finalmente, pego num envelope que por aqui anda perdido, com o número de passageiro frequente e o PIN. Entro na página da companhia aero-transportadora a quem penso que comprei o bilhete. Bingo, lá está ele. Bilhete electrónico, um codigozinho que me dará acesso ao aviao que me leva para uns dias de sol. Imprimo a folha e suspiro de alívio. E pergunto-me porque é que o email que a empresa me deve ter enviado com os dados do vôo desapareceu. Só que felizmente, isso agora já nao tem importância nenhuma. As minhas mini-férias estao salvas.
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Procura-se

Gosto de beber leite com chocolate. Mas nao pode ser um chocolate qualquer (nem um leite qualquer, mas isso é outro post), ter que ter uma quantidade mínima de cacau. O Nesquick era muito bom quando eu tinha 5 anos, mas hoje em dia, nao sei se por o produto ter mudado ou por os meus gostos se terem alterado, acho que é uma grande porcaria. Só tem 19% de cacau, ou seja, nao vale nada. Depois de muito experimentar, ainda em Portugal, descobri o chocolate em pó Milka, para pôr no leite, com a maravilhosa quantidade de 32% de cacau (que só encontrava no Continente!!!). Assim sim, maravilha, o meu leitinho com chocolate fica uma delícia. Ao chegar à Alemanha, fiquei contentíssima ao perceber que nao só havia o meu chocolate preferido, mas também que a preciosa embalagem custava menos 1/3 que em Portugal. Mas com o passar do tempo, alguma coisa mudou. O meu supermercado do costume deixou as caixas desaparecer. Durante algum tempo ainda tiveram umas embalagens de plástico mole com chocolate Milka, mas já nem era a mesma coisa, só tinham uns míseros 25% de cacau. E agora nada. Pergunto-me onde, mas onde é que eu vou encontrar de novo o meu chocolate preferido? Nao pode ter desaparecido!!! Nos próximos dias está planeada uma visita a todos os supermercados onde nao costumo ir, em busca do chocolate desaparecido. Se alguém souber onde o posso encontrar, agradeço a informaçao.
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Dia da Europa


É hoje.
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Chá com mel

Gosto de chá. Gosto de rebuçados de mel, ou de mel às colheradas, mas só quando me dói a garganta ou estou constipada. Claro que nestas situaçoes toda a gente me diz para beber chá com mel. Odeio chá com mel. Posso substituir por chá com rebuçado de mel? O chá numa caneca, e os rebuçados, directamente na boca? :)
(Maldita constipaçao que há uma semana que nao me larga. E eu sem vontadinha nenhuma de ir ao médico.)
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domingo, maio 08, 2005

Miúdos

Nada melhor para terminar um fim de semana prolongado do que passar a compreender melhor os outros. No meu caso, passei a compreender as pessoas que pura e simplesmente odeiam putos. Devem ter passado um dia como o meu. (E nao, nao foi nada com o meu anjinho. Esse nao se podia ter portado melhor.)
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quarta-feira, maio 04, 2005

Gato Sonolento

Segunda feira estreou na Sic Radical mais uma série do Gato Fedorento. Esta nova série tem por título Barbosa, apelido dado a todas as personagens.
Ora eu gosto do humor do gato fedorento. A sério. Tanto que me lembrei do horário a que dava. Mas das duas vezes que "vi" o primeiro episódio, algo inesperado aconteceu. Eu nao sei quantos sketches é suposto haver em cada episódio. Mas só me consigo lembrar de dois: o inicial, em que um jornalista faz uma reportagem para um programa etnográfico no meio de um monte, onde encontra umas mulheres rudes do campo, e o segundo, passado num consultório médico, em que o médico fica subitamente cego, paralítico e hipocondríaco (mas nao tem a mania das doenças, só tem a mania dos berlindes). Eu suponho que os outros sketches, sejam lá eles quantos forem, sejam pelo menos tao bons como os dois primeiros. Mas nao posso garantir. É que das duas vezes que vi o programa, só consegui aguentar até ao segundo. Depois adormeci. Ou eu estou mesmo muito mais doente do que pensava, ou o gato fedorento transformou-se em gato sonolento... Por isso, mal posso esperar para que esta terceira série saia em DVD. Pode dar jeito nas noites de insónia.
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Maio

...é o melhor mês do ano. Não só por ser primavera, mas também porque há três feriados. Amanhã é um. Dia 16, outro. Dia 26, o último.
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terça-feira, maio 03, 2005

Negócios em miniatura

Vou buscar o miúdo à escola. Ele, muito orgulhoso, conta que não levou nenhum dinheiro para a escola, mas agora tem 34 cêntimos. Pergunto-lhe como é que arranjou o dinheiro, já a imaginar mil e uma coisas e a pensar "raios para o miúdo, que só se mete em sarilhos"... A resposta é a mais inocente possível. A professora deu-lhe dois rebuçados "Penha" (os mais valiosos de todos!). Um miúdo quis-lhe comprar um por 20 cêntimos, e outro quis-lhe comprar o outro rebuçado por 4 cêntimos. Vendidos. Os outros 10 cêntimos foram de "vender" (quer dizer, receber o depósito, mas para o pequenito é o mesmo que vender) 2 garrafas de cola no quiosque da escola. Ufa. Desta vez não se meteu em sarilhos. :) Quer dizer... onde será que ele arranjou as garrafas?
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Vida interrompida

Estou doente. Nada de grave, não mata mas mói. Tinha logo que calhar numa altura em que não me posso dar ao luxo de faltar ao trabalho. Felizmente tenho antigripine.
A minha vida segue dentro de momentos.
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domingo, maio 01, 2005

Direitos de autor e a internet

A propósito de uns blogues onde nao se pode copiar os posts, ou parte deles, utilizando a tecla esquerda do rato.
Até compreendo a intençao. Claro que ninguém quer que os seus textos sejam utilizados por terceiros sem consentimento do autor. Mas publicá-los na internet é meio caminho andado para isso, mesmo que se usem certos estratagemas, como este. Se se quiser copiar o conteúdo de um post que utiliza esta opçao, há várias maneiras de o fazer. Uma é copiá-lo à mao. Outra, é utilizar o notepad (ou seja, fazer "view source" no browser). Outras ainda, passam por copiar a imagem do écran do pc (ou seja, carregar na tecla PrintScreen), gravá-la e posteriormente utilizar um programa de reconhecimento de texto.
Por estas razoes, nao entendo que se recorra a "soluçoes" que na realidade nao funcionam.
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Blog do dia

Ora aqui está um blog que vale a pena. Chama-se melancómico, uma mistura entre melancólico e cómico, feito de one liners (ou quase) muito giras. A sério, vao ver.
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Carros

Há dois dias que está um sol maravilhoso, temperaturas de primavera/verao (português), o pouco vento que há é quente, e é fim de semana. Por isto, anda muitíssimo bem disposta, daquela maneira que só é possível quando acontece algo muito muito bom.
Assim sendo, desta vez vou falar bem dos alemaes.
Vindo eu habituada à conduçao portuguesa, e às "leis da estrada" portuguesas- nao só o código mas a maneira como o código é habitualmente (des)respeitado - achei estranhíssimo a maneira como por aqui se conduz. Aqui deixo uma lista das "regras" de conduçao:

1 - As autoestradas. Na Alemanha, regra geral, as autoestradas nao têm limite de velocidade. O que significa que se pode conduzir a 120, 130, 160, 200... ou ao máximo que o carro der. É possível que seja esta a razao pela qual se vendem tantos carros de grande cilindrada, e vice-versa - os grandes construtores fazem lobby para que se mantenha este (i)limite de velocidade. Ao mesmo tempo, sabe-se que na Alemanha há menos acidentes/mortos na estrada do que em Portugal. Porquê? Na faixa mais à esquerda, só vai quem está mesmo a acelerar. Em geral, os gajos que vao a mais de 130, e só se estiverem a ultrapassar. A faixa mais à direita, é utilizada. Quando alguém vai a ultrapassar na faixa mais à esquerda, mesmo que vá mais devagar que o gajo que entretanto se aproximou dele nao corre o risco de levar com os máximos de um tipo que vai com pressa. E o tipo que até vai com pressa nao se encosta perigosamente ao tipo da frente. Só esta atitude, na minha opiniao, já faz toda a diferença.

2 - Os limites de velocidade. Em geral, sao respeitados, mais coisa menos coisa. Nas zonas residenciais, o limite de velocidade é de 30km/h, o que significa que os carros vao mesmo devagar. Pode parecer um exagero, mas nao é, pois nestas zonas há sempre crianças a brincar na rua, que correm o risco de serem atropeladas. Nas autoestradas existem sistemas de controlo de tráfego, usados por exemplo no caso de acidentes ou de filas, que indicam qual a velocidade máxima a que se deve viajar em determinado troço. Mesmo o pessoal que vinha a 200 (ou mais), ao ver um sinal luminoso a indicar que deve reduzir para 130, reduz mesmo a velocidade. Estes sistemas também indicam se se deve usar ou nao a faixa de emergência. E nao há chicos-espertos a usar a faixa de emergência quando ela nao deve ser usada.

3 - A conduçao na cidade. Quando se poe o pisca para mudar de faixa, o tipo que está na outra faixa reduz a velocidade (se tiver que ser) para que quem quer mudar o possa fazer. ok, até pode nem acontecer sempre (deve haver uns portugueses por aí ;)), mas esta "regra" em geral funciona assim.

4 - Os semáforos. Aqui, os alemaes sao ultra cuidadosos. Antes de passar para verde, o semáforo fica cor de laranja por uns instantes. E uns segundos antes de ficar cor de laranja (para os carros avançarem), o semáforo dos peoes fica vermelho. Tanto que por vários segundos em cada cruzamento, os semáforos estao vermelhos para toda a gente - todos os automóveis e todos os peoes. (Confesso que isto me irrita um bocado.) E claro que os alemaes nao atravessam a rua se o semáforo estiver vermelho... Nem que nao venha carro nenhum e o semáforo demore uma eternidade a mudar para verde... E se algum desgraçado se atrever a atravessar, corre o risco de ser descomposto por quem estiver do outro lado. (ok, tá bem, estou a exagerar um pouquinho, mas na verdade já me aconteceu.)
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